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EXECELENTÍSSIMO SSENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE . Recurso Adesivo Processo nº: O senhor Mauro Matias, microempresário, já qualificado nos autos em epígrafe, vem, mui respeitosamente, através de seu advogado regularmente constituído na peça em espécie, perante a vossa excelência, demonstrar o inconformismo com a sentença proferida nos presentes autos, com fundamento no artigo 997, do código de processo civil C/C artigo 769 da consolidação interpor RECURSO ADESIVO ao recurso ordinário para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da__ Região. Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade do recurso, dentre os quais destacam -se: a) Depósito recursal: recolhido, no valor de R$ ..., conforme guia anexa. b) Custas processuais; recolhidas no valor de R$...., correspondentes a 2% do valor da condenação, conforme guia anexa. Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação da outra parte para apresentar as contrarrazões ao recurso adesivo no prazo de 8 dias, nos termos do artigo 900 da CLT e a posterior remessa ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da Região. Nestes termos, Pede deferimento. Local e data. Advogado/ OAB. RAZÕES RECURSAIS AO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA REGIÃO. Processo nº RECORRENTE: Sr. Mauro Matias RECORRIDO: Empregada 1- DA TEMPESTIVIDADE Inicialmente, cabe salientar, que o presente recurso encontra-se tempestivo, pois a sentença foi publicada em...., desse modo o prazo final para a interposição do recurso seria em...., sendo interposto no dia... em conformidade com a súmula 283 do TST. 2- RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO Não deve prevalecer a respeitável sentença de fls...., proferida pelo juízo de primeiro grau, merecendo esta ser reformada em relação aos seguintes pontos relatados abaixo. 3- SÍNTESE DOS FATOS Trata-se de Reclamação Trabalhista movida por uma ex-funcionária em face do Sr. Mauro Matias, microempresário. Ao ser dispensada recebeu suas verbas trabalhistas, porém ajuizou a demanda pretendendo adicional de periculosidade e adicional de horas extras. Após a audiência de instrução e julgamento (AIJ), o juiz julgada o pedido parcialmente, com a condenação do empregador ao pagamento do adicional de periculosidade, calculado sobre a remuneração do empregado, contudo o empregador intimado da sentença não a impugnou. O empregado, por sua vez, ofereceu recurso ordinário da parte que foi sucumbente, postulando o pagamento das horas extras. Desse modo, com a demonstração da síntese fática é nítida a razão da interposição do recurso adesivo, pelos fatos e fundamentos aduzidos. 4- DO DIREITO 4.1 – DA INAPLICABILIDADE DO ADICIONAL DE HORAS EXTRAS Não deve prosperar o argumento levantado pela autora em reclamatória trabalhista acerca das horas extraordinárias, já que se trata de microempresário, diante disso, o ônus configura-se da parte reclamante trazer ao juízo a comprovação das horas supostamente declaradas e efetuadas, conforme a súmula 338, TST Jornada de trabalho. Registro de horário. Inversão do ônus da prova. Presunção de veracidade. CLT, art. 74, § 2º. É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. Portanto, requer-se o não pagamento das referidas horas extraordinárias. 4.2 – DA INAPLICABILIDADE DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE O juiz de primeiro grau, com base na justificativa de que o empregador não apresentou contestação aos pedidos formulados pela autora condenou o recorrente ao pagamento do referido adicional, calculado sobre o valor da remuneração tese essa que não merece prosperar conforme na súmula 191, I, já que a base de calculo do dado adicional aplica-se somente sobre o salário básico. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA. BASE DE CÁLCULO I- O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. É nítida a inaplicabilidade do adicional com fundamentos no artigo 195, §2° da CLT e súmula 80 do TST. Artigo . 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. § 2º - Arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. INSALUBRIDADE A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. Portanto, requer-se a reforma da sentença quanto ao referido adicional, pois o trabalho nas condições da autora não configura ao pagamento do dado adicional. 5.0- PEDIDOS Diante disso não deve prosperar os pedidos da autora. a) Reque-se a improcedência ao pagamento das horas extras. b) Requer-se a improcedência ao pagamento do adicional de periculosidade. Nestes termos, Pede-se deferimento. Local e data. Advogado/OAB.
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