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BIBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA - 27. Daniel

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O Livro de 
DANIEL 
'11] Autor A autoria e data de Daniel têm sido objeto 
·. I!' 1 de muita polêmica entre os estudiosos do texto 
' ;,, ~ : bíblico. A disputa se concentra na forma como as 
'-""--- --.-- visões e profecias de Daniel enfocam quatro impérios 
antigos em sucessão. iniciando pela Babilônia (caps. 2; 7; 11 ). Da-
niel descreve com grandes detalhes as relações históricas entre o 
reino selêucida e o ptolemaico no período imediatamente anterior 
e durante o tempo de Antíoco IV Epifânio (cap. 11) Tentando 
justificar tal conhecimento detalhado, muitos estudiosos concluem 
que o livro deve ter sido escrito por um autor desconhecido por 
volta de 170 a.C., durante a vida de Antíoco IV Epifânio, e não no 
tempo de Daniel, que foi levado para a Babilônia em 605 a.e. 
Contudo, informações do próprio livro indicam Daniel como o seu 
autor (9.2; 10.2) e sugerem que o texto foi escrito pouco tempo 
após a vitória de Ciro sobre a Babilônia, em 539 a.C. Além disso. 
Jesus menciona a predição do "abominável da desolação" 
encontrada neste livro como tendo sido proferida pelo "profeta 
Daniel" (Mt 24.15). 
,~ Data e Ocasião º' e<gomeot" ''""" 
1 
~ ..... ~ tad~s. para datar o ,livro no te,m_po de Antíoco IV 
· -=:::- Ep1farno envolvem tres pontos bas1cos: (a) a natureza 
- --=--=--=---- da profecia do Antigo Testamento; (b) problemas 
históricos; e (c) as línguas hebraica e aramaica do livro. Cada um 
desses pontos deve ser considerado separadamente. 
Em termos gerais, os profetas de Israel estavam preocupados, 
em primeiro lugar, com as circunstâncias religiosas e sociais nas 
quais viviam os seus contemporâneos. ao invés de ficar fazendo 
predições a respeito de acontecimentos futuros. Quando efetiva-
mente prediziam o futuro, tratava-se normalmente de eventos a 
curto prazo, como as profecias de Jeremias sobre a queda iminen-
te de Jerusalém diante dos babilônios. A visão de Daniel referente 
ao "rei do Norte" e ao "rei do Sul" traça um paralelo exato à história 
das relações existentes entre os impérios selêucida e ptolemaico 
no tempo de Antíoco IV Epifânio (11.2-39 e notas). Por outro lado, a 
descrição das circunstâncias que cercam a morte do rei 
( 11.40-12.3) não correspondem ao que se conhece sobre o 
falecimento de Antíoco. Com base nesses dados. alguns 
estudiosos argumentam que o Livro de Daniel foi escrito no tempo 
de Antíoco, um pouco antes de sua morte. Contudo, a idéia de que 
os profetas israelitas não predisseram acontecimentos num futuro 
mais distante depende do pressuposto de que as profecias de Da-
niel são tardias, como também as de Isaías que se referem a Ciro 
(Is 44.28; 45.1 ). Isso também pode ser o resultado duma rejeição 
da protecia em geral. 
Os intérpretes de Daniel que advogam uma data tardia para a 
redação do texto também afirmam a existência de sérios proble-
mas históricos nas narrativas das experiências de Daniel na 
Babilônia, particularmente no tocante ao relacionamento entre 
Belsazar e Nabucodonosor (5.2, nota) e à identidade de "Dario, o 
medo" (6.1, nota). Eles afirmam que os quatro impérios preditos 
por Daniel (caps. 2; 7) referem-se aos reinos babilônico, medo. 
persa e finalmente grego (que incluiria as dinastias selêucida e 
ptolemaica). No entanto, essa identificação é questionável, porque 
não há evidência de um reinado medo no intervalo entre os reinos 
babilônico e persa. Ciro. o rei da Pérsia (550-530 a.C.). con-
quistou os medos em 549 a.e. e os babilônios em 539 a.e. (5.1,31, 
notas). 
Por outro lado, os estudiosos que datam o livro no tempo de 
Daniel entendem que a seqüência de re·1nos refere-se aos impérios 
babilônico. medo-persa. grego e, por último, romano. Eles indicam 
a referência aos "medos e persas" em 5.28 como uma prova de 
que Daniel os considerava, conjuntamente, como um só reinado. 
No tocante à datação do idioma utilizado em Daniel, deve-se 
notar, em primeiro lugar, que um grande bloco do texto (2.4--7.28) 
está escrito em aramaico, não em hebraico. A razão para a 
mudança de idioma é desconhecida. Alguns estudiosos têm argu-
mentado que o aramaico utilizado é tardio. Uma outra evidência de 
data posterior do texto seria o uso de diversos vocábulos empres-
tados da língua grega ao referir-se a instrumentos musicais (3.5, 
nota). No entanto, nenhum dos argumentos é realmente convin-
cente. Há inúmeras evidências de contatos entre os gregos e o 
Oriente Próximo anteriores ao tempo de Alexandre, o Grande. Ess-
es contatos são suficientes para justificar o aparecimento de 
vocábulos emprestados da língua grega. O aramaico e o hebraico 
de Daniel podem ser datados em qualquer ocasião situada entre o 
final do século VI e o início do século li a.e. Em outras palavras. o 
argumento da língua não tem peso significativo para a determina-
ção duma data anterior ou posterior. 
Dificuldades de Interpretação A au-
toria e a data do Livro de Daniel não são as únicas 
dificuldades do texto. Há divergências significativas 
- - - - na abordagem do livro. Essas divergências se 
dividem em três categorias principais. A primeira abordagem é 
feita por aqueles que concluem que o livro foi escrito no tempo de 
Antíoco Epitânio. De acordo com esse ponto de vista. todas as 
reterências a eventos anteriores a Antíoco são mera história, 
escritas em ocasião posterior aos acontecimentos. A única 
predição genuína no livro seria antecipação da morte de Antíoco e 
a esperada intervenção de Deus para estabelecer o seu Reino. 
Contudo, Antíoco não morreu da forma como foi descrito ( 11.36--
12.3, nota). e o Reino não se materializou como se diz que havia 
sido antecipado. Ver notas em 2.44; 7.14, 18. 
Um segundo e mais tradicional ponto de vista atribui a êntase 
principal das predições contidas no livro ao primeiro advento de 
Cristo. Essa abordagem está geralmente associada a uma 
compreensão escatológica amilenista ou pós-milenista. 
Um terceiro ponto de vista considera que Antíoco Epifânio e a 
perseguição ao povo de Deus durante o seu reinado constituem o 
983 DANIEL 
enfoque primário do livro. O segundo é a intervenção divina no 
curso da humanidade ao final dos tempos, quando Deus estabele-
cerá o seu Reino. A ênfase do livro não se acha no primeiro advento 
de Cristo (caps. 2; 9, notas), mas sim em Antíoco e na segunda 
vinda de Cristo. Essa abordagem é geralmente associada a uma 
posição escatológica pré-milenista. Nessa compreensão, há gran-
de divergência entre os comentaristas quando se trata da interpre-
tação dos detalhes do texto. 
;AI Características e Temas o Livro de Da-
: niel contém dois tipos distintos de texto. Seis 
: narrativas históricas estão registradas nos caps. 
· 1-6, e quatro visões, nos caps. 7-12. As visões 
são quase exclusivamente predições. Entre as seis narrativas, o 
cap. 2 contém uma visão revelada a Nabucodonosor e a sua 
interpretação conforme enunciada por Daniel. 
Reflexões sobre o conteúdo das narrativas históricas revelam 
que elas não constituem um tratado histórico integrado, mas 
tratam-se de unidades independentes reunidas com um propósito 
específico. As narrativas não apresentam uma história de Israel 
sob o domínio da Babilônia ou da Pérsia, tampouco se constituem 
em uma biografia histórica de Daniel ou de seus amigos. O 
elemento comum subjacente a estes textos é a ênfase na forma 
pela qual a soberania absoluta de Deus opera na vida de todas as 
nações (2.47; 3.17-18; 4.28-37; 5.18-31; 6.25-28). Jerusalém 
pode ser destruída e ter seu templo reduzido a ruínas, o povo de 
Deus pode ser exilado, e os maus governantes podem parecer 
triunfantes, mas Deus permanece supremo. Deus é maior que 
todas as circunstâncias, e o seu povo deve ser-lhe fiel em qualquer 
situação que se encontre. A descrição dessa verdade é o princípio 
orientador de Dn 1-6. 
A visão de Nabucodonosor no cap. 2 demonstra que os outros 
deuses não controlam a históriae que o seu mistério não pode ser 
descoberto pela manipulação dos homens. A história está sob o 
controle de Deus, que é totalmente livre para dirigi-la e revelá-la 
como melhor lhe aprouver (Ap 5.9). De acordo com a sua soberana 
vontade, Deus intervirá nos reinos deste mundo e estabelecerá um 
Reino universal que permanecerá para sempre. 
As visões (caps. 7-12) contêm predições de tempos futuros, 
quando esta verdade será de suma importância para o povo de 
Deus. Embora os judeus tenham sido perseguidos durante o tempo 
da sua sujeição aos dominadores babilônicos e persas, não houve 
nenhuma tentativa abrangente e sistemática de abolir a sua fé. 
Isso não aconteceu até o tempo de Antíoco IV, que se denominou 
"Epifânio", que significa "Deus manifesto", e governou no Império 
! Esboço de Daniel 
1. As narrativas (caps. 1-6) 
A. Deus favorece Daniel e seus amigos pela sua 
fidelidade (cap. 1) 
8. Daniel interpreta o sonho de Nabucodonosor 
(cap. 2) 
C. Deus livra os companheiros de Daniel da fornalha de 
fogo (cap. 3) 
D. Deus julga Nabucodonosor (cap. 4) 
E. Deus julga 8elsazar (cap. 5) 
Selêucida de 175-164 a.C. Antíoco tentou forçar os judeus a 
aceitarem a cultura do helenismo e a abandonarem suas práticas 
religiosas. Muitos 1udeus se submeteram, mas outros recusa-
ram-se a fazê-lo e sofreram grande perseguição. Uma das 
principais razões para a redação do Livro de Daniel foi a de preparar 
o povo de Deus para os tempos de Antíoco Epifânio e encorajá-los 
durante esse período de perseguição. Ao mesmo tempo, o livro se 
volta para o período subseqüente a Antíoco Epifânio, para a vinda 
de Cristo. É Cristo quem destruirá todos os reinos dos homens e 
instituirá o seu reino eterno de justiça e paz. 
Além desses temas abrangentes de Daniel, alguns concei-
tos-chave são relevantes para o estudo do livro. Um deles é o 
"tempo de angústia" ( 12.1), geralmente denominado a "grande 
tribulação", que precederá o segundo advento de Cristo (Mt 24.21; 
Lc 21.23; Ap 2.22; 7.14). Mateus relaciona essa grande tribulação 
com o "abominável da desolação" (Mt 24.15) predito por Daniel 
(cf. Dn 9 27; 12.11) e cumprido pelo anticristo (o "homem da 
iniqüidade" em 2Ts 2.3-4). 
O "anticristo" pode também ser incluído na teologia de Daniel 
(Dn 7.8,20-22,24-27; 11.36-45). Essa palavra só aparece nas 
epístolas de João (1Jo 2.18,22; 4.3; 2Jo 7), porém referências a 
uma pessoa de ódio satânico que surgirá no fim dos tempos da 
história humana, antes da segunda vinda de Cristo, são encontra-
das em ambos os testamentos. O anticristo estabelece a "abomi-
nação desoladora" (Dn 11.31; Mt 24.15), exalta a si mesmo como 
um deus (Dn 11.36-39; 2Ts 2.3-4) e é finalmente destruído por 
Cristo em sua volta (Dn 11.45; 2Ts 2.8 [cf. Is 11.4]; Ap 19.20). 
A idéia do milênio também ocorre nas elaborações de Daniel. 
O termo "milênio" é derivado da palavra latina que significa "mil" e 
designa o período de mil anos descrito em Ap 20. O caráter desses 
mil anos é compreendido de maneira distinta por três escolas de 
interpretação, classificadas como segue: (a) Os pré-milenistas 
acreditam que o milênio é um reino mundial de paz e justiça sobre a 
terra, que será estabelecido após a segunda vinda de Cristo (Is 
2.1-5; 11.1-1 O). (b) Os pós-milenistas acreditam que o milênio é 
um período de paz e justiça que será estabelecido pela pregação 
do evangelho em todo o mundo, resultando nas condições 
descritas em passagens como Is 2.1-5; 11.1-1 O. (c) Os amilenistas 
acreditam que o milênio é uma referência figurada ao tempo 
presente do evangelho. Dessa forma, o milênio não é visto como 
uma ordem política futura, mas como o reino espiritual do governo 
de Cristo sobre a Igreja. 
Na visão dos pós-milenistas e amilenistas, o número "mil" é 
geralmente considerado como uma forma figurativa de representar 
um longo período de tempo, em lugar de mil anos literais. 
F. Deus tivra Daniel da cova dos leões (cap. 6) 
li. As visões de Daniel (caps. 7-12) 
A. A visão dos quatro animais e do estabelecimento do 
reino de Deus (cap. 7) 
8. A visão do carneiro e do bode (cap. 8) 
C. A visão das setenta semanas (cap. 9) 
D. A visão do anjo e da história futura do povo de Deus 
(caps. 10-12) 
1. A mensagem do anjo a Daniel (10.1-11.1) 
l 
DANIEL 1 984 
-------------------- ----. 
2. A história do Oriente Próximo desde o tempo de 
Daniel até Antíoco IV Epifânio (11.2-20) 
3. O reinado de Antíoco IV Epifânio (11.21-35) 
1 a. Sua subida ao trono e caráter (11.21-24) 
Sua carreira (11.25-31) 
O destino do povo de Deus durante o seu reinado 
(11.32-35) 
- -------- ----
A educação de Daniel e de seus companheiros 
1 No ano terceiro do reinado de ªJeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a 
sitiou. 2 O Senhor lhe entregou nas mãos a Jeoaquim, rei de 
Judá, e balguns dos utensílios 1 da Casa de Deus; a estes, 
°levou-os para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, d e os 
pôs na casa do tesouro do seu deus. 3 Disse o rei a Aspenaz, 
chefe dos seus eunucos, que trouxesse ealguns dos filhos de 
Israel, tanto da linhagem real como dos nobres, 4 jovens/sem 
nenhum defeito, de boa aparência, instruídos em toda a 
sabedoria, doutos em ciência, versados no conhecimento e 
que fossem competentes para assistirem no palácio do rei g e 
lhes ensinasse a cultura e a 2 língua dos caldeus. s Deter-
minou-lhes o rei a ração diária, das finas iguarias da mesa real 
e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por 
três anos, ao cabo dos quais h assistiriam diante do rei. 6 Entre 
eles, se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael 
e Azarias. 7 iQ chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, asa-
ber: ja Daniel, o de Beltessazar; a Hananias, o de Sadraque; a 
Misael, o de Mesaque; e a Azarias, o de Abede-Nego. 
8 Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se 1com 
4. O reinado do anticristo ( 11.36-12.3) 
a. Seu caráter ( 11.36-39) 
b. Suas atividades ( 11. 40-45) 
e. O destino do povo de Deus durante o seu reinado 
(12.1-3) 1 
5. Uma mensagem final a Daniel 
(12.4-13) 
_____ __J 
as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, 
pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contami-
nar-se. 9 Ora, moeus concedeu a Daniel misericórdia e 3 com-
preensão da parte do chefe dos eunucos. 10 Disse o chefe dos 
eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que 
determinou a vossa comida e a vossa bebida; por que, pois, 
veria ele o vosso rosto mais abatido do que o dos outros jo-
vens da vossa idade? Assim, poríeis em perigo a minha cabeça 
para com o rei. 11 Então, disse Daniel ao 4cozinheiro-chefe, a 
quem o chefe dos eunucos havia encarregado de cuidar de 
Daniel, Hananias, Misael e Azarias: 12 Experimenta, peço-te, 
os teus servos dez dias; e que se nos dêem legumes a comer e 
água a beber. 13 Então, se veja diante de ti a nossa aparência e 
a dos jovens que comem das finas iguarias do rei; e, segundo 
vires, age com os teus servos. 14 Ele atendeu e os experimen-
tou dez dias. 15 No fim dos dez dias, a sua aparência era me-
lhor; estavam eles mais robustos do que todos os jovens que 
comiam das finas iguarias do rei. 16 Com isto, 5o cozinhei-
ro-chefe tirou deles as finas iguarias e o vinho que deviam be-
ber e lhes dava legumes. 
11 Ora, a estes quatro jovens nDeus deu o ºconhecimento 
• CAPÍTULO; 1 ª 2Rs ;~ 1-2 2 b-; 27 19-20 czc 5 11 d2Cr36 7 1 Do templo 3 e Is 39; 4/Lv 24 19-20 g At 7 22 ~ L1t eswta ou 
livro ShDn1.19 7 12Rs24.171Dn226;48;5.12 810s9.3 9mGn39.213bondade 1140uMe/zar 1650uMe/zar J7n[Tg 
1.5-7] ºAt7.22 
•1.1 No ano terceiro. O terceiro ano do reinado de Jeoaquim foi o ano de 605 
a.e. Naquele ano, Nabucodonosor derrotou uma coligação entre a Assíria e o 
Egito, em earquemis. e assim teve início a ascensão da Babilônia como uma 
potência internacional. Depois da batalha de earquemis,Nabucodonosor 
avançou contra Jeoaquim 12Rs 24.1-2; 2er 36.5-7) e levou cativos alguns judeus, 
incluindo Daniel. Esta foi a primeira das três invasões de Judá por parte de 
Nabucodonosor. A segunda ocorreu em 597 aC.12Rs 24.10-14), e a terceira 
delas teve lugar em 587 a.e. 12Rs 25.1-24) No Livro de Jeremias. o ataque de 
Nabucodonosor ocorreu no quarto ano de Jeoaquim e não no seu terceiro ano IJr 
25.1; 46.2). A diferença de um ano ocorre por causa da cronologia babilônica, que 
Daniel, segundo parece. usou. pois o reinado dos reis babilônicos era contado a 
partir do primeiro dia do ano seguinte e não da data real da ascensão ao trono. 
Nabucodonosor, rei da Babilônia. Nabucodonosor conduziu os babilônios à 
vitória em Carquemis, como príncipe coroado e comandante do exército 
babilônico. Pouco depois dessa vitória, ele assumiu o trono da Babilônia, quando 
morreu seu pai, Nabopolassar, 1626-605 a.e.) O reinado de Nabucodonosor 
1605-562 a.e.) é o contexto histórico de grande parte dos livros de Jeremias. 
Ezequiel e Daniel. 
•1.2 O SENHOR lhe entregou nas mãos. A derrota de Israel pelos babilônios 
não pode ser explicada simplesmente pela análise de fatores militares e políticos. 
Deus estava operando nas atividades das nações e ele usou os babilônios para 
julgar o seu próprio povo de Israel, por causa das suas transgressões 12Rs 
17.15,18-20; 21.12-15; 24.3-4). 
casa do tesouro do seu deus. Marduque era a principal divindade do panteão 
babilônio lcf. Jr 50.2 e as notas textuais) 
•1.4 a cultura ... dos caldeus. A escrita dos caldeus era feita com caracteres 
cuneiformes modelados com a ajuda de um estilete sobre a argila mole, que mais 
tarde era levada ao forno. para torná-la um documento permanente. Os 
arqueólogos têm encontrado milhares dessas tábuas de argila. Os babilônios 
adoravam muitos deuses. e a cultura deles era repleta de artes mágicas. feitiçaria 
e astrologia. A língua comum da Babilônia era o aramaico 12.4 e nota) 
•1.5 finas iguarias da mesa real. Jeoaquim, mais tarde, recebeu tal provisão 
alimentar. sob o governo do rei babilônio, Evil-Merodaque 12Rs 25.27-30) 
•1.6 Daniel. Hananias, Misael e Azarias. Nestes nomes pessoais hebraicos. 
o componente e/ significa "Deus", ao passo que yah é uma forma do nome de 
Deus, "Javé" ISI 50.1, nota). Portanto, Daniel significa "meu juiz é Deus"; 
Hananias. 'javé é gracioso"; Misael, "Quem é o que Deus é?"; e Azarias, ':Javé 
tem ajudado" 
•1.7 Beltessazar ... Sadraque ... Mesaque ... Abede-Nego. As sugestões 
quanto aos significados destes nomes incluem: Beltessazar. "que Bel proteja a 
sua vida"; Sadraque, "o mandamento de Acu" !deus-lua dos sumérios); 
Mesaque, "quem é o que Acu é?"; e Abede-Nego é "servo de Nebo"' (uma 
divindade babilônica). Bel é um outro nome para Marduque, a principal divindade 
babilônica lcf 4 8) 
•1.8 não contaminar-se. Não se encontra explícita a razão para a conclusão de 
Daniel de que ele e seus amigos se contaminariam por causa da comida do rei. 
Talvez isso envolvesse a violação das leis dietéticas de Moisés llv 11; 17). 
•1.15 A sua aparência era melhor. A obediência a Deus, por parte de Daniel e 
seus amigos, e a recusa deles de comprometerem a sua fé em um ambiente 
pagão, foram recompensadas com a bênção divina lcf. Dt 8.3 e Mt 4.4). 
•1.17 Deus deu o conhecimento e a inteligência. A bênção divina não se 
limitou ao bem-estar físico, mas incluiu, igualmente, um desenvolvimento 
intelectual notável durante seus três anos de educação babilônica. 
985 DANIEL1, 2 
e a inteligência em toda cultura e sabedoria; mas a Daniel deu 
Pinteligência de todas as visões e sonhos. 18 Vencido o tempo 
determinado pelo rei para que os trouxessem, o chefe dos 
eunucos os trouxe à presença de Nabucodonosor. 19 Então, o 
rei falou com eles; e, entre todos, não foram achados outros 
como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso, qpassaram 
a assistir diante do rei. 20 rEm toda matéria de sabedoria e de 
inteligência sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez 
vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores que 
havia em todo o seu reino. 21 5 Daniel continuou até ao pri-
meiro ano do rei Ciro. 
Daniel interpreta o sonho de Nabucodonosor 
2 No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, teve este um sonho; ªo seu espírito se perturbou, e bpas-
sou-se-lhe o sono. 2 cEntão, o rei mandou chamar os magos, 
os encantadores, os feiticeiros e os caldeus, para que declaras-
sem ao rei quais lhe foram os sonhos; eles vieram e se apre-
sentaram diante do rei. 3 Disse-lhes o rei: Tive um sonho, e 
para 1 sabê-lo está perturbado o meu espírito. 4 Os caldeus dis-
seram ao rei em aramaico: dó2 rei, vive eternamente! Dize o 
sonho a teus servos, e daremos a interpretação. 5 Respondeu 
o rei e disse aos caldeus: 3Uma coisa é certa: se não me fizer-
des saber o sonho e a sua interpretação, sereis e despedaça-
dos, e as vossas casas serão feitas monturo; ó/mas, se me 
declarardes o sonho e a sua interpretação, recebereis de mim 
dádivas, prêmios e grandes honras; portanto, declarai-me o 
sonho e a sua interpretação. 7 Responderam segunda vez e 
disseram: Diga o rei o sonho a seus servos, e lhe daremos a in-
terpretação. 8 Tornou o rei e disse: Bem percebo que quereis 
• P2Cr26.5 19qGn41.46 2or1Rs10.1 2l5Dn628,101 
ganhar tempo, porque vedes que o que eu disse está resolvi-
do, 9 isto é: se não me fazeis saber o sonho, uma só sentença 
será a vossa; pois combinastes palavras mentirosas e perver-
sas para as proferirdes na minha presença, até que se mude a 
4situação; portanto, dizei-me o sonho, e saberei que me po-
deis 5 dar-lhe a interpretação. to Responderam os caldeus na 
presença do rei e disseram: Não há mortal sobre a terra que 
possa revelar o que o rei exige; pois jamais houve rei, por 
grande e poderoso que tivesse sido, que exigisse semelhante 
coisa de algum mago, encantador ou caldeu. t t A coisa que 
o rei exige é 6difícil, e ninguém há que a possa revelar dian-
te do rei, gsenão os deuses, e estes não moram com os ho-
mens. 
12 Então, o rei muito se irou e enfureceu; e ordenou que 
matassem a todos os sábios da Babilônia. 13 Saiu o decreto, 
segundo o qual deviam ser mortos os sábios; e buscaram a 
hDaniel e aos seus companheiros, para que fossem mortos. 
14 Então, Daniel falou, avisada e prudentemente, a Arioque, 
chefe da guarda do rei, que tinha saído para matar os sábios 
da Babilônia. 15 E disse a Arioque, encarregado do rei: Por 
que é tão 7severo o mandado do rei? Então, Arioque expli-
cou o caso a Daniel. 16 Foi Daniel ter com o rei e lhe pediu 
designasse o tempo, e ele revelaria ao rei a interpretação. 
17 Então, Daniel foi para casa e fez saber o caso a Hanani-
as, Misael e Azarias, seus companheiros, 18 ipara que pedis-
sem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério, a fim 
de que Daniel e seus companheiros não perecessem com o 
resto dos sábios da Babilônia. 19 Então, foi revelado o misté-
rio a Daniel inuma visão de noite; Daniel bendisse o Deus 
do céu. 20 Disse Daniel: 1Seja bendito o nome de Deus, de 
CAPÍTULO 2 1ªGn40.5-8; 41.1,8 bEt 6.1 2 CÊx 7 11 3 1 Ou compreendê-lo 4 d1Rs 1.31; Dn 3.9; 5.10; 6.6,21 2Deste ponto até 
7.28, inclusive, a língua original é o Aramaico 5 e 2Rs 10.27; Ed 6.11, Dn 3.29 3 A ordem ou decisão do rei 6/Dn 5.16 9 4 Lit. o tem-
po sou declarar-me a sua 11 gGn 41.39; Dn 5.11 6 Ou rara 13 h Dn 1.19-20 15 70u duro 18 i[Dn 9 9; Mt 18.19] 19 iNm 12.6; 
Jó 33.15; [Pv 3.32]; Am 3.7 20 ISI 113.2 
visões e sonhos. Tendo em vista o que se segue no livro (caps. 2; 4-5), Daniel 
se destaca de seus companheiros pela sua habilidade de interpretar sonhos e 
visões, mais ou menos como aconteceu a José, estando ele no palácio de Faraó 
(Gn 408; 41.16). 
•1.18 Vencido o tempo determinado. Ou seja, terminados os três anos 
mencionados no v. 5. 
•1.20 magos e encantadores. O termo traduzido aqui por "magos" também é 
usado em Gn 41.8,24 eÊx 7.11. E a palavra aqui traduzida por "encantadores" 
pode ser encontrada somente aqui e em 2.2, podendo ser traduzida por 
"feiticeiro" ou "adivinhador" Sem importar o método usado por estes conselhei-
ros reais para adquirir conhecimento, Daniel e seus amigos foram capazes de 
demonstrar um discernimento superior nas questões sobre as quais foram 
interrogados. 
•1.21 até ao primeiro ano do rei Ciro. A Babilônia caiu diante de Ciro em 539 
a C., ou seja 66, anos depois que Daniel foi levado cativo para a Babilônia. Daniel 
viveu durante o período inteiro do cativeiro babilônico. No primeiro ano de seu 
governo, Ciro publicou um decreto permitindo que os israelitas voltassem do 
cativeiro, levando consigo os utensílios do templo que tinham sido tomados por 
Nabucodonosor (Ed 1. 7-11). Esta declaração não quer dizer que Daniel morreu no 
primeiro ano do reinado de Ciro ( 10.1). 
•2.1 No segundo ano. Visto que o sistema babilônico começou a contar o 
reinado de Nabucodonosor oficialmente no começo do ano seguinte, o "segundo 
ano" do reinado de Nabucodonosor poderia significar o fim dos três anos de 
treinamento de Daniel (1.5). De outro modo, os eventos aqui historiados teriam 
acontecido durante o treinamento de Daniel. 
passou-se-lhe o sono. Era largamente crido no antigo Oriente Próximo que os 
deuses falavam aos seres humanos por meio de sonhos. 
•2.2 os magos, os encantadores. Ver a nota em 1.20. 
os feiticeiros e os caldeus. Os "feiticeiros" praticavam a adivinhação ou a 
feitiçaria (Êx 22.18; Dt 18.1 O; Is 47.9, 12; Jr 27.9). "Caldeus", palavra encontrada 
aqui, provavelmente, signifique uma classe de adivinhadores e astrólogos, não 
sendo o nome de um grupo étnico !conforme se vê em 1.4; 3.8; 5.30; 9.1 ). 
•2.4 aramaico. Daqui até o fim do cap. 7 do livro, o texto foi escrito em aramaico 
e não em hebraico. Os trechos de Ed 4.8-6.18; 7 .12-26 também foram escritos 
em aramaico. Tem havido muita especulação sobre a razão pela qual esses 
trechos foram escritos em aramaico, mas não se chegou ainda a nenhuma 
conclusão comumente aceitável. 
•2.5 saber o sonho. Nabucodonosor formulou um teste para ver se os 
conselheiros da corte tinham mesmo acesso ao conhecimento oculto, conforme 
reivindicavam. Se eles não lhe fizessem saber o sonho, então ele não teria 
confiança na interpretação deles (cf o v. 9). 
•2.11 difícil. Os magos e encantadores confessam que não podem fazer o que o 
rei lhes solicita. Somente os deuses têm tais poderes; mas os deuses, segundo 
eles protestam, não revelam tais coisas a ninguém (cf. Êx 8.18-19). 
•2.18 pedissem misericórdia ao Deus do céu. Daniel também percebeu que 
a sabedoria humana era insuficiente para poder atender à solicitação do monarca 
(v. 11, nota). Somente a revelação divina poderia prover a resposta. 
•2.20 Ver a nota teológica "A Sabedoria e a Vontade de Deus". 
DANIEL 2 986 
---- -------
A SABEDORIA E A VONTADE DE DEUS 
Dn 2.20 
"Sabedoria", nas Escrituras, significa escolher os melhores e mais nobres fins a serem alcançados, empregando os mais 
apropriados e efetivos meios que permitam alcançar esses fins. A literatura de sabedoria, no Antigo Testamento, incluindo Jó, 
Provérbios, Eclesiastes e alguns dos Salmos (19; 37; 104; 107; 147; 148), trata não apenas da vida do culto ou do exercício 
religioso no sentido restrito, mas também de comportamentos morais diários na família, nos relacionamentos sociais e nos 
negócios. No Novo Testamento, a Carta de Tiago também pode ser considerada "literatura de sabedoria'', com sua descrição 
em linguagem direta da vida cristã prática. À luz da literatura de sabedoria das Escrituras, a sabedoria cristã consiste em fazer 
do "temor do Senhor" - cultuá-lo com reverência e servi-lo - o objetivo da vida (Pv 1. 7; 9.1 O; Ec 12.3). 
A sabedoria de Deus é vista nas suas obras de criação, preservação e redenção: é a escolha de sua própria glória como seu 
objetivo (SI 46.1 O; Is 42.8; 48.11) e sua decisão de alcançar esse objetivo, primeiro, pela criação de uma maravilhosa 
variedade de coisas e de pessoas (SI 104.24; Pv 3.19-20); em segundo lugar, pelas graciosas providências (SI 145.13-16; At 
14.17); e, em terceiro lugar, pela "sabedoria" redentora de "Cristo crucificado" ( 1 Co 1.18-2.16) e a resultante Igreja cristã no 
mundo (Ef 3.10). 
A concretização da sabedoria de Deus envolve a expressão de sua vontade em dois diferentes sentidos. No primeiro, a 
vontade de Deus é "seu eterno propósito, segundo o conselho de sua vontade, pelo qual, para a sua própria glória, ele 
preordenou tudo o que acontece" (p. 7, Breve Catecismo de Westminster). Esse "eterno propósito" é a vontade decretatória 
de Deus referida em Ef 1.11. No segundo sentido, a vontade de Deus são seus mandamentos, isto é, suas instruções dadas 
nas Escrituras, concernentes a como seu povo deve crer e comportar-se. Esta é, às vezes, chamada de sua "vontade 
preceptiva" e é referida em Rm 12.2; Ef 5.17; CI 1.9; 1 Ts 4.3-6. Algumas dessas exigências estão enraizadas no seu santo 
caráter, que devemos imitar: tais são os princípios do Decálogo e os dois grandes mandamentos (Êx 20.1-17; Mt 22.37-40; cf. 
Ef 4.32-5.2). Algumas dessas exigências surgem simplesmente da instituição divina. Tais eram a circuncisão e as leis 
sacrificais e de purificação do Antigo Testamento, e tais são o Batismo e a Ceia do Senhor, hoje. Porém, todas, em seu 
respectivo tempo, são obrigatórias para a consciência, e o plano de Deus nos acontecimentos (seu "eterno propósito") já 
inclui as "boas obras" de obediência que os que crêem praticarão (Ef 2.1 O). 
Às vezes, é difícil e mesmo impossível, para seres humanos mortais, compreender como a obediência - que nos põe em 
desvantagem no mundo - é parte de um plano predestinado que promove não só a glória de Deus, mas também nosso bem 
(Rm 8.28). Nós, porém, glorificamos a Deus por crermos que é assim, pois Deus, que não pode mentir, assim o disse. Um dia, 
veremos que, de fato, é assim, porque a sua sabedoria é perfeita e nunca falha. 
eternidade a eternidade, mporque dele é a sabedoria e o po-
der; 21 é ele quem muda no tempo e as estações, ºremove 
reis e estabelece reis; Pele dá sabedoria aos sábios e entendi-
mento aos inteligentes. 22 qEle revela o profundo e o escon-
dido; 'conhece o que está em trevas, e 5 com ele mora a luz. 
23 A ti, ó Deus de meus pais, eu te rendo graças e te louvo, 
porque me deste sabedoria e poder; e, agora, me fizeste sa-
ber o que te 1pedimos, porque nos fizeste saber 8este caso 
do rei. 
24 Por isso, Daniel foi ter com Arioque, ao qual o rei tinha 
constituído para exterminar os sábios da Babilônia; entrou e 
lhe disse: Não mates os sábios da Babilônia; introduze-me na 
presença do rei, e revelarei ao rei a interpretação. 25 Então, 
Arioque depressa introduziu Daniel na presença do rei e lhe 
-------- ---
disse: Achei um dentre os filhos dos cativos de Judá, o qual 
revelará ao rei a interpretação. 26 Respondeu o rei e disse a 
Daniel, cujo nome era Beltessazar: Podes tu fazer-me saber o 
que vi no sonho e a sua interpretação? 27 Respondeu Daniel 
na presença do rei e disse: O mistério que o rei exige, nem 
encantadores, nem magos nem astrólogos o podem revelar 
ao rei; 28 "mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios, 
pois fez saber ao rei Nabucodonosor vo que há de ser nos 
últimos dias. O teu sonho e as visões da tua cabeça, quando 
estavas no teu leito, são estas: 29 Estando tu, ó rei, no teu 
leito, surgiram-te pensamentos a respeito do que há de ser 
depois disto. x Aquele, pois, que revela mistérios te revelou o 
que há de ser. 30 2 E a mim me foi revelado este mistério, não 
porque haja em mim mais sabedoria do que em todos os 
• m[1Cr 29.11-12; Já 12.13; SI 1~7 5; Jr 3219; Mt 6.13; Rm 11 33] - 21 n SI 31.15; Et 1.13; Dn 2_9, 7.25 ºJá 12.18; [SI 75.6-7; Jr 27.5; Dn 
4.35] P 1fls 3.9-10; 4.29; [Tg 1.5] 22 q Já 12.22; SI 25.14; [Pv 3.22] r Já 26.6; SI 139.12;[Is 45_ 7; Jr 23.24; Hb 4_ 13] s [SI 36.9]; Dn 5.11.14; 
[1Tm 6_16; Tg 1.17; 1Jo 1.5] 23 ISI 21.2,4; Dn 2_ 18,29-30 8 Lit esta palavra 28 "Gn 40.8; Am 4.13 VGn 49.1; Is 2.2; Dn 10.14; Mq 4.1 
29 x [Dn 2.22.28] 30 z At 3_ 12 
•2.21 remove reis e estabelece reis. Daniel alude ao conteúdo do sonho de 
Nabucodonosor. 
•2.22 Ele revela o profundo e o escondido. O cap_ 28 do Livro de Já é um 
quadro cuidadosamente traçado da sabedoria que "está encoberta aos olhos de 
todo vivente" (Jó 2821 I. a qual é inacessível sem a ajuda de Deus. 
•2.24 Não mates os sábios da Babilônia. Daniel exorta o rei a mostrar-se 
misericordioso com os sábios da Babilônia, apesar da incapacidade de eles saberem 
qual o sonho de Nabucodonosor. conforme ficou claramente demonstrado. 
•2.28 há um Deus no céu, o qual revela os mistérios. Da mesma forma que 
José tinha feito no Egito (Gn 40.8; 41.16). assim também Daniel atribui a Deus 
seu conhecimento sobre o sonho de Nabucodonosor. O Deus de Daniel revelou ao 
jovem Daniel o que a astrologia. a magia e as artes ocultas não puderam 
descobrir 
nos últimos dias. Esta expressão parece variar em significado do "tempo do 
fim". tecnicamente chamada de "o eschaton" (Ez 38 16). para simplesmente o 
futuro em geral (Gn 49 1; Dt 4.30; 31.29). 
987 DANIEL 2, 3 
viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, 
ªe para que ºentendesses 1 as cogitações da tua mente. 
31 Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; 
esta, que era imensa e de extraordinário esplendor, estava em 
pé diante de ti; e a sua aparência era terrível. 32 b A cabeça era 
de fino ouro, o peito e os braços, de prata, o ventre e os 
quadris, de bronze; 33 as pernas, de ferro, os pés, em parte, de 
ferro, em parte, de 2barro. 34 Quando estavas olhando, uma 
pedra foi cortada csem auxílio de mãos, feriu a estátua nos 
pés de ferro e de barro e os esmiuçou. 35 dEntão, foi junta· 
mente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, 
os quais se fizeram e como a palha das eiras no estio, e o vento 
os levou, !e deles não se viram mais vestígios. Mas a pedra 
que feriu a estátua se 8tornou em grande montanha, hque 
encheu toda a terra. 
36 Este é o sonho; e também a sua interpretação diremos ao 
rei. 37 iTu, ó rei, rei de reis, ia quem o Deus do céu conferiu o 
reino, o poder, a força e a glória; 38 a cujas mãos foram 
entregues os filhos dos homens, 1onde quer que eles habitem, 
e os animais do campo e as aves do céu, para que dominasses 
sobre todos eles, mtu és a cabeça de ouro. 39 Depois de ti, se 
levantará "outro reino, ºinferior ao teu; e um terceiro reino, de 
bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra. 40 PO quarto 
reino será forte como ferro; pois o ferro a tudo quebra e 
esmiúça; como o ferro quebra todas as coisas, assim ele fará em 
pedaços e esmiuçará. 41 Quanto ao que viste dos pés e dos 
artelhos, em parte, de barro de oleiro e, em parte, de ferro, será 
esse um reino dividido; contudo, haverá nele alguma coisa da 
firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de 
lodo. 42 Como os artelhos dos pés eram, em parte, de ferro e, 
em parte, de barro, q assim, por uma parte, o reino será forte e, 
por outra, será 3frágil. 43 Quanto ao que viste do ferro 
misturado com barro de lodo, misturar-se-ão mediante 
casamento, mas não se ligarão um ao outro, assim como o 
ferro não se mistura com o barro. 44 Mas, nos dias destes reis, 
'o Deus do céu suscitará um reino 5 que não será jamais 
destruído; este reino não passará a outro povo; 1esmiuçará4 e 
5 consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para 
sempre, 45 "como viste que do monte foi cortada uma pedra, 
sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, 
a prata e o ouro. O Grande Deus fez saber ao rei o que há de 
ser futuramente. Certo é o sonho, e fiel, a sua interpretação. 
4ó vEntão, o rei Nabucodonosor se inclinou, e se prostrou 
rosto em terra perante Daniel, e ordenou que lhe fizessem 
oferta de manjares xe suaves perfumes. 47 Disse o rei a Da· 
niel: Certamente, o zvosso Deus é o Deus dos deuses, e o 
Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste reve· 
lar este mistério. 48 bEntão, o rei engrandeceu a Daniel, ce 
lhe deu muitos e grandes presentes, e o pôs por governador 
de toda a província da Babilônia, como também o fez d chefe 
supremo de todos os sábios da Babilônia. 49 A pedido de Da· 
niel, e constituiu o rei a Sadraque, Mesaque e Abede·Nego so-
bre os negócios da província da Babilônia; Daniel, porém, 
!permaneceu 6na corte do rei. 
Li\IT'ados os companheiros de Daniel 
da fornalha de fogo 
3 O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro que ti· nha 1 sessenta côvados de altura e seis de largura; le· 
vantou-a no campo de Dura, na província da Babilônia. 
A ªDn2.47 9Conhecesses lospensamentos 32bDn2.38,45 332Dubarroqueimado 34C[Zc4.6] 35d[Ap16.14] 8 0s13.3ÍSI 
37 10,36 g[ls 2.2-3] h SI 80.9 37 i Jr 27.6-7 /Ed 1.2 38 IDn 4.21-22 m Dn 2.32 39 n Dn 5.28.31 o On 2.32 40 P Dn 7.7,23 42 q Dn 
7.24 3Qu quebradiço 44 'Dn 2.28.37 s[Lc 1.32-33] tis 60.12 4Qu esmagará 5Ut.porá um fim a 45 uDn 2.35 46 VAt 10.25; 14.13 XEd 
6.1 o 47 ZDn3.28-29; 4.34-37 ª[Dt 1o17] 48b[Pv14.35; 211] CDn 2.6 dDn 4.9; 5.11 49 8 Dn 1.7; 3.12/Et 2.19,21; 3.2 óUt.noportão 
CAPÍTULO 3 1 1 27 m. aproximadamente 
•2.32-33 ouro ... ferro ... barro. Há uma diminuição progressiva no valor dos 
materiais na imagem, da cabeça para os pés. 
•2.34 pés de ferro e de barro. Alguns intérpretes vêem a mistura de ferro e 
barro, nos pés da imagem. como representativa de uma segunda fase do quarto 
reino. diferente das pernas de ferro sólido (cf. os vs. 41-43). 
•2.37-40 rei de reis ... O quarto reino. Os quatro reinos têm sido geralmente 
entendidos desde Josefa (século 1 d.C 1 como sendo os impérios da Babilônia. 
medo-persa, Grécia e Roma. Mas outros os entendem como sendo os reinos da 
Babilônia, da Média, da Pérsia e da Grécia, uma seqüência em consonância com o 
ponto de vista crítico segundo o qual o livro foi escrito, depois dos fatos, por uma 
testemunha viva durante o período da ascendência dos gregos, no Oriente 
Médio. Entretanto. os símbolos dos animais, em Dn 7.4-7, ajustam-se, 
historicamente. à estrutura anterior de um Império Medo-Persa combinado, 
deixando a Grécia como o terceiro e Roma como o quarto reino. O apelo de Dario 
à única "lei dos medos e dos persas" (Dn 6.12; cf. 5 28) concorda com a primeira 
ordem dos quatro impérios mundiais. 
•2.43 misturar-se-ão ... mas não se ligarão um ao outro. Os elementos 
formadores do quarto reino não podem preservar sua união. Uma interpretação 
possível da imagem é que o ferro representa a cultura e as leis da Roma imperial. 
enquanto que o barro representa as tradições políticas e sociais divergentes das 
suas muitas partes formadoras. O quarto reino, embora poderoso, é temporário. 
•2.44 destes reis. A interpretação mais natural é que os reis são os governan-
tes das quatro potências mundiais que compõem a imagem que acaba de ser 
descrita. A outra possibilidade é que eles são uma seqüência de diversos 
governantes somente do quarto reino. 
um reino que não será jamais destruído. O reino eterno é o reino de nosso 
Senhor Jesus Cristo (Is 9.7; Lc 1.33; Hb 1.8; Ap 11.15). Esse reino foi inaugurado 
e pregado por ocasião do primeiro advento de Cristo (Me 1.15; Mt 12.28; 24.14). 
mas só chegará à sua plenitude por ocasião do segundo advento de Cristo. Ver "O 
Reino de Deus", em Lc 17.20. 
•2.46 o rei Nabucodonosor ... se prostrou rosto em terra perante Daniel. Em 
uma reversão de papéis, Daniel é exaltado a uma posição de honra pela intervenção 
do Senhor em seu favor. Quamo à reação do rei, comparar com At 14.11; Ap 22.8. 
•2.47 Deus dos adeuses. A declaração de Nabucodonosor não significa, 
necessariamente. que ele tivesse reconhecido o Deus de Israel como sendo o 
único Deus. A sua exclamação reconhece tão-somenteque o Deus de Israel é su-
perior aos outros deuses. 
o Senhor dos reis. Nabucodonosor confessa que o Deus de Israel é o Deus su-
premo sobre os governantes e os reinos humanos. Este é o tema unificador de Dn 
1-6 (Introdução: Características e Temas). 
•2.48 toda a província da Babilônia. O Império Babilônico estava dividido em 
províncias. Daniel foi nomeado governante (cf. 3.2) da província onde estava a capi-
tal do império. José e Mordecai também foram elevados. como judeus, ao poder 
político em uma terra estrangeira. Ver Gn 41.37-44 (José) e Et 8.1-2 (Mordecai) 
•3.1 uma imagem de ouro. Embora as proporções da largura pudessem sugerir 
um obelisco e não uma estátua, o monumento é chamado de "imagem". 
Provavelmente, se tratasse de uma figura em pé sobre um pedestal. 
Provavelmente, fosse banhado a ouro, pois a imagem se parecia muito com 
aquela descrita em Is 40.19; 41.7; Jr 10.3-9. 
campo de Dura. Situado. provavelmente, 1 O km ao sul da cidade de Babilônia. 
DANIEL 3 988 
2 Então, o rei Nabucodonosor mandou ajuntar os sátrapas, os 
prefeitos, os governadores, os juízes, os tesoureiros, os magis-
trados, os conselheiros e todos os oficiais das províncias, para 
que viessem à consagração da imagem que o rei Nabucodo-
nosor tinha levantado. 3 Então, se ajuntaram os sátrapas, os 
prefeitos, os governadores, os juízes, os tesoureiros, os magis-
trados, os conselheiros e todos os oficiais das províncias, para 
a consagração da imagem que o rei Nabucodonosor tinha le-
vantado; e estavam em pé diante da imagem que Nabucodo-
nosor tinha levantado. 4 Nisto, o arauto apregoava 2em alta 
voz: Ordena-se a vós outros, ªó povos, nações e homens de 
todas as línguas: 5 no momento em que ouvirdes o som da 
trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita 
de foles e de toda sorte de música, vos prostrareis e adorareis 
a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor levantou. 6 Qual-
quer que se não prostrar e não a adorar será, no mesmo ins-
tante, blançado na fornalha de fogo ardente. 7 Portanto, 
quando todos os povos ouviram o som da trombeta, do pífaro, 
da harpa, da cítara, do saltério e de toda sorte de música, se 
prostraram os povos, nações e homens de todas as línguas e 
adoraram a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tinha 
levantado. 
8 Ora, no mesmo instante, se e chegaram alguns homens 
caldeus e acusaram os judeus; 9 disseram ao rei Nabu-
codonosor: dó rei, vive eternamente! 10 Tu, ó rei, baixaste 
um decreto pelo qual todo homem que ouvisse o som da 
trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita 
de foles e de toda sorte de música se prostraria e adoraria a 
imagem de ouro; 11 e qualquer que não se prostrasse e não 
adorasse seria lançado na fornalha de fogo ardente. 12 eHá 
uns homens judeus, que tu constituíste sobre os negócios da 
província da Babilônia: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; 
estes homens, ó rei/não fizeram caso de ti, a teus deuses não 
servem, nem adoram a imagem de ouro que levantaste. 
13 Então, Nabucodonosor, girado e furioso, mandou 
chamar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. E trouxeram a 
estes homens perante o rei. 14 Falou Nabucodonosor e lhes 
disse: É verdade, ó Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que 
vós não servis a meus deuses, nem adorais a imagem de ouro 
que levantei? 1s Agora, pois, estai dispostos e, quando 
ouvirdes o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do 
saltério, da gaita de foles, prostrai-vos e adorai a imagem que 
fiz; porém, se não a adorardes, sereis, no mesmo instante, 
lançados na fornalha de fogo ardente. hE quem é o deus que 
vos poderá livrar das minhas mãos? 16 Responderam 
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei: Ó Nabucodonosor, 
iquanto a isto não necessitamos de te responder. 17 Se o 
nosso iDeus, a quem servimos, quer 1livrar-nos, ele nos 
livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. 
18 Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus 
deuses, mnem adoraremos a imagem de ouro que levantaste. 
19 Então, Nabucodonosor se encheu de fúria e, trans-
tornado o aspecto do seu rosto contra Sadraque, Mesaque e 
Abede-Nego, ordenou que se acendesse a fornalha sete vezes 
mais do que se costumava. 20 Ordenou aos homens mais 
poderosos que estavam no seu exército que atassem a 
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e os lançassem na fornalha 
de fogo ardente. 21 Então, estes homens foram atados com os 
seus mantos, suas túnicas e chapéus e suas outras roupas e 
foram lançados na fornalha sobremaneira acesa. 22 Porque a 
palavra do rei era 3 urgente e a fornalha estava sobremaneira 
acesa, as chamas do fogo mataram os homens que lançaram de 
cima para dentro a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. 23 Estes 
três homens, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, caíram 
atados dentro da fornalha sobremaneira acesa. 
24 Então, o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou 
depressa, e disse aos seus 4 conselheiros: Não lançamos nós 
três homens atados dentro do fogo? Responderam ao rei: É 
verdade, ó rei. 25 Tornou ele e disse: Eu, porém, vejo quatro 
homens soltos, que n andam passeando dentro do fogo, sem 
nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ºa 5 um 
filho dos deuses. 26 Então, se chegou Nabucodonosor à porta 
• 4 ª Dn 4.1. 625 -; L1;~com f;~ -6 b~~;~~2;, Ez-;218-22~ Mt 13 ~2.~0; ~p 9 2; 13,;5~14.11~~d 4.12-16; Et 3.89; Dn~12-13 ~ 
9 dDn 24; 5.10; 6.6,21 12 e Dn 249/Dn 1.8; 6.12-13 13 gDn 2.12; 3.19 15 h Ex 5 2; 2Rs 18.35; Is 36 18-20; Dn 247 16 i[Mt 
10.19] 17 I Jó 5.19; [SI 27.1-2; Is 26.3-4]; Jr 1.8; 15.20-21; Dn 6.19-22 t 1 Sm 17.37; Jr 1.8; 15.20-21; 42.11; Dn 6.16, 19-22; Mq 7.7; 2Co 
1.1 O 18 m Já 13.15 22 3 Ou áspera 24 4 Altos oficiais 25 n [SI 913-9]; Is 43.2 o Jó 1.6; 38. 7; [SI 34. 7]; Dn 3.28 5 Ou um filho de 
Deus ou um anjo 
•3.2 sátrapas ... oficiais. Não são conhecidas as responsabilidades precisas 
destes diferentes oficiais. Cinco dos sete termos são de origem persa. o que 
parece indicar que Daniel não terminou de escrever o.relato senão depois do 
começo do governo persa, que se deu em 539 a C. 
•3.5 trombeta ... saltério. Dentre os seis vocábulos usados para indicar 
instrumentos musicais, os três traduzidos aqui por "harpa". "saltério" e "gaita de 
foles" foram tomados por empréstimo dos gregos. Isso não surpreende, visto que 
a troca internacional de músicos e instrumentos musicais. nas cortes reais, era 
um costume de longa data. A presença desses três termos gregos não 
estabelece que a narrativa tivesse sido escrita após o tempo de Alexandre, o 
Grande. conforme tem sido. algumas vezes, argumentado. 
•3.6 fornalha de fogo ardente. Fornalhas ou fornos eram usados na Babilônia 
para cozer tijolos !Gn 11.3). Execuções na fornalha não eram incomuns IJr 29.22; 
cf. Heródoto 1.86; 4.69; 2 Macabeus 7) 
•3.8 caldeus. Ver 2.2, nota; aqui, "caldeus", provavelmente. indique a questão da 
nacionalidade. Os informantes tinham preconceitos contra os judeus lv 12; cf. Et 
3.5-6). provavelmente. porque tinham inveja da posição privilegiada dos judeus. 
•3.12 Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Ver a nota em Dn 1.7. Ou Daniel 
não estava presente ou foi isentado, por causa de sua elevada posição, de ter que 
demonstrar a sua lealdade (2.48-49). 
•3.15 quem é o deus. Da perspectiva politeísta de Nabucodonosor, não havia 
deus capaz de tal livramento. Sem sabê-lo. Nabucodonosor desafiou o poder do 
Deus de Israel. 
•3.17-18 Se ... quer livrar-nos ... Se não ... Estes versículos expressam o tema 
central deste capítulo. A idéia não é que Deus sempre protegerá o seu povo dos 
danos físicos lls 43.1-2). Ele pode fazer isso e. sem dúvida, é capaz de tanto A 
idéia central é que o povo de Deus devia ser obediente a ele, sem se importar 
quais fossem as conseqüências. 
•3.25 um filho dos deuses. Como Nabucodonosor reconheceu a quarta 
pessoa na fornalha como um ser divino, não ficou explicado (v. 28, nota). Talvez a 
aparição miraculosa fosse, por si mesma. suficientepara que o rei tivesse 
chegado a essa conclusão. 
•3.26 Deus Altíssimo. Este é um título que exprime a autoridade universal de 
Deus. Tal como no v. 29 e em 2.47, tal confissão. nos lábios de um pagão, não é 
989 DANIEL 3, 4 
da fornalha sobremaneira acesa, falou e disse: Sadraque, 
Mesaque e Abede-Nego, servos do PDeus Altíssimo, saí e 
vi.nde\ Então, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego saíram do 
meio do fogo. 27 Ajuntaram-se os sátrapas, os prefeitos, os 
governadores e conselheiros do rei e viram que o fogo não 
teve poder algum Qsobre os corpos destes homens; nem 
foram chamuscados os cabelos da sua cabeça, nem os seus 
mantos se mudaram, nem cheiro de fogo passara sobre eles. 
28 Falou Nabucodonosor e disse: Bendito seja o Deus de 
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu 'anjo e 
livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram 
cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo, a 
servirem e adorarem a qualquer outro deus, senão ao seu 
Deus. 29 5 Portanto, faço um decreto pelo qual todo povo, 
nação e língua que disser blasfêmia contra o 1Deus de 
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja "despedaçado, e as 
suas casas sejam feitas em monturo; vporque não há outro 
deus que possa livrar como este. 30 Então, o rei fez prosperar 
a Sadraque, Mesaque e Al:jede-Nego na província da Babilô-
nia. 
A loucura de Nabucodonosor 
4 O rei Nabucodonosor ªa todos os povos, nações e homens de todas as lfnguas, que habitam em toda a terra: 
Paz vos seja multiplicada! 2 Pareceu-me bem fazer conheci-
dos os sinais e maravilhas bque Deus, o Altíssimo, tem feito 
para comigo. 3 couão grandes são os seus sinais, e quão 
poderosas, as suas maravilhas! O seu reino é reino d sempiter-
no, e o seu domínio, de geração em geração. 
4 Eu, Nabucodonosor, estava tranqüilo em minha casa e 
feliz no meu palácio. s Tive um sonho, que me espantou; e, 
quando estava no meu leito, eos pensamentos e as visões da 
minha cabeça me !turbaram. 6 Por isso, expedi um decreto, 
pelo qual fossem introduzidos à minha presença todos os 
sábios da Babilônia, para que me fizessem saber a interpreta-
ção do sonho. 7 gEntão, entraram os magos, os encantadores, 
os caldeus e os feiticeiros, e lhes contei o sonho; mas não me 
fizeram saber a sua interpretação. 8 Por fim, se me apresen-
tou Daniel, hcujo nome é Beltessazar, segundo o nome do 
meu deus, e 1no qual há o espírito dos deuses santos; e eu lhe 
contei o sonho, dizendo: 9 Beltessazar, ichefe dos magos, eu 
sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum 
mistério te é difícil; eis as visões do sonho que eu tive; 
dize-me a sua interpretação. to Eram assim as visões da 
minha cabeça quando eu estava no meu leito: eu estava 
olhando e vi 1uma árvore no meio da terra, cuja altura era 
grande; 11 crescia a árvore e se tornava forte, de maneira que 
a sua altura chegava até ao céu; e era vista até aos confins da 
terra. 12 A sua folhagem era formosa, e o seu fruto, 
abundante, e havia nela sustento para todos; mdebaixo dela 
os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu 
faziam morada nos seus ramos, e todos os seres viventes se 
mantinham dela. 13 No meu sonho, quando eu estava no 
meu leito, vi num vigilante, ºum santo, que descia do céu, 
14 clamando 1 fortemente e dizendo: P Derribai a árvore, 
cortai-lhe os ramos, derriçai-lhe as folhas, espalhai o seu fruto; 
qafugentem-se os animais de debaixo dela e as aves, dos seus 
ramos. 15 Mas a cepa, com as raízes, deixai na terra, atada 
com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo. Seja ela 
molhada do orvalho do céu, e a sua porção seja, com os 
animais, a erva da terra. 16 Mude-se-lhe o coração, para que 
não seja mais coração de homem, e lhe seja dado coração de 
• 26 P [Dn 4.2-3, 17,34-35] 27 q [Is 43.2]; Hb 11.34 28 r [SI 34.7-8]; Is 37.36; [Jr 17.7]; Dn 6.22-23; At 5.19; 12.7 29 s Dn 6.26 t Dn 
2.46-47; 4.34-37 UEd 6.11; Dn 2.5 von 6.27 
CAPÍTULO 4 1 a Ed 4.17; Dn 3.4; 6.25 2 b Dn 3.26 3 e 2Sm 7.16; SI 89.35-37; Dn 6 27; 7.13-14; [Lc 1.31-33] d [Dn 2.44; 4.34; 6.26] 
5 e Dn 2.28-29/Dn 2.1 7 8Dn 2.2 8 h Dn 1.7 ils 63.11; Dn 2.11; 4.18; 511,14 9 iDn 2.48; 5.11 10 IEz 31.3; Dn 4.20 12 m Jr 
27.6; Ez 17.23; 31.6; Lm 4.20 13 n [Dn 4.17.23] ºDt 33.2, SI 89.7; Dn 8.13; Zc 14.5; Jd 14 14 PEz 31.10-14; Dn 4.23; [Mt 3.10; 7.19; Lc 
13 7-9] QEz 31.12-13; Dn 4.12 1 Lit. com força 
um reconhecimento de que o Senhor de Daniel é o único Deus, mas tão-somente 
que ele é supremo sobre todos os deuses 14.2, 17,34). Para um judeu, porém. isso 
significa que só existe um Deus 14.24-32; 5.18,21; 7.18-27). 
•3.28 anjo. O "anjo" pode ser identificado com o Anjo do Senhqr (Gn 16.7). 
Nesse caso. teria sido uma manifestação visível do próprio Deus IEx 3.2). Deus 
prometeu a sua presença, quando Israel passasse pelo fogo lls 43.1-3). 
•4.1 O rei Nabucodonosor. Este incidente final, no Livro de Daniel, associado a 
Nabucodonosor, deve ser colocado perto do fim do seu reinado de quarenta e três 
anos. quando seus projetos de construção estavam terminados e o seu poderes-
tava no auge lcf. vs. 4,30). Ele representa o mais poderoso reino da terra lvs. 
10-12, nota). em oposição ao governo do Deus Altíssimo. Os registros babilônicos 
de longos períodos de ausência e de atos blasfemos por parte do rei Nabonido 
!governou entre 556-539 a.C.; 5.1, nota) assemelham-se. de algumas maneiras. 
à narrativa de Daniel sobre Nabucodonosor. Uma outra composição escrita, cha-
mada de "Oração de Nabonido", foi descoberta entre os Manuscritos do Mar 
Morto !documentos escondidos antes do ano 70 d.C. por uma comunidade ju-
daica em Qumran e encontrados em 1947). Essa "oração" também é seme-
lhante àquilo que Daniel disse sobre Nabucodonosor. Nabonido é separado da 
sociedade por um período de sete anos e restaurado com a ajuda de um exilado 
judeu. após a confissão de seus pecados. Entretanto, a sua aflição é descrita 
como uma forma de enfermidade da pele e não como um distúrbio mental. 
•4.2 Deus, o Altíssimo. Ver as notas em 2.47; 3.26. 
•4.3 Quão grandes. A confissão de Nabucodonosor. neste versículo e nos vs. 
34-35, comunica o tema central do Livro de Daniel, ou seja, a absoluta soberania 
do Deus de Israel. 
•4.6-7 Ver as notas em 1.20; 2.2. 
•4.8 Beltessazar. Ver a nota em 1.7. 
o espírito dos deuses. O Espírito Santo era o autor imediato do extraordinário 
poder de Daniel para conhecer e interpretar segredos 12.19, nota). As palavras de 
Nabucodonosor concordam com isso, embora ele pudesse estar pensando em 
um outro deus conhecido por ele e não no Deus de Daniel. 
•4.10-12 Uma árvore. Ver Ez 31 quanto a uma extensa descrição da Assíria, 
que usa a figura de uma árvore. Um simbolismo imaginário é usado tanto com 
relação a indivíduos justos, quanto a indivíduos ímpios e também sobre nações 
ISI 1.3; 37.35; 52.8; 92.12; Jr 11.16-17; 17.8). 
•4.11 a sua altura chegava até ao céu. A palavra "céu" é um vocábulo-chave 
neste capítulo. Embora o reino de Nabucodonosor chegasse, em sua altura, da 
terra ao céu, o céu condena o seu orgulho, relembrando-lhe que sua autoridade e 
até sua sanidade mental são dádivas de Deus. 
•4.13 vigilante. Um nome usado somente aqui no Antigo Testamento para 
indicar um anjo. 
•4.16 coração de animal. O distúrbio mental mediante o qual uma pessoa se 
imagina um animal é chamado de "zoantropia" lum nome composto das palavras 
gregas que significam "animal" e "homem"). 
l 
DANIEL 4 990 
animal; e passem sobre ela sete rtempos2 . 17 Esta sentença é 
por decreto dos vigilantes, e esta ordem, por mandado dos 
santos; a fim de 'que conheçam os viventes 1 que o Altíssimo 
tem domínio sobre o reino dos homens; e o "dá a quem quer 
e até ao vmais humilde dos homens constitui sobre eles. 
18 Isto vi eu, rei Nabucodonosor, em sonhos. Tu, pois, ó 
Beltessazar, dize a interpretação, xporquanto todos os 
sábios do meu reino não me puderam fazer saber a interpre-
tação,mas tu podes; 2 pois há em ti o espírito dos deuses 
santos. 
19 Então, Daniel, ªcujo nome era Beltessazar, esteve 
atônito por algum tempo, e os seus pensamentos o 
bturbavam. Então, lhe falou o rei e disse: Beltessazar, não 
te perturbe o sonho, nem a sua interpretação. Respondeu 
Beltessazar e disse: Senhor meu, e o sonho seja contra os 
que te têm ódio, e a sua interpretação, para os teus 
inimigos. 20 d A árvore que viste, que cresceu e se tornou 
forte, cuja altura chegou até ao céu, e que foi vista por 
toda a terra, 21 cuja folhagem era formosa, e o seu fruto, 
abundante, e em que para todos havia sustento, debaixo 
da qual os animais do campo achavam sombra, e em cujos 
ramos as aves do céu faziam morada, 22 eés tu, ó rei, que 
cresceste e vieste a ser forte; a tua grandeza cresceu e 
chega até ao céu, !e o teu domínio, até à extremidade da 
terra. 23 gOuanto ao que viu o rei, um vigilante, um santo, 
que descia do céu e que dizia: Cortai a árvore e destruí-a, 
mas a cepa com as raízes deixai na terra, atada com 
cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; seja ela 
molhada do orvalho do céu, "e a sua porção seja com os 
animais do campo, até que passem sobre ela sete 3 tempos, 
24 esta é a interpretação, ó rei, e este é o decreto do 
Altíssimo, que virá contra o rei, meu senhor: 25 serás 
;expulso de entre os homens, e a tua morada será com os 
animais do campo, e dar-te-ão a icomer ervas como aos 
bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão 
sete 4 tempos por cima de ti, 1até que conheças que o 
Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o m dá a 
quem quer. 26 Quanto ao que foi dito, que se deixasse a 
cepa da árvore com as suas raízes, o teu reino tornará a ser 
teu, depois que tiveres conhecido que o ncéu 5 domina. 
27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e ºpõe termo, 
pela justiça, em teus pecados e em tuas iniqüidades, 
usando de misericórdia para com os pobres; e Ptalvez se 
prolongue qa tua tranqüilidade. 
28 Todas estas coisas sobrevieram ao rei Nabucodonosor. 
29 Ao cabo de doze meses, passeando sobre o palácio real da 
cidade de Babilônia, 30 rfa]ou o rei e disse: Não é esta a 
grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o 
meu grandioso poder e para glória da minha majestade? 
31 ·1 Falava ainda o rei quando desceu 1uma voz do céu: A ti 
se diz, ó rei Nabucodonosor: Já passou de ti o reino. 
32 "Serás expulso de entre os homens, e a tua morada será 
com os animais do campo; e far-te-ão comer ervas como os 
bois, e passar-se-ão sete 6 tempos por cima de ti, até que 
aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos 
homens e o dá a quem quer. 33 No mesmo instante, se 
cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor; e foi expulso de 
entre os homens e passou a comer erva como os bois, o seu 
corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceram 
os cabelos como as penas da águia, e as suas unhas, como as 
das aves. 
34 vMas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, 
levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e 
eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao xque vive 
para sempre, 2 cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de 
geração em geração. 35 ªTodos os moradores da terra são 
por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, bele 
opera com o exército do céu e os moradores da terra; cnão 
há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: d Que fazes? 
36 Tão logo me tornou a vir o entendimento, também, epara 
a dignidade do meu reino, tornou-me a vir a minha 
majestade e o meu resplendor; buscaram-me os meus 
conselheiros e os meus grandes; fui !restabelecido no meu 
reino, e a mim se me gajuntou extraordinária grandeza. 
37 Agora, pois, eu, Nabucodonosor, "louvo, exalço e glorifi-
co ao Rei do céu, porque ;todas as suas obras são verdadei-
ras, e os seus caminhos, justos, ie pode humilhar aos que 
andam na soberba. 
16 rDn 11.13; 12.7 2Possivelmente. anos 17 ss1 9 16; 83.18 tOn 2.21, 4.25.32; 5.21 u Jr 27.5-7; Ez 29.18-20; Dn 2 37; 5.18 v1 Sm 2.8; Dn 
11.21 18 x Gn 41.8, 15; Dn 5.8.15 z Dn 4.8-9; 5.11.14 19 a Dn 4.8 b Jr 4 19; Dn 7.15.28; 8.27 CZSm 18.32; Jr 29. 7; Dn 4.24; 10.16 
20 dDn 4.10-12 22 eon 2.37-38 /Jr 27.6-8 23 g Dn 4.13-15 h Dn 5.21 3 Possivelmente, anos 25 iDn 4.32; 5.21 iSI 106.20 ts183.18; 
Dn 4.2.17,32 m Jr 27.5 4 Possivelmente, anos 26 n Mt 21.25; Lc 15.18 5 Deus 27 o [Pv 28.13]; Is 55.7; Ez 18.21-22; [Rm 2.9-11; 1 Pe 
4 8) P [SI 41 1-3); Is 58.6-7, 10 q 1 Rs 21.29 30 rPv 16.18; Is 13.19; Dn 5.20 31 s On 5 5; Lc 12.20 tOn 4.24 32 u [On 4.25) ô Possivelmente. 
anos 34 v Dn 4.26 x SI 102.24-27; Dn 6.26; 12.7; [Ap 4 1 O] z [SI 1 O 16]; Dn 2 44. 7.14; Mq 4.7; [Lc 1 33] 35 a SI 39.5; Is 40.15, 17 b SI 
115.3; 135 6; Dn 6.27 e Já 34.29; Is 43.13 d Já 9.12; Is 45 9; Jr 18 6; Rm 9.20; [1 Co 2 16] 36 e Dn 4.26 /2Cr 20.20 g Já 42.12; [Pv 22.4; Mt 
633] 37 h Dn 246-47; 3.28-29 i Dt 324; [SI 334]; Is 5 16; [Ap 153] i Êx 18 11. Já 40.11-12; Dn 5.20 
passem sobre ela sete tempos. Isso significa sete períodos de duração não 
especificada lcf. vs. 23.25). como estações. anos ou meses. 
•4.22 és tu, ó rei. Com esta decla1 ação, mais ou menos como Natã fez com 
Davi l2Sm 12. 7). Daniel aplica o sonho a Nabucodonosor. 
•4.25 a tua morada será com os animais do campo. Com detalhes vívidos, 
Daniel explica como a mente de Nabucodonosor entra11a em colapso. Ele seria 
privado de seu trono e perderia a sua dignidade de ser humano. criado para 
controlar os animais e não para imitá-los. 
o Altíssimo tem domínio. O propósito da humilhação de Nabucodonosor era o 
de compeli-lo a reconhecer a soberania de Deus. 
•4.26 o teu reino tornará a ser teu. A Nabucodonosor foi prometido que, 
apesar da seve11dade e da duração de sua enfermidade, ele recuperaria o trono, 
quando reconhecesse a soberania de Deus. 
o céu domina. Ver a nota textual. Esta é a primeira vez nas Escrituras em que a 
palavra "céu" é usada como substituição para "Deus" 14.37) Comparar Mt 5.3 
com Lc 6.20. 
•4.34-35,37 Embora Nabucodonosor confesse a soberania de Deus. ele não 
confessa a crença que o Deus de Israel é o único Deus. Ver a nota teológica "Deus 
Reina: A Soberania Divina". 
•4.37 Rei do céu. Este título ímpar sintetiza o tema do capítulo: o governo divino 
exercido do céu lvs. 3.26 e notas). 
991 
DEUS REINA: A SOBERANIA DIVINA 
Dn 4.34 
DANIEL 5 
---1 
A afirmação de que Deus é absolutamente soberano na criação, na providência e na salvação é básica à crença bíblica e ao 
louvor bíblico. A visão de Deus reinando de seu trono é repetida muitas vezes (1Rs 22.19; Is 6.1; Ez 1.26; Dn 7.9; Ap 4.2; cf. SI i 
11.4; 45.6; 47 .8-9; Hb 12.2; Ap 3.21 ). Somos constantemente lembrados, em termos explícitos, que o Senhor (Javé) reina 
como rei, exercendo o seu domínio sobre grandes e pequenos, igualmente (Êx 15.18; SI 47; 93; 96.10; 97; 99.1-5; 146.10; Pv 
16.33; 21.1; Is 23.23; 52.7; Dn 4.34-35; 5.21-28; 6.26; Mt 10.29-31). O domínio de Deus é total: ele determina como ele 
mesmo escolhe e realiza tudo o que determina, e nada pode deter seu propósito ou frustrar os seus planos. Ele exerce o seu 
governo no curso normal da vida, bem como nas mais extraordinárias intervenções ou milagres. 
As criaturas racionais de Deus, angélicas ou humanas, gozam de livre ação, isto é, têm o poder de tomar decisões pessoais 
quanto àquilo que desejam fazer. Não seríamos seres morais, responsáveis perante Deus, o Juiz, se não fosse assim. Nem 
seria possível distinguir - como as Escrituras fazem - entre os maus propósitos dos agentes humanos e os bons 
propósitos de Deus, que, soberanamente, governa a ação humana como meio planejado para seus próprios fins (Gn 50.20; At 
2.23; 13.26-39). Contudo, o fato da livre ação nos confronta com um mistério. O controle de Deus sobre os nossos atos livres 
- atos que praticamos por nossa própria escolha - é tão completo como o é sobre qualquer outra coisa. Mas não sabemos 
como issopode ser feito. Apesar desse controle, Deus não é e não pode ser autor do pecado. Deus conferiu responsabilidade 
aos agentes morais, no que concerne aos seus pensamentos, palavras e obras, segundo sua justiça. O SI 93 ensina que o 
governo soberano de Deus (a) garante a estabilidade do mundo contra todas as forças do caos (vs. 1-4); (b) confirma a 
fidedignidade de todas as declarações e ensinos de Deus (v. 5) e (c) exige a adoração do seu povo (v. 5). O Salmo inteiro 
1 expressa alegria, esperança e confiança no Todo-Poderoso. 
-·------------ -------
A escritura na parede 
5 O rei Belsazar ªdeu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil. 2 Enquanto 
Belsazar bebia e apreciava o vinho, mandou trazer os 
utensílios de ouro e de prata bque Nabucodonosor, seu 1pai, 
tirara do templo, que estava em Jerusalém, para que neles 
bebessem o rei e os seus grandes, as suas mulheres e 
concubinas. 3 Então, trouxeram os cutensílios de ouro, que 
foram tirados do templo da Casa de Deus que estava em 
Jerusalém, e beberam neles o rei, os seus grandes e as suas 
mulheres e concubinas. 4 Beberam o vinho d e deram 
louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de 
madeira e de pedra. 
s eNo mesmo instante, apareceram uns dedos de mão de 
homem e escreviam, defronte do candeeiro, na caiadura da 
parede do palácio real; e o rei via os dedos que estavam 
escrevendo. 6 Então, se mudou o semblante do rei, e os seus 
pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se 
relaxaram, e os seus !joelhos batiam um no outro. 7 80 rei 
ordenou, 2em voz alta, que se introduzissem hos encantado-
res, os caldeus e os feiticeiros; falou o rei e disse aos sábios da 
Babilônia: Qualquer que ler esta escritura e me declarar a sua 
interpretação será vestido de púrpura, trará uma cadeia de 
ouro ao pescoço 1e será o terceiro no meu reino. B Então, 
entraram todos os sábios do rei; !mas não puderam ler a 
escritura, nem fazer saber ao rei a sua interpretação. 9 Com 
isto, se 1perturbou muito o rei Belsazar, e mudou-se-lhe o 
semblante; e os seus grandes estavam 3 sobressaltados. 
10 A rainha-mãe, por causa do que havia acontecido ao rei 
e aos seus grandes, entrou na casa do banquete e disse: ó rei, 
vive eternamente! Não te turbem os teus pensamentos, nem 
se mude o teu semblante. 11 mHá no teu reino um homem 
que tem o espírito dos deuses santos; nos dias de teu 4 pai, se 
achou nele luz, e inteligência, e sabedoria como a sabedoria 
dos deuses; teu pai, o rei Nabucodonosor, sim, teu pai, ó rei, o 
constituiu chefe dos magos, dos encantadores, dos caldeus e 
A~ CAPÍTULO 5 1 a Et 1.3; l~ 22.12-14 2 b 2Rs; 13; 25~ Ed 1-;~11, Jr 52.19; D~ 1.2 1 Du antepassado 3 e 2Cr 36.1 O - 4 d Is 42.8; 
Dn 5.23; Ap 9.20 5 eDn 4.31 6/Ez 7.17; 21.7 7 gDn 4.6-7; 5.11, 15 h Is 47.13 iDn 6.2-3 2 Lit com força 8 J Gn 41.8; Dn 2.27; 4.7; 
5.15 9 1 Jó 18.11; Is 21.2-4; Jr 6.24; Dn 2.1, 5.6 3 perplexos 11 m Dn 2.48; 4.8-9, 18 4 Du antepassado 
•5.1 O rei Belsazar. O nome "Belsazar" significa "Bel protege o rei" (não deve ser 
confundido com "Beltessazar", o nome babilônico que foi dado a Daniel, 1.7, nota). 
Com base em fontes babilônicas, sabemos que Belsazar foi encarregado dos 
negócios na Babilônia, enquanto seu pai, Nabonido, o último rei da Babilônia, 
passava extensos períodos de tempo em Tema. na Arábia. Os acontecimentos 
deste capítulo ocorreram em 539 a.C., o ano em que os babilônios caíram diante 
dos persas. quarenta e dois anos depois da morte de Nabucodonosor, em 563 a.C. 
•5.2 bebia e apreciava o vinho. Sob a má influência do vinho, Belsazar 
cometeu um ato de sacrilégio. 
seu pai. O pai verdadeiro de Belsazar era Nabonido e não Nabucodonosor. Mas 
não era incomum que os termos "pai" (vs. 11, 13, 18) e "filho" (v. 22) fossem 
usados. respectivamente, como equivalentes de "antepassado" (nota textual) e 
"descendente" 
•5.4 deram louvores aos deuses. Os utensílios do templo de Jerusalém foram 
contaminados não somente por terem sido utilizados para finalidades profanas, 
mas também por terem sido usados para honrar os deuses falsos da Babilônia. 
•5.7 os encantadores, os caldeus e os feiticeiros. Ver as notas em 1.20; 
2 .2; cf 2.27; 4. 7. 
me declarar a sua interpretação. Uma vez mais, um rei requer a ajuda de Daniel 
para compreender o que uma mensagem de Deus significava para ele (25, nora/_ 
terceiro no meu reino. Ou seja, próximo, quento à autoridade, a Nabonido e 
Belsazar (5.1, nota). "Terceiro no reino" é a designação oficial de uma alta 
autoridade, embora não necessariamente a literal terceira autoridade no trono. 
•5. 1 O A rainha-mãe. É impossível que esta fosse uma esposa de Belsazar, visto 
que ela já estava presente no banquete (vs. 2-3). Provavelmente, deva ser 
identificada como uma das poucas mulheres que tinham poder significativo nas 
antigas cortes reais (cf. 1 Rs 15.3; 2Rs 11.1-3; 24.12; Jr 13.18). 
•5. 11 o espírito dos deuses santos. Ver a nota em 4.8. Não é de surpreender 
DANIEL 5 992 
dos feiticeiros, 12 porquanto espírito excelente, conhecimen-
to e inteligência, interpretação de sonhos, 5declaração de 
enigmas e solução de casos difíceis se acharam neste Daniel, 
na quem o rei pusera o nome de Beltessazar; chame-se, pois, 
a Daniel, e ele dará a interpretação. 
13 Então, Daniel foi introduzido à presença do rei. Falou 
o rei e disse a Daniel: És tu aquele Daniel, 6dos cativos de 
Judá, que o rei, meu 7pai, trouxe de Judá? 14 Tenho ouvido 
dizer a teu respeito que 0 o 8 espírito dos deuses está em ti, e 
que em ti se acham luz, inteligência e excelente sabedoria. 
15 Acabam de ser introduzidos à minha presença Pos sábios 
e os encantadores, para lerem esta escritura e me fazerem 
saber a sua interpretação; mas não puderam dar a interpre-
tação destas palavras. 16 Eu, porém, tenho ouvido dizer de ti 
que podes dar interpretações e 9solucionar casos difíceis; 
qagora, se puderes ler esta escritura e fazer-me saber a sua 
interpretação, serás vestido de púrpura, terás cadeia de ouro 
ao pescoço e serás o terceiro no meu reino. 
17 Então, respondeu Daniel e disse na presença do rei: Os 
teus presentes fiquem contigo, e dá os teus prêmios a outrem; 
todavia, lerei ao rei a escritura e lhe farei saber a interpre-
tação. 18 ó rei! Deus, 'o Altíssimo, deu a Nabucodonosor, teu 
1 pai, o reino e grandeza, glória e majestade. 19 Por causa da 
grandeza que lhe deu, 5povos, nações e homens de todas as 
línguas tremiam e temiam diante dele; 1matava a quem 
queria e a quem queria deixava com vida; a quem queria 
exaitava e a quem queria abatia. 20 "Quando, porém, o seu 
coração se elevou, e o seu espírito se tornou soberbo e arro-
gante, foi derribado do seu trono real, e passou dele a sua 
glória. 21 Foi vexpulso dentre os filhos dos homens, o seu 
coração foi feito semelhante ao dos animais, e a sua morada 
foi com os jumentos monteses; deram-lhe a comer erva como 
aos bois, e do orvalho do céu foi molhado o seu corpo, xaté 
que 2conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o 
reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele. 22 Tu, 
Belsazar, que és seu filho, znão humilhaste o teu coração, 
ainda que sabias tudo isto. 23 ªE te 3levantaste contra o 
Senhor do céu, pois foram trazidos os butensílios da 4casa 
dele perante ti, e tu, e os teus grandes, e as tuas mulheres, e 
as tuas concubinas bebestes vinho neles; além disso, deste 
louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de 
madeira e de pedra, e que não vêem, não ouvem, nem sabem; 
mas a Deus, em cuja mão está a tua vida de todos os teus 
caminhos, a ele não glorificaste. 
24 Então, da parte dele foi enviada aquela 5mão que traçou 
esta escritura. 25 Esta, pois, é a escritura que se traçou: 6 MENE, 
MENE, 7TEOUEL e 8 PARSIM. 26 Esta é a interpretação daquilo: 
MENE: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele. 27 TEOUEL: 
e Pesado foste na balança e achado emfalta. 28 PERES: Dividido 
foi o teu reino e dado aos !medos e aos gpersas 9• 
29 Então, mandou Belsazar que vestissem Daniel de 
púrpura, e lhe pusessem cadeia de ouro ao pescoço, e 
proclamassem h que passaria a ser o terceiro no governo do 
seu reino. 30 íNaquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei 
dos caldeus. 31 iE Dario, o medo, com cerca de sessenta e 
dois anos, se apoderou do reino. 
• 12 n Dn 1.7; 4.8 5 Lit. desatar de nós 13 ó Lit. que és dos filhos do cativeiro 70u antepassado 14 o Dn 4.8-9, 18; 5.11-12 8 Ou seja, o 
Espírito de Deus 15 P Dn 5.7-8 16 q Dn 5.7,29 9 Lit. desatar nós 18 r Dn 2.37-38; 4.17,22,25 1 Ou antepassado 19 s Jr 27.7 t Dn 
2.12-13; 3.6 20 u Dn 4.30,37 21 v Dn 4.32-33 x Ez 17.24 2 Reconheceu 22 z 2Cr 33.23; 36.12 23 a Dn 5.3-4 b Êx 40 9 e SI 
115.5-6 d[Jr 10.23] 3Exaltaste 4Templo 24 5Lit.palma 25 ó Lit.umamina [50 unidade de shekel). do verbo "contar" 7Lit. umshekel, do 
verbo "pesar" BLit. e metade de um shekel, do verbo "dividir;" plural de Peres, v. 28 27 es162.9 28/Dn 5.31, 9.1 gDn 6.28 9 Aram. Paras 
consoante a Peres 29 h Dn 5.7, 16 30 i Jr 51.31,39,57 31 iDn 2.39; 9.1 
que a rainha-mãe estivesse mais familiarizada com a vida e a proeminência de 
Daniel do que estava Belsazar. Daniel estaria na sua nona década de vida em 
539 a.C. Ele tinha sido trazido para a Babilônia sessenta e seis anos antes, 
quando jovem (605 a.C.; 1.1, nota). 
•5.12 acharam neste Daniel. Estas dádivas divinas podem ser entendidas 
como a presença do Espírito de Deus em alguém ou, simplesmente, como uma 
característica espiritual notável desse indivíduo. 
Beltessazar. Ver a nota em 1 . 7. 
•5.16 o terceiro no meu reino. Ver a nota no v. 7. 
•5.17 Os teus presentes fiquem contigo. Daniel rejeita o oferecimento de 
Belsazar porque tem consciência de que somente através da misericórdia divina 
ele é capaz de responder ao pedido do rei e ele não quer usar o dom divino, que 
Deus lhe deu, para efeito de ganho pessoal (cf Gn 14.23; 1Sm9.7, nota). Mas por 
qual razão ele aceitou presentes em ocasião anterior (2.48) e também 
posteriormente (v. 29)? Alguns intérpretes acreditam que esteja aqui evitando a 
pressão real para modificar sua terrível mensagem (Nm 22.18; Mq 3.5, 11) 
•5.18 Nabucodonosor, teu pai. Ver a nota no v. 2. 
•5.21-28 Ver "Deus Re1na: A Soberania Divina", em 4.34. 
•5.21 Deus, o Altíssimo, tem domínio. Esta declaração resume a teologia do 
Livro de Daniel (Introdução: Características e Temas). 
•5.22 que és seu filho. Ver a nota no v. 2. 
ainda que sabias tudo isto. Visto que o rei está sem desculpa, até mais do que 
o seu pai, o tempo da misericórdia tinha passado (contrastar com um caso 
diferente em 1T m 1 . 13) 
•5.24 Então. A escrita na parede é a resposta de Deus ao desafio arrogante 
apresentado pelo orgulho de Belsazar e seu desafio ao Deus que tinha 
demonstrado sua existência e soberania nos dias de Nabucodonosor. 
•5.25 MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM. O aramaico, como o hebraico, 
geralmente é escrito sem as vogais, e esta brevíssima inscrição teria sido ambígua. 
•5.26 MENE. Esta palavra aramaica poderia ser um verbo com o sentido de 
"contado" ou um substantivo que significa "mina", uma unidade de valor monetário. 
Daniel a lê como se fosse verbo, para indicar que a duração do reinado de Belsazar 
tinha sido determinada por Deus e estava prestes a terminar (Jr 50.18). 
•5.27 TEQUEL. Este vocábulo também é ou um verbo ou um substantivo. Daniel o 
lê como um verbo com o sentido de "pesado", significando que Belsazar não 
estava à altura dos padrões divinos de retidão. 
•5.28 PERES. Se os convidados para o banquete entenderam os três termos 
como substantivos que indicavam várias unidades de dinheiro \mina ou sessenta 
sidos; teque/, um sido; peres, meio siclo). não é de surpreender que não tenham 
podido entender a inscrição. 
medos e aos persas. Ver a Introdução: Data e Ocasião. 
•5.29 mandou Belsazar. À semelhança de Nabucodonosor, Belsazar honra a 
Daniel (2.48), mas. diferentemente de seu antecessor, ele não honrou ao Deus de 
Daniel (2.46-4 7) 
•5.30 foi morto Belsazar. Não se sabe como Belsazar foi executado. 
Entretanto. os historiadores gregos Heródoto e Xenofonte deixaram registrado 
que a Babilônia foi conquistada de surpresa pelos persas, enquanto os babilônios 
se ocupavam com a orgia e com as danças. 
•5.31 Dario, o medo. Há muito tempo vem sendo alegado que esta e outras 
referências a Dario, o medo, no Livro de Daniel (6.1,6,9,25,28; 9.1; 11.1 ), são 
equívocos históricos. Quanto a esse debate, ver a nota em 6.1. 
993 DANIEL 6 
Daniel na cova dos leões foram juntos, e, tendo achado a Daniel a orar e a suplicar, 
6 Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino a cento e diante do seu Deus, 12 hse apresentaram ao rei, e, a respeito vinte sátrapas, que estivessem por todo o reino; 2 e sobre do interdito real, lhe disseram: Não assinaste um interdito 
eles, três presidentes, dos quais Daniel era um, aos quais estes que, por espaço de trinta dias, todo homem que fizesse 
sátrapas dessem conta, para que o rei não sofresse dano. petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a ti, ó 
3 Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e rei, fosse lançado na cova dos leões? Respondeu o rei e disse: 
sátrapas, ªporque nele havia um espírito excelente; e o rei Esta palavra é certa, 'segundo a lei dos medos e dos persas, 
pensava em estabelecê-lo sobre todo o reino. 4 bEntão, os 2 que se não pode revogar. 13 Então, responderam e disseram 
presidentes e os sátrapas procuravam ocasião para acusar a ao rei: Esse Daniel, ique é 3 dos exilados de Judá, 1não faz 
Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem caso de ti, ó rei, nem do interdito que assinaste; antes, três 
culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele vezes por dia, faz a sua oração. 
nenhum erro nem culpa. 5 Disseram, pois, estes homens: 14 Tendo o rei ouvido estas coisas, mficou muito pena-
Nunca acharemos ocasião alguma para acusar a este Daniel, lizado e determinou consigo mesmo livrar a Daniel; e, até ao 
se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus. pôr-do-sol, se empenhou por salvá-lo. 15 Então, aqueles 
6 Então, estes presidentes e sátrapas foram juntos ao rei e homens 4 foram juntos ao rei e lhe disseram: Sabe, ó rei, que é 
lhe disseram: có rei Dario, vive eternamente! 7 Todos os nlei dos medos e dos persas que nenhum interdito ou decreto 
presidentes do reino, os prefeitos e sátrapas, conselheiros e que o rei sancione se pode mudar. 16 Então, o rei ordenou 
governadores dconcordaram em que o rei estabeleça um que trouxessem a Daniel e o lançassem na cova dos leões. 
decreto e faça firme o interdito que todo homem que, por Disse o rei a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente 
espaço de trinta dias, fizer petição a qualquer deus ou a serves, que ele te livre. 17 ºFoi trazida uma pedra e posta 
qualquer homem e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos sobre a boca da cova; Pselou-a o rei com o seu próprio anel e 
leões. 8 Agora, pois, ó rei, sanciona o interdito e assina a com o dos seus grandes, para que nada se mudasse a respeito 
escritura, para que não seja mudada, segundo a e lei dos de Daniel. 18 Então, o rei se dirigiu para o seu palácio, passou 
medos e dos persas, 1 que se não pode revogar. 9 Por esta a noite em jejum e não deixou trazer à sua presença 5 instru-
causa, o rei Dario assinou a escritura e o interdito. mentas de música; qe 6fugiu dele o sono. 
10 Daniel, pois, quando soube que a escritura estava 19 Pela manhã, ao romper do dia, r1evantou-se o rei e foi 
assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde com pressa à cova dos leões. 20 Chegando-se ele à cova, 
havia janelas abertas do fiado de Jerusalém, gtrês vezes por chamou por Daniel com voz 7triste; disse o rei a Daniel: Da-
dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu niel, servo do Deus vivo! soar-se-ia o caso que o teu Deus, a 
Deus,

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