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ESTRUTURAS METÁLICAS II 2 – LIGAÇÕES SOLDADAS 2018/1 Prof.: Luís Eduardo Silveira Dias Colaboração: Prof.: Lucas Roquete Amparo 2 – LIGAÇÕES COM SOLDA 2.1 - DEFINIÇÃO E PROCESSOS CONSTRUTIVOS A solda é um tipo de união obtida pela fusão das partes adjacentes. A energia para provocar a fusão pode ser: elétrica, química, ótica ou mecânica. A mais empregada na indústria da construção é a elétrica. A fusão do aço é provocada pelo calor produzido por um arco voltaico entre um eletrodo e o aço a soldar, havendo deposição do material do eletrodo. O material fundido deve ser isolado da atmosfera, para evitar a formação de impurezas na solda. Ligações com Solda Os processos de soldagem: Eletrodo manual revestido (versátil, instalações pesadas e de campo, mais utilizada na indústria) Ligações com Solda O revestimento é consumido juntamente com o eletrodo, transformando-se parte em gases inertes, parte em escória. Os processos de soldagem: Arco submerso em material granular fusível Ligações com Solda O eletrodo é um fio metálico sem revestimento, porém o arco voltaico e o metal ficam isolados pelo material granular. Os processos de soldagem: Arco elétrico com proteção gasosa (MIG/MAG) Ligações com Solda O eletrodo é um arame sem revestimento, e a proteção é feita pelo fluxo de um gás (ou misturas de gases). Os processos de soldagem: Arco elétrico com fluxo no núcleo Ligações com Solda O eletrodo é um tubo fino preenchido com o material que protege a poça de fusão. Na fabricação de estruturas metálicas soldadas devem ser tomados cuidados com a retração da solda após o seu resfriamento, pois isso pode levar a distorção dos perfis. Além disso, o aquecimento produzido pela solda e o posterior resfriamento diferenciados entre as partes soldadas resultam em tensões residuais internas. Ligações com Solda Ligações com Solda Vantagens Ligações “mais rígidas” Facilidade para corrigir ou efetuar modificações Menor quantidade de peças Melhores acabamentos Desvantagens Energia elétrica suficiente Maior tempo de montagem Dificuldade na montagem Controle de qualidade 2.2 - TIPOS DE ELETRODOS Os eletrodos utilizados nas soldas por arco voltaico são varas de aço – carbono ou de baixa liga. Os eletrodos com revestimento são designados, segundo a ASTM, por expressões do tipo E70XY, onde: E – eletrodo; 70 – resistência a ruptura da solda em ksi; X – número que se refere a posição da soldagem satisfatória: 1 – qualquer posição; 2 – posição horizontal; Y – número que indica tipo de corrente e de revestimento de eletrodo; E60 = 60 ksi = 415 MPa E70 = 70 ksi = 485 MPa Ligações com Solda 2.3 - SOLDABILIDADE Reflete a maior ou menor facilidade de se obter uma solda resistente e sem fraturas. Os aços devem ser soldáveis, sendo os aços carbonos de 0,25% C e 0,80% de Mn soldáveis sem cuidados especiais. Para o A36 utilizam-se os eletrodos E60XX e E70XX. (Tabela 7 da NBR 8800:2008) Ligações com Solda 2.4 - DEFEITOS a) Fraturas a frio (resfriamento brusco) Ligações com Solda b) Fraturas a quente ZTA – Zona térmica afetada DEFEITOS c) Penetração inadequada Ligações com Solda d) Porosidade Podendo também ocorrer a inclusão de escória (usual em soldas feitas em várias camadas) IMAGENS DE PATOLOGIAS EM SOLDAS Ligações com Solda Inclusão de escória Porosidade Falta de Fusão Excesso de Respingos Ligações com Solda Trincas 2.5 - CONTROLE DE INSPEÇÃO Segundo as especificações da AWS; Visual: dimensões (gabaritos geométricos), penetração inadequada e tricas superficiais; Ultrassom, raios X ou líquido penetrante (em fabricas). Ligações com Solda 2.6 - CLASSIFICAÇÃO DAS SOLDAS QUANTO A POSIÇÃO Segundo a posição da solda em relação ao material- base: Ligações com Solda Tipos de solda de entalhe com penetração total: Ligações com Solda Segundo a posição relativa das peças: Ligações com Solda Posições de soldagem com eletrodos: Ligações com Solda SIMBOLOGIA Ligações com Solda 10.7 - Ligações com Solda 2.7 - EXEMPLOS DE SIMBOLOGIA E INTERPRETAÇÃO Solda de filete, de oficina, ao longo das faces 1-3 e 2-4; as soldas têm 50 mm de comprimento; o eletrodo a ser usado é o E60. Solda de filete, de oficina, dimensão 8 mm em toda a volta. Ligações com Solda 2.7 - EXEMPLOS DE SIMBOLOGIA E INTERPRETAÇÃO Solda de filete, de oficina, dimensão 5 mm, intermitente e alternada, com 40 mm de comprimento e passo igual a 150 mm. As chapas ligadas por soldas intermitentes podem estar sujeitas a flambagem local e corrosão. Ligações com Solda 2.7 - EXEMPLOS DE SIMBOLOGIA E INTERPRETAÇÃO Solda de entalhe em bisel de um só lado, com chapa de espera; a seta aponta em direção à peça com chanfro; chapas de espera são indicadas em soldas de um só lado de penetração total, com intuito de evitar a fuga de material de solda e a consequente penetração inadequada. Chapas de espera devem ser retiradas após a execução pois podem ocasionar fadiga. 2.8 – ELEMENTOS CONSTRUTIVOS PARA PROJETO A) Solda de entalhe Geralmente são previstas para total enchimento do espaço das peças ligadas (penetração total). Utiliza-se nos cálculos a seção metal base de menor espessura. Ligações com Solda t = te (penetração total) Com chanfro em bisel t = y (α > 60º) te = y – 3 mm (45º ≤ α ≤ 60º) (sem penetração total) te = espessura efetiva de solda ou garganta pág 73 – Tabela 9 e 5 – NBR 8800:2008 (valores mínimos) 2.8 – ELEMENTOS CONSTRUTIVOS PARA PROJETO B) Solda de filete Para efeito de cálculo são considerados triângulos retângulos e são denominados pelo tamanho de seus lados. Ex.: filete de 8 mm lados iguais; filete de 6 x 10 mm lados de 6 mm e 10 mm. Ligações com Solda t = 0,7 d 𝐭 = 𝒅𝟏 𝒅𝟐 𝒅𝟏 + 𝒅𝟐 O menor lado é denominado perna do filete. 2.8 – ELEMENTOS CONSTRUTIVOS PARA PROJETO A área efetiva de cálculo de um filete de lados iguais e comprimento de solda lw é: t lw = 0,7 d lw As dimensões mínimas da solda de filete para garantir a fusão dos materiais são dados na tabela 10 pág 74 da NBR 8800:2008. As dimensões máximas são condicionadas à chapa mais fina a ser ligada e são descritas no item 6.2.6.2.2 da NBR 8800:2008 pág 74. Ligações com Solda 2.8 – ELEMENTOS CONSTRUTIVOS PARA PROJETO Exemplos: t < 6,3 mm tem-se bmáx = t t ≥ 6,3 mm tem-se bmáx = t – 1,5 mm bmáx não é especificado E figura 14 da NORMA - pág 75 Ligações com Solda 2.8.1 – RESISTÊNCIA DA SOLDA (Item 6.2.5 da NBR 8800:2008 – pág 71) A força resistente de cálculo da solda é função da área efetiva da solda (Aw) e da área do metal-base (AMB). Assim temos: Aw = te x l te – espessura efetiva l – comprimento efetivo AMB = comprimento da solda x espessura mais delgada da ligação Fw,Rd = resistência de cálculo. Dada na tabela 8 pág 71 da NBR8800:2008. Ligações com Solda 2.8.1 – RESISTÊNCIA DA SOLDA Atenção para o caso: Ligações com Solda 2.8.1 – RESISTÊNCIA DA SOLDA Atenção para o caso: O momento se torna um binário Ligações com Solda 2.9 ESFORÇOS NA SOLDA Ligações Definições Ligações Esforços Soldas devem resistir: Tração; Compressão e/ou Cisalhamento. Ligações Ligações Ligações Ligações 3 Resistências das Soldas 3.1 – SOLDA DE ENTALHE As Resistências de Cálculo das soldas são dadas em função de uma área efetiva da solda: E são dadas também pela área Amb do metal base igual ao produto do comprimento da solda pela espessura mais delgada da ligação. Penetração total: Penetração Parcial: Metal Base: Metal da Solda: 1 , a ymb Rdw fA F 1 , a ymb Rdw fA F 1 , 6,0 w ww Rdw fA F 25,11 w 3.1 – SOLDA DE ENTALHE Para tensões de tração ou compressão paralelas ao eixo da solda de penetração total ou parcial não é preciso verificar a resistência. Para tensões de cisalhamento, são somadas vetorialmente e verificadas: Penetração total: Penetração Parcial: 1 , 6,0 a ymb Rdw fA F 2 , 6,0 w ww Rdw fA F 35,12 w 3.2 – SOLDA DE FILETE Para determinar a área de solda tem-se: Os esforços solicitantes e qualquer direção no plano perpendicular ao eixo longitudinal da solda são considerados como esforços cisalhantes ltAw . 1 , 6,0 a yMb Rdw fA F 2 , 6,0 w ww Rdw fA F 3.3 DISTRIBUIÇÃO DE ESFORÇOS NA SOLDA Nas soldas de filete qualquer que seja a direção do esforço aplicado admite-se para efeito de cálculo que as tensões na solda sejam de cisalhamento na seção da garganta tl Fx x tl Fy y cordãodoocomprimentl antagousoldadeefetivaEspessurat arg 3.4 LIGAÇÃO EXCÊNTRICA POR CORTE Em um ponto qualquer do cordão tenho um esforço cisalhante Tf pela carga F e uma tensão cisalhante causada pelo momento. C.G 3.4 LIGAÇÃO EXCÊNTRICA POR CORTE Ip = Momento polar da área de solda referida ao centro de gravidade ( Ip=Ix+Iy); Podemos escrever as equações em termos dos esforços por unidade de comprimento. tl F f p y p x p m I xeF I yeF r I Fe .. .. . l F tff . r I Fe t p mm . 3.5 SOLDAS COM ESFORÇOS COMBINADOS DE CISALHAMENTO E TRAÇÃO Se na seção considerada, atuarem um esforço cortante V e um momento M os diagramas são dados pela resistência dos materiais NORMA
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