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AmeboseAmebose Giardose Toxoplasmose Classificação dos protozoários de Importância Médica Biologia do Parasito � A amebose ou amebíase é transmitida pelo protozoário Entamoeba histolytica (Shaudinn, 1903). � Apresenta ciclo biológico do tipo monoxênico � Doença cosmopolita responsável por cerca de 100.000 óbitos/anuais.óbitos/anuais. � Século XX estima-se que 12% da população encontrava-se parasitada, mas apenas 10% apresentam sintomatologia. � Em 1977, a OMS assume a Entamoeba dispar (Brumpt, 1925) como espécie infectando o homem. � Entamoeba histolytica - parasita � Entamoeba dispar - comensal Morfologia: Trofozoítos: são encontrados no intestino, nas úlceras, nas fezes diarréicas. Cistos: estão presentes nas fezes normais. Morfologia: Trofozoítos Pré-cisto: fase intermediária entre trofozoíto e o cisto. É ligeiramente oval ou ligeiramente arredondado, menor que o trofozoíto. Metacisto: forma multinucleada que emerge do cisto no intestino delgado, onde sofre divisões, dando origem aos trofozoítos. Cistos: esféricos ou ovais de 8 a 20µm de diâmetro. Quando corados com lugol ou hematoxilina férrica, apresentam núcleos visíveis que varias de 1 à 4. Ciclo Biológico: � Ciclo não-patogênico � Ciclo patogênico E. histolytica fagocitando hemácia. Mecanismos de Transmissão � Ingestão de cistos maduros, com alimentos (sólidos ou líquidos). � Fatores disseminantes:� Fatores disseminantes: � Água não tratada. � Alimentos contaminados � Veiculação e contaminação dos alimentos por insetos � Falta de higiene domiciliar Patogenia e Virulência � Quais fatores estão ligados a ruptura do equilíbrio parasito-hospedeiro? � Fatores ligados ao hospedeiro: Localização geográfica, raça, sexo, idade� Localização geográfica, raça, sexo, idade resposta imune, estado nutricional, dieta, alcoolismo, clima, hábitos sexuais. � Flora bacteriana associada � Colesterol, passagens sucessivas em diversos hospedeiros ou reinfecções sucessivas. Evolução da doença � Pacientes assintomáticos � Ciclo não-patogênico: � Trofozoítos comensais (alimentam-se de bactérias e detritos). � 80 à 90% dos casos � E. dispar ??? � Pacientes sintomáticos � Ciclo patogênico � Trofozoítos invasivos e virulentos (hematófagos) � Período de incubação: de 7 dias a 4 meses. � Classificação segundo a OMS: � Amebíase intestinal � Amebíase extra-intestinal Evolução da doença � Amebíase intestinal: � Colites não-disentéricas � Forma mais freqüente � Caracteriza-se por duas a quatro evacuações, diarréicas ou não, por dia, com fezes moles ou pastosas, às vezes contendo muco ou sangue. E. dispar ou sangue. � Pode apresentar desconforto abdominal ou cólicas. � Raramente há manifestação febril. � Colites disentéricas ou amebianas � Aparece mais freqüente de modo agudo. � Caracteriza-se por cólicas intestinais e diarréia, com evacuações mucossanguinolentas ou com predominância de muco ou de sangue, acompanhadas de cólicas intensas, de tenesmo ou tremores de frio. � Pode haver 8, 10 ou mais evacuações/dia � Nos casos mais graves pode haver perfurações do intestino. Evolução da doença � Amebíase extra-intestinal: � Abscessos hepáticos � Formamais comum da amebíase extra-intestinal. � Caracteriza-se pela tríade: � Dor, febre e hepatomegalia� Dor, febre e hepatomegalia � Podem apresentar: � Febre intermitente e irregular, calafrio, anorexia e perda de peso. � Outros: � Abscessos pulmonares � Abscessos cerebrais Diagnóstico � Clínico: � De difícil diagnóstico devido a superposição de sintomas comuns a outras doenças intestinais. � OBS: Devido a dificuldade do diagnóstico clínico, este só deve ser definitivo pelo encontro de parasitas nas fezes. � Abscesso hepático: � Tríade � Diagnóstico por imagens (raio X, cintilografia, ultrassonografia e tomografia computadorizada). Diagnóstico � Laboratorial: � Exame direto das fezes � Técnicas de concentração: � Método de Faust e cols. � Centrifugação em éter: métodos de MIF e formol-éter. � Sedimentação espontânea (método de Lutz, Hoffmam, Pons e Janer). � Testes Imunológicos: � ELISA � Imunofluorescência indireta � Hemaglutinação indireta Devido a característica intermitente e irregular, aconselha-se coletar as fezes em dias alternados! Tratamento � Os fármacos utilizados no tratamento da amebíase podem ser divididos em três grupos: � Amebicidas que atuam diretamente na luz intestinal. � Ex: Derivados da quinoleína e antibióticos como a eritromicina � Amebicidas tissulares.� Amebicidas tissulares. � Ex: Cloridrato de emetina, cloridrato de diidroemetina e cloroquina. � Amebicidas que atuam tanto na luz intestinal como nos tecidos. � Ex: Metronidazol Profilaxia � Educação sanitária � Combate aos insetos que podem atuar como vetores � Saneamento básico � Vacinação (em fase de estudos) Giardia lambliaGiardia lamblia Classificação dos protozoários de Importância Médica Biologia do Parasito � Doença transmitida por protozoários do gênero Giardia � Apresenta ciclo biológico do tipo monoxênico. � Primeiras descrições foram realizadas no século XVII. � Principais espécies descritas (Filice, 1952): � Giardia duodenalis (mamíferos, aves e répteis)� Giardia duodenalis (mamíferos, aves e répteis) � Giardia muris (roedores, aves e répteis) � Giardia agilis (anfíbios) � As denominações Giardia lamblia, Giardia duodenalis e Giardia intestinalis têm sido empregadas como sinonímia. � Na América Latina, África e Ásia, cerca de 200 milhões de indivíduos apresentam giardíase sintomática, com 500.000 novos casos relatados a cada ano. Morfologia Trofozoítos: medem 12 a 15µm de comprimento e 6 a 8µm de largura, são piriformes, com simetria bilateral. Movimentam-se por intermédio dos 4 pares de flagelos. O disco adesivo ou Disco adesivo Núcleos Corpos parabasais pares de flagelos. O disco adesivo ou suctorial é a principal estrutura de fixação. Cistos: ovalados ou elipsóides com cerca 12µm. Ciclo biológico Mecanismos de Transmissão � Ingestão de cistos maduros, com alimentos (sólidos ou líquidos). � Fatores disseminantes:� Fatores disseminantes: � Água não tratada. � Alimentos contaminados � Veiculação e contaminação dos alimentos por insetos � Falta de higiene domiciliar Patogenia e Virulência � Multifatorial � Fatores ligados ao hospedeiro: � Resposta imune � Estado nutricional� Estado nutricional � pH do suco gástrico � Associação com a microbiota intestinal � Fatores ligados ao parasito: � Cepa � Número de cistos ingeridos Patogenia � Hipóteses sobre a patogênese da diarréia e da má absorção intestinal na giardíase: � Lesão da mucosa intestinal � Ação direta dos trofozoítos sobre a mucosa � Ação imune do hospedeiro desencadeada pelo parasito� Ação imune do hospedeiro desencadeada pelo parasito � Liberação de proteases � Ação mecânica � Atapetamento da mucosa por trofozoítos: � Má-absorção Evolução da doença � Pacientes assintomáticos � Podem liberar cistos por até 6 meses. � Pacientes sintomáticos: � Diarréia aguda autolimitante.� Diarréia aguda autolimitante. � Caracteriza-se : diarréia aquosa, explosiva, de odor fétido, acompanhada de gases com distensão e dores abdominais. Muco e sangue aparecem raramente. � Diarréia persistente acompanhada de esteatorréia, com evidência de má-absorção e perda de peso. Quadro Clínico � Diarréia com esteatorréia � Irritabilidade � Insônia � Náuseas� Náuseas � Vômitos � Perda de apetite (pode ou não ter perda de peso) � Dor abdominal OBS: Faz- se necessário a comprovação laboratorial.Diagnóstico � Laboratorial: � Fezes diarréicas � Utilizar um conservador e realizar o exame direto. � Fezes formadas � Técnicas de concentração:� Técnicas de concentração: � Hoffman � Faust e cols. � Willis � Sorologia: � ELISA � PCR . Tratamento � Esquemas terapêuticos: � Metronidazol (Flagil): 15 a 20 mg/kg durante sete a dez dias consecutivos, para crianças, via oral. A dose para adultos é de 250mg, duas vezes ao dia. � Tinidazol (Fasigyn): dose única de 2g para adultos e 1g para crianças, sobre a forma líquida; este produto também é apresentado crianças, sobre a forma líquida; este produto também é apresentado sobre a forma de supositórios, com bons resultados; deve-se repetir a dose uma semana depois. � Furazolidona (Giarlam): 8 a 10mg/kg de peso por dia (máximo de 400mg/dia) durante sete dias, para crianças. Para adultos, a dose é de 400mg em 24h, em duas ou 4 vezes por dia, durante 7 dias. � Secnidazol (Secnidazol): em dose única de 4 comprimidos, de preferência a noite, tomados em uma das refeições. Crianças com menos de 5 anos: 125mg, duas vezes em 24h, por 5 dias. Profilaxia � Educação sanitária � Combate aos insetos que podem atuar como vetores � Saneamento básico � Vacinação (em fase de estudos) GiardíaseGiardíase Trichomonas Amebíase
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