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CONSTRUTIVISMO - onuf

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Nas Relações internacionais, a teoria construtivista, ou reflexivista, tem seu marco na publicação de “World of our making: rules and rule in social theory and international relations”, de Nicholas Onuf, em 1989. A teoria reflexivista está inserida no chamado Terceiro Debate das teorias de Relações Internacionais entre racionalistas e construtivistas. Os primeiros afirmam que os atores – tomadores de decisão, agências burocráticas, Estados – agem racionalmente, estabelecendo uma hierarquia como critério de escolha de seus objetivos, imprimindo um cálculo utilitarista na tomada de suas decisões e buscando maximizar benefícios e minimizar custos. Os construtivistas, por seu turno, analisam as relações internacionais como se elas ocorressem dentro de uma sociedade cujas normas e agentes se influenciam mutuamente. As preferências dos agentes são, destarte, formadas neste processo
três pressupostos essenciais do construtivismo: a) constituição mútua de agentes e estruturas; b) compreensão da condicionalidade das estruturas não-materiais sobre as identidades e interesses dos atores; e c) importância eqüitativa entre estruturas normativas e materiais, uma vez que ambas moldam o comportamento dos atores.
A perspectiva construtivista, por seu turno, assinala que regimes internacionais não se desenvolvem num vácuo social: eles ocorrem na sociedade de Estados, que possui efeitos constitutivos sobre papéis, identidades e interesses dos atores. Simultaneamente, os atores interferem na estrutura social. As instituições internacionais, nesse sentido, têm efeitos na formação dos papéis, identidades e interesses de seus membros ao mesmo tempo em que o movimento contrário também é verificado. A influência mútua entre agente e estrutura é reforçada pelo fato de que aqueles responsáveis pela criação e operação de regimes são também governados por ele: os Estados. Isso, por si só, já sugere a autoconstituição de identidades e interesses, bem como a importância da percepção que cada ator tem desses elementos. É importante ressaltar que, ainda que os Estados sejam os atores fundadores dos regimes internacionais e, consequentemente, governados por eles, visões construtivistas usualmente atribuem relevância a outros atores.
ugindo do conceito de anarquia tradicional das RIs (com os Estados em pé de igualdade disputando poder e influência), Onuf propõe que, na verdade, há vários tipos de estruturas de dominação (como hegemonia, etc.), que são endossados ou desfeitos com base na afirmação (ou não) de certas regras, que por sua vez dependem do próprio ato discursivo dos Estados. Isso é uma coisa que depende muito de linguística, e ficaria trabalhoso demais explicar a complexidade desse tipo de ato, o discursivo, mas basta entender que no caso seria toda ação que resulta de um processo de comunicação entre os agentes no sistema internacional, e que tem como consequência justamente o reforço ou o enfraquecimento das regras que ditam o “jogo” internacional. 
Onuf é mostrar que as relações entre os agentes não é determinada por um padrão, e sim criada por eles, por meio do próprio relacionamento. É bom perceber inclusive essa diferença de nomenclatura – em teorias mais tradicionais (liberalismo, realismo, etc.), fala-se em “atores”, com papéis definidos. Para constutivistas (e pós-modernos em geral), fala-se em “agentes”, aqueles que têm vontade própria e fazem seus caminhos
Um dos autores em RI classificado como pertencente à virada linguística, e que iremos nos apropriar, é Nicholas Onuf. O interesse de Onuf estaria na zona de convergência entre as Relações Internacionais e o Direito Internacional. Sua abordagem tem por objetivo criar um novo paradigma para as RI. Para ele, o construtivismo se aplica a todas as investigações sociais, e tem o potencial de reunir questões que pareciam sem relação (ZEHFUSS, 2004). Isso porque, segundo Onuf (1989; 1998), as relações internacionais são relações sociais, estudar a primeira é estudar a segunda. Para Onuf (1998), o que faz o ser humano ser (de fato) humano são suas relações sociais. Em outras palavras, são as relações sociais que nos fazem (ou nos constroem) no tipo de seres que somos.
Na teoria de Onuf, os atos (deeds), que consistem nos atos de fala ou ações físicas, criam o mundo. Através desses atos é que os agentes fazem do mundo material “uma realidade social para si mesmos como seres humanos Onuf interpreta o mundo como feito de uma esfera material e uma esfera social, que são distintas, mas estão intimamente ligadas (ZEHFUSS, 2004). “O construtivismo sustenta que as pessoas fazem a sociedade, e que a sociedade faz as pessoas. Isso é um contínuo processo de mão-dupla” (ONUF, 1998, p.59, tradução nossa). Como um constrói o outro (sociedade-indivíduos), a sugestão do autor é que para estudá-los é preciso começar pelo meio. O meio seria uma ponte que liga as duas partes, um terceiro elemento: as regras. As regras sociais são o caminho pelo qual os indivíduos e a sociedade constituem-se continuamente e reciprocamente. Seria o caminho, a própria via de mão-dupla ligando as duas partes. Uma regra, por sua vez, seria uma afirmação que diz às pessoas o que devemos fazer. O termo regras inclui regras legais, mas não se restringe apenas a elas. Para 
os construtivistas como Onuf, as regras fazem com que os seres humanos tornemse agentes, dando a eles a oportunidade de agir sobre o mundo. As regras informam aos agentes como as coisas funcionam e o que eles devem fazer, por isso é que elas estabelecem essa ponte entre o indivíduo e a sociedade (ONUF, 1998). Conforme veremos adiante, as regras derivam dos atos de fala, e todo esse processo de constituição e interpretação das regras passa pela linguagem. Daí a importância que Onuf dá à linguagem em geral, e ao discurso em particular. É nesse ponto que, ao nosso entender, a análise de discurso é uma ferramenta útil aos estudos em que a linguagem é preocupação central.
O construtivismo também é ecletizado no sentido em que tenta se situar entre os constitutivistas e os refletivistas. Os constitutivistas acreditam que não há realidade objetiva e que tudo é discurso, tudo é linguagem, tudo é criado por nós e tudo é passível de ser sensível por nós. Os refletivistas já acreditam numa realidade objetiva, a qual podemos eventualmente conceber.
Construtivismo
O segundo Grande Debate das relações Internacionais, entre neo-realistas e neo-institucionalistas, no qual o primeiro defende uma idéia do Estado como principal ator no Sistema, e onde seus interesses e obtenção de poder são de demasiada importância para sua segurança pela estrutura anárquica que gera desconfiança e propensão ao conflito, e o segundo vê os Estados juntamente com as instituições relevantes no sistema e que a anarquia pode sim levar a cooperação, da qual os atores buscam para o desenvolvimento de cada um, assim o conflito das teorias gerou grande discussão sobre temas importantes para o estudo internacional, como natureza da anarquia, objetivos do Estado e instituições e regimes.
Neste trabalho vamos rever estes temas discutidos pelo Segundo Grande Debate através de enfoques construtivistas analisando e salientando as dimensões da cultura e das identidades, ignoradas pelas perspectivas tradicionais. No entanto, o construtivismo não deve ser pensado como uma teoria, e, sim, como um modelo de raciocínio dentro do qual podemos identificar múltiplas versões de construtivismo.
Na base do argumento construtivista está a idéia de que a realidade é ‘socialmente construída’; as estruturas são definidas, principalmente, por idéias compartilhadas, e não apenas por forças materiais; e as identidades e os interesses dos atores são construídos por aquelas idéias compartilhadas. Essa abordagem investiga a forma como as idéias constituem o mundo no qual vivemos, e como esse processo de constituição ocorre. A resposta oferecida pelo construtivismo afirma que as questões materiais – como o significado do poder ou o conteúdo dos interesses – são, em grande parte, função de idéias,assim como a estrutura e ações dos agentes, pois é em torno delas que se desenvolve o pensamento do construtivismo.
O Construtivismo foi introduzido por Nicholas Onuf, porém começou a ganhar mais ênfase a partir do artigo "Anarchy is what Make of It" de Alexander Wendt publicado em 1992 no período pós Guerra – Fria, no qual o Sistema Internacional esta sofrendo transformações em suas bases ideológicas com impacto da globalização que ao mesmo tempo em que interliga os Estados, também espalha a ocidentalização no mundo, fazendo com que varias culturas perdessem sua identidade.
Assim o construtivismo se foca na explicação da construção social e na sua influencia na Política Internacional a partir do agente e da estrutura. Os agentes seriam os Estados enquanto que a estrutura seria à anarquia, e a construção social seria a interação das identidades de cada agente que a partir de suas idéias dão formação a estruturas juntamente com suas normas fazendo-a por fim sua realidade, portanto essa realidade não pode ser pré-determinada pelo fato de que valores e ideais mudam com o passar do tempo, como explica João Pontes Nogueira e Nizar Messari “a premissa central e comum a todos os construtivistas é que o mundo não é predeterminado, mas sim construído a medida que os atores agem, ou seja, que o mundo é a construção social. É a interação entre os atores, isto é, os processos de comunicação entre agentes, que constrói os interesses e as preferências destes agentes.” (Teoria das Relações Internacionais: Correntes eDebates, p. 166)
Via de regra, o pensamento construtivista surge como uma resposta as demais teorias, que têm um caráter objetivo, tornando-as impossível de ser universal, “Para Wendt, idéias e valores são centrais para qualquer análise e deveriam ser explicadas endogenamente. Sendo as teorias tradicionais incapazes de providencias explicações endógenas para a formação dessas idéias e desses valores” (Teoria das Relações Internacionais: Correntes e Debates, p. 178), pois as teorias anteriores tendem a generalizar os fatos impondo muitos limites as ações e variantes de pensamento, enquanto que os construtivistas ao analisarem valores, culturas e idéias dão uma margem maior para se entender o Sistema Internacional e seus agentes e estrutura.
Vale ressaltar que no “É difícil – para não dizer impossível – falar de um construtivismo só. Existem vários construtivismos, desde o mais declaradamente positivista até o pós-moderno (...) todos são construtivistas, mas todos exibem relações diferentes com as práticas discursivas, a ciência e o conhecimento” (Teoria das Relações Internacionais: Correntes e Debates, p. 184), como dito anteriormente pela teoria em si ser abrangente surgiram várias linhas de raciocínio e idéias que ainda pode se desenvolver pela sua evolução cognativa.
Objetivos do Estado
Segundo Emanuel Adler, “Os construtivistas acreditam que também as idéias têm características estruturais. Em primeiro lugar, as idéias – entendidas mais genericamente como conhecimento coletivo institucionalizado em práticas – são o meio propulsor da ação social; definem os limites do que é cognativamente possível ou impossível para os indivíduos.” (Lua Nova, 1999. p. 206), portanto podemos identificar que as idéias que formam as identidades e valores do Estado vêm da população que forma o conhecimento coletivo.
No construtivismo o conhecimento é tido como uma das maiores fontes de poder, pois nele se “integra o conhecimento e o poder como partes de uma explicação de onde surgem os interesses” (Lua Nova, 1999. p. 224), e esses “interesses nacionais não são apenas conhecimento coletivos de um grupo de pessoas; nem, com raras exceções, de um único individuo dominante. Antes, os interesses nacionais são entendidos intersubjetivos sobre o que se faz necessário para promover poder, influência e riqueza que sobrevivam ao processo político, dada a distribuição de poder e conhecimento em uma sociedade” (Lua Nova, 1999. p. 224).
Então a construção das idéias tem que anteceder os interesses para que assim suas ações tenham maior impacto na estrutura e diante dos outros agentes para melhor projeção do alcance de seu poder, “afirma Wendt que a definição das identidades precede a definição dos interesses e que antes de definir interesse nacional, faz-se necessário definir a identidade que vai informar a formação deste interesse.” (Teoria das Relações Internacionais: Correntes e Debates, p. 179).
Todavia essa projeção também pode ser feita através do discurso que transmita suas idéias e valores, se atendo ao fato de que há fatores na estrutura que não devem ser esquecidos e sim tratados de maneira cautelosa “Onuf põe o discurso como a categoria essencial de sua analise, mas não nega nem a racionalidade, nem menos ainda a materialidade de um (mundo lá fora) ao qual nos referimos com nosso discurso.” (Teoria das Relações Internacionais: Correntes e Debates, p.175).
Portanto os objetivos do Estado que derivam do interesse nacional, além da postura que este irá tomar perante os outros agentes na estrutura sistema, parte da identidade tomada pelo agente que depende dos valores e cultura de sua população que fazem sua construção social coletiva. Sendo assim cada agente terá objetivos diferentes aos quais buscarem e maneiras diferentes de se expor no Sistema, levando em conta também suas capacidades e conhecimento que geram suas condições econômicas e sociais, “Tratando-se de eventos sociais, a distribuição desigual de poder leva a domínios políticos diferentes” (Teoria das Relações Internacionais: Correntes e Debates, p.174).
Natureza da Anarquia
Alguns pensadores afirmam “a negação da anarquia como uma estrutura que define a disciplina de Relações Internacionais. Para esses construtivistas, existe um conjunto de normas e regras que organizam e norteiam as relações internacionais, tornando-as objeto de uma disciplina especifica. (...) a anarquia internacional, é socialmente construída. Isso significa que definir relações internacionais como um espaço de conflito e de competição permanentes é parcialmente correto, já que a natureza da anarquia não é predeterminada: sendo construído, o sistema internacional pode variar entre o conflito e a cooperação. Os processos de construção e reconstrução são permanentes e abrem espaço para a continua possibilidade de mudança.” (Teoria das Relações Internacionais: Correntes e Debates, p. 167).
Assim a estrutura anárquica do sistema não é algo tido como natural, e sim fruto da interação dos agentes e sua posturas perante o sistema, ou seja, a anarquia é construída pelo s interesses e vontade dos Estados e pode ser mudada se necessário, como afirma Onuf, “a anarquia não passa de uma construção social, fruto de regras, e que pode ser mudada e transformada em processos de interação entre agentes e estrutura.” (Teoria das Relações Internacionais: Correntes e Debates, p.172).
“Wendt afirma a existência de três culturas de anarquia: a hobbesiana, a lockeana e a kantiana. A anarquia hobbesiana é caracterizada pela cultura da inimizade (...) A cultura lockeana é uma cultura de rivalidade (...) A cultura kantiana é uma cultura de amizade.” (Teoria das Relações Internacionais: Correntes e Debates,p. 179), a idéia de Wendt apenas reforça que mesmo a anarquia tem suas personificações de acordo com o que os agentes querem e de sua interação com os outros, ainda Wendt afirma, “a anarquia pode reverter tanto lógicas de conflito quanto de cooperação, dependendo do que os Estados querem fazer dela” (Teoria das Relações Internacionais: Correntes e Debates, p. 176).
Logo, para a teoria construtivista a anarquia não é conflituosa, nem cooperativa, mas sim o que os Estados fazem dela perante sua política internacional, assim como sua própria existência como estrutura do sistema pode vir a ter seu fim caso assim os agentes decidam, pois é sua interação e suas idéias conjuntas que constroem socialmente o meio e faz dessas suas regras e normas, “Quando atores políticos interagem, cooperativamente ou não, elesdevem ser capazes de afetar o entendimento um do outro, de modo que possam chegar a uma definição compartilhada da sua situação; podem identificar coletivamente cursos de ação um do outro a tornar essas normas leis através de comunicação simbólica que ameaça a face ou a dignidade.” (Lua Nova, 1999. p. 230).
Instituições e Regimes
As instituições são de grande importância para que os Estados resolvam os problemas generalizados, isto é, que todos afetam, por isso é necessário que essas instituições sejam formadas de acordo com as necessidades presentes e futuras dos agentes, no caso Wendt faz uma critica ao pensamento liberal, pois “De acordo com ele, para discutir o desenho institucional, o pensamento dos liberais, se baseia no conhecimento do funcionamento passado das instituições, enquanto é preciso olhar para o futuro e suas necessidades para desenhar instituições capazes de lidar com esses desafios. Em outros termos, Wendt aproveita-se do debate sobre instituições para afirmar a validade do pensamento normativo: é a eficiência futura das instituições que deve governar seu desenho institucional, e não seu passado” (Teoria das Relações Internacionais: Correntes e Debates,p. 182).
Além do ver se a instituição será necessária, Onuf afirma que é preciso ver a capacidade do agente, isto é, suas limitações, assim “Segundo ele, o debate tradicional sobre instituições nas relações internacionais as considera espontâneas – como é o caso da escola inglesa – ou construídas pelos atores – como é o caso dos institucionalistas norte-americanos. Onuf sugere uma terceira opção: as instituições são construídas pelos agentes, sim, mas o processo de construção é limitado pelas limitações estruturais. Isto é, os agentes não podem construir a instituição que querem, mas sim a instituição que podem.” (Teoria das Relações Internacionais: Correntes e Debates,p. 182). Estas limitações citadas por Onuf podem ter caráter econômico, social e de poder dentre os agentes.
Algumas instituições têm o papel importante no Sistema, como no caso das Nações Unidas que ao longo do tempo adquirir um caráter cada vez mais imponente e tem seu alcance cada vez maior pelas diversas regiões do mundo. Estas instituições segundo Emanuel Adler, “Estabelecendo, articulando e transmitindo normas que definem o que é aceitável e legitimo no comportamento dos Estados, as organizações internacionais podem ser capazes de moldar práticas dos Estados. Mais notável, porém, as organizações internacionais podem encorajar Estados e sociedades a se imaginarem como parte dessa região. O que sugere que as organizações internacionais podem ser um lugar de formação de interesse e identidade” (Lua Nova, 1999. p. 236).
Nesse ponto podemos definir que as instituições devem ter caráter importante para o presente e construção do futuro, os Estados devem forma-las de acordo com suas limitações e necessidades, pois elas podem ter capacidades para formar identidades coletivas dentre os agentes para que assim todos possam ditar novas regras e normas para determinados problemas coletivos como atualmente acontece com o fator climático no planeta.
Concluindo......
Extraídos da literatura construtivista das Relações Internacionais nos temas do Segundo Grande Debate como uma resposta ao neo-institucionalismo e neo-realismo, por sua vez consideradas pelos construtivistas como tendo caráter específico o que as impede de ser universal.
Contudo isto não impede que a teoria construtivista encontre pontos de semelhança com estas, como por exemplo, o papel das instituições, que tem relevância tão importante para a teoria neo-institucionalista assim como a teoria construtivista, e em relação ao neo-realismo um ponto de semelhança é o fato da estrutura do sistema buscar o interesse dos agentes em si.
Os conceitos apresentados foram, principalmente, os de estrutura, agente, identidades, interesses e interação, devido à relevância do papel das idéias na política internacional, considerada como socialmente construída pelos atores através de práticas sociais. As idéias não dizem respeito apenas à estrutura social, na qual interagem os atores e as identidades dos mesmos, mas também ao conteúdo de questões materiais, ao significado do poder e interesses. Partiu-se do pressuposto de que esses conceitos não formam parte de uma teoria de Relações Internacionais, mas de um enfoque ou perspectiva.
A estrutura foi entendida como um fenômeno social e cultural formada por idéias ou conhecimento coletivo que distribui os diferentes papéis entre agentes, que podem ser assumidos no sistema internacional. A estrutura tem efeitos constitutivos sobre as identidades e os interesses dos atores, uma vez que os papéis que representam são tidos como uma função estrutural, e não uma propriedade intrínseca dos mesmos.
Ao tratar esses conceitos, no entanto, deve-se voltar para o passado e apresentar um argumento plausível sobre por que determinadas idéias foram ou são dominantes num tempo e num espaço específicos, para assim entender as ações e a estrutura que formam o mundo atual.
nalisando a teoria construtivista entre os modernistas e os pós modernistas)8endt tenta construir uma ponte entre ambas as tradições atrav*s do desenvolvimentode um argumento pautado na (orma estruturalista e na interação sociológica simbólicaem prol do argumento liberal de 4ue as instituições internacionais são trans(ormadorasde identidades e interesses estatais- .stas identidades e interesses são considerados pelo 
autor como vari3veis dependentes da teoria sistAmica de (orma 4ue envolve aspectossociológicos) sociais) e psicológicos

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