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DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE Sandra Chaves Distrofia de Duchenne • “ Também conhecida como distrofia muscular pseudohipertrófica ou distrofia muscular progressiva” é uma doença hereditária ligada ao cromossomo X, a qual leva ao enfraquecimento progressivo muscular dos indivíduos afetados. • Óbito: infecção respiratória ou insuficiência cardiorrespiratória no final da adolescência Distrofia de Duchenne • Incidência: variam de 13 a 33 pacientes por 100.000 crianças do sexo masculino nascidas vivas. • A prole masculina herda a doença de suas mães, que são assintomáticas. Distrofina • A distrofina (proteína) se localiza na membrana da célula muscular, e que faz parte de um complexo de várias proteínas que, em conjunto, participam da regulação da permeabilidade desta membrana. • A distrofina está ausente ou em quantidade muito reduzida nas células musculares dos pacientes de DMD. Distrofia de Duchenne • DIAGNÓSTICO: • Apresentação clínica • Achados laboratoriais: nível de creatinina cinase sérica elevado • Eletromiografia e biopsia muscular anormais. • Análise genética (masc. e fem.) Apresentação e Progressão Clínica da DMD • Começo insidioso, normalmente com sintomas antes dos 3 anos, entretanto os sintomas podem não ser percebidos por meses ou anos • Os 1º sintomas incluem dificuldade de: – Caminhar, correr – Quedas – Dificuldade em levantarse do chão – Marcha na ponta dos pés – Desorganização e aumento no tamanho de grupos musculares (músculos “pseudo hipertróficos”). Gastrocnêmio, infraespinhoso e deltóide aumento do tecido conjuntivo e das células adiposas Apresentação e Progressão Clínica da DMD Incapacidade intelectual e distúrbios emocionais tem sido associado com DMD Os neurônios motores e sensitivos não estão danificados (SNC e vascular sem muitas mudanças) Pseudo-hipertrofia da Panturrilha Apresentação e Progressão Clínica da DMD • A fraqueza muscular constante e progressiva (fraqueza dos músculos proximais no início da doença e progride rapidamente) que provoca mudanças no equilíbrio e na biomecânica corporal, predispondo a ajustes musculares compensatórios. Um dos achados iniciais: 1- “pseudo-hipertrofia muscular” 2- déficit motor da cintura pélvica: fraqueza do quadril e dos exten- sores de joelho: lordose lombar exagerada 3- Alargamento da base de sustentação 4- Andar gingado Apresentação e Progressão Clínica da DMD • Fraqueza precoce e progressiva de quadril e dos extensores do joelho resultando em lordose lombar exagerada. • Alargamento da base de apoio provocando alteração da marcha do tipo “gingado”. Marcha “gingado”/anserina Sinal de Gower: indica fraqueza muscular proximal: levantase do chão “escalando pelas pernas” Apresentação e Progressão Clínica da DMD Contratura e diminuição da ADM: flexão plantar , inversão e flexão de quadril, joelho Escoliose progressiva (mais tempo sentados) Atrofia da musculatura respiratória, (tosse ineficaz, inf. resp. frequentes). Apresentação e Progressão Clínica da DMD • Marcos da doença: – 6 ou 7 anos; caminhar, subir escadas e levantar do chão s/ dificuldade – 9 ou 10 anos: perda da deambulação s/apoio – 12 ou 13 anos: perda da deambulação c/apoio, órteses Graduação da Força Muscular Intervenção Fisioterapêutica Problemas encontrados nas crianças com DMD: Fraqueza muscular Diminuição da amplitude de movimento (quadril, joelho e tornozelo) Perda da deambulação Diminuição das habilidades funcionais Diminuição da função pulmonar Escoliose progressiva Intervenção Fisioterapêutica Avaliação 1. Habilidade funcional: desempenho estável ou em declínio 2. Teste de força muscular (teste muscular) 3. Goniometria (ADM): dorso flexão do tornozelo, extensão do joelho e extensão de quadril Intervenção Fisioterapêutica • Prevenir deformidades: alongamentos diários e exercícios de ADM, órteses (garantir segurança durante as atividades funcionais) e posicionamento apropriado: manter deambulação • Nível de atividade/exercícios ativos: uso de exercícios submáximos (estresse metabólico e aumento de dano muscular). Exercícios ativos de resistência não são encorajados Intervenção Fisioterapêutica • Programa de deambulação: alongamento passivo e órteses, intervenções cirúrgicas, fisioterapia – prolongamento da deambulação • Uso da cadeira de rodas: quando todos os meios de deambulação tiverem se esgotado. As deformidades aumentam, devese colocar na posição vertical, mesmo sem deambulação Intervenção Fisioterapêutica • Controle do peso: melhorar a mobilidade e autoestima • Minimizando deformidades de coluna:ajuste da cadeira, colete leve da pelve até as axilas • Considerações respiratórias: fraqueza progressiva dos músculos respiratórios + cifoescoliose e desvantagens biomecânicas: VNI, TQT + VM Intervenção Fisioterapêutica – Exercícios ativos sem causar fadiga muscular – Alongamentos diários principalmente do tendão de Aquiles e ísquios tibiais e uso de órteses noturnas para evitar a contratura em flexão plantar e flexão de joelho Intervenção Fisioterapêutica • Alongamento de flexores de quadril em decúbito ventral Intervenção Fisioterapêutica • Alongamento de musculatura posterior e lateral do tronco Intervenção Fisioterapêutica • Tábua de Equilíbrio: visando trabalhar o equilíbrio e a transferência de peso anteroposterior e láterolateral Intervenção Fisioterapêutica • Exercícios na Bola: trabalhar equilíbrio, transferência de peso, dissociação de cinturas (escapular e pélvica), normalização do tônus e aquisição de postura. Intervenção Fisioterapêutica : mecanoterapia Afeta a respiração porque enfraquece os músculos que auxiliam os pulmões a executar seu o trabalho Prognóstico • A infecção pulmonar e/ou insuficiência respiratória são as causas mais freqüentes de óbito, ocorrendo em 75% dos casos. • óbito não está relacionada com a idade de início da manifestação da doença, mais sim com a idade que a criança fica confinada a cadeira de rodas
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