Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FABEL – FACULDADE BELFORD ROXO Data: 22 de novembro de 2017 Professora: Marylin Maia Aluna: Ana Paula da Silva Soares Figueiredo Disciplina: Introdução á Pedagogia –História, formação e campos da atuação Curso: Pedagogia 1º Período – 2º semestre RESUMO DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO DA ESCOLA NOVA Foi um movimento de educadores europeus e norte-americanos, organizado em fins do século XIX, que propunha uma nova compreensão das necessidades da infância e questionava a passividade na qual a criança estava condenada pela escola tradicional. Também conhecida como Educação Nova, a Escola Nova tem seus fundamentos ligados aos avanços científicos da Biologia e da Psicologia. Pode-se afirmar que, em termos gerais, é uma proposta que visa à renovação da mentalidade dos educadores e das práticas pedagógicas. Este movimento teve o seu principal pioneiro: ADOLPHE FERRIÈRRE – (1879 – 1960). Educador, escritor e conferencista suíço. Divulgador da escola ativa e da educação nova na Europa. Suas ideias basearam-se em concepções biológicas, transformando-se numa filosofia espiritualista, pois considerava que o impulso vital espiritual, era a principal raiz da vida. Para ele, o ideal de escola ativa era atividade espontânea, pessoal e produtiva. Com grande influência na área educacional, fundou o Birô Internacional das Escolas Novas (pedagogia nova – características – integral: (intelectual moral e física); ativa e pratica (com trabalhos manuais obrigatórios, individualizada, autônoma campestre em regime de internato e coeducação). FERRIÈRRE criticava a escola tradicional, pois para ele nela não haveria alegria e movimento espontâneo. Uma experiência semelhante aos métodos de projeto. Educava-se a partir das necessidades da criança, desenvolvendo a observação, a associação e expressão. Outros grandes nomes que seguiram este movimento, podemos destacar: JOHN DEWEY, MARIA MONTESSORI, ÉDOUARD CLAPERÈDE e JEAN PIAGET. JOHN DEWEY (1859-1952) foi o primeiro a estruturar esta corrente pedagógica. Uma de suas afirmativas era a de que o ensino deveria dar-se pela ação, assim como, a experiência concreta da vida se apresentava sempre diante de problemas que a educação poderia ajudar a resolver. Dewey apresentava uma concepção educacional bastante pragmática, instrumentalista: buscava a convivência democrática, sem questionar a sociedade de classes e o condicionamento familiar dos educandos, algo que é bastante compreensível tendo em vista o ambiente político e cultural no qual ele se desenvolveu. Priorizava o aspecto psicológico da educação, em prejuízo da análise organizacional capitalista da sociedade, como fator essencial para a determinação da estrutura educacional. De acordo com o autor, a educação era essencialmente processo e não produto; um ato permanente de reconstrução da experiência e da melhoria da eficiência individual. Este processo era o objetivo principal da educação. A educação se confundiria com o próprio modo de viver, o fim educacional estaria nele mesmo. Apesar do posicionamento de Dewey, suas ideias são consideradas bastantes progressistas para a época. Entre elas podemos citar: o autogoverno para os estudantes, a discussão sobre a legitimidade do poder politico, além da defesa da escola pública e ativa. MARIA MONTESSORI (1870-1952), médica, italiana que adaptou para o ensino infantil o método desenvolvido para recuperar crianças com deficiência. Montessori foi a primeira mulher a se doutorar-se em medicina e seus múltiplos interesses levaram-na a estudos diversos. Desenvolveu uma grande quantidade de jogos e materiais pedagógicos que ainda hoje são usados nas instituições de ensino, e adaptou todo o mobiliário escolar para as crianças. Pela primeira vez na história, largamente eram usados mesas e cadeiras em tamanho próprio para as crianças. Ela propunha a atividade infantil através de estímulos, e promovia a autoeducação infantil (com a utilização de meios adequados para isso). O educador tinha uma função não diretiva. Montessori argumentava que somente a criança é educadora de sua personalidade. EDOUARD CLAPARÈDE (1873-1940) preferiu dar à escola ativa (denominação criada por Ferrièrre) outro nome: educação funcional. Para ele, a atividade deveria ser individualizada sem ser individualista, assim como social e socializadora. Em 1912, ele funda o Instituto de Ciências Educativas Jean Jacques Rousseau, em Genebra. O psicólogo cognitivista Jean Piaget (1896-1940), aluno e colaborador de Claparède deu fôlego às pesquisas iniciadas por seu mestre e investigou a Gênese do Desenvolvimento da Inteligência na Criança. Edouard repetiu na Europa a atuação de Dewey, ambos foram os expoentes da pedagogia da ação, durante a primeira metade de século XX. Para Edouard Claparède a era um conjunto de possibilidades que não deve ser abafadas. Todo ser humano tem necessidade vital de saber, de pesquisar e de trabalhar. Manifestando-se nas brincadeiras que não são apenas diversão, mas um verdadeiro trabalho. Com isso, criou a teoria do brinquedo. Segundo ele a educação deveria ter como eixo a ação – e não apenas a instrução pela qual a pessoa recebe passivamente os conhecimentos. Criador do método educação funcional – desenvolvia aptidões individuais e encaminha para os interesses comuns, dentro do conceito democrático de vida social. Jean Piaget (1896-1980) investigou a natureza do desenvolvimento da inteligência na criança, propondo o método da observação para a educação da criança. Criticou a escola tradicional que ensina a copiar e não a pensar. Segundo ele, para obter bons resultados o professor deveria respeitar as leis e as etapas do desenvolvimento da criança. O objetivo da educação deveria ser aprender por si próprio a conquista do verdadeiro.
Compartilhar