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As Implicações da Terceirização no Processo do Trabalho (2)

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As Implicações da Terceirização no Processo do Trabalho: Legitimidade; Condenação 
Solidária ou Subsidiária e Intervenção de Terceiros 1 
 José Pastore 
 Juiz do trabalho. 
Professor da Faculdade de Direito do Sul de Minas. Mestre e doutor em direito do trabalho pela USP 
 
 Os organizadores deste evento pediram-me para falar sobre um tema polêmico. Resolvi aceitar 
o desafio e deixei de lado a segurança dos assuntos tradicionais do processo e apresentei o tema 
enunciado: Implicações da terceirização no Processo do Trabalho: legitimidade; 
responsabilidade solidária ou subsidiária; intervenção de terceiros. 
 Na verdade, não existe tanta polêmica assim a respeito desse tema, mas não porque não haja 
margem para isso e sim porque ele não tem sido tratado sob o ponto de vista da teoria geral do 
processo como deveria. As questões que envolvem esse tema quase sempre têm sido apreciadas 
sob a perspectiva da praticidade. Se as reclamadas apresentam defesas com preliminares de 
ilegitimidade a visão é: "já está aí, agora fica, pois prejuízo não vai causar"; ou defere-se a 
preliminar negando o vínculo empregatício com a tomadora dos serviços; Se a reclamada 
acionada requer denunciação da lide, indefere-se a medida com o argumento de que a 
intervenção de terceiros não cabe no processo do trabalho; ou defere-se a medida, por 
praticidade. Na condenação estabelece-se uma responsabilidade subsidiária da tomadora dos 
serviços, tomando-se como fundamento, pura e simplesmente, o En. 331, do TST. 
 Então, pode até surgir a pergunta: por quê tratar de um tema, sob a perspectiva da teoria do 
processo, se a prática já lhe deu jeito? 
 Considero, no entanto, que fora exatamente essa postura de resolver os questões processuais 
sob a ótica da praticidade que causou os enormes problemas que hoje se enfrenta no direito 
processual do trabalho. 
 Esse modo de fazer atuar o processo - o da praticidade - possui dois problemas principais. 
 Primeiro, que a visão prática de um pode não ser a de outro e a conseqüência disso foi que, na 
ausência de uma teoria consistente, o procedimento trabalhista deixou de atender ao seu 
principal objetivo, que é estabelecer uma previsibilidade da atuação dos sujeitos do processo. O 
que se vê, hoje em dia, é que não existe um procedimento trabalhista, mas o procedimento da 
Junta. A angústia que aflige os advogados não é aprender o procedimento trabalhista como 
conceito, mas conhecer o procedimento de cada Junta, quando não o do juiz que está atuando na 
Junta, em momento determinado. 
 Cabe destacar, entretanto: esse problema não foi criado pelos juízes do trabalho. Os juízes, sob 
este aspecto, são tão vítimas quanto os advogados. Ora, os juízes não podem deixar de cumprir 
o seu dever de dar andamento aos feitos. Precisam ir adiante e o fazem de acordo com os seus 
convencimentos. O problema da diversidade dos procedimentos foi gerado pela falta de uma 
teoria doutrinária processual trabalhista consistente e prevalecente, embasada na teoria geral do 
processo. 
Segundo, que o abandono da técnica processual não se justifica nem mesmo com a intenção de 
se atingir a praticidade, pois a aplicação perfeita da técnica processual não conduz a resultados 
que sejam contrários à simplicidade e à celeridade. Como adverte Barbosa Moreira: "quando 
porventura nos pareça que a solução técnica de um problema elimina ou reduz a efetividade do 
processo, desconfiemos, primeiramente, de nós mesmos. É bem possível que estejamos 
confundindo com os limites da técnica os da nossa própria incapacidade de dominá-la e de 
explorar-lhe a fundo as virtualidades" 2 
Em vários temas de direito processual do trabalho esse mal pode ser detectado. Veja-se, por 
exemplo, o que ocorre com a juntada de documentos; a análise dos requisitos da inicial 
trabalhista; a substituição processual; o ônus da prova; a intervenção de terceiros etc. 
 Mas não podia ser assim. O processo não é um fim em si mesmo. Ele é meramente um 
instrumento, um instrumento para aplicação do direito material. Uma técnica, embasada na 
previsibilidade, que permite a um sujeito do processo saber como deverão atuar os demais 
sujeitos. Ainda que, no mérito, o resultado da lide seja imprevisível, o procedimento deve ser 
um jogo de cartas abertas. 
 Por isso, considera-se imprescindível a construção de uma teoria processual trabalhista que 
possa servir de base para o aprimoramento das questões práticas suscitadas no dia-a-dia das 
Juntas. 
 Para construir uma teoria que sirva como fundamento teórico do direito processual do trabalho 
é preciso, inicialmente, que se recorde a distinção que há entre processo e procedimento. 
 "Grosso modo", processo é o instrumento técnico, oferecido pelo Estado, para aplicar o direito 
material. Esse instrumento tem seus próprios fundamentos teóricos: conceitos e princípios. 
Procedimento é a forma estabelecida para que os diversos atos processuais sejam desenvolvidos. 
Desse modo, o processo do trabalho não é um processo distinto do processo civil. Ambos 
possuem o mesmo objetivo. Por outro lado, não se pode deixar de reconhecer: o procedimento 
trabalhista é diverso do procedimento civil ordinário. 
 A falta dessa perspectiva tem prejudicado sensivelmente o processo trabalhista, pois uns, 
buscando identificar a autonomia do processo do trabalho, desapegam-se da teoria geral do 
processo; e, outros, negando essa autonomia, vinculam-se em tudo ao processo civil, mesmo 
quanto a regras de procedimento. 
 É importante, no entanto, estar a todo tempo, recuperando essa distinção. 
Os conceitos básicos da teoria geral do processo aplicam-se, todos, no processo do trabalho: 
competência; jurisdição; ação; condições da ação (legitimidade, interesse e possibilidade 
jurídica do pedido); pressupostos processuais; nulidades processuais etc. Assim, como os seus 
principais fundamentos: contraditório; possibilidade de ampla defesa; instrumentalidade; 
efetividade; acesso à justiça etc. 
 Por outro lado, o procedimento trabalhista não é o procedimento ordinário previsto no Código 
de Processo Civil. O procedimento trabalhista é, por assim dizer, uma espécie de procedimento 
especial perante o procedimento ordinário civil, como são, por exemplo, os procedimentos 
sumário e sumaríssimo. 
Estalecida essa distinção, o desafio seguinte é o de conhecer melhor o procedimento previsto na 
CLT. Os analistas mais apressados não se cansam de dizer que a CLT é um amontoado de 
regras sem sentido e que por isso torna-se imperioso estar a todo momento complementando-a 
com as regras do processo civil, dada a disposição do art. 769, da CLT. 
Mas, será que é realmente isso? Vejamos. 
A CLT foi publicada em 1943. Nessa época era vigente o Código de Processo Civil de 1939. 
Esse Código foi formulado com base no princípio da oralidade. A oralidade, por influência da 
obra de Chiovenda, era a coqueluche do momento. Aliás, não eram poucos os apologistas da 
oralidade. Quem se der ao trabalho de ler os exemplares da Revista Forense dos anos de 1938 e 
1939 terá a perfeita noção do que se está falando. 
A CLT foi naturalmente impregnada por essas idéias. Há, por isso, um fundamento para as 
regras procedimentais trabalhistas, qual seja, a oralidade. Não se trata, a CLT, portanto, de um 
amontoado de regras sem sentido, criadas por um legislador maluco. 
 E, para compreender ainda melhor o procedimento trabalhista é crucial que se entenda em que 
consiste a oralidade. 
A oralidade é um modo de atuação do processo, que se estabeleceu, a partir dos ideais 
defendidos na Revolução Francesa, para corrigir os defeitos do procedimento escrito que 
imperava na Idade Média. Na Idade Média o processo era sigiloso; complicado (a cada escrito 
correspondia um contra-escrito); formalista ("o que não está nos autos não está no mundo"); 
coisa das partes (só se desenvolvia por iniciativa das partes); e fragmentado (toda decisão era 
recorrível,e as provas eram colhidas por um juiz instrutor). Além disso, a atuação do juiz era 
limitada, imperando o sistema da prova legal (cada tipo de prova tinha um valor prévio 
determinado e o resultado da lide era baseado na quantificação das provas produzidas pelas 
partes). 
O procedimento que se originou do princípio da oralidade, conhecido, por isso mesmo, por 
procedimento oral, fixou-se, por conseguinte, com as seguintes características: busca da 
simplicidade e da celeridade; prevalência da palavra sobre o escrito; provas produzidas perante 
o juiz julgador; juiz que instrui o processo é o juiz que julga; atos realizados em uma única 
audiência ou em poucas, umas próximas das outras; decisões interlocutórias irrecorríveis; 
impulso do processo por iniciativa do juiz; julgamento com base no sistema da persuasão 
racional. 
 Portanto, são fundamentos do procedimento oral trabalhista: 
 a) a primazia da palavra, que prioriza a prova oral em detrimento da prova escrita, que pode ser 
sempre forjada; 
b) a imediatidade, que fornece ao juiz meios de avaliar a veracidade das alegações, analisando 
não o que as pessoas - partes e testemunhas - lhe dizem, mas como o fazem. Conforme visão de 
Platão,"a escrita é morta e não transmite pensamento senão na significação descolorida e 
imperfeita dos signaes, ao passo que na viva voz fallam a physionomia, os olhos, a côr, o 
movimento, o tom, o modo de dizer e tantas outras diversas circumstancias, que modificam e 
desenvolvem o sentido das palavras, facilitando-lhes a inteira e exacta comprehensão" 3. 
A imediatidade, igualmente, é importante para que se iniba que as partes deduzam nos autos 
questões infundadas. 
Como realça Barbosa Moreira,"alegações inconsistentes e argumentos frívolos utilizam-se com 
menores escrúpulos em peças escritas do que em exposição oral, sujeita à réplica imediata do 
adversário e ao controle direito do próprio órgão judicial - pressupostos neste, à evidência os 
poderes necessários e a disposição para exercê-los. De muitas preliminares absolutamente 
infundadas, que se costumam suscitar por escrito nos autos, é lícito duvidar que chegassem a 
formular-se, caso o interessado tivesse de expor-se, para fazê-lo, a incômodos pedidos de 
esclarecimento ou ao risco de um refutação arrasadora in faciem" 4. 
c) a identidade física do juiz, que dá sentido à imediatidade, pois em nada adianta exaltar os 
benefícios da imediatidade se o juiz que vai julgar o feito não é o mesmo que o instruiu. 
O En. 136, do TST, estabeleceu o contrário, mas assim agindo, negou a efetividade do 
procedimento oral trabalhista. O Enunciado, ademais, é embasado no falso pressuposto de que 
quem julga são os juízes classistas e sendo o mandato destes temporário não haveria como 
exigir o cumprimento desse princípio. Entretanto, verdadeiramente, quem julga é o juiz 
presidente, ainda que formalmente a decisão seja do colegiado. Nem mesmo a temporariedade 
dos mandatos dos classistas é óbice à consagração da identidade física, desde que se entenda 
que a vinculação é restrita ao juiz presidente, como, aliás, constava em vários julgados da época 
anterior ao Enunciado. Vide a Ementa abaixo: 
 "Efetivamente, a identidade da pessoa do Juiz exigida pela lei, diz respeito tão sòmente à 
pessoa do Juiz presidente o qual se vincula ao processo desde a instrução até o julgamento..." 
(Processo TRT - 1ª Região - 191-48, Relator Homéro Prates, in Legislação do Trabalho, ano 12, 
1948, p. 251) 
 d) a concentração dos atos, que é o fator de concretização da identidade física do juiz, pois um 
processo cujos atos se realizam em momentos muito distantes uns dos outros dificilmente 
poderá ser julgado pelo mesmo juiz que o instruiu, por diversos fatores. Concentração não 
significa que todos os atos devam ser realizados em uma única audiência, necessariamente. 
Pode se realizar mais que uma audiência para o desencadeamento de todos os atos processuais, 
mas é essencial que as audiências sejam em datas próximas umas das outras. Justifica-se a cisão 
da audiência em audiência inicial e de instrução e julgamento (como ocorreu na Alemanha - 
Stuttgarter Modell), desde que a audiência inicial sirva para realização de uma efetiva atividade 
conciliatória, e que seja vista também como ato saneador do processo, como, aliás, se dá em 
todos os ordenamentos, que acolhendo o princípio da oralidade, estabeleceram uma audiência 
preliminar. Destaque-se que a não realização da audiência inicial como ato saneador é 
responsável por vários retrocessos no iter procedimental ou mesmo a realização de atos inúteis. 
Para consecução desse ideal é essencial a presença do juiz presidente no ato da audiência de 
conciliação, podendo ser exigida pela parte; 
e) a irrecorribilidade das decisões interlocutórias, que é a conseqüência da concentração dos 
atos, pois sendo concentrados os atos não haverá interesse das partes em recorrer das decisões 
interlocutórias, vez que tais decisões poderão ser impugnadas no recurso que se interpuser da 
decisão final. Neste sentido, a concentração dos atos e a irrecorribilidade das decisões 
interlocutórias se ligam numa relação de causa e efeito. A concentração é possível porque as 
decisões interlocutórias são irrecorríveis e as decisões interlocutórias são irrecorríveis porque os 
atos são concentrados. 
Desse modo, não sendo respeitada a concentração, a irrecorribilidade das interlocutórias perde 
sentido. O respeito a essa característica do procedimento oral, sem a presença daquilo que lhe dá 
fundamento, que é a concentração dos atos, causa mais prejuízo à celeridade que a 
recorribilidade. 
 Nestes termos, deve-se pensar em aplicar o recurso de agravo de instrumento no processo do 
trabalho, principalmente, para impugnação das decisões interlocutórias mistas, aquelas que 
provocam um alteração concreta no mundo real (ex.: liminares e tutelas antecipadas), ao invés 
de se utilizar do remédio do mandado de segurança, até porque o juiz quando profere tais 
decisões, de modo algum, age com abuso de poder, pois tal poder lhe é conferido 
constitucionalmente. 
f) e o aumento dos poderes instrutórios do juiz, que faz com que o juiz tenha maior 
responsabilidade pela demora do processo e pelos resultados injustos que o processo possa 
produzir. 
Como o órgão jurisdicional trabalhista é especializado, o procedimento oral só não se concretiza 
por uma aversão natural que os juízes e advogados têm para atuar em um processo que exige 
respostas rápidas e imediatas dos sujeitos que nele atuam. Como acentua Piero Calamandrei, 
"La oralidad tiene necesidad de una preparación inmediata; la escritura permite aplazar el 
estudio para mejor oportunidad, y ésta es una buena razón para que abogados y jueces prefieren 
la escritura." 5 
O reconhecimento de que o procedimento trabalhista está apoiado nesse fundamento teórico 
repercute na análise de vários institutos processuais. 
Vejamos, então, o que ocorre com as implicações processuais da terceirização. 
Em primeiro lugar, é importante recordar o que se entende por terceirização. 
A terceirização é uma técnica administrativa, efeito do modelo de produção pós-fordista, que 
requer o enxugamento da empresa, transferindo parte dos serviços da empresa para outras 
empresas. 
Considero que a terceirização só se concretiza, realmente, quando a prestadora de serviços 
possua uma atividade empresarial própria e a sua contratação se destine à realização desses 
serviços especializados, que não sejam essenciais ou permanentes no desenvolvimento da 
atividade produtiva da empresa contratante - denominada tomadora. 
Mas, não estou aqui para discutir o instituto da terceirização. Meu propósito é pôr em discussão 
os aspectos processuais que uma terceirização suscita, partindo do pressuposto de que a 
terceirização seja regular, pois do contrário estaríamos diante de uma fraude, formando-se o 
vínculo diretamente com o tomadordos serviços. 
Imaginemos os casos mais comuns em que a terceirização é plenamente aceita: serviços de 
vigilância; e serviços de conservação e limpeza. 
Verifiquemos, inicialmente, a questão relativa à legitimidade passiva. 
O legitimado para figurar em juízo, como parte passiva é o "titular da obrigação" (art. 6º, do 
CPC) 6. 
Apesar de ser uma noção estritamente processual, a verificação da legitimidade se dá, portanto, 
sob a perspectiva do direito material, porque é neste que se definem os titulares das relações 
jurídicas 7. 
 Em uma terceirização, considerada válida, a doutrina afasta a configuração da relação de 
emprego com o tomador de serviços. Desse modo, o tomador dos serviços não poderia ser 
considerado parte legítima para figurar em juízo da demanda em que o empregado da empresa 
prestadora de serviços reclama seus direitos trabalhistas, pois, como visto, no pólo passivo, será 
parte legítima o titular da obrigação, entendendo-se obrigação, como "o vínculo jurídico em 
virtude do qual uma pessoa pode exigir de outra uma prestação economicamente apreciável" 8. 
 As obrigações decorrem ou da vontade ou da lei, isto é, independentemente, de expressa 
manifestação de vontade 9. Entretanto, relata Caio Mário da Silva Pereira 10, os autores 
civilistas modernos acentuam a dualidade das obrigações: o débito e a responsabilidade. 
O débito é o dever de realizar certa atividade que o sujeito passivo da relação obrigacional tem 
perante o credor. Não a cumprindo, surge para o sujeito ativo a possibilidade de, mobilizando as 
forças do Estado, exigir o cumprimento da obrigação. Trata-se da responsabilidade que é gerada 
pelo débito, e que permite imporem-se sanções ao devedor, sob o aspecto patrimonial. 
 Assim, a responsabilidade surge quando ocorre o inadimplemento da obrigação. 
 A responsabilidade, embora seja um dos fatores da obrigação, caminhando lado a lado com o 
débito, pode surgir autonomamente, como nos casos de alguém que garante uma dívida de outra 
pessoa (fiança, por exemplo). 
A sentença não cria a relação obrigacional. Esta lhe é sempre antecedente, conforme acentua 
Caio Mário 11, mas a sentença pode declarar uma responsabilidade de caráter autônomo, com 
relação a certa obrigação, já que a responsabilidade não decorre necessariamente do vínculo 
obrigacional. 
A responsabilidade pode decorrer de ato culposo, sendo, até, indiferente a vontade do agente de 
causar o dano, ou mesmo a consciência da violação. A culpa, que dá origem à responsabilidade, 
tanto pode ser contratual quanto extracontratual, também chamada aquiliana. A culpa aquiliana 
"é a transgressão do dever legal positivo de respeitar o bem jurídico alheio, ou o dever geral de 
não causar dano a outrem, quando a conduta do agente não está regulada por uma convenção" 
12. 
 A exigência social, que requer uma resposta do direito, expressa-se no sentido de que todo dano 
seja reparado pelo transgressor. Para ampliar as possibilidades jurídicas de satisfazer essa 
exigência social, criou-se a teoria da culpa in eligendo, estabelecendo-se uma responsabilidade 
"quando há má escolha da pessoa a quem uma tarefa é confiada" 13. 
 Dessas lições extrai-se que a busca da responsabilidade pela via judicial é plenamente válida e 
aquele a quem se quer imputar a responsabilidade deve ser, necessariamente, parte passiva na 
demanda. 
 Resolve-se, assim, o problema da legitimidade do tomador dos serviços para figurar em juízo, 
mesmo que se negue a sua condição de empregador do reclamante. Essa responsabilização, que 
não decorre da declaração da relação do vínculo, é, portanto, limitada. Não pode atingir 
obrigações que seriam personalíssimas do real empregador, como a anotação na CTPS, a 
entrega de guias para levantamento de FGTS e para recebimento de seguro-desemprego, embora 
quanto a estes dois últimos aspectos, a responsabilidade pela indenização compensatória lhe 
atinja. Em termos de direito material, essa diferença também inibe que se confiram ao 
reclamante, empregado da empresa prestadora, direitos coletivos da categoria dos trabalhadores 
da empresa tomadora. 
 Além disso, sendo fundamento da culpa, a possibilidade de fiscalização dos atos da empresa 
contratada, exclui-se essa responsabilidade quando os serviços são prestados fora do 
estabelecimento da tomadora. Repita-se, não se cuida das hipóteses de fraude, mas de 
terceirizações consideradas legais. Se entre essas empresas houver relação de subordinação - 
controle de uma sobre a outra - estar-se-á diante da figura do grupo econômico, formando-se 
com este o vínculo empregatício e daí decorrendo a responsabilidade de ambas (art. 2º., 
parágrafo 2º., da CLT). 
A segunda questão a ser enfrentada é a de saber se esta responsabilidade é solidária ou acessória 
(subsidiária)? 
 Há solidariedade quando exista pluralidade de credores ou de devedores, sendo que cada credor 
tem direito à dívida toda e cada devedor é responsável por toda a dívida. 
Nos termos do art. 896, do Código Civil, a solidariedade ou é convencional ou decorre de lei. 
 No que se refere à solidariedade passiva, que nos interessa mais de perto, no entanto, tem 
ganhado força entre os doutrinadores a noção que admite a presunção da solidariedade, para 
satisfação mais eficiente da obrigação, como se dá em outros países 14, muito embora tal noção 
ainda não tenha sido incorporada pelo nosso ordenamento. 
O En. 331, do Eg. TST, alude a uma responsabilidade subsidiária. O termo,"data venia", é 
infeliz. 
 Quando há pluralidade de devedores e o credor pode exigir de todos a totalidade da dívida, se 
está diante da hipótese de solidariedade, instituto jurídico que traduz tal situação. Quando a 
sentença reconhece a responsabilidade do tomador dos serviços, a sua responsabilidade, perante 
a Justiça do Trabalho, é por toda a dívida declarada e não por parte dela 15. Há, portanto, uma 
hipótese de solidariedade, indiscutivelmente, pois o credor (reclamante) pode exigir de ambos 
(prestador e tomador) a totalidade da dívida. 
 
 O que poderia haver, na relação entre tomador e prestador, como ocorre no caso da fiança, seria 
o exercício daquilo que se denomina, benefício de ordem (art. 1491, CC), pelo qual o fiador 
tem direito a requerer que primeiro se executem os bens do devedor principal. Mas, o benefício 
de ordem depende de iniciativa do fiador - parte no processo - e deve ser requerido, nos moldes 
do art. 1491, do Código Civil, conforme lembra Caio Mário da Silva Pereira: "Demandado, tem 
o fiador o benefício de ordem, em virtude do qual lhe cabe exigir, até a contestação da lide, que 
seja primeiramente executado o devedor, e, para que se efetive, deverá ele nomear bens a este 
pertencentes, sitos no mesmo município, livres e desembargados, suficientes para suportar a 
solução do débito (Código Civil, art. 1491)." 16 
 Mesmo assim, essa hipótese não se configura no caso da terceirização, pois não há previsão 
legal expressa neste sentido e uma vez declarada a solidariedade o benefício de ordem se exclui, 
como regra. Ensina Caio Mário: "é da essência da solidariedade que o devedor possa ser 
demandado pela totalidade da dívida (totum et totaliter) e sem benefício de ordem" 17. 
 Assim, por imperativo jurídico, a responsabilidade do tomador dos serviços trata-se de uma 
responsabilidade solidária, sem benefício de ordem. 
 E, para aqueles mais renitentes, que se apegam a um formalismo jurídico, extraído do teor do 
art. 896, do Código Civil, formalismo este que em concreto não existe, vale lembrar o disposto 
no artigo 455, da CLT, que pode ser aplicado analogicamente ao presentes caso. 
Dispõe tal artigo: "Nos contratos de subempreiteira responderá o subempreiteiro pelas 
obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o 
direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações 
por parte do primeiro. 
Parágrafoúnico. Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos termos da lei civil, ação 
regressiva contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, para a garantia 
das obrigações previstas neste artigo." 
 Vê-se, portanto, que a lei trabalhista fixou a solidariedade nas relações de terceirização, na 
medida em que conferiu ao trabalhador o direito de ação em face do tomador dos serviços - 
empreiteiro - e sem benefício de ordem, pois o que se garantiu a este foi a ação regressiva contra 
o prestador - subempreiteiro. 
Aliás, a solidariedade entre tomador e prestador de serviços está expressamente prevista em 
outros dispositivos legais, a saber: art. 15, parágrafo 1º. da Lei nº 8.036/90 e art. 2º., I, do 
Decreto nº 99.684/90, sobre FGTS; e Ordem de Serviço nº 87/83, sobre contribuições 
previdenciárias. 
 Finalizando este tópico de nossa investigação, frise-se que ainda que o contrato entre as 
empresas negue qualquer tipo de solidariedade, esta cláusula é nula de pleno direito, quanto sua 
aplicabilidade possa impedir o adimplemento de obrigações trabalhistas (art. 9º., da CLT). 
Podemos passar, então, ao terceiro aspecto de nossa investigação. Acionado o tomador dos 
serviços pode este chamar à lide o prestador dos serviços? 
 Essa indagação traz à tona o problema do cabimento da intervenção de terceiros no processo do 
trabalho. 
 Desde já quero expor minha conclusão, no sentido de considerar incabível a intervenção de 
terceiros no processo do trabalho, com exceção da figura da assistência. 
O procedimento trabalhista, como visto, é oral e esse tipo de procedimento, normalmente, não 
comporta intervenção de uma terceira pessoa, alheia ao conflito delimitado, inicialmente, dada a 
sumarização da cognição estabelecida, como pressuposto da efetiva prestação jurisdicional para 
o tipo de controvérsia que visa a instrumentalizar. 
 Essa característica do processo do trabalho, que é determinada por seu procedimento, deve 
conduzir o raciocínio jurídico na abordagem do tema em questão, fazendo com que a negação 
da aplicação do instituto da intervenção de terceiros no processo do trabalho deixe de 
transparecer como um desarrazoado apelo ao informalismo, pelo informalismo. 
 Além disso, a intervenção de terceiros é uma espécie de meio termo entre os princípios da 
singularidade - participação exclusiva das partes no processo - e da universalidade - realização 
do processo perante assembléia geral, nos moldes do direito germânico, que vigorou na Idade 
Média. 
Justifica-se tal temperamento porque, em verdade, a sentença,"desde que existe no mundo 
jurídico, provoca implicações em relações jurídicas de pessoas que não são apenas as partes, isto 
é, em relações jurídicas de pessoas que não são exclusivamente autor e réu" 18. 
 No direito processual civil brasileiro impera a regra do princípio da singularidade, o que 
significa dizer que a intervenção de um terceiro no processo depende de expressa autorização 
legal, devendo, ainda, essa mesma disposição legal ser interpretada restritivamente, ou seja, não 
se aplicar a hipóteses expressamente não previstas, ainda que análogas. 
Na Consolidação das Leis do Trabalho não se previu qualquer hipótese de intervenção de 
terceiros - exceção feita ao factum principis - em razão do reconhecimento de que esse instituto 
seria incompatível com o procedimento oral que se estabelecera, já que a intervenção de um 
terceiro ampliaria o campo da cognição, que se pretendia sumária. 
Todavia, a carta branca do artigo 769, da CLT, deu margens à inclusão do instituto da 
intervenção de terceiros no procedimento trabalhista, sendo justificada com a apresentação de 
diversas hipóteses em que a intervenção seria viável. Essa situação, no entanto, acabou se 
materializando ao arrepio dos próprios padrões jurídicos processuais, pois se as exceções à regra 
devem ser expressas e se o procedimento trabalhista nada previu sobre intervenção de terceiros, 
que é instituto criado por uma norma de exceção, como visto, não se poderia buscar no processo 
civil, por aplicação subsidiária, as regras de intervenção de terceiros, nitidamente voltadas para 
uma outra realidade jurídica. Além disso, a especificidade do campo de cognição do Judiciário 
trabalhista (a discussão da relação de emprego e seus efeitos) inibe, naturalmente, a 
preocupação com os efeitos que a sentença possa produzir na esfera jurídica de um terceiro, por 
dois motivos: primeiro, porque a preocupação primordial do procedimento trabalhista é com a 
rápida e justa solução do conflito; segundo, porque, conseqüência da especialização da Justiça 
do Trabalho, os feitos trabalhistas, quase sempre, interferem, direta ou indiretamente, na esfera 
jurídica de outros empregados ou empregadores, fazendo com que a intervenção de um terceiro 
não elimine conflitos posteriores sobre a mesma controvérsia, embora com partes distintas. A 
homogeneidade dos conflitos individuais trabalhistas exige, portanto, uma solução mais 
consoante com as características da relação trabalhista. 
Nestes termos, há de se reconhecer que a intervenção de terceiros no processo do trabalho serve 
apenas para inserir complicadores no litígio, que impedem a efetivação do procedimento oral e 
seus objetivos, sem trazer qualquer vantagem processual para partes, intervenientes e Justiça. 
 Pode-se argumentar que o rigorismo dessa posição acabe causando mais prejuízos ao processo 
trabalhista que o acolhimento das figuras de intervenção de terceiros, previstas no Diploma 
processual civil. Ocorre que a hipótese imaginada, em apoio dessa argumentação, que de fato se 
verifica no dia-a-dia das Juntas trabalhistas, em nada se assemelha aos tipos de intervenção de 
terceiros, previstos no processo civil. Com efeito, costuma-se aceitar "intervenção de terceiro 
"no processo do trabalho, em benefício do reclamante, para corrigir o pólo passivo da demanda. 
Por exemplo: o reclamante propõe reclamação contra X, este alega que não era o empregador do 
reclamante e que o real empregador era Y, por motivos variados. O juiz, reconhecendo a 
verossimilhança da alegação constante da defesa e com a concordância do próprio reclamante, 
acaba aceitando a intervenção requerida pelo reclamado. Mas, verifique-se, o interveniente 
acaba sendo chamado a integrar a lide como litisconsorte do reclamado e não como terceiro. E, 
embora o inciso I, do artigo 75, diga que o denunciado, que venha a juízo para contestar o 
pedido do autor, passe a integrar a lide como "listisconsorte "do denunciante, em verdade, de 
litisconsorte não se trata (RTFR 121/28; JTA 105/51, 124/30), pois do contrário não teria 
sentido a disposição do inciso II, do mesmo artigo 75, do CPC, que não atribui qualquer efeito 
processual para o denunciado revel e para o que simplesmente vem a juízo negar a qualidade 
que lhe foi atribuída. 
Tendo à vista a preocupação de efetividade do processo, seguindo a tendência de acréscimo dos 
poderes do juiz na condução do processo e reforçando a idéia de instrumentalidade das formas 
processuais - ou seja, o processo à serviço da justiça e não um entrave à realização desta - a 
prática acaba se justificando, mas como figura anômala de integração da lide, jamais como 
hipótese de cabimento de intervenção de terceiro no processo do trabalho. 
Além disso, cabe acrescentar que essa correção do pólo passivo da demanda somente se justifica 
quando entre o reclamado e o terceiro, que é chamado a integrar a lide, exista uma relação 
jurídica, da qual possa, razoavelmente, advir uma dúvida de quem seja o real empregador do 
reclamante. Do contrário, não caberá a medida, devendo o feito ser julgado com relação ao 
reclamado acionado; decisão que poderá se dar em sede preliminar, quando se verifique a 
ilegitimidade passiva "prima facie", ou no mérito, quando os elementos da caracterização de 
emprego tenham que ser analisados, factualmente. 
 Aliás, no novo procedimentosumário, que deve ser aplicado subsidiariamente ao procedimento 
trabalhista, em preferência ao procedimento ordinário civil, por ter como pressuposto lógico o 
princípio da oralidade, como ocorre no procedimento trabalhista, ficou expressamente proibida 
a intervenção de terceiros, exceto quanto a duas modalidades: assistência e recurso de terceiro 
prejudicado, que podem ocorrer, igualmente, no procedimento trabalhista, pois, como assevera 
Cândido Rangel Dinamarco, na assistência simples ou qualificada,"o interveniente 'recebe o 
processo no estado em que se encontra' (art. 50, par.) e a ele não são dadas oportunidades 
especiais no procedimento (sequer se duplicam os prazos), o que significa que seu ingresso não 
causa demoras processuais" 19. 
 No caso da terceirização, quando apenas o tomador é acionado, surge, ainda, uma questão 
diferente. O tomador pode não possuir, e normalmente não possui, nem a documentação, nem a 
consciência dos fatos que permearam a relação trabalhista do reclamante com o prestador. Não 
tem possibilidade, portanto, de apresentar uma defesa de mérito. Se não se aceita que o 
prestador dos serviços venha à lide, o seu direito de defesa restará sensivelmente prejudicado. 
Deve-se aceitar, portanto, que o prestador venha a juízo, mas não como terceiro e sim como 
parte. Aliás, a presença do prestador não é sequer facultativa é obrigatória, formando-se o que se 
denomina litisconsórcio passivo necessário (art. 47, do CPC), pois a sentença deverá atingir de 
modo igual a ambos. 
 Nestes termos, ainda que a parte assim não requeira, o juiz,"ex officio", poderá determinar a 
notificação do prestador dos serviços, pois, em casos concretos, poderá até haver conluio entre 
as partes litigantes para prejudicá-lo. 
Como explica Vicente Greco Filho 20, dependendo a eficácia da sentença da presença de todos 
os litisconsortes, surgirá a hipótese de intervenção"iussu iudicis" (intervenção por ordem do 
juiz), determinando-se que o autor providencie a citação do litisconsorte, sob pena de extinção 
do feito, sem o julgamento do mérito (art. 47 e parágrafo único, do CPC). 
 Repare-se, ainda, que no processo civil, a citação do litisconsorte necessário depende de 
iniciativa da parte (sem o quê o feito será extinto sem o julgamento do mérito). No caso do 
processo do trabalho a notificação-citatória se faz por iniciativa do juízo, o que deve ocorrer 
também no caso do litisconsórcio passivo necessário, sendo que a responsabilidade para 
apresentação do endereço da empresa que tiver que compor a lide pode, até, ser atribuída à 
empresa que já faça parte do processo, porque o contrato formulado entre ambas foi que deu 
origem a essa situação. 
 
 CONCLUSÃO. 
Com base nesses fundamentos teóricos, podemos, então, fixar uma doutrina acerca das 
repercussões da flexibilização no processo trabalhista. 
 O tomador e o prestador dos serviços são partes legítimas para figurar em juízo, em 
litisconsórcio passivo necessário, devendo ser determinada a integração da lide quando acionado 
apenas o tomador dos serviços. Caracterizada a culpa"in eligendo "do tomador dos serviços será 
este declarado responsável pelos créditos trabalhistas do reclamante. Essa responsabilidade é 
autônoma com relação à obrigação primária, que o prestador tem perante o empregado. A 
responsabilidade conferida ao tomador refere-se à totalidade da dívida declarada ao reclamante, 
excluídas obrigações personalíssimas, como a anotação na CTPS, que, no caso de inexecução 
pelo prestador será realizada pela Justiça do Trabalho. Como o reclamante poderá cobrar de 
ambas as reclamadas a totalidade da dívida declarada, configura-se a hipótese de 
responsabilidade solidariedade, que se interpreta, como regra, sem o benefício de ordem, 
excluindo-se, portanto, o fundamento para uma responsabilização "subsidiária". 
 Elaborada em 1999.

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