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Corretagem, Seguro, Transporte, mandato, deposito, Prestação de Serviço

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Contrato de Corretagem
O contrato de corretagem é aquele pelo qual uma pessoa se obriga a obter para outra um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas e sem ligação direta em virtude de mandato, prestação de serviços ou qualquer tipo de relação de dependência.
Sendo suas características de um contrato bilateral, acessório, oneroso, aleatório e consensual. Trata-se de obrigação de fazer e de resultado; não depende do serviço prestado, mas do resultado obtido. 
Bilateral: porque gera obrigações para as duas partes envolvidas no acordo, o corretor obriga-se a executar o encargo de buscar, de acordo com as instruções recebidas e o contratante a remunerará o corretor.
Acessório: pois sua existência está ligada a um outro contrato, que deverá ser concluído, ou seja, ele serve de instrumento para a conclusão de outro negócio.
Oneroso: porque tanto corretor, quanto o comitente, iram receber vantagem ou benefício patrimonial em razão deste acordo.
Aleatório: porque o corretor corre os riscos de nada receber, nem obter o reembolso das despesas da celebração.
Consensual: porque se forma pelo simples acordo de vontades das partes.
Causas extintivas do contrato de corretagem:
Atingimento da finalidade: a conclusão do negócio intermediado pelo corretor;
A morte: Sendo atividade pessoal e intransmissível, a morte do corretor implica na extinção do contrato;
O decurso do prazo convencionado: quando estipulado um prazo, e ocorrendo o fim deste;
Distrato: quando por vontade de ambas as partes foi de findar o contrato;
Denúncia: Em razão de a corretagem envolver relação de confiança, pode o comitente denunciar o contrato, arrimado em justa causa.
Contrato de Seguro
O contrato de seguro é o negócio jurídico por meio do qual, o segurador se obriga, mediante o pagamento de um prêmio, visando a tutelar interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados, em caso de sua consumação.
Além de este ser estabelecido habitualmente na modalidade de contrato de adesão, o seguro é típico e nominado também é considerado como:
Contrato bilateral: ele apresenta direitos e deveres proporcionais para ambas as partes;
Oneroso: ele propiciando como benefício um sacrifício patrimonial;
Consensual: pois se torna perfeito mediante a simples manifestação de vontade das partes;
Aleatório: é regido sob uma certa duração, com execução continuada, visto que perdura durante o tempo de vigência estabelecido pelas partes;
Personalíssimo e individual: por ser pactuado em função de seus signatários e se referir a partes certas e determinadas.
Para a extinção de um contrato válido, dispõem as partes de três possibilidades, a rescisão, a resolução e a resilição, todas aplicáveis ao contrato de seguro.  além das formas gerais de extinção, é possível que o contrato seja finalizado por meio de requisitos contratualmente estipulados, como o tempo de sua vigência ou a sua resolução, nos moldes do artigo 766 do CC.
Rescisão: a extinção do contrato em caso de nulidade;
Resolução:  é o meio de dissolução do contrato em caso de inadimplemento culposo ou fortuito. Quando há descumprimento do contrato, ele deve ser tecnicamente resolvido;
Resilição:  é o desfazimento de um contrato por simples manifestação de vontade, de uma ou de ambas as partes.
Peculiaridades acerca deste instituto:
Esta se encontra no artigo 796 do CC: Nela, visualiza-se que os contratos de seguro podem ser estipulados por tempo determinado, no entanto, é a regra mais comum.
Artigo 766: que traz uma hipótese de resolução do contrato, quando a inexatidão ou omissão nas declarações não resultar de má-fé do segurado, o segurador terá direito a resolver o contrato, ou a cobrar, mesmo após o sinistro, a diferença do prêmio.
Contrato de Transporte
Contrato pelo qual um particular, ou empresa, se obriga a conduzir pessoas ou mercadorias, de um lugar para outro, mediante o pagamento, sendo ele composto de três elementos, o transportador, passageiro e a transladação. O passageiro pode ser o que adquiriu a passagem, o transportador quem efetua o transporte e a transladação o percurso ocorrido, podendo ser Terrestre, Rodoviário, Ferroviário, Aquático, Marítimo, Hidroviário, Fluvial e Aéreo. O contrato de transporte tem como obrigação do transportador, o de resultado, de transportar o passageiro são e salvo, e a mercadoria, sem avarias, ao seu destino. Denomina-se cláusula de incolumidade a obrigação tacitamente assumida pelo transportador de conduzir os passageiros incólume ao local do destino.
Assim, o Contrato de Transporte é:
Bilateral ou Sintagmático: gerando obrigações para ambas as partes, sendo a obrigação entre o transportador e o passageiro ou expedidor;
Consensual: porque se aperfeiçoa com simples acordo de vontades;
Oneroso: pois as partes buscam vantagens recíprocas;
Típico: porque previsto no CC de 2002;
De duração: porque a execução não se limita em apenas um ato instantaneamente, tendo um lapso temporal para ser cumprido;
Comutativo: porque as partes conhecem as obrigações respectivas de início, sendo um contrato por adesão, sendo efetivado por condições uniformes e tarifas invariáveis;
Não solene: não depende de forma prescrita para ser concluído.
Contrato de mandato
O mandato é a relação contratual pela qual uma das partes se obriga a praticar, por conta de outra, um ou mais atos jurídicos, sendo denominadas de mandatário e mandante, o mandatário é aquele a quem são conferidos poderes de representação para agir em nome do mandante, tendo a legitimidade para contratar em nome do interessado e é a pessoa que contrai obrigações. Já o mandante é aquele que outorga poderes e confere mandato a alguém para agir como seu representante, é aquele ele quem delimitas as atitudes ou ações do mandatário. 
Este contrato gera obrigações apenas para o mandatário, sendo um contrato fiduciário, baseado na relação de confiança entre ambas as partes. Tudo o que não for proibido, pode ser feito por mandato, as o que não estiver taxativamente em lei, pode ser objeto desse tipo de contrato tudo o que não estiver taxativamente na lei.
art. 653 e 663, do Código Civil de 2002.
O mandato apresenta-se na maioria das vezes como unilateral, gratuito, simplesmente contratual e intuito personae. Entretanto, possui exceções, podendo ser bilateral, conversando-se gratuito, se no curso de sua execução nascer, para o mandatário, um direito de crédito contra o mandante, sendo então, um contrato bilateral imperfeito, e se não for gratuito, do lado do mandante haverá uma obrigação, sendo caracterizado como contrato bilateral perfeito, podendo ser:
Infungível: ele não pode transferir os poderes para outro;
Oneroso: pois um presta um serviço e o outro o remunera;
Não solene: pode ser feito verbalmente, com a exceção se uma das partes for analfabeto, deverá ser escrito a rogo.
As hipóteses de extinção do contrato de mandato se dará pela:
Revogação por ato do mandante: o mandante deverá notificar o mandatário, e a declaração é receptícea, possuindo efeitos ex nunc, ou seja, os atos anteriormente praticados, não serão atingidos, devendo os terceiros precisam ter conhecimento;
Renúncia por parte do mandatário: ele deverá levar a conhecimento do mandante, e não poderá ser feita no meio do ato ou em momento inoportuno, sendo acarretada indenização se o mandante for prejudicado de tempo ou inoportunidade. Se a renúncia for por justa causa, não precisara ser paga indenização, a declaração é receptícea, e a exceção por parte do advogado, que depois da renúncia, deverá ser responsável por mais 15 dias;
A morte de qualquer das partes: devido a relação de confiança entre mandante e mandatário, incluindo insolvência, deverá acarretar a extinção do contrato, quando a morte for do mandatário, transmite-se aos herdeiros certas obrigações, sendo os familiares obrigados a avisar o mandante e providenciar, como as circunstancias exigirem. Se a morte for do mandante, só cessará o contrato quando o mandatário tiverconhecimento, sendo valido os atos praticados enquanto desconhecia;
Termo final do contrato: se para o seu fim o prazo tiver sido estipulado.
 Contrato de deposito
O contrato de Depósito é o contrato pelo qual uma parte entrega um bem para que outra o guarde, devendo ter o cuidado e diligência para que não ocorra nenhum tipo de avaria com o bem até sua devolução. Tal contrato se funda na confiança criada entre o depositante e depositário. Sendo possível o depósito de bens móveis ou imóveis.
É caracterizado por ser um contrato:
Unilateral: na relação jurídica, o depositário assume o ônus de zelar pelo bem no prazo estipulado de vigência contratual;
Bilateral Imperfeito: determina que o depositante é obrigado a pagar ao depositário as despesas decorrentes de seu depósito;
Real: para se tornar perfeito e acabado, não basta somente o consentimento das partes, mas a entrega da coisa.
Pluralidade de Depositantes
Art. 639 do C.C: a pluralidade de depositantes de acordo com a natureza do bem objeto do contrato, em relação a sua divisibilidade ou indivisibilidade, caso o bem entregue, seja divisível, o depositário restituirá a cada depositante a parte que lhe couber. Se a coisa indivisível for, poderá haver a solidariedade entre os depositantes.
Extinção do Contrato de Depósito
No contrato de depósito, caso não haja reclamação quanto a restituição da coisa, durará vinte e cinco anos conforme estabelece no art 1º da Lei nº. 2.313/54;
Manifestação do depositante que pede a restituição;
Iniciativa do depositário quanto a impossibilidade de continuar exercendo guarda sobre a coisa;
Perecimento da coisa ou seu desaparecimento;
Pela morte ou desaparecimento do depositário.
Contrato de prestação de Serviço
É o contrato onde uma das partes se obriga para com a outra a fornecer-lhe de sua atividade, sem vínculo empregatício, mediante certa remuneração, quem contrata é o locatário, tomador ou contratante e quem é contratado é o locador, prestador de serviços ou contratado.
Sendo caracterizado por ser um contrato:
Puro: não tem duas ou mais espécies de contrato;
Consensual: porque se aperfeiçoa com simples acordo de vontades;
Oneroso ou Comutativo: pois ambas as partes têm o ônus. Entretanto, não há impedimento para que seja gratuito, desde que explicitamente pactuado entre as partes;
Bilateral: tem direitos e deveres para ambas as partes;
Execução diferida ou sucessiva: quando o contrato celebrado em um momento e a execução do serviço em outro;
Negociável: tem a possibilidade de discussão das cláusulas, podendo ser também de adesão;
Intuito Personae: por se basear em princípio, na confiança pessoal que o contratante deposita no contratado, conforme artigo 605 do C.C. Porém, podem pode ocorrer a substituição, o tomador pode aceitar indicações do prestador, para substitui-lo, bem como o prestador pode aceitar prestar o serviço a outra pessoa indicada pelo tomador.
Extinção do Contrato de Prestação:
O prazo máximo de duração do contrato de prestação de serviço não será superior a quatro anos;
Sem Justa Causa: nos contratos por prazo indeterminado pois, ocorre quando qualquer das partes após encerrado o contrato sem justa causa tinha o dever de cumprir o aviso prévio;
Por Justa Causa: ocorre quando não há culpa de uma das partes, mas a origem da extinção do contrato é alheia à vontade das partes;
Por Justa Causa Com Culpa: onde por culpa do contratante do serviço, o contratado tem direito a remuneração vencida e a metade da que teria direito se concluísse os serviços, se por culpa do prestados de serviço, lhe é devida a remuneração relativa aos serviços já prestados, respondera por perdas e danos se houver causado prejuízo ao Empregador.

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