Buscar

motivaçao infantil

Prévia do material em texto

Introdução
O presente trabalho da cadeira de Psicologia da motivação infantil aborda a respeito da Motivação na perspectiva da teoria do papel. “A motivação, é aquilo que move uma pessoa ou que a põe em acção ou a faz mudar de curso”. 
Diante do tema exposto pretende-se compreender a inter-relação existente entre os papéis e motivação humana e vice-versa, colocando em destaque a motivação na perspectiva da teoria do papel como tema central deste trabalho.
A motivação escolar é algo complexo, processual e contextual, mas alguma coisa se pode fazer para que os alunos recuperem ou mantenham seu interesse em aprender, e neste sentido trazemos discussões embasadas em teorias, pensando que forma os professores de hoje podem lidar com a desmotivação na sala de aula, transformando esse cenário, o que gera estes desconforto nos alunos e professores e como poderíamos reverter esse quadro, fazendo com que as aulas se tornem prazerosas, a escola seja mais atraente e o ensino seja motivo de êxito para os alunos.
Do desenvolvimento do tema, iremos focar a influência dos papéis sociais na motivação e sua relação entre eles, ainda falaremos da teoria de papéis, motivação e exactidão na escolha de papéis, factores que influenciam na motivação do papel, a importância da associação do papel e a motivação, como lidar com a motivação na sala de aula e da importância das relações motivacionais estabelecidas com o educando para a aprendizagem
Contudo, importa fazer referência, que o trabalho esta estruturado da seguinte forma, introdução, desenvolvimento, conclusão e sua respectiva bibliografia.
	
 
Teorias de Papéis
Em todas as sociedades os indivíduos assumem diferentes papéis sociais que variam de acordo com o contexto e suas actividades. Desde as sociedades recolectoras, a divisão de trabalho, por sexo e por idade já se registava, portando, as mulheres eram submetidas a recolha de frutos selvagens e os homens a caça.
A ideia de papéis surge na Grécia antiga, nos teatros, referindo-se aos vários papéis que os actores desempenhavam na peça teatral. Assim, foram se acumulando ideias a volta dos papéis na sociedade, que não se traduz em apenas num trabalho remunerado, mas a posição que o individuo ocupa na sociedade.
Com a burguesia a divisão de tarefas começa a ter seu impacto no campo do trabalho, na qual certas actividades eram dirigidas apenas para a classe dos camponeses considerada menos privilegiada.
Motivação na perspectiva da teoria do papel 
As teorias de papéis procuram compreender como é que as pessoas assumem determinados papéis, se relacionam com as suas tarefas ao nível de satisfação e motivação. Também procuram compreender como é que funcionam as organizações, os mecanismos de regulação interna, os problemas da motivação da liderança, a resolução de conflitos (MONTEIRO, 1999:71). 
Fazem parte ainda da sua área de estudo o recrutamento pessoal, procurando competências necessárias para o exercício de funções. Alguns teóricos vêm os papéis sociais como partes constantes e algo inalterável da cultura de uma sociedade, tornando-os em factos sociais.
No entanto, os indivíduos aprendem seus papéis sociais por meio de processo de socialização desde a infância (socialização primaria) até a idade adulta (socialização secundaria). Os papéis são expectativas socialmente definidas seguidas pelas pessoas de uma determinada posição social (GIDDENS, 2010:29). 
Segundo CHIAVENATO, (1987:145) a motivação é o processo responsável pela intensidade, direcção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta.
A motivação pode ser entendida como um processo e, como tal, é aquilo que suscita ou incita uma conduta, que sustenta uma actividade progressiva, que canaliza essa actividade para um dado sentido (BALANCHO e COELHO, 1996).
Assim sendo a motivação é uma força que move o indivíduo a executar determinadas acções que são gerenciadas por nossos desejos individuais, ninguém fará o outro aprender, se não houver nele também um movimento e vontade para a aprendizagem. 
A motivação deve receber especial atenção e ser bem considerada pelas pessoas que mantém contacto com as crianças, realçando a importância desta esfera em seu desenvolvimento. A motivação é a energia para aprendizagem, o convívio social, os afectos, o exercício das capacidades gerais do cérebro, da superação, da participação, da conquista, da defesa, entre outros. Pais ou cuidadores, educadores e especialistas que lidam com as crianças podem levar em conta a construção motivacional na infância, antevendo as suas decorrências futuras, tais como a auto-percepção e o hábito de desenvolver a motivação intrínseca, reduzindo a necessidade de buscar motivação extrínseca para a realização de alguma tarefa. 
A criança se sente motivada a executar muitas tarefas em virtude do reconhecimento e impressões daqueles com quem convive, na tentativa de demonstrar a sua evolução e as conquistas que realiza. Os bons motivos serão sempre a chave para o desenvolvimento natural da criança, além de gerar harmonia entre os elementos internos e externos, parte de nossa natureza humana.
A motivação infantil tem lugar de destaque no desenvolvimento de nossa espécie. Não é algo que deve ser fonte de preocupação posterior. É no aqui e agora que as coisas acontecem. Esta oportunidade pode passar e então, criar dificuldades em outro momento. 
Assim sendo a motivação é uma força que move o indivíduo a executar determinadas acções que são gerenciadas por nossos desejos individuais, ninguém fará o outro aprender, se não houver nele também um movimento e vontade para a aprendizagem. 
Importância das relações motivacionais estabelecidas com o educando para a aprendizagem
Uma vez que as dificuldades encontradas ao longo da vida se dão também pela falta de motivação do indivíduo, e trabalhar este aspecto na vida do aluno pode ser de grandes mudanças, tanto no âmbito educacional, quanto pessoal. Porem para falarmos da motivação específica na educação, faz-se necessário considerar a concepção de motivação em geral.
Buscando um suporte em Davidoff (2001), traz a questão da motivação enquanto necessidade, impulsos e instintos, tudo isso são denominados constructos, ou seja, um tipo de “necessidade” que nosso corpo, mente tem. Como por exemplo, a sede, não tem como tocá-la, ouvi-la, mas sentimos. 
Diante disso, Davidoff (2001) traz dois modelos de motivação, o hemostático e o de incentivo. No modelo hemostático o mesmo pressupõe que o corpo tem padrões de referências e este aponta o estado em que o mesmo se encontra; quando o corpo não está nesse padrão, surge a necessidade, e a mesma activa um motivo. Esse motivo faz com que inconscientemente o corpo busque um retorno ao equilíbrio.
Quando pensamos em uma relação da motivação com a aprendizagem, é relevante demarcar aqui dois tipos de incentivos (que movem a motivação): intrínseco e extrínseco. No incentivo intrínseco, a acção se dá por vontade da pessoa, por gostar, melhor dizendo é algo que causa prazer por si só, sem ter algo em troca, por exemplo, estudar porque quer aprender mais e tem gosto pela matéria; já no incentivo extrínseco, o motivo se torna algo que está sendo dado em troca do que é feito, por exemplo, estudar porque vai ter uma avaliação.
É importante deixar sublinhar que a motivação intrínseca se dá por meio à interacção com os ambientes, essa motivação começa a partir de incentivos externos e depois o indivíduo vai transferindo o controlo para o interno. Assim acontece, por exemplo, com o prazer de ler um livro para aprender um conteúdo ou simplesmente para curtir um romance, é claramente, uma acção motivada internamente.
Deste modo, podemos afirmar que o individuo que tem um ambiente precipício ao contacto com a diversidade, acaba por internalizar a motivação de acordo com as possibilidades que lhe foram dadas, e até mesmo “a curiosidade, a aprendizagem conceptual e a criatividade parecem ser todas accionadas pela motivação intrínseca”, ou seja, torna-se intrínseco,aquilo que antes era motivado pelo externo. (DAVIDOFF, 2001, p. 327).
Podemos perceber que existem vários tipos de motivação e uma que citamos como relevante neste momento é a motivação social, uma vez que o ser humano não consegue viver sozinho e necessita de um convívio social para ter uma vida saudável. 
Portanto a escola é um espaço de variedades, onde diferentes culturas, valores, crenças, experiências e relações sociais se misturam e fazem do quotidiano escolar uma rica e complexa estrutura de conhecimentos e de sujeitos. Numa sala de aula, essa motivação se faz fundamental para o melhor desenvolvimento da aprendizagem do educando. 
Estudos mostram o quão conflituante e difíceis são as relações estabelecidas na escola. Os alunos vão à escola com sentimentos ruins em relação a mesma
Diante do desânimo e relação estabelecida no âmbito escolar, o aluno necessita de incentivos para que realize algo, o que Atkinson (2002) traz como motivação de realização. É exigido algum tipo de esforço, no entanto o individuo reflectirá sobre suas perspectivas de sucessos e fracassos diante do que lhe foi solicitado e isso o fará realizá-lo ou não. As expectativas de fracasso são factores que geram a desmotivação, no texto, o autor exemplifica com crianças que entram na escola despreparadas para sentarem em uma cadeira e ouvirem um adulto falar, e nesta situação os professores se sentem frustrados, esse sentimento do professor gera uma relação com o aluno e este terá um mau desempenho e futuramente até faltará motivação para a realização.
Como lidar com a motivação na sala de aula
Fita (1999) explica que muitas vezes dizemos que para o aluno ter motivação dentro da classe, é relevante ter um bom professor, que saiba motivar os alunos. No entanto, toda motivação está relacionada a objectivos, portanto, um bom professor possui objectivos de ensino claros, o que motivará o aluno a aprender.
Deste modo os professores tentam de diversas formas modificarem suas práticas para obter sucesso motivando seus alunos, a motivação deve receber atenção pelos educadores, pois ela é que movimenta o processo de ensino-aprendizagem, e relações sociopsicológicas do individuo..
O aluno deve se motivar pela forma com que o professor manipula o conteúdo, e não pela recompensa que poderá receber se feito um exercício correto. 
Diante de tantas dificuldades encontradas na realidade da sala de aula Knuppe (2006) em suas pesquisas, notou que muitos professores estão desmotivados com o método de ensino e com a receptividade de seus alunos. E esses professores afirmam que estar na escola hoje, para uma criança sadia e cheia de energia, é algo cansativo e desgastante.
No entanto sabemos que a desmotivação gera graves consequências como a repetência e a evasão escolar. Principalmente nas escolas públicas, muitas crianças, por repetirem várias vezes a mesma classe, optam por sair da escola e ingressarem no mundo do trabalho, o qual traz ao menos um retorno financeiro, já que na escola não se sentem capazes.
Normalmente, não é que os alunos não estejam motivados, que não se movam em absoluto, mas sim que se movem para coisas diferentes e em direcções diferentes das que pretendem seus professores.
Neste contexto os professores devem criar aulas mais encantadoras e que partam do interesse e da realidade de seus alunos, com essa atitude conseguiram amenizar o desconforto por parte dos mesmos. A motivação não é um problema apenas dos alunos, mas dos professores também.
Em sua pesquisa, Knuppe (2006), destaca que um dos maiores problemas de desmotivação é o enchente de crianças na sala de aula, pois apresentam mais dificuldade em relacionar-se com o professor e colegas, gera certos empecilhos para poderem questionar suas dúvidas e os professores reclamam das conversas paralelas que atrapalham o rendimento. 
Frente a isto, os professores explicam que a motivação não depende só dos motivos que temos, mas do sucesso que esperamos se tentamos alcançá-los, acredita-se que o aluno deve criar certa expectativa com relação à aprendizagem, para assim sentir-se motivado com relação ao assunto em discussão. Knuppe (2006), explica também que passamos por fases motivacionais, as quais estão relacionadas com os desejos. Ou seja, a motivação enfatiza nossos desejos, nossas expectativas e nossas metas. Assim sendo, pode-se interpretar que nem sempre o que deseja o professor está relacionado ao desejo do aluno.
Knuppe (2006) traz em suas reflexões que o educador de hoje tem um papel na “mediação reflexiva e crítica entre as transformações sociais concretas e a formação humana dos alunos, questionando os modos de pensar, agir, e de produzir e distribuir conhecimentos”.
Contudo fica evidente que que passamos por fases motivacionais, as quais estão relacionadas com os desejos. Ou seja, a motivação enfatiza nossos desejos, nossas expectativas e nossas metas. Portanto, pode-se interpretar que nem sempre o que deseja o professor está relacionado ao desejo do aluno como foi dito acima, porem cabe ao professor a sensibilidade de fazer uma dialéctica entre o que o aluno tem interesse e o que é preciso ensinar.
Papéis Sociais
Papel social é o comportamento esperado da parte de um indivíduo que ocupa determinada posição social. O papel social, por exemplo, ser um médico, motorista envolve um conjunto de comportamentos que devem ser seguidos por todo e qualquer médico ou motorista independentemente de suas opiniões pessoais ou maneiras de ver.
Nesta senda, os papéis sociais não implicam uma negociação ou criatividade, mas sim condicionam e orientam o comportamento do indivíduo através da socialização, estes interiorizam os papéis sócias e aprendem a desempenha-los (Ibid.).
No entanto, os indivíduos ao se limitarem a desempenhar papéis, estão na verdade motivados pelo processo do qual os seres humanos se tornam agentes, isto é, os sujeitos estão à espera de serem instruídos ou programados pela sociedade a assumirem papéis sociais, embora, tenham termos genéticos de um modo de comportamento no decurso de uma interacção social.
Identidade e Motivação
A identidade passou a ser um assunto emergente a partir do momento em que começou a se pensar em uma sociedade multicultural, onde a aproximação e coexistência de diversos grupos culturais passaram a divulgar a exaltação da diferença como também a ideia de preservação e/ou protecção das identidades de cada um (CANCLINI, 2004). 
Desta forma, para o autor a construção da identidade se faz dentro dos contextos sociais, estes que determinam a posição dos agentes e que acabam por nortear suas representações e suas escolhas
Os contextos culturais onde nascemos e crescemos influenciam o nosso comportamento, mas não significa que esteja de fora a individualidade. Quanto a motivação de identidade pode parecer que nós somos moldados e preparados apenas pela sociedade.
O processo motivacional a identidade está relacionada com o entendimento que a pessoa tem acerca daquilo que é importante para ele ser. Estes entendimentos formam-se em função de determinados atributos prioritários a outras fontes.
No entanto entende-se por Identidade uma construção social, pois esta “se caracteriza pelo conjunto de suas vinculações em um sistema social: vinculação a uma classe sexual, a uma classe de idade, a uma classe social, a uma nação etc. A identidade permite que o indivíduo se localize em um sistema social e seja localizado socialmente”.
Para MWAMWENDA (2005:180). A identificação é um processo em que uma pessoa se identifica com o comportamento, as atitudes, o sistema de valores e as crenças de outra. 
De acordo com GIDDENS (2010:32) existem dois tipos de identidade: pessoal e social.
A Identidade Pessoal
A identidade Pessoal: diz respeito ao processo de desenvolvimento pessoal através do qual formamos a motivação intrínseca a nós próprios e de relacionamento com o mundo na nossa volta. A negociação constante do indivíduo com o mundo é o motivo de criar e moldar a sua identidade.
Esta negociação é um processo de interacçãoentre o eu e a sociedade e ajuda a ligar o mundo pessoal e o mundo social. Embora o contexto cultural e social seja um forte factor no modelo a identidade pessoal, a escolha individual sobre um determinado papel social é de extrema importância. 
Por exemplo: a nossa identidade pessoal orienta-nos a tomar decisões a cerca de como agir, como vestir, tornar-nos quem somos, descobrir-nos a nós próprios e motivar-nos a recriarmos as nossas identidades a todo momento.
Identidade Social 
A identidade social entende-se como sendo todas características que os outros atribuem a um indivíduo e, podem ser vistas como indicadores de quem essa pessoa é, ao mesmo tempo, posiciona essa pessoa em relação a outros indivíduos com quem partilha dos mesmos atributos. 
Por exemplo: ser estudante, professor, psicólogo/a, casado, divorciado etc.
Muitos indivíduos têm identidades sociais que abrangem um conjunto de atributos, isto é, simultaneamente, ser advogado, ser pai, e ser estudante. Por ter, múltiplas identidades sociais, isso reflecte a muitas demissões da vida da pessoa. 
As identidades pessoais implicam então uma dimensão colectiva, estabelecendo as formas pelas quais os indivíduos se assemelham um aos outros. Aqui os papéis são partilhados a um conjunto de objectivos, valores e experiências comuns. Por exemplo, a identidade social feminina.
Motivação e exactidão na escolha de papéis
No âmbito geral é importante recordar que a motivação e afirmação de papéis são influenciadas por factores de ordem cognitiva como estereótipos, constructos pessoais, os esquemas de si próprio, as expectativas, factores de ordem afectiva, a idade e os papéis sociais.
No entanto, aderir um papel social consiste em uma impressão a partir do qual nós representamos um papel de uma pessoa através de processamento de informações quer aos objectivos concretos quer aos factores específicos (VALA & MONTEIRO, 2010:114).
E mesmo os estímulos sociais que processamos não chegam a ser profundamente duradouros, devido a nossas possíveis limitações cognitivas e também a nossa motivação para o fazer. Ao nível da informação de impressões existem dois grandes factores motivacionais para o processamento de informações relacionados com os objectivos da tarefa de que nos impressiona.
Neste caso, teremos a motivação de conhecimento e a motivação de entendimentos, diferenciada. Por sua vez, os objectivos direccionados, na escolha de um papel implica que a impressão de formar um outro objectivo mas importante será sempre de evitar ser alvo de aspectos negativos, por exemplo, evitar conflitos, evitar lutar, consiste na conquista de uma exactidão de papéis daqueles que consideram mais motivacionais. 
A Consciência do papel
Para que um papel seja efectivamente desempenhado, é preciso que seja entendido e apreendido em toda a sua extensão e implicações, o que exige uma definição objectiva. A falta de clareza pode conduzir a um entendimento ambíguo do papel, tanto por parte do próprio indivíduo como dos demais.
Nesse quadro, também surge o conflito de papel que independentemente dele, ou seja, que depende das expectativas que se têm estarem suficientemente claras. O conflito em relação ao papel pode ser gerado pela incompatibilidade de dois ou de mais papéis ou das expectativas. Em qualquer hipótese, observa-se o desgaste funcional.
Aquisição de Papéis Sociais
A teoria de aprendizagem social diz que as pessoas adquirem os papéis sociais através da imitação de modelos. Nesta perspectiva as pessoas com elevado estatuto social e que são capazes de recompensa ou punir, servem de bons modelos (MWAMWENDA, 2005:181). 
Através dos modelos as crianças e adultos escolhem o estatuto de modelo, que tem um papel significativo para a sua personalidade, isto é, as pessoas são mais motivadas e influenciadas no seu comportamento através de formas de se comportar de outras pessoas. Portanto, como afirmamos as pessoas com baixo estatutos dificilmente são modelados, por outro lado, por exemplo, os pais são um bom modelo para a criança durante a infância e isto pode influenciar ao futuro papel a assumir na sociedade.
De outro modo o comportamento de um modelo é considerado como cuidadoso é provável que o indivíduo seja, mas motivado a desenvolver valores semelhantes e algumas qualidades valorizadas pela sociedade como uma forma de se conformar com os seus papéis. Estes modelos resultam de uma relação interpessoal positiva que pode levar a um bom desempenho no papel do indivíduo e quanto, mas reforçado quando houver recompensas.
Portanto, nem todo comportamento observado é modelado. Para que um comportamento seja imitado tende ser interessante ou ser motivador para o observador, por exemplo, muitos de nós temos visto, os outros a fumar, a beber, a bater nas mulheres, mas nunca decidimos comportar-se da mesma forma, pois, recusamos esses tais comportamentos, porque não nos motivam.
Contudo, a posição pessoal e as várias posições que o individuo pode tomar resultam da motivação social, se a pessoa monstra atitudes de reverência perante a posição do grupo não se coaduna com valores e normas passados pela sociedade este converte-se em um rebelde.
O estatuto do modelo de BANDURA tem um significado no trabalho docente, os professores são admirados e respeitados pelos seus alunos. Através de recompensas e punições os professores podem influenciar os alunos a trabalhar de forma aplicada para obterem aprovação e evitarem serem punidos. 
Factores que influenciam na motivação do papel
Entende-se, portanto, que a motivação é uma força interna que se transforma dependendo do momento, durante toda a sua existência, e desta maneira os seus objectivos ganham força, nesta senda quando se afirma que a motivação é algo interior significa que está dentro de cada pessoa, e por este motivo somente a própria pessoa tem a capacidade de realizar essa façanha de motivar-se. As organizações utilizam diversos métodos de motivação com a finalidade de somar a eficiência e eficácia de seus colaboradores. Isto acontece porque nas organizações a motivação tem relação directamente proporcional com a produtividade e o lucro descercando totalmente da real conceituação e compreensão dos estudiosos, neste campo de estudo. 
A administração em sua funcionalidade não consegue realmente descentralizar a motivação do colaborador, do dinheiro, isso acontece porque estas raízes estão profundamente fundamentadas na administração científica de Taylor, desvirtuando o que realmente é motivação. 
Os colaboradores estão na maior parte de seu tempo nas organizações, direccionando os seus esforços para as organizações. Portanto, fundamentamos nos seguintes factores que interferem nos mecanismos da motivação que são: Salários; Auto-estima e reconhecimento; Relacionamento entre os colaboradores; Promoções, treinamentos e capacitações; Benefícios; Segurança; Condições de estrutura física e ferramentas nos locais de trabalho. 
Para BERGAMINI (1997:189), o trabalho desenvolvido pelas diferentes pessoas tem sentidos diferentes para cada uma delas e esse sentido parece ligado ao conjunto de suas necessidades motivacionais. Entende-se que existem diversas formas de chegar ao mesmo resultado, isso vai depender da motivação intrínseca das pessoas, das necessidades individuais, dos conhecimentos, habilidades e experiências de cada um. Não basta apenas ter líderes, chefes, gerentes, se o colaborador não estiver pronto, nada fará com que ele fique motivado. 
A Importância da Associação do Papel e a Motivação
A associação entre o papel e a motivação é essencial. Muitas vezes o indivíduo pode estar motivado, porém, se não tiver a consciência nítida de seu papel, sua motivação pode ser prejudicada, pois, lhe faltará o complemento, isto é, os aspectos que fecham a finalidade de seu desempenho e a importância desse desempenho no conjunto de toda organização. Por outro lado, se ele tiver um papel bem definido e não tiver motivação para desenvolvê-lo, a falha se reflecte mais na perspectiva da organização, visto que,seu papel não está sendo correspondido. Há também alguns factores que podem ser observados em relação ao papel e motivação que podem, de forma simplista, resume-se a uma fórmula: procurar sempre uma coerência entre o trabalho que se executa e a competência que o indivíduo julga possuir; essa é uma forma de conjugar a motivação com o papel. (VALA, et all 2010:67)
Quando não existe essa concordância, geralmente se observa uma tendência em valorizar mais o que não está ao alcance daquele indivíduo e, isso desencadeia uma série de reacções distintas de comportamento, com reflexos negativos no desempenho da função. A motivação é essencial para o indivíduo porque representa uma força ligada às necessidades humanas e ao próprio significado do trabalho para a pessoa. É ela que leva à luta pela auto-realização e faz com que se assuma um compromisso com aquilo que se quer realizar.
Quando a motivação vai ao encontro do papel, tem-se como resultado um desempenho consciente e eficaz, além de satisfatório para quem o realiza. Não obstante de isso, observa-se que a preocupação das organizações, actualmente buscar é de formas de incentivo funcional que ofereçam a oportunidade de os indivíduos exercerem os talentos que possuem. Desse modo, a tarefa básica de qualquer administrador é dar o melhor de si para fazer com que os emprega de ser feitos (os executem o melhor possível o trabalho que precisa) (HANDY, 1976:57). 
Conclusão
Contudo, o estudo feito a volta do tema acima em questão concluiu-se que a motivação é essencial para qualquer actividade que o homem realiza, mas também a pessoa pode estar motivada de acordo com a posição que ocupa na sociedade, podemos estar motivados por uma determinada área e não na outra, dependendo da sociedade onde estamos inseridos.
Sempre há uma cedência de o indivíduo ocupar uma certa posição no grupo de amigos na sala de aula com colegas, isto é, a procura de identidade pessoal, mas em contrapartida o seu alcance não só depende do envolvimento pessoal como também das oportunidades que apropria sociedade oferece.
A questão da motivação é uma área que em opinião comum deveria ser de maior relevância no âmbito educacional, pois a relação estabelecida entre professor e aluno é de grande relevância para o sucesso do educando. A partir dos estudos discutidos ao longo deste trabalho pôde-se constatar que as crianças chegam cada vez mais desinteressadas pela escola.
Diferentes formas são aplicáveis para motivar os profissionais numa instituição, salários, bónus especiais, gratificação dos funcionários que mostram bom desempenho. E na sala de aula o professor aplica a teoria da motivação de papéis recompensando melhores alunos, apesar disso, o docente tende tentar enquadrar do mesmo modo todas as crianças no processo de ensino aprendizagem.
 
Bibliografia
VALA, Jorge e MONTEIRO, Maria Benedicta (coord.). Psicologia Social, 8 ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkiam, 2010.
BERGAMINI, Maria Cecília W. Motivação nas Organizações. 4 ed. São Paulo:
Atlas, 1997.
CHIAVENATO, Adalberto. Teoria Geral da Administração.3 ed. São Paulo: McGraw-HiII,, 1987.
HANDY, Charles B. Como Compreender as Organizações. Eugénio M.
MWAMWENDA, Tuntufy S. Psicologia Educacional: Uma Perspectiva Africana, Maputo: texto Editores, 2005. 
ATKINSON, R.; ATKINSON, R.; SMITH, E; BEM, D. Introdução à psicologia deHilgard. 13º Ed. Porto Alegre: Artmed. 2002.
KNÜPPE, Luciane. Motivação e desmotivação: desafio para as professoras do Ensino Fundamental. Educar em Revista [en línea] 2006, [citado 2011-11-16]. Disponível em: http://redalyc.uaemex.mx/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCe=155013354017. ISSN 0104- 4060.

Continue navegando