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Queilite Actinica

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Material para
Módulo 9
Leitura
Curso de Estomatologia para
CIRURGIÕES-DENTISTAS DA REDE
PÚBLICA DE ATENÇÃO À SAÚDE
DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNAS
Queilite Actínica
2
DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNASMaterial paraLeitura
DEFINIÇÃO
Desordem potencialmente maligna observada nos lábios devido à exposição crônica aos raios 
solares (radiação ultravioleta - UV). 
FREQUÊNCIA 
Não existem estimativas precisas, mas sabe-se que é uma condição extremamente comum. 
Como se trata de uma lesão assintomática e discreta nos estágios iniciais, provavelmente os casos são 
subdiagnosticados.
FATORES ETIOLÓGICOS
O principal fator é a exposição à radiação UV sem proteção solar. Alguns autores sugerem que 
o fumo também seria um fator, pois um grande número dos pacientes com queilite faz uso do fumo 
simultaneamente.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
A lesão se caracteriza pela perda de nitidez no contorno do lábio, devido a presença de manchas 
e placas brancas na mucosa de transição do lábio, levando ao borramento da sua interface com a pele. 
Além disso, outras alterações secundárias podem ser observadas:
• Placas brancas espessadas*
• Áreas descamativas – lábios que “descascam”
• Fissuras – lábios “rachados”
• Áreas ulceradas*
• Áreas crostosas (“de casca”)*
• Áreas endurecidas à palpação*
• Áreas erosivas/eritematosas*
• Áreas acastanhadas 
As alterações indicadas com asterisco representam agravamento da doença, sendo a sua 
identificação importante para direcionar a conduta.
Outra característica frequente é a perda de elasticidade, a qual resulta de alterações que 
acontecem no tecido conjuntivo e que podem ser observadas quando as lesões são biopsiadas. Essas 
alterações do tecido conjuntivo são chamadas de “elastose solar”.
Com relação ao perfil dos pacientes, observa-se que a maioria tem pele clara, é do gênero 
masculino, tem mais do que 40 anos e trabalha em ambiente externo (pescadores, agricultores, pintores, 
pedreiros) ou se expõe à radiação UV devido a atividades de lazer.
3
DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNASMaterial paraLeitura
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
A queilite actínica aguda é uma alteração que acomete indivíduos jovens, sendo vista 
comumente nos meses de verão devido a exposição intensa e episódica. Caracteriza-se pelo surgimento 
de edema e vermelhidão, podendo evoluir para vesículas/bolhas que se rompem, formam úlceras e 
depois crostas. Essa forma não apresenta risco de transformação, ou seja, não é considerada uma 
desordem potencialmente maligna como a queilite actínica (crônica), foco deste módulo. Optou-se 
por citá-la aqui para evitar confusão entre esta condição e a queilite actínica crônica, foco do módulo. 
CONDUTA/TRATAMENTO
Nos casos mais leves, onde as características de agravamento não são observadas, a biópsia não 
é obrigatória. O paciente deve ser orientado a respeito da natureza potencialmente maligna da lesão a 
fim de que compreenda a importância das medidas de proteção. Deve ser prescrito o uso de protetor 
solar labial, conforme descrição abaixo:
USO EXTERNO (APLICAÇÃO TÓPICA):
Protetor solar labial – FPS 30 -------------------------------- 1 bastão
 Aplicar uma camada fina sobre os lábios, 4 vezes ao dia, diariamente.
 É importante enfatizar que o uso deve ser diário mesmo em dias nublados, pois nesses dias 
também há radiação.
Quando houver áreas de ressecamento ou crosta, podem ser recomendadas medidas para 
melhorar a hidratação do lábio, sendo o bepantol uma das alternativas:
USO EXTERNO (APLICAÇÃO TÓPICA):
Bepantol creme -------------------------------- 1 bisnaga
 Aplicar uma camada fina sobre os lábios à noite, duas horas antes de ir dormir. Repetir o 
procedimento diariamente.
 Quando esta medida for necessária, o paciente deve ser reavaliado após 3-4 semanas e o uso 
suspenso assim que houver remissão das áreas crostosas/descamativas.
Quando os sinais de agravamento, placas brancas e espessadas, úlceras, áreas crostosas, 
endurecidas e erosivas, não regredirem após as medidas de hidratação, a biópsia parcial deve ser 
realizada. 
O exame histopatológico costuma mostrar aumento da camada de ceratina (hiperceratose), 
elastose solar (alteração das fibras do tecido conjuntivo). A displasia epitelial pode estar presente ou não. 
Quando esta alteração for observada o caso é considerado mais grave e o paciente deve ser submetido 
a um controle mais rígido, ou seja, os intervalos das consultas de revisão serão mais curtos (a cada 3 
meses). Quando não houver displasia epitelial ao exame microscópico, as reconsultas podem ser mais 
espaçadas (de 6 em 6 meses). Nessas consultas de controle a observação dos sinais de agravamento 
4
DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNASMaterial paraLeitura
exige que nova ou novas biópsias sejam realizadas. Além disso, deve-se questionar se o paciente está 
utilizando proteção solar. Reforço da importância da proteção solar é realizado sempre que necessário. 
Os pacientes que trabalham expostos ao sol devem ser orientados a utilizar chapéu de aba larga. Os 
estudos apontam que a queilite actínica tem um potencial de transformação maligna que varia entre 
10 e 20%.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A detecção precoce desta lesão pode prevenir a transformação maligna. Os pacientes precisam 
estar cientes desse risco e devem ser envolvidos na tentativa de estabilização das lesões. Os sinais de 
progressão da doença devem ser ensinados para o paciente. Quando o próprio paciente perceber estes 
sinais, é recomendável que a consulta de revisão seja antecipada.
5
DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNASMaterial paraLeitura
Diferentes alterações podem ser observadas na queilite actínica: placas brancas (asterisco em A e B), 
crosta (C, D e E). Em E, as crostas mais delgadas indicam que houve ulceração recente. Em F um caso 
de queilite actíncia leve mostrando áreas descamativas. 
Fonte: http://www.dermnetnz.org/topics/actinic-cheilitis/
A B
D
F
C
E
PAINEL DE IMAGENS – QUEILITE ACTÍNICA (CRÔNICA)
6
DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNASMaterial paraLeitura
Em A, observa-se queilite actínica moderada, com manchas e placas brancas. A presença de placas 
mais espessas (seta em B) ou de erosão/úlcera (seta em C e D) indicam possibilidade de transformação 
maligna em carcinoma espinocelular e, por isso, deve-se realizar biópsia.
Fonte: A – FO/UFRGS e B, C e D – Neville et al (2009).
A B
DC
PAINEL DE IMAGENS – QUEILITE ACTÍNICA (CRÔNICA)
7
DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNASMaterial paraLeitura
REFERÊNCIAS
Kaugars GE, Pillion T, Svirsky JA, Page DG, Burns JC, Abbey LM. Actinic cheilitis: a review of 152 cases. Oral 
Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod., v.88, no.2, p.181-6, 1999.
Neville, B. W.; Damm, D. D.; Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral e Maxilofacial - 3ª Ed., Elsevier, 2009. 
Regezi, J. A.; Sciubba, J.; Jordan, R. Patologia Oral: Correlações Clinicopatológicas - 6ª Edição, Elsevier, 2013. 
Equipe Responsável:
A Equipe de coordenação, suporte e acompanhamento do Curso é formada por integrantes do Núcleo de 
Telessaúde do Rio Grande do Sul (TelessaúdeRS-UFRGS) e do Programa Nacional de Telessaúde Brasil Redes.
TelessaúdeRS-UFRGS 
Coordenação Geral
Marcelo Rodrigues Gonçalves
Roberto Nunes Umpierre
Coordenação do curso
Vinicius Coelho Carrard
Coordenação da Teleducação
Ana Paula Borngräber Corrêa
Conteudistas
Manoela Domingues Martins
Marco Antonio Trevizani Martins
Vinícius Coelho Carrard
Vivian Petersen Wagner
Revisores
Bianca Dutra Guzenski
Fernanda Friedrich
Otávio Pereira D’Avila
Michelle Roxo Gonçalves
Thiago Tomazetti Casotti 
Projeto Gráfico
Luiz Felipe Telles 
Diagramação
Angélica Dias Pinheiro
Carolyne Vasques Cabral
Luiz Felipe Telles
Ilustração
Carolyne Vasques Cabral
Luiz Felipe Telles 
Edição/Filmagem/Animação
Diego Santos Madia
Rafael Martins AlvesDivulgação
Camila Hofstetter Camini
Guilherme Fonseca Ribeiro
Vitória de Oliveira Pacheco
Equipe de Teleducação
Andreza de Oliveira Vasconcelos
Angélica Dias Pinheiro
Cynthia Goulart Molina Bastos
Francine de Souza Borba
Luís Gustavo Ruwer
Rosely de Andrade Vargas
Ylana Elias Rodrigues
Dúvidas e informações sobre o curso
Site: www.telessauders.ufrgs.br
E-mail: ead@telessauders.ufrgs.br 
Telefone: 51 33082098

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