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MICROPIGMENTAÇÃO PARAMÉDICA EM LÁBIOS LEPORINOS

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MICROPIGMENTAÇÃO PARAMÉDICA EM LÁBIOS LEPORINOS
PARAMEDIC MICROPIGMENTATION IN LEPORINE LIPS
Gisele Miranda Barros Tonhá
 Jordana Guimarães Souza de Oliveira
Marcela Gomes Novaes
Neyla Martins dos Santos
Graduanda em Estética e Cosméticos- SENAC/GO
Resumo: O presente estudo tem por finalidade uma abordagem a importância da micropigmentação paramédica na restituição do formato/desenho dos lábios em cliente com lábios leporinos.
Palavras-chave: Micropigmentação; Lábio Leporino, Fissura labiopalatina
Abstract: The present study has as relevant an approach the importance of paramedic micropigmentation in the restoration of the shape / design of the lips in a client with cleft lips.
Keywords: paramedicmicropigmentation, leporinelips
INTRODUÇÃO
Lábio leporino são deformidades congênitas classificadas dentre o grupo de displasias, que tem como características erros de fusão nos processos faciais embrionários que pode acometer o lábio, o palato ou ambos. (CARDIM, 1997). Segundo Borges et al., as fissuras labiais acometem o bebê entre a 4ª e a 12ª semana de gestação. A fissura palatina (origem latina, a palavra “fissura” significa fenda, abertura);acarreta uma série de transtornos orgânicos, funcionais, estéticos que influenciam na qualidade de vida dos indivíduos, sobretudo no que se refere ao convívio social.
O tratamento destas anomalias necessita do trabalho multiprofissional; cirurgião plástico, fonoaudiólogos, dentistas (especialidades consideradas o tripé básico na reabilitação das fissuras), esteticista, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogo (Imagem 1).Sendo que no Brasil, o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP) é referência nacional e internacional no processo de reabilitação de pacientes com fissuras orofaciais e anomalias relacionadas. 
Imagem 1: As diferentes especialidades envolvidas no tratamento de fendas lábio-palatinas. 
As fissuras podem ser classificadas como pré-forame incisivo, fissuras transforame incisivo, fissuras pós-forame incisivo, fissura submucosa e fissuras de face. Para o tratamento cada caso é analisado individualmente pela equipe de diagnóstico interdisciplinar. O protocolo estabelece as épocas adequadas de cada intervenção, sempre respeitando o crescimento craniofacial e a maturidade fisiológica do paciente. No total, o tratamento leva de 16 a 20 anos para se completar (HRAC-USP).
O preconceito com o lábio leporino, leva a graves consequências como rejeição e isolamento, afetando o psicológico e o aparência visual gerando constrangimento.
A micropigmentaçao paramédica é um processo que preenche e corrige falhas através da pigmentação na pele devolvendo a naturalidade das formas.
Os procedimentos cirúrgicos para o lábio leporino são indicados após os três meses de vida. O tratamento consiste em uma série de cirurgias e, por isso, leva tempo. Normalmente, os médicos acompanham a criança até a idade adulta para verificar se houve mudanças no quadro com o crescimento da face.
Fechar uma fissura labial através de cirurgia é mais simples do que corrigir uma fissura palatina. O procedimento é geralmente realizado nos três ou quatro primeiros meses de vida e a cicatriz tende a desaparecer com o passar do tempo. 
Tennison, Randall e Skoog devem ser destacados como ícones na evolução do tratamento da fissura labial, assim como os cirurgiões brasileiros Perseu Lemos e Vitor Spina, referenciados na Revista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, ressaltou que o maior desafio, segundo Cronin, é a correção cirúrgica de fissuras bilaterais devido à ausência de tecido, o prolábio proeminente e a falta de columela11. Após algumas modificações feitas pelo próprio Millard, dentre as quais a atuação nas cartilagens nasais no mesmo tempo operatório da labioplastia primária, corrigindo-se assimetrias das narinas com excelentes resultados; técnica que se difundiu rapidamente e hoje é realizada em vários centros do mundo. 
OBJETIVO GERAL:
· Abordar a micropigmentação paramédica na correção do desenho dos lábios leporinos.
OBJETIVO ESPECÍFICO:
· Conceituar Lábios leporinos: causas, tratamentos cirúrgicos e trabalho multiprofissional
· Abordar a micropigmentação paramédica na correção de deformidades
· Elucidar a micropigmentação paramédica na correção de lábios leporinos
JUSTIFICATIVA
É salutar ao acadêmico em Saúde e Estética-Cosméticos conhecimentos específicos sobre a micropigmentação paramédica na correção de deformidades, anomalias, cicatrizes, manchas, marcas e assimetrias. Visando atender o público que necessita desses cuidados para a manutenção da autoestima. Portanto, o estudo da micropigmentação paramédica em lábios leporinos é um diferencial para o profissional da saúde em Estética que estará participante do processo de reabilitação deste indivíduo, restaurando traços, criando mais simetria facial, promovendo qualidade de vida.
METODOLOGIA
Neste artigo de revisão bibliográfica a busca foi realizada no período de agosto a dezembro de 2020 por meio de artigos científicos e bases de dados para pesquisa acadêmica como Scielo, Google Acadêmico e sites confiáveis na área da saúde.
DESENVOLVIMENTO
1. Lábios Leporinos
Fissuras labiopalatinas
De acordo com a Mariane Goes, diretora para América do Sul Smile Train, a fissura labial é uma abertura no lábio superior.
“Segundo a OMS, uma a cada 650 crianças, nasce com essa alteração congênita, no Brasil. As fissuras labiopalatinas não são alterações apenas de caráter estético. Elas levam a problemas de saúde como má nutrição, distúrbios respiratórios, de fala e de audição, infecções crônicas, alterações de dentição, além do grande impacto na socialização e na autoestima das crianças”, explicou. 
Figura 1.
 A fissura lábio palatina (FLP) é uma malformação congênita, decorrente da falta de fusão do palato durante o período intra-uterino, sendo incluída entre as anomalias mais comuns. As FLP ocorrem em aproximadamente 1/650 nascimentos no Brasil. Realizou-se pesquisa de revisão bibliográfica online, bem como livros e periódicos, utilizando-se as palavras chaves fissuras labiais e palatinas. Buscou-se na base de dados LILACS, MEDLINE e Scielo de artigos publicados entre 1977 a 2010. Há uma considerável variação na proporção de casos com FLP associados a anomalias congênitas e síndromes. A partir do diagnóstico a equipe multidisciplinar pode atuar buscando além da correção das malformações e problemas associados, a reintegração desse paciente à sociedade.
 Conclui-se que a assistência adequada a ser prestada ao paciente fissurado demanda:
· Treinamento
· Técnico
· Habilidade
· Sensibilidade 
Em conjunto com a equipe multidisciplinar, o que a torna capaz de perceber e intervir na dimensão biopsicossocial e espiritual da criança e família.
O desenvolvimento do palato inicia-se no final da quinta semana e não se completa antes da 12ª semana, sendo o período propício a malformação o final da sexta semana até o início da nona semana (MOORE; PERSAUD, 2008). O palato se desenvolve em duas etapas: primário e secundário.
· O palato primário é uma massa mesênquima em forma de cunha entre as superfícies internas das saliências maxilares das maxilas em desenvolvimento, ou seja, ele forma a parte pré-maxilar da maxila (MOORE; PERSAUD, 2008).
· O palato secundário é composto por partes duras e moles do palato, ele começa a se desenvolver a partir de duas projeções mesenquimais que se estendem das faces internas das saliências maxilares (MOORE; PERSAUD, 2008).
· Após o desenvolvimento da mandíbula, a língua desloca-se assumindo a posição inferior da boca. Em seguida os processos palatinos laterais se alongam e vão para uma posição horizontal superior à da língua (MOORE; PERSAUD, 2008).
O que ocorre?
O ocorre é que a fenda palatina provê da falta de fusão ou da fusão incompleta dos processos laterais do palato (CARLSON, 1996), sendo nos casos de menor gravidade apenas o palato secundário fendido, deixando óbvio ao exame a úvula bífida. Mas quando a fenda é maior proporcionalmente,envolve também palato duro, e a fenda pode abranger a saliência alveolar, no caso de existir o lábio leporino (STEVENS; LOWE, 2002).
A fissura do lábio é conhecida também como lábio leporino, que varia de um pequeno entalhe na borda da mucosa labial até a divisão completa que se prolonga até o assoalho do nariz, podendo ser uni ou bilateral (VANGHAN; McKAY, 1977). Entretanto, é normalmente 11 encontrado no lábio superior e em uma disposição paramediana (GARDNER; GRAY; RAHILLY, 1988).
As fissuras labiopalatinas, também conhecida como lábio leporino, são malformações congênitas caracterizadas pela descontinuidade das estruturas do lábio, palato ou ambos. De acordo com a cirurgiã dentista Tatiana Leite Xaud, as lesões ocorrem em diferentes posições da face e com extensão variável.
“As consequências da malformação são indefinidas, podendo causar dificuldades na: 
· Alimentação.
· No ganho de peso.
· Problemas na arcada dentária.
· No crescimento e desenvolvimento harmônico da face.
Uma criança com a fissura, muitas vezes precisa passar por até três cirurgias ou mais. Depois, desde o nascimento das crianças é necessário um atendimento específico acompanhado de psicólogos e nutricionistas”.
O recém–nato
 Deve ser ajudado a fazer a pega correta em uma posição em que o tecido mamário possa vedar a fenda impedindo o escape de ar e de leite (AMSTALDEN–MENDES; GIL–DA–SILVA LOPES, 2006).
· Crianças com estas alterações congênitas enfrentam obstáculos em relação à pega e a ordenha do leite no seio materno. Por esse motivo o bebê deve ser mantido em posição vertical ou semi–vertical para conseguir engolir o leite sem o risco de um refluxo do leite pelas narinas. E, após cada mamada a mãe deve fazer a higiene oro–nasal devido ao acúmulo de secreção. As crianças que são amamentadas sofrem menos de otites e dislalia (CASTRO; ARAÚJO, 2004). 
· A pega no bico da mama é muito importante até a criança conseguir abocanhar a aréola, o mesmo serve de tampão dos lábios o qual faz a compressão com a língua contra o palato, com esse movimento se consegue evitar as fissuras nas mamas. E essas fissuras muitas vezes conseguem amedrontar as mães desencorajando–as a amamentar o bebê no peito. Mas é preciso orientá–la que essa decisão só trará prejuízos ao neném, já que o leite materno é recomendado para o crescimento e desenvolvimento do lactente (DEODATO, 2005). Alguns cuidados devem ser tomados para evitar problemas durante a alimentação do lactente fissurado, como por exemplo, lavar sempre as mãos, a cada mamada fazer higiene oro– nasal com cotonete e água fervida podendo evitar resíduos alimentares na cavidade oral e nasal juntamente evitando infecções de vias aéreas superiores e ouvido médio. 
· A melhor posição para estar deixando essa criança é a posição de semi–sentada durante a alimentação, contribuindo, dessa forma para a não bronco aspiração. A mãe deve ter muita paciência e dedicação, pois cada mamada dessa criança poderá demorar cerca de 30 a 40 minutos, necessariamente administrando essa dieta pausadamente, não evitando o lado afetado pela fissura para que durante a mamada possa exercitar os músculos através do bico da mama ou da mamadeira com o lado fissurado (ARARUNA; VENDRÚSCULO, 2000).
· É importante que a mãe experimente várias posições para oferecer conforto ao seu bebê, dificilmente a criança fissurada conseguirá ser amamentada de maneira tradicional, e o posicionamento do lactente é fundamental para o sucesso de uma boa pega ao seio materno. Uma boa posição que a mãe pode tentar fazer é colocar o neném em posição sentada em seu colo com as pernas voltadas para o dorso da mãe semelhante ao posicionamento tradicional que é apoiado no braço (LANG, 1999). Os profissionais devem observar as mamadas dos lactentes 19 e ajudar a mãe escolher as melhores posições que ela desempenhou junto ao seu bebê (GOUVÊA, 2008). Fonte: LANG, S. Aleitamento do lactente - cuidados especiais. São Paulo: Santos, 1999. 
É sem risco e muito importante a estimulação ao aleitamento materno e devemos estimular essa criança a fazer a pega correta em uma posição em que a mama preencha grande parte da boca fazendo um tamponamento na parte fissurada (SOUSA; FLORIO; KAWAMOTO, 2001). Existem bicos especiais devido à necessidade de algumas crianças para a ingestão dos alimentos (SOUSA; FLORIO; KAWAMOTO, 2001). Bicos normais de mamadeiras passam a ser inadequados para esses lactentes por se tornar complicado a sucção necessária por esse motivo se torna viável o uso de bicos especiais, diversos bicos foram desenvolvidos e são utilizados com sucesso, esses bicos são bicos grandes e moles com orifícios largos, Nurssetes ou bicos longos e macios de Lamb podem oferecer melhor maneira de alimentação usando a mamadeira. Existe ainda um bico chamado “fluxo por gravidade” onde é conectado a uma mamadeira de plástico compressível permitindo que o leite seja despejado direto na boca da criança (WONG, 1999).
O uso inadequado na amamentação
O uso incorreto desses bicos deixa os lábios formarem uma posição invertida, podendo causar o enfraquecimento do músculo da mandíbula fazendo com que a criança force a língua a se movimentar para frente mais do que para trás como deve ser o correto durante a sucção, podendo prejudicar o desenvolvimento facial e a parte dentária da criança (ARARUNA; VENDRÚSCULO, 2000).
Alguns profissionais defendem o uso de placas palatinas obstrutoras. Essa placa serve como um palato artificial e como apoio para que a criança possa pressionar o bico com a língua durante a mamada (SILVA; FÚRIA; DI NINNO, 2005). 21 A sucção ao seio materno é essencial, mas existem crianças que necessitem de alimentação de outra maneira, devido algumas complicações apresentadas no decorrer do tempo, como por exemplo, tempo da mamada muito longa, assim o neném gasta muita energia, causando baixo ganho de peso, podendo então, causar uma desidratação e distúrbios relacionados ao crescimento do lactente (AMSTALDEN–MENDES; GIL–DA–SILVA LOPES, 2006).
Existe uma orientação a mãe para desenvolver outra forma de amamentação complementar, o uso de uma sonda que possibilite extremidade distal ser acoplada ao mamilo onde a liberação do leite será através da sucção, existem modelos de sondas que são acompanhadas de uma válvula permitindo o controle da ingestão do leite. Além de contribuir na melhor nutrição do lactente esse sistema proporciona no estímulo a produção do leite (CALIL; VARGAS, 2008).
O suco e a papa de frutas começa a ser oferecido à criança entre o 4º e o 6º mês e a papa de legumes, e no 7º mês, quando a criança está em aleitamento exclusivo. Mas quando a criança esta em aleitamento artificial o suco de frutas pode ser introduzido aos dois meses de idade, a papa de frutas e legumes aos três meses, e no quarto mês começa a carne. E após o oitavo mês começa então os legumes e em torno de um ano, a criança deve estar se alimentando com a dieta da família (PINI; PERES, 2001).
1. Micropigmentação paramédica, estética de correção.
História
 Ao longo dos tempos a maquiagem foi adquirindo uma importância fundamental em nossas vidas, especialmente para as mulheres em seus cuidados de beleza. 
A Micropigmentação paramédica originou-se da tatuagem, é uma técnica utilizada no Oriente e no Ocidente que vem evoluindo de forma satisfatória para fins estéticos (embelezamento) e para reparação (paramédica). Nos dias de hoje a micropigmentação, vem sendo aplicada para correção, por exemplo em mulheres mastectomizadas que buscam por uma imagem semelhante e mais natural possível da mama perdida, amenizando a sensação de perda, em pessoas que tem os lábios leporinos reconstituindo e fazendo o contorno dos lábios e outros casos, em pessoas com vitiligo para amenizar e uniformizar a cor da pele. 
 Historicamente, após as primeiras viagens marítimas , temos relatos do uso da tatuagem. Marco Polo vê em suas viagens e escreve em suas descrições da Ásia do século XVII, o colorido da tatuagem no continente asiático, segundo o navegador era comum cobrir o corpo com desenhosde leões, dragões, pássaros e outras figuras. Na nossa época atual as tatuagens são feitas para embelezamento do corpo. Na área paramédica a micropigmentação serve para: camuflar, realçar, embelezar e corrigir as imperfeições de peles com vitiligo ou pode ser uma alternativa para a reconstrução de aréola mamária em mulheres mastectomizadas. O conceito teve evolução e atualmente a tatuagem pode ser definida como uma forma de modificação corporal que se traduz na alteração da cor da pele. Assim a micropigmentação, e uma técnica de grande utilidade durante o tratamento do câncer de mama, pois através dela que é possível devolver a coloração da aréola após a reconstrução areolar-papilar. Para Giaretta no início o nome usado nessa técnica de pigmentação era maquiagem definitiva; nasceu do conceito tatuagem que é introduzir tintas coloridas na pele, só que na maquiagem para fins estéticos, e não artístico como na tatuagem.
 A micropigmentação, se diferencia da tatuagem pois utiliza de pigmentos especiais e uma técnica menos invasiva e os pigmentos mais terrosos e menos vibrantes que quando aplicados melhoram a aparência da região que foi aplicada. 
Desse modo a microdermopigmentação ou ainda maquiagem definitiva é uma técnica que deriva da tatuagem e tem finalidade de embelezamento ou correção que vem sendo utilizada desde 8.000 a.C. A técnica consiste na introdução de pigmentos na pele, por escarificações feitas através de um aparelho chamado dermógrafo que movimenta um conjunto de 1 a 14 agulhas (FONSECA; TOZO, 2017). A técnica passou por uma repaginada, pois os produtos, pigmentos e aparelhos usados, foram desenvolvidos para esse fim, é uma técnica menos invasiva, diferenciando assim da tatuagem (MARTINS; MEJIA; AZEVEDO, 2016). A técnica exige do profissional profundo conhecimento da fisiologia de pele e das inúmeras técnicas envolvidas para que seu sucesso seja garantido. Possíveis complicações são evitadas quando o trabalho é realizado por profissionais qualificados, que trabalham em ambiente com total higiene e utilizam matérias descartáveis e esterilizados (SCHNEIDER; REIS; THIVES, 2009). A média de permanência do pigmento é variável, e depende da técnica empregada, do tipo e do grupo de agulhas usadas durante a pigmentação, da base e saturação dos pigmentos aplicados. Outros fatores que influem na vida útil do pigmento são os hábitos do indivíduo. A frequência à exposição solar, utilização de cosméticos a base de ácidos e esfoliantes diminuem a permanência e a intensidade da cor (BRANDÃO; CARMO; MENEGAT, 2014). 
A Micropigmentação tem como objetivo corrigir as imperfeições, recuperando a autoestima de pessoas insatisfeitas com a imagem. Devido ao amplo espaço que a técnica ganhou, exigem-se dos profissionais muitas técnicas da utilização de cores, as tonalidades de marrons são as mais utilizadas (SILVA; DINIZ, 2019). A micropigmentação tem se destacado entre os tratamentos estéticos e reparadores e está́ inteiramente ligado ao bem-estar e a autoestima dos clientes, uma vez que o fundamental é oferecer melhor qualidade de vida as pessoas. Este é o principal motivo pelo qual a pigmentação cutânea evoluiu e evolui tão rápido (SOUZA, 2019). A Micropigmentação Paramédica é uma técnica desenvolvida que tem como principal objetivo colaborar com o tratamento e recuperação de mulheres acometidas por exemplo de câncer de mama e que passaram pelo procedimento de mastectomia (MARTINS; MEJIA; AZEVEDO, 2016). 
A Micropigmentação é utilizada na restauração de estruturas danificadas em mastectomia, lábios leporinos, criando-se nova aréola e recobrindo cicatrizes indesejáveis, com o intuito de melhorar a autoestima e confiança do indivíduo. (SOUZA, 2015). 
Na micropigmentção o processo inflamatório refere-se a agressão de inserir uma agulha com pigmento. As células de defesa chegam ao local para combater a entrada e permanência desse pigmento na pele. Como causadores desse processo inflamatório temos agentes físico (agulha) e químico (pigmento) (SCHUSTER; CURY,2017). 
Tipos de procedimento da micropigmentação 
Os tipos de pigmentação exógena introduzida na camada subepidérmica da pele por meio físico (demógrafo e agulhas), que visa a correção ou embelezamento estético, é conhecido como maquiagem definitivo. Reação dos anticorpos Agulha Pigmento fagocitado Fonte: MARTINS (2009)
A Micropigmentação e a beleza feita com arte. 
Micropigmentação de cicatriz
A imagem demonstra com clareza a técnica de Micropigmentação, observa-se que o pigmento é injetado com uma agulha na primeira camada da pele. Nesse tipo de técnica, não se observa nenhum sinal de tecido cicatricial, pois se trata de uma forma cicatrização de primeira intenção. O pigmento introduzido a esse nível de pele sofre desprendimento junto com as células de regeneração, os queratinócitos, tende assim uma duração média de 18 messes. Ao ser introduzido na camada subepiderme desencadeia uma resposta imediata da pele, cuja reação natural é tentar dissolver as partículas estranhas, de modo que possam ser eliminadas pelo sistema linfático. A citação acima mostra que a primeira parte desse processo de pigmentação é representada pelos queratinócitos que são responsáveis pela duração e fixação do pigmento introduzido; enquanto que a segunda parte cuida da aceitação do pigmento na subepiderme e terceira parte dissolver e eliminar as partículas estranhas
Antes e pós Micropigmentação. Atualmente, as tatuagens são feitas com pigmentos de origem mineral, principalmente, e com agulhas específicas para tatuar, as quais devem sempre descartáveis, nunca reutilizadas (mesmo que sejam na própria pessoa), assim como as tintas20. Observa-se no fragmento acima, a preocupação com os cuidados necessários para se realizar um procedimento de tatuagem, evidente que a micropigmentação paramédica em paciente mastectomizada requer a mesma atenção. 
Os usos da micropigmentação paramédica
Cicatrizes e deformações podem ser corrigidas por meio de técnicas de micropigmentação, como é o caso da micropigmentação labial, que corrige assimetrias, lábios leporinos pós correção cirúrgicas, coloração e preenchimento dos lábios, criando na boca o aspecto de lábios mais bem delineados e até mesmo maquiados, caso seja a vontade de quem fizer uso dessa técnica.
Esse procedimento pode ser mais indicado em variados casos em que as correções sejam necessárias, pois traz ótimos resultados, é mais rápida, mais acessível e não é um procedimento tão invasivo e com tantos riscos quanto uma cirurgia.
Essa técnica pode ser utilizada também, por exemplo, em situações em que há alopecia, ou seja, a perda de pelos ou cabelos em alguma parte do corpo. Nesses casos, os pelos sãos redesenhados de forma que fique com a aparência mais próxima possível dos fios originais.
Há também os casos de mastectomia, onde há a retirada completa ou parcial da mama, e nesse caso, o micropigmentador paramédico fica responsável por redesenhar as aréolas e os mamilos com uma técnica 3D realista, reconstruindo o complexo aréola mamilar.
A aplicação da técnica
A tinta é aplicada na camada mais superficial da pele, como no caso da micropigmentação de sobrancelhas. Na micropigmentação paramédica, o profissional deverá simular sombras e texturas ao depositar diferentes tipos de pigmentos na segunda camada da pele, a derme.
O tempo da duração desse procedimento depende da extensão da área a ser pigmentada, entre uma e três horas, e as cores dos pigmentos sempre serão escolhidas com base na cor da pele ou dos pelos dos pacientes.
Além disso, é importante ressaltar que, no geral, é necessária mínimo 2 sessões, mas outros processos podem demandar de mais sessões.
1. Micropigmentação paramédica na correção de lábios leporinos
A complexidade do desenvolvimento facial embrionário talvez seja responsável pelo aparecimento de inúmeras anomalias congênitas relacionadas à face; as malformações faciais compõem um grande problema de discriminação na sociedade pelas implicações estéticas, funcionais e psicológicas que trazem aosindivíduos afetados.
A sociedade valoriza muito a estética e visualiza quando há alguma diferença na face principalmente quando não agrada muito aos olhos de quem os vê sendo assim podendo dificultar a integração da criança com lábios leporinos ao convívio social (DEODATO, 2006)
Destarte, para a minimização desses danos, na reestruturação de um lábio leporino trabalha-se a técnica de micropigmentação, nesse caso, o profissional da estética irá criar a sua arte. Essa técnica milenar de pigmentação corrige zonas inestéticas como no caso de vitiligo, alopecias, reconstrução das aréolas mamárias, aproximação da coloração da pele em casos de enxertos e cicatrizes acromáticas; e também auxilia no embelezamento, realçando traços naturais (MARTINS; MARTINS; MIRANDA, 2002).
Sendo a micropigmentação um tipo de pigmentação exógena introduzida na camada subepidérmica da pele, através de um aparelho utilizando agulhas. O pigmento depositado nível subepidérmico, sofre desprendimento, ou seja, elas se soltam das células de regeneração, onde a fixação médica é de 18 meses (1 ano e 6 meses). Após a introdução do pigmento ocorre o processo inflamatório, em resposta ao agente físico (agulha) e químico (pigmento) (SHUSTER, CURY, 2017) e (MARTINS, MARTINS, MARTINS, 2009).
De acordo com Martins et al.:
O agente químico causará uma pigmentação exógena, onde o pigmento não é solúvel e possui partículas muito grandes para a estrutura celular da pele, que não consegue expeli-las, sendo assim, o sistema de defesa do corpo utiliza os macrófagos que fagocitam cada partícula de pigmento, formando uma cápsula de membrana e volta dessas partículas de pigmento, isolando-as das células vivas da derme. O excesso de pigmento que não for fagocitado se desprenderá formando uma crosta resultante de um conjunto de células inflamatórias: hemácias, plasma e fibrina misturados com resíduos epiteliais sobre a superfície epidérmica, clareando em média 50% do pigmento depositado na pele, podendo gerar falhas e a necessidade de retoque. A micropigmentação tem como principal característica o efeito natural e opaco causado na imagem da pigmentação. Esse efeito é essencial para que se obtenha realce dos traços naturais, correção e embelezamento estético e é explicado pelo nível de introdução do pigmento.
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