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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
MAYRA ALVARENGA DE BARROS, 1854225
PORTFÓLIO
UTA GESTÃO ESCOLAR
MÓDULO A – FASE I
MACEIÓ
2018
A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA ESCOLA REGULAR
Segundo a lei n 9394\96, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Especial, é importante observar que as crianças com deficiência, altas habilidades ou superdotação têm os mesmos direitos ao acesso a um ensino e uma educação de qualidade, que um aluno dito “normal”, mas sempre levando-se em conta as suas limitações e diferenças. Infelizmente o que mais encontramos na prática são as dificuldades apresentadas pela escola e pelo professor em aplicar a lei de uma educação de qualidade para todos, seja pelo despreparo e a falta de capacitação para lidar no dia-a-dia com esses alunos, seja pela questão da não adequação dos currículos às suas necessidades, pela falta de estrutura de algumas escolas para receber estes alunos( não possui sala de recursos, ambientes adaptados, profissionais capacitados), e também pela mudança de postura, atitude e do medo de alguns educadores quanto ao “diferente”, quanto ao que o faz rever suas práticas educacionais muitas vezes engessada.
Durante o período de estágio, foi realizada visitas a escola de Ensino Fundamental São Raphael, localizada na Rua Prefeito Abdon Arroxelas em Maceió, onde havia dois alunos especiais matriculados em uma turma de Maternal II, da Educação Infantil. A turminha é composta por 10(dez) crianças, incluindo os especiais e possui duas professoras, sendo uma professora regente e a outra auxiliar de classe. A escola não dispõe de acompanhante especializado, nem sala de recursos multifuncional para o atendimento desses alunos. José Antônio é uma criança muito inteligente e esperta, têm 4(quatro) anos e foi diagnosticado ainda bebê com Síndrome de Down, Sarah é uma menina meiga e linda, têm 3 (três anos) e foi diagnosticada com autismo aos 2 (dois) anos e meio. Durante três dias foi observado de que forma se dava a inclusão dessas crianças na escola.
Dia 05\02\2018
Cheguei à escola às 7:30 da manhã, na mesma semana do início das aulas, onde acompanhei a recepção e o acolhimentos dos alunos. A turminha foi recebida pelas professoras junto com os pais no parquinho da escola, onde houve primeiramente um momento de descontração e brincadeiras. O momento de despedida dos pais foi bem tranquilo e sem maiores intercorrências, tanto por parte dos novatos, quanto por parte dos veteranos, incluindo entre eles os alunos especiais. A aluna Sarah estranhou um pouco a mudança de sala e de professora, mas como a auxiliar permaneceu a mesma do ano anterior, sua resistência não durou muito.
Após a despedida as crianças sentaram na mesinha e foi ofertado a elas massinha de modelar, onde elas muito felizes começaram a fazer bolinhas, formas, etc. Ao final da atividade foi realizada a rodinha de Oração e cantiga de músicas infantis como:” bom dia amiguinho como vai, se você está contente”. Logo após os alunos foram levados ao refeitório para lavar as mãos para o lanche a ser servido na sala. No horário do lanche a aluna Sarah mostrou-se resistente quanto ao fato de sentar-se na cadeirinha junto aos coleguinhas para lanchar, preferindo comer perambulando pela sala, necessitando da ajuda da auxiliar para mantê-la sentada, o que ocasionou um episódio de birra. O aluno José Antônio também necessita de ajuda durante o processo de alimentação, pois possui dificuldades motoras não conseguindo se alimentar sozinho. Após o lanche foi feito a leitura do livro infantil: Bibi vai para a escola de Alejandro Rosas, mostrando para as crianças que a escola é um lugar divertido, aconchegante e agradável. Novamente os alunos especiais se mostraram dispersos durante a leitura, onde em um dado momento precisaram ser reconduzidos ao lugar pela auxiliar , pois estavam perambulando pela sala e mexendo nos armários. Após a leitura foi realizada atividades com blocos de encaixe, onde as crianças participaram e se envolveram na brincadeira.
Dia 06\02\2018
Cheguei à escola às 7:50, onde acompanhei o momento final do acolhimento dos alunos. A professora e a auxiliar vão a porta da sala receber as crianças uma a uma conforme chegam e as crianças que já estão na sala, enquanto esperam brincam livremente com jogos de encaixe.
Ao chegar a maioria dos alunos, as professoras dão início as atividades do dia com rodinha de oração, junto com o canto de músicas infantis. Durante a canção a professora introduz a aula com a canção: cabeça, ombro, joelho e pé, onde as crianças cantam e fazem mímicas apontando para estas partes do corpo. Os alunos Sarah e Antônio participam rindo e cantarolando, mas não conseguem participar do jogo de mímica e imitação. Logo após os alunos iniciam uma atividade de colagem de algumas partes do corpo. As crianças especiais necessitam de intervenção para a realização e não conseguem concluir a atividade. Logo após chega o momento do lanche e presenciamos mais um acesso de birra da aluna Sarah porque não queria sentar para lanchar. Após o lanche a professora inicia a leitura da fábula infantil “os três porquinhos” e mais uma vez observamos dispersão e isolamento por parte dos alunos José Antônio e Sarah, que não conseguem manterem-se sentados durante a atividade. Em um dado momento o aluno Antônio tem uma crise de birra e é necessário que a auxiliar o leve para fora da sala para tentar acalmá-lo. Logo após os alunos vão para o parquinho para extravasarem as energias e acalmarem.
Dia 07\02\2018
 Chego a escola às 7:30, e acompanho todo o momento do acolhimento dos alunos, após a chegada as crianças brincam livremente com massinha de modelar, logo após as crianças são conduzidas para a sala de vídeo para assistir um vídeo da galinha pintadinha. A aluna Sarah demonstra estar um pouco incomodada com o barulho das caixas de som da sala, colocando a todo instante as mãozinhas no ouvido, mas em nenhum momento é retirada da sala. Ao retornarem a sala de aula, as crianças vão ao refeitório lavar as mãos para o lanche e dessa vez tudo ocorre de forma tranquila, o aluno José Antônio ainda necessita de ajuda para poder se alimentar sozinho. Após esse momento as crianças são iniciadas em um jogo simbólico: Imitação dos sons dos animais. Os alunos especiais se divertem e riem no processo, mas não entendendo o contexto real da brincadeira e apresentando dificuldades na realização da atividade proposta.
Neste meu último dia na escola pude observar que as professoras se mostraram muito acolhedoras e atenciosas, mas apenas isto não basta, a escola, os professores e os profissionais da educação precisam estar preparados para receber estes alunos. Outra questão a ser destacada é adaptação curricular voltada para estes alunos que apesar de estar presente no art 59, inciso I da lei 9394\96, nesta escola é nulo. Sentindo os mesmos dificuldades de envolvimento e engajamento nas atividades, o que poderá ocasionar problemas de aprendizagem a longo prazo. Também notei um certo despreparo da escola e dos profissionais em como lidar com algumas características e comportamentos apresentados por estas crianças. A meu ver é necessário que a prática pedagógica dos professores precisem verdadeiramente serem revistas e infelizmente esta é uma realidade presente em muitas escolas, onde incluir muitas vezes se torna sinônimo de ter esses alunos em sala já que a lei é bem clara quanto a oferta de vaga para este público e onde infelizmente a prática não condiz muito com o que é apresentado em lei, já que é preciso buscar desenvolver integralmente a capacidade e o potencial dessas crianças. Outra questão também a ser discutida seria a falta de uma sala de recursos e de profissionais mais capacitados para o atendimento desses alunos. O que se percebe é que ainda se tem um longo caminho para se percorrer até se chegar a uma verdadeira inclusão. Para concluir, não bastam que as leis existam apenas no papel, é preciso a união de pais, professores, escolae governo para que estas mudanças ocorram, somente levando essa questão a sério é que se poderá realmente existir uma mudança significativa nas escolas.
Referências Bibliográficas
FACION, José Raimundo et al. (org). Inclusão Escolar e suas Implicações. Curitiba: Interinsulares,2012.
Portal.mec.gov.br\seesp\arquivos\pdf\lei9394-ldbn2.pdf

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