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Descrição dos Dilemas segundo Piaget - Juízo Moral na Criança

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
EXERCÍCIO- O JUÍZO MORAL DA CRIANÇA
DESCRIÇÃO DOS DILEMAS DE DANOS MORAIS, DE ROUBOS E MENTIRAS.
Dilema de Danos Morais
Nas questões apresentadas, Piaget (pg. 102-107, “O Juízo Moral”; 1994) observou que até os dez anos de idade, obteve-se dois tipos de respostas: algumas avaliaram os atos conforme os resultados materiais, independe das questões em jogo, enquanto outras só se importaram em avaliar a intenção. Visto isso, é normal, que as respostas tenham sido diferentes, uma vez que cada história leva à uma maior responsabilidade objetiva que a outra, dentro desse âmbito, não se deve falar propriamente de estágios, mas sim em linhas gerais, afinal de contas é indiscutível que o grau de responsabilidade objetiva diminui conforme a idade da criança. Assim, as crianças foram classificadas segundo suas respostas, em dois grupos:
 - Responsabilidade Objetiva: Em torno dos sete anos, o indivíduo julga os atos pela sua consequência, e são pelos motivos que o levaram a cometer tais, desse modo a criança avalia a culpa do agente, conforme maior seja o prejuízo, prevalecendo na criança a questão da obediência ou não das regras estabelecidas pelos adultos, no caso a coação.
- Responsabilidade Subjetiva: Em torno dos nove anos, o indivíduo já percebe a intencionalidade dos atos, passando também a compreender as diferentes consequências que ações possuem.
Dilema do Roubo
Segundo às questões analisadas, Piaget (pg. 102-113, “O Juízo Moral”; 1994) acredita que se referindo ao roubo, pôde-se perceber que se obteve, igualmente, dois grupos de respostas, na qual foram encontradas novamente (entre seis e dez anos), a responsabilidade objetiva e a responsabilidade subjetiva.
As crianças menores (6 anos) tendem a considerar mais grave o roubo de
um objeto grande, em que não consideram as intenções que levaram a tal ato, dessa forma, para elas é mais condenável o ato de roubar um pãozinho
para dar a um amigo pobre que está faminto do que o ato de roubar para
si um pequeno laço de fita para o cabelo. 
Enquanto que a tendência das crianças maiores (9-10 anos) é ponderar como mais importante as intenções, o tamanho ou o valor do objeto roubado, por exemplo, não teria tanta relevância, dessa maneira o indivíduo que cometeu o ato de roubo por motivos humanos ou filantrópicos, isto é sem más intenções, é menos culpável quando comparado com aquele que o cometeu em prol de beneficiar a si próprio.
Dilema da Mentira
 Segundo Piaget (pg. 121-131, “O Juízo Moral”; 1994), a tendência a mentira, é uma tendência natural. Conforme a análise dos dilemas apresentados, Piaget chegou ao resultado que, as crianças ainda pertencentes ao grupo de responsabilidade objetiva, começam a classificar em alguns casos, as mentiras interesseiras como “embustes”, e as mentiras fantasiosas como “lorotas”. Entretanto, ainda sim, continuam julgando, no caso as mentiras, do ponto de vista exterior, isto é, objetivista, não levando em conta a intencionalidade dos sujeitos, do ponto de vista da própria moral.
Além disso, essas crianças, em virtude de seu egocentrismo inconsciente são levadas espontaneamente a transformar a realidade em função de seus desejos, e ignorar o valor da veracidade, na qual a coação os levará a uma interpretação “objetivista”, não correspondendo exatamente com o que acontece na realidade. 
Enquanto que as crianças que já pertencem ao grupo de responsabilidade subjetiva, analisam as mentiras do ponto de vista intencional do sujeito, uma vez já estão mais “evoluídas” nesse sentido, apresentando sentimento do dever de não mentir, mas não porque as regras impostas pelos adultos sejam fundamentais, ou que a coação seja mais forte que a autonomia, mas pela necessidade de cooperação, afinal durante esse período ocorre a relação íntima de reciprocidade entre o desenvolvimento da inteligência psicológica e uma crescente cooperação, sendo tais atos, mentir e enganar, supostamente banidos devido a esse processo.
REFERÊNCIAS
Piaget, J. (1994). “O juízo moral na criança” (E. Lenardon, Trad.). São Paulo: Summus. (Original publicado em 1932).

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