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180921111417 OAB2FASE PECAS PROCESS AULA 04

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2 
HABEAS CORPUS 
 
Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência 
ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
 
1. Histórico, natureza jurídica e conceito 
2. A doutrina brasileira do habeas corpus 
3. Base Legal: ART. 5º, LXVIII e art. 647 e seguintes do CPP. 
4. Espécies 
 
– HC preventivo: para evitar a consumação da lesão à liberdade de locomoção, hipótese na qual é concedido o 
“salvo-conduto”; 
 
– HC repressivo, suspensivo ou liberatório: é utilizado com o propósito de liberar o paciente quando já consumada 
a coação ilegal ou abusiva ou a violência à sua liberdade de locomoção. O pedido é o alvará de soltura. 
 
5. Legitimidade Ativa – Princípio da Universalidade 
6. O paciente 
7. Polo Passivo 
8. Habeas Corpus e Prisão do Militar 
 
Art. 142 
 
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares. 
 
9. Tutela de Urgência? Sempre. Natureza principiológica. Arts. 649 e 660, §2º do CPP 
10. Gratuidade. Art. 5º, LXXVII, da CRFB/88. 
11. Competência. 
 
Súmula 690 
 
Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de "habeas corpus" contra decisão de Turma 
Recursal de Juizados Especiais Criminais. (CANCELADA) 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
 
I - processar e julgar, originariamente: 
 
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segu-
rança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; 
 
(...) 
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou 
funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime 
sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; 
 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
 
I - processar e julgar, originariamente: 
 
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando 
o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da 
Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; 
 
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: 
 
 
 
 
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I - processar e julgar, originariamente: 
 
d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal; 
 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
 
VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade 
cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição; 
 
12. Súmulas do STF 
 
Súmula 693: “Não cabe "habeas corpus" contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em 
curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.” 
 
Súmula 694: “Não cabe "habeas corpus" contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de patente 
ou de função pública.” 
 
Súmula 695: “Não cabe "habeas corpus" quando já extinta a pena privativa de liberdade” 
 
13. Habeas Corpus e CPI 
 
14. Caso Hipotético 
 
Mário de Tal, brasileiro, solteiro, empresário, residente e domiciliado no Município X, é convocado como testemunha 
para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito Mista aberta pelas Casas do Congresso Nacional para apurar 
irregularidades envolvendo o desvio de verbas federais referente à compra de ambulâncias para os hospitais vincu-
lados ao Sistema Único de Saúde. Mário procura o seu escritório de advocacia para que possa elaborar a peça 
cabível para: 
 
a) garantir o direito de ser assistido por seu Advogado e de com este comunicar-se durante o curso de seu depoi-
mento perante a referida Comissão Parlamentar de Inquérito e, b) também o direito de exercer o privilégio constitu-
cional contra a autoincriminação. 
 
Observe, na redação da peça processual adequada: 
 
a) competência do Juízo; 
b) legitimidade ativa e passiva; 
c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; 
d) os requisitos formais da peça. 
 
EXM°. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
(5 linhas) 
 
MÁRIO DE TAL, brasileiro, solteiro, empresário, portador do RG nº... e do CPF n°..., endereço eletrônico ..., resi-
dente e domiciliado..., nesta cidade, por seu advogado infra-assinado, conforme procuração anexa..., com escritório 
..., endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC, com fundamento no art. 5º, LXVIII, da CRFB/88 e no art. 
647 do CPP e ss., vem impetrar o presente HABEAS CORPUS PREVENTIVO COM PEDIDO LIMINAR em favor 
da própria liberdade, que está na iminência de sofrer violência por ato do Presidente da Comissão Parlamentar de 
Inquérito Mista, pelos motivos que a seguir expõe. 
 
I – DOS FATOS 
 
O impetrante foi convocado por uma CPMI – Comissão Parlamentar Mista de Inquérito – aberta pela Câmara dos 
Deputados e Senado Federal, para prestar depoimento, na qualidade de testemunha. Tal Comissão foi inaugurada 
com o objetivo de apurar irregularidades no que tange ao desvio de verbas federais destinadas a compra de ambu-
lâncias para hospitais vinculados ao SUS – Sistema Único de Saúde. 
 
 
 
 
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Mário deve ter garantido o direito de ser assistido por seu advogado, bem como de poder se comunicar com aquele 
enquanto prestar depoimento perante a Comissão e, ainda, o direito de exercer o privilégio constitucional contra 
a autoincriminação. 
 
Como se demonstrará a seguir, o impetrante está na iminência de sofrer violação a sua liberdade e por isso se faz 
necessária a propositura do presente Habeas Corpus preventivo, a fim de evitar a consumação da lesão. 
 
II – DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR (OU DA TUTELA DE URGÊNCIA) 
 
O fundamento da tutela de urgência em sede de Habeas Corpus é extraído dos arts. 649 e 660, §2º do CPP e, 
segundo a jurisprudência, possui natureza cautelar. 
 
Demonstrar a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
 
III – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
De acordo com o art. 5º, LXVIII, da CRFB/88 será concedido habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
 
O remédio também é respaldado pela legislação processual penal, a partir do art. 647. 
 
Do art. 58, § 3º, da CRFB/88, extraímos que as comissões parlamentares de inquérito, que possuem poderes de 
investigação próprios das autoridades judiciais, podem encaminhar ao 
 
Ministério Público as suas conclusões, a fim de que este venha a promover a responsabilidade civil ou criminal dos 
infratores. 
 
O art. 5º, XV, da CRFB/88, por sua vez, trata da liberdade de locomoção, que pode ser assegurada preventivamente 
em razão da iminência de violência ao direito, dispondo que é livre a locomoção no território nacional em tempo de 
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. 
Dessa forma, tendo em vista a possibilidade de culminação em condenação em ação penal futura, verifica-se que 
há ameaça indireta à liberdade de locomoção do investigado – o que justifica a impetração do presente Habeas 
Corpus Preventivo. 
 
É competente o Supremo Tribunal Federal para julgar o presente remédio, tendo em vista o disposto no art. 102, I, 
“i”, da CRFB/88. 
 
IV – DOS PEDIDOS 
 
Pelo exposto, requer a V.Exa. que: 
 
a) Determine a notificação da autoridade coatora, o Presidente da Comissão;b) Conceda o pedido liminar para determinar a expedição do salvo conduto, confirmando posteriormente a conces-
são do presente remédio; 
c) Junte os documentos anexos; 
d) Intime o representante do Ministério Público. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 para efeitos procedimentais. 
Ou: 
Valor da causa de acordo com o art. 291 do CPC/15. 
Ou: 
Valor da causa de acordo com o art. 319 do CPC/15. 
Termos em que, 
pede deferimento 
Local... e data... 
Advogado... 
OAB n.º ... 
 
 
 
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1. Histórico no Brasil 
 
“A Constituição é caracteristicamente o estatuto do homem. É sua marca de fábrica. O inimigo mortal do homem é 
a miséria. O estado de direito, consectário da igualdade, não pode conviver com estado de miséria. Mais miserável 
do que os miseráveis é a sociedade que não acaba com a miséria. 
Não lhe bastou, porém, defendê-lo contra os abusos originários do Estado e de outras procedências. Introduziu o 
homem no Estado, fazendo-o credor de direitos e serviços, cobráveis inclusive com o mandado de injunção...” 
Trecho Discurso Ulysses Guimarães – Promulgação da Constituição Federal de 1988, em 5 de outubro 
 
2. Conceito 
 
Alexandre de Moraes: O Mandado de Injunção consiste em uma ação constitucional de caráter civil, e de procedi-
mento especial, que visa suprir uma omissão do Poder Público, no intuito de viabilizar o exercício de um direito, 
uma liberdade ou uma prerrogativa previsto na Constituição Federal. 
 
José Afonso da Silva: “meio de invocar a atividade jurisdicional para buscar a aplicação concreta da norma consti-
tucional atribuidora de direitos à falta de regulamentação que lhe dê eficácia e aplicabilidade genérica”. 
 - Remédio Constitucional que visa defender “direitos fundamentais” dependentes de regulamentação. 
Segundo a doutrina majoritária, “direitos fundamentais” são os de primeira, segunda ou terceira dimensão. 
 
5. Modalidades 
 
a) Mandado de injunção individual – poderá ser impetrado por pessoa natural ou jurídica, nacional ou estrangeira, 
cujo direito esteja à míngua de uma norma que o regulamente. 
b) Mandado de injunção coletivo 
 
Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido: 
 
I - pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, 
do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis; 
II - por partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício de direitos, liberdades 
e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade partidária; 
III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo 
menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de 
parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, 
dispensada, para tanto, autorização especial; 
IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos direitos 
humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5o da 
Constituição Federal. 
 
Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de injunção coletivo são os 
pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pessoas ou determinada por grupo, classe ou 
categoria. 
 
SÚMULAS STF 
 
Súmula 629 
 
A IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO POR ENTIDADE DE CLASSE EM FAVOR DOS 
ASSOCIADOS INDEPENDE DA AUTORIZAÇÃO DESTES. 
 
Súmula 630 
 
A ENTIDADE DE CLASSE TEM LEGITIMAÇÃO PARA O MANDADO DE SEGURANÇA AINDA QUANDO A PRE-
TENSÃO VEICULADA INTERESSE APENAS A UMA PARTE DA RESPECTIVA CATEGORIA. 
 
 
 
 
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6. Pressupostos do remédio 
 
Impossibilidade de exercício do direito fundamental previsto na Constituição 
+ 
Inexistência da “Lei” (lei ordinária, complementar...) 
 
"Os agravantes objetivam a regulamentação da atividade de jogos de bingo, mas não indicam o dispositivo consti-
tucional que expressamente enuncie esse suposto direito. Para o cabimento do mandado de injunção, é imprescin-
dível a existência de um direito previsto na Constituição que não esteja sendo exercido por ausência de norma 
regulamentadora. O mandado de injunção não é remédio destinado a fazer suprir lacuna ou ausência de regula-
mentação de direito previsto em norma infraconstitucional, e muito menos de legislação que se refere a eventuais 
prerrogativas a serem estabelecidas discricionariamente pela União. No presente caso, não existe norma constitu-
cional que confira o direito que, segundo os impetrantes, estaria à espera de regulamentação. Como ressaltou o 
PGR, a União não está obrigada a legislar sobre a matéria, porque não existe, na CF, qualquer preceito consubs-
tanciador de determinação constitucional para se que legisle, especificamente, sobre exploração de jogos de bingo." 
(MI 766-AgR, Rel. Min.Joaquim Barbosa, julgamento em 21-10-2009, Plenário, DJE de 13-11-2009.) No mesmo 
sentido: MI 4.345-AgR, rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 23-5-2013, Plenário, DJE de 1º-8-2013; MI 765-AgR, 
Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 30-11-2011, Plenário, DJE de 1º-2-2012. 
 
"Mandado de injunção. Alegada omissão legislativa quanto à elaboração da lei complementar a que se refere o § 4º 
do art. 18 da CF, na redação dada pela EC 15/1996. Ilegitimidade ativa do Município impetrante. Inexistência de 
direito ou prerrogativa constitucional do Município cujo exercício esteja sendo obstaculizado pela ausência da lei 
complementar federal exigida pelo art. 18, § 4º, da Constituição. Mandado de injunção não conhecido." (MI 725, 
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 10-5-2007, Plenário, DJ de 21-9-2007.) 
 
“Aposentadoria especial. Servidor público portador de necessidades especiais: art. 40, § 4º, I, da CR. Aplicação das 
regras da LC 142/2013, que dispõem sobre aposentadoria de pessoa com deficiência segurada do Regime Geral 
de Previdência Social (RGPS).” (MI 1.885-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, julgamento em 22-5-2014, Plenário, DJE de 
13-6-2014.) 
 
DECISÃO RECENTE – INF. 789, STF 
 
O Plenário, em conclusão de julgamento e por maioria, denegou a ordem em mandado de injunção coletivo impe-
trado contra alegada omissão quanto à regulamentação do art. 40, § 4º, da CF, para fins de aposentadoria especial 
de ocupantes do cargo de oficial de justiça avaliador federal. O sindicato impetrante requeria, ainda, a aplicação 
analógica da disciplina prevista na LC 51/1985, no que regulamenta a aposentadoria especial para servidor público 
policial — v. Informativos 594 e 764. A Corte afirmou que a eventual exposição a situações de risco — a que pode-
riam estar sujeitos os servidores ora substituídos — não garantiria direito subjetivo constitucional à aposentadoria 
especial. A percepção de gratificações ou adicionais de periculosidade, assim como o fato de poderem obter auto-
rização para porte de arma de fogo de uso permitido (Lei 10.826/2003, art. 10, § 1º, I, c/c o art. 18, § 2º, I, da IN 
23/2005-DG-DPF, e art. 68 da Lei 8.112/1990) não seriam suficientes para reconhecer o direito à aposentadoria 
especial, em razão da autonomia entre o vínculo funcional e o previdenciário. 
 
Os incisos do § 4º do art. 40 da CF utilizariam expressões abertas: “portadores de deficiência”, “atividades de risco” 
e “condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física”. Dessa forma, a Constituição teria reser-
vado a concretização desses conceitos a leis complementares, com relativa liberdade de conformação, por parte do 
legislador, para traçar os contornos dessas definições. A lei poderia prever critérios para identificação da periculo-
sidade em maior ou menor grau, nos limites da discricionariedade legislativa,mas o estado de omissão inconstitu-
cional restringir-se-ia à indefinição das atividades inerentemente perigosas. Quanto às atribuições dos oficiais de 
justiça, previstas no art. 143 do CPC, eles poderiam estar sujeitos a situações de risco, notadamente quando no 
exercício de suas funções em áreas dominadas pela criminalidade, ou em locais marcados por conflitos fundiários. 
No entanto, esse risco seria contingente, e não inerente ao serviço, ou seja, o perigo na atividade seria eventual. MI 
833/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, 11.6.2015. (MI-833) 
 
 
 
 
 
 
 
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