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Dinâmicas de Grupos

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Leitura Complementar 02 
 
DINÂMICA DE GRUPOS 
Por BERSTUN, Marcos 
 
As ciências sociais oferecem hoje aos indivíduos diversos meios que permitem 
incentivar os educandos a participarem ativamente do processo de aprendizagem, 
trabalhando em grupos. 
Esses recursos diferem, de certo modo, dos processos habituais do ensino formal e 
acadêmico e são os resultados de uma evolução natural e progressiva das doutrinas 
pedagógicas os séculos, a partir do século XVII, com RATKE (1612) que começou a 
preocupar-se com os princípios e regras do ensino e com BACON (1620) que 
salientava a importância da observação, seleção de dados, formulação de hipóteses 
e generalização para a conquista do conhecimento, caracterizando assim o método 
indutivo. 
Em 1637, Descartes, complementando as idéias de Bacon, apresentou quatro 
princípios "para guiarem o espírito em busca da verdade'': 
1. não admitir nada como verdadeiro, se não se oferece como evidente 
(evidência); 
2. dividir cada uma das dificuldades em tantas partes quantas forem necessárias 
para resolvê-las melhor (análise); 
3. ir do mais fácil e simples ao mais complexo (síntese) 
4. fazer enumeração completa e geral para ter a segurança de não haver 
omitido nada (comparação). 
A preocupação de Bacon e Descartes era buscar normas, imprimindo uma ordem 
nas idéias até então apresentadas, procurando, assim, metodizar o processo de 
aprendizagem. 
Em 1657, Comenius lançou as bases para obter-se maior rapidez no ensino, com 
economia de tempo e energia, tornando conhecido o termo Didática. Comenius 
valorizava o educando, enfatizando que '' somente fazendo é que se aprende''. Em 
1762, Rousseau proclamou a importância do conhecimento da natureza psíquica do 
educando, chegando, assim ao conceito de educação paidocêntrica: ''O educando é 
o objeto e o guia da educação.'' 
Ao estudarmos a dinâmica do trabalho em grupo contatamos algumas etapas 
necessárias para uma boa aprendizagem são elas: 
1. o aluno só aprende bem quando o faz pessoalmente por observação, reflexão 
e experimentação (auto-ensino). 
2. o ensino deve ser adaptado à natureza peculiar de cada aluno (ensino 
diferenciado) 
3. deve-se desenvolver, junto à formação intelectual, as aptidões manuais, e, em 
geral toda a energia criadora (ensino integral). 
4. a matéria de ensino deve ser organizada de tal modo que chegue a ter efeito 
global na formação do educando (ensino globalizado) 
5. torna-se necessário socializar o ensino, por meio de trabalhos em grupos, 
respeitando e fortalecendo ao mesmo tempo a individualidade dos 
educandos, pois educação é vida, educar é preparar para a vida (ensino 
socializado). Pode-se observar que a Dinâmica de Grupos surgiu como 
resultado da evolução natural de diferentes correntes pedagógicas, que 
progressivamente tentavam soluções tendentes a dar ao ensino um caráter 
mais socializante e ativo. 
Daí o surgimento da Dinâmica de Grupos: primeiro, como réplica ao ensino livresco, 
formal e acadêmico; segundo pela necessidade atual de ministrar conhecimentos 
que superam os programas escolares, exigindo do professor preocupações 
constante em desenvolver habilidades para que o educando venha conquistar de 
modo próprio esses novos conhecimentos. 
 
O QUE É DINÂMICA DE GRUPO 
Como se vê a dinâmica de Grupos, fundou-se originariamente na teoria da forma ou 
Gestalt. Seguindo esta concepção estruturalista, a Dinâmica de Grupos estuda as 
torças que afetam a conduta do grupo, começando por analisar a situação grupal 
como um todo com força própria (Gestalt). A partir desse estudo, surge o 
conhecimento de cada um dos seus componentes (o todo dá sentido às partes). 
Podemos dizer, pois, que Dinâmica de Grupos é a disciplina moderna dentro do 
campo da Psicologia Social que se ocupado estudo da conduta os grupos como um 
todo e das variações da conduta individual de seus membros, das relações entre os 
grupos, da formulação de leis e técnicas que aumentam a eficácia dos grupos. 
A Dinâmica de Grupos é sempre orientada para produzir aprendizagens, de diversas 
índoles, entre os seus membros. 
Os Grupos são autênticos instrumentos utilizados dinamicamente pelo docente, 
como o fim de promover o desenvolvimento individual dos seus integrantes. 
Naturalmente que será muito mais fácil para o professor recorrer a um livro e ditá-lo 
em classe do que organizar um meio ambiente e um conjunto de atividades que 
possibilitem ao educando crescer e alcançar os estados de conduta desejados. 
Porém, está comprovado que o uso da Dinâmica de Grupos veio facilitar o trabalho 
do ''novo professor'' para a sociedade atual. Com o auxílio das técnicas grupais, é 
possível ao docente desenvolver no educando outras habilidades de caráter 
formativo, à medida que são ministrados os conhecimentos pretendidos. 
Estes passam a ser meios que o docente utiliza, com a ajuda da Dinâmica de 
Grupos, para conduzir o educando a fazer uso de suas potencialidades, não 
somente para atender a seus próprios interesses pessoais, mas sobretudo para 
atender aos interesses da comunidade. 
 
O QUE É GRUPO 
Existem vários conceitos de grupo um deles poderíamos citar como exemplo seria o 
de HOMANS que conceitua Grupo como sendo uma quantidade de pessoas que se 
comunicam amuíde entre si, durante certo tempo, com o fim de estudar um 
problema e que são suficientemente poucas como para que cada uma delas possa 
comunica-se com todas as demais de maneira dinâmica e direta. 
Devemos salientar também, para melhor compreensão desse conceito, que para 
constituir um Grupo, não basta reunir um número reduzido de pessoas, nem haver 
um interesse comum; é necessário, ainda que haja interação entre seus 
componentes, o que representa o núcleo essencial do Grupo. 
Compreende-se por interação ação recíproca em que cada indivíduo, em sua 
relação com os demais, respeita e procurar se colocar frente aos problemas 
surgidos respeitando a individualidade de cada um mais buscando um ponto 
comum. 
A partir do momento que o grupo se torna mais numeroso a interação se torna mais 
complexa, em tal caso, as reações que se suscitam no grupo transforma-se em 
fenômenos de massas, assim dificultando o trabalho em grupo. 
Ao lermos KNOWLES ele coloca que a Dinâmica de Grupos se caracteriza-se em: 
 uma associação defensível (identificação entre as pessoas) 
 consciência de grupo (percepção coletiva de unidade) 
 participação com os mesmo propósitos (objetivos comuns) 
 dependências recíprocas para a satisfação de necessidades (ajuda mútua) 
 ação recíproca (grande comunicabilidade) 
 existência de uma estrutura interna (distribuição dos papeis sociais) 
 habilidades para atuar em forma unitária (o grupo pode comportar-se como 
um organismo unitário). 
Podemos concluir que o verdadeiro sentimento de grupo somente existe quando há 
um forte laço de simpatia uma união dentro do grupo e um sentimento do ''nós'', que 
costuma manifestar-se nos seus integrantes ao usarem a 1ª pessoa do plural. 
 
ELEMENTOS BÁSICOS PARA AÇÃO EM GRUPO 
Os elementos básicos para um bom comportamento grupal, com fins educativos: o 
grupo; os objetivos; as técnicas grupais; o docente: 
 
O GRUPO 
Para HOMANS"a capacidade para a vida em grupo se aprende por sua vez, nos 
grupos", se estes não são sadios, a aprendizagem será prejudicada. 
Entre as formas mais comuns dos indivíduos se manifestarem com relação à 
insatisfação aos trabalhos em grupos existem: 
 a agressão- que se manifesta em palavras ou gestos, quando as suas idéias 
são aceitas; 
 a compensação- quando o indivíduo procura a compensação em outros 
interesses fora o administrado pelo grupo; 
 a projeção- o indivíduo transfere a outro sentimento de sua própria 
inadequação 
 a conversão- é a transformação da energia física em um sintoma ou queixade doença, após a sua frustração perante o trabalho. 
 negativismo- o indivíduo frustrado responde negativamente a todas as 
alternativas. 
O que se observa é que a toda uma necessidade de ajuste frente aos muitos 
obstáculos que surgem durante e depois da organização do trabalho em grupo. 
A necessidade da ação permanente da busca pela igualização de idéias, objetivos e 
conquistas. Somente com a interação total do grupo a um efetivo consenso no 
trabalho. 
 
O OBJETIVO 
Para que um grupo exista a necessidade que haja um objetivo definido, muitas 
vezes os membros do Grupo não percebem as razões da existência deste; 
entretanto à medida que a ação se faz presente, vai obtendo uma maior coesão 
grupal e os indivíduos se vão inteirando do em que e para que estão trabalhando em 
grupo. 
Um grupo para produzir, necessita, pois, ter objetivos estabelecidos e definidos com 
a maior clareza desde o principio. O ideal é que esses objetivos sejam definidos com 
a participação direta de todos os membros do grupo, pois dessa forma o grupo se 
sente mais unido e trabalha com maior interesse. 
 
CONCEITO DE LIDERANÇA 
O termo liderança tornou-se tão desgastado e confuso que vem sendo usado como 
qualquer tipo de influência de um indivíduo sobre outro, podendo ir desde a 
persuasão lógica até a mais brutal dominação física. 
Atualmente das pesquisas e estudos realizados, surge uma ''nova interpretação'' de 
liderança Vários autores procuram evidenciar o problema através de seus conceitos. 
Assim para Cartwright, é a realização de funções necessárias e a adaptação a 
situações mutáveis. 
De acordo com essa concepção, os grupos são flexíveis na atribuição de funções de 
liderança a diferentes membros, de acordo com as mudanças de condições. 
Os líderes eficientes são sensíveis as transformações de condições de seus grupos 
e flexíveis na adaptação de seu comportamento às novas exigências. 
Pode-se esperar o aperfeiçoamento de liderança não a partir do aperfeiçoamento 
dos líderes separados dos grupos, mas através da modificação das relações entre 
os líderes e os outros participantes. 
Finalmente concluímos que a liderança se observa pela influência que deixa nos 
membros do grupo em termos de objetivos e planos de ação que as pessoas 
descobrem por si, com o auxílio do líder, do senso de responsabilidade e satisfações 
dominantes em grande parte do grupo. 
 
Há vários tipos de ambientes de grupo exemplos: 
 Ambiente paternalista - Onde o líder é cordial e amável, esse tipo de liderança 
evita discordâncias e produz uma ação feliz e efetiva. 
 Ambiente democrático - Nesse tipo o líder leva em consideração as opiniões 
do grupo antes de tomar decisões, a responsabilidade é compartilhada. 
 Ambiente participativo - Na estrutura participativa, os membros trabalham em 
conjunto para chegarem a uma coesão do grupo. 
 
Há também estudos levando-se em consideração a presença de alguns indivíduos 
dos grupos como, por exemplo: 
 Indivíduos perguntadores - aquele que quer se exibir, que impor a sua 
opinião, às vezes está bem informado mais que colocar suas idéias. 
 O sabe-tudo. Aquele indivíduo que fala tudo e sem para, exceto o assunto em 
questão. 
 O tagarela. Aquele indivíduo que perturba o ambiente, que se coloca em meio 
às falas e nunca se posiciona com relação a nada, em cima do muro. 
 O do contra - Indivíduo que discute e se coloca contra sempre, muitas vezes 
sem ter fundamento para tais atitudes. 
 O mudo voluntário - Indivíduo que nunca se interessa por coisa alguma, acha 
as questões muito complicas ou simples demais e procura manter calado. 
 O Tímido - Aquele indivíduo que não tem coragem ou mesmo habilidade para 
expressar suas idéias. Teme crítica 
 O obstinado - Indivíduo que ignora totalmente o ponto de vista dos outros, não 
cede de maneira alguma. 
 O do apartes - É o indivíduo distraído, pede apartes para falar do assunto ou 
de outras coisas. 
 O interrogativo - Indivíduo que interroga tudo, a questionamento muitas vezes 
sem fundamento. 
 
CONCLUSÃO 
Ao fim desse trabalho podemos deixar bem clara a importância da Dinâmica de 
Grupos, visto que o indivíduo dentro desse espaço trabalha em conjunto com outras 
pessoas, assim desenvolvendo o seu potencial como ser agente dentro da 
sociedade. Observamos a importância do líder que se faz presente, junto a 
determinado grupo, sua colaboração (influência) se torna importante ao se observar 
à necessidade da organização e clareza dos objetivos. 
A Dinâmica do Grupo se torna bem sucedida através de um bom relacionamento 
entre os indivíduos, assim as dificuldades encontradas meio a sociedade de tornam 
mais fácies de se resolver. 
 
Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=ovrgyb6bx. Acesso em 16.04.13.

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