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SECRETARIA DE ESTADO DA SAUDE PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL ARIANA FELIX DA SILVA INFLUÊNCIA DOS NUTRIENTES E SUBSTÂNCIAS TÓXICAS NO DESENVOLVIMENTO E TRATAMENTO DAS DOENÇAS DE PARKINSON E ALZHEIMER Marília 2013 SECRETARIA DE ESTADO DA SAUDE PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL ARIANA FELIX DA SILVA INFLUÊNCIA DOS NUTRIENTES E SUBSTÂNCIAS TÓXICAS NO DESENVOLVIMENTO E TRATAMENTO DAS DOENÇAS DE PARKINSON E ALZHEIMER Marília 2013 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Programa de Aprimoramento Profissional/SES-Fundap, elaborado na Faculdade de Medicina de Marília, sob a orientação da Nutricionista Karen de Barros Lima Longo. Área: Nutrição Clínica. Felix, Ariana da Silva C316i Influência dos nutrientes e substâncias tóxicas no desenvolvimento e tratamento das doenças de Parkinson e Alzheimer - Marília, SP: [s.n.], 2013. Orientadora: Karen de Barros Lima Longo Trabalho de Conclusão de Curso (Programa de Aprimoramento Profissional) – Secretaria de Estado da Saúde-Fundap, elaborado na Faculdade de Medicina de Marília. Área: Nutrição Clínica. 1. Doença de Parkinson. 2. Doença de Alzheimer. 3. Idoso. 4. Terapia nutricional. Ariana Felix da Silva Influência dos nutrientes e substâncias tóxicas no desenvolvimento e tratamento das doenças de Parkinson e Alzheimer Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Programa de Aprimoramento Profissional/SES, elaborado na Faculdade de Medicina de Marília em 2013. Área: Nutrição Clínica. Comissão de Aprovação: _______________________________ Karen de Barros Lima Longo Supervisor/Orientador _______________________________ Mércia Santana Rezende Coordenador PAP (SES/Fundap) – Famema - Área _______________________________ Profa. Dra. Roseli Vernasque Bettini Coordenador PAP (SES/Fundap) – Famema Data de Aprovação: _______________ “Gostaria de dedicar este trabalho ao meu avô José Laurentino da Silva, que foi a minha inspiração para me dedicar a este tema, pois ele, mesmo na enfermidade não deixa de lutar e tentar vencer em cada etapa, mesmo com as inúmeras dificuldades que crescem a cada dia. É o meu maior exemplo de determinação e força de vontade.” AGRADECIMENTOS Primeiramente, gostaria de agradecer á Deus por esta oportunidade que colocou em meu caminho que me proporcionou um enorme aprendizado, na qual aproveitei cada momento. A minha mãe Maria Helena, que é o meu exemplo de vida e que se não fosse todo seu esforço e toda a sua luta, hoje eu não estaria concluindo esta etapa da minha vida. Aos meus Avos, Aparecida Jafrone e José Laurentino e ao meu irmão Felipe Felix. A minha orientadora e exemplo de profissional, a nutricionista Karen de Barros Lima Longo por toda a sua ajuda, paciência, dedicação, pelo carinho que sempre teve durante o desenvolvimento deste trabalho, pela a amizade e conselhos. As nutricionistas Mércia, Marise, Alair, Karla, Tereza, Maria Rita e Lívia e todos os profissionais da Unidade de Alimentação e Nutrição do Hospital das Clínicas de Marília, a Fernanda, Roseli, e a nutricionista aprimoranda Tânia, por toda a ajuda, dedicação e colaboração ao longo deste aprimoramento. Ao meu namorado, companheiro e amigo, Ricardo, pelo apoio e motivação que sempre mostrou desde minha graduação. RESUMO A prevalência da demência aumenta progressivamente com o envelhecimento, sendo a idade o maior fator de risco para a doença. Parkinson e Alzheimer são doenças neurológicas degenerativas do sistema nervoso central que afetam direto ou indiretamente o estado nutricional. Estudos têm demonstrado nutrientes benéficos e tóxicos que interferem na doença de Parkinson e Alzheimer. Dentre os nutrientes envolvidos na proteção do sistema nervoso, estão os ácido graxo ômega 3, vitamina B1(tiamina), B2 (riboflavina), B3 (niacina), e B12 (cianocobalamina), colina e as vitaminas antioxidantes E e C que combatem os radicais livres, como também o mineral selênio. Os minerais manganês, cobre e zinco possuem um papel considerável na diminuição do estresse oxidativo e manutenção da integralidade do cérebro. O ferro em excesso é neurotóxico. Os leites e derivados estão relacionados com a doença de Parkinson, não se pode afirmar se são pelo cálcio ou pelos contaminantes presentes no processamento que são neurotóxicos, assim como também, os agrotóxicos utilizados na produção dos alimentos. Parkinson e Alzheimer são doenças consideradas novas pelos estudiosos, sua etiologia e fatores de risco ainda estão sendo estudadas e novas formas de diagnósticos e tratamentos vem sendo descobertas ao longo dos anos. Todos estes fatores devem ser levados em consideração no tratamento proposto e é de extrema importância ter em mente que estar patologias quando diagnosticadas, devem ser tratadas com uma equipe multidisciplinar. Palavras-chave: Parkinson. Alzheimer. Idoso. Alimentação. Terapia nutricional. ABSTRACT The prevalence of dementia increases gradually with age, age being the greatest risk factor for the disease. Parkinson and Alzheimer diseases are neurological degenerative central nervous system that directly or indirectly affect the nutritional status. Studies have shown beneficial nutrients and toxic that interfere with Parkinson's disease and Alzheimer's disease. Among the nutrients involved in protecting the nervous system, are the omega 3 fatty acid, vitamin B1 (thiamine), B2 (riboflavin), B3 (niacin), and B12 (cyanocobalamin), choline and antioxidant vitamins E and C that fight free radicals, as well as the mineral selenium. The minerals manganese, copper and zinc have a significant role in reducing oxidative stress and maintaining the integrity of the brain. The excess iron is neurotoxic. The milk and derivatives are related to Parkinson's disease, one can not say whether they are the calcium or by contaminants present in the processing which are neurotoxic, as well as the pesticides used in the production of food. Parkinson and Alzheimer diseases are considered new by scholars, etiology and risk factors are still being studied and new forms of diagnosis and treatment has been discovered over the years. All these factors must be taken into account in the proposed treatment and is extremely important to keep in mind that when pathologies be diagnosed, should be treated with a multidisciplinary team. Keywords: Parkinson. Alzheimer's. Elderly. Food. Nutritional therapy. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................9 1.1 Justificativa....................................................................................................................9 1.1.1 Objetivos geral..........................................................................................................10 1.1.2 Objetivo específico....................................................................................................10 2 METODOLOGIA.................................................................................................................11 3Fisiopatologia da doença de Alzheimer e Parkinson...........................................................12 3.1 Fisiopatologia da doença de Alzheimer......................................................................12 3.1.1Fisiopatologia da doença de Parkinson....................................................................13 4 CONSEQUÊNCIAS DA DOENÇA DE PARKINSON E DE ALZHEIMER QUE PODEM AFETAR O ESTADONUTRICIONAL.......................................................................................................15 4.1 Fases On e Off...........................................................................................................16 4.1.1 Disfagia............................................................................................……................16 4.1.2 Olfato e paladar.......................................................................................................184.1.3 Confusão mental.....................................................................................................18 5 NUTRIENTES BENÉFICOS E TÓXICOS QUE INTERFEREM NA DOENÇA DE PARKINSON E ALZHEIMER..........................................................................................................................19 5.1 Ácidos graxos ômega 3...............................................................................................19 5.1.1 tiamina (vitamina B1)................................................................................................20 5.1.2 Vitaminas B2 (riboflavina), B6 (piridoxina), B12 (cianocobalamina) e B9 (ácido fólico).................................................................................................................21 5.1.3 Niacina (vitamina B3)................................................................................................21 5.1.4 Colina........................................................................................................................22 5.1.5 Vitamina antioxidante E e C......................................................................................22 6 PARTICIPAÇÃO DOS MINERAIS.......................................................................................24 6.1 Manganês....................................................................................................................24 6.1.1 Ferro.........................................................................................................................25 6.1.2 Zinco.........................................................................................................................25 6.1.3 Selênio......................................................................................................................26 6.1.4 Cobre........................................................................................................................26 6.1.5 Cálcio........................................................................................................................27 6.1.6 Alumínio....................................................................................................................27 6.1.7 Agrotóxico.................................................................................................................28 7 HÁBITOS ALIMENTARES COMO FATOR DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON E ALZHEIMER............................................................................................30 8 TRATAMENTO NA DOENÇA DE PARKINSON E ALZHEIMER.........................................31 9 INTERAÇÃO DROGA EM USO DA SUBSTÂNCIA LEVODOPA........................................32 10 TRATAMENTOS ALTERNATIVOS NA DOENÇA DE PARKINSON E ALZHEIMER.......33 10.1 Fisioterapia................................................................................................................33 10.1.1 Terapia ocupacional...............................................................................................33 10.1.2 Musicoterapia.........................................................................................................33 11 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................34 REFERÊNCIAS......................................................................................................................36 9 1 INTRODUÇÃO A pirâmide etária no Brasil vem sofrendo mudanças notáveis nas últimas décadas. Os primeiros dados do Censo 2010 do IBGE mostram que a expectativa de vida no país aumentou cerca de três anos entre 1999 e 2009, saltando para 73,1 anos (IBGE, 2010). Juntamente com o envelhecimento populacional, aumenta a prevalência de doenças intimamente relacionadas à senescência como as coronariopatias, as neoplasias, a osteoporose e as demências. No Brasil, a estatística é muito semelhante à mundial. Em estudo populacional realizado em Catanduva, município com 100 mil habitantes, no Estado de São Paulo, 25% dos idosos foram avaliados, encontrando prevalência de demência semelhante à literatura (APRAHAMIAN; MARTINELLI; YASSUDA, 2010). Estima-se que o número de pessoas acometidas pela Doença de Alzheimer em todo o mundo supere 15 milhões de idosos. No Brasil, apesar das lacunas estatísticas, calcula-se que cerca de 500 mil pessoas sejam acometidas pela doença (RODRIGUES; GONTIJO. 2009). Estima-se que a doença de Parkinson acomete cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos, representando até 2/3 dos pacientes que frequentam os grandes centros de distúrbios do movimento em todo o mundo. 1.1 Justificativa O número de idosos com mais de 60 anos vem aumentando, bem como a expectativa de vida dos brasileiros. Assim, é possível teorizar que a doença de Parkinson e Alzheimer pode provocar um impacto nas estruturas econômicas, sociais e de saúde, o que necessitará de um maior conhecimento e um melhoramento do planejamento de saúde pública (STEIDL et al., 2007). Parkinson e Alzheimer são doenças neurológicas degenerativas do sistema nervoso central que afetam direto ou indiretamente o estado nutricional. A alimentação é de extrema importância em diversas patologias e tem um papel importante na prevenção e no tratamento de muitas doenças e suas complicações. Este estudo baseia-se em uma revisão bibliográfica com o objetivo de compreender 10 os fatores nutricionais interferentes das patologias Parkinson e Alzheimer, assim como os fatores que podem interferir no estado nutricional. 1.1.1 Objetivo Geral Através dos artigos analisados compreender os fatores nutricionais interferentes das patologias Parkinson e Alzheimer. 1.1.2 Objetivos Específico Identificar os possíveis fatores de risco para estas patologias, incluindo os fatores dietéticos. Identificar os sintomas destas patologias que possam interferir no estado nutricional. Identificar os nutrientes que possam ajudar na prevenção, tratamento e substâncias prejudiciais. 11 2 METODOLOGIA Foi realizada busca de 38 artigos científicos a partir das bases de dados PubMed, LILACS, Scielo. As palavras-chave utilizadas foram: Parkinson, Alzheimer, idoso, alimentação, terapia nutricional. Dentre os artigos provenientes da busca incluíam-se artigos de revisão, estudos observacionais, ensaios clínicos e posições de consenso. O período de coleta de dados foi de 2002 a 2012. Porém, percebida a relevância, também se buscou diretamente algumas referências indicadas, de períodos anteriores. 12 3 FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA DE ALZHEIMER E PARKINSON 3.1 Fisiopatologias da doença de Alzheimer Kraepelin denominou a demência mais frequentemente encontrada em homenagem a Alois Alzheimer, que havia descrito as características clínicas e as manifestações patológicas de demência numa mulher de 51 anos no início do século XX. No entanto, análises clínicas, patológicas, ultra-estruturais e bioquímicas subseqüentes indicaram que a doença de Alzheimer é idêntica a doenças senil mais comum, que se inicia depois dos 65 anos (SCOTT; MAYEUX, 2007). A doença de Alzheimer acarreta um declínio funcional progressivo e perda gradual da autonomia, ocasionando nos indivíduos por ela afetados uma dependência total de outras pessoas em decorrência da deterioração das funções cognitivas e do desempenho de atividades da vida diária, associada a uma variedade de distúrbios de comportamento e de sintomas neuropsiquiátricos (MACHADO, 2006). Dois aspectos principais caracterizam a doença de Alzheimer: placas extracelulares que consistem no peptíde amilóide β (A,β), com 42 aminoácidos, e emaranhados neurofibrilares intracelulares. A autópsia revela que a atrofia cerebral por perda neuronal (SERENIK; VITAL, 2008). As características histopatológicas presentes no parênquima cerebral de pacientes portadores da doença de Alzheimer incluemdepósitos fibrilares amiloidais localizados nas paredes dos vasos sangüíneos, associados a uma variedade de diferentes tipos de placas senis, acúmulo de filamentos anormais da proteína tau e conseqüente formação de novelos neurofibrilares (NFT), perda neuronal e sináptica, ativação da glia e inflamação. Baseadas nesses marcadores neuropatológicos, duas hipóteses principais foram propostas, a fim de explicar a etiologia da doença. De acordo com a hipótese da cascata amiloidal, a neurodegeneração na doença de Alzheimer inicia-se com a clivagem proteolítica da proteína precursora amilóide (APP) e resulta na produção, agregação e deposição da substância β-amilóide (Aβ) e placas senis (SERENIK; VITAL, 2008). O tratamento da doença de Alzheimer envolve estratégias farmacológicas e intervenções psicossociais para pacientes e seus familiares. Entretanto os efeitos imitam-se a um retardo na evolução natural da doença, permitindo apenas uma 13 melhora temporária do estado funcional do paciente (OLIVEIRA; TCHAKMAKIAN, 2006). 3.1.1 Fisiopatologia da doença de Parkinson Em 1817, James Parkinson descreveu as características clínicas principais do que é reconhecido como hoje em dia como um complexo sintomático que se manifesta por qualquer combinação de seis características básicas: tremor de repouso, rigidez, bradicinesia-hipocinesia, postura flexionada, perda de reflexo postural e fenômeno de congelamento. As muitas causas de parkinsonismo são divididas em quatro categorias – idiopática, sintomática, síndromes Parkinson-plus e doenças heredodegenerativas diversas em que o parkinsonismo é uma manifestação (FAHN; PRZEDBORSKI, 2007). A doença de Parkinson é uma afecção crônica e progressiva do sistema nervoso, caracterizada pelos sinais cardinais de rigidez, acinesia, bradicinesia, tremor e instabilidade postural. Apresenta uma etiologia idiopática, porém acredita- se que os seus surgimentos provem de fatores ambientais e genéticos, podendo interagir e contribuir para o desenvolvimento neurodegenerativo da doença de Parkinson (O’SULIVAN; SCHIMITZ, 2004). O sistema dopaminérgico junto com os neurônios de melanina sofre despigmentação. Desta forma, subentende-se que quanto mais clara a substância negra, maior é a perda de dopamina. Associado a essa despigmentação tem-se a depleção do neurotransmissor dopamina que resulta da degeneração de neurônios dopaminérgicos da substância negra que se projetam para o estriado, onde são críticos para o controle do processamento da informação pelos gânglios da base, reduzindo a atividade das áreas motoras do córtex cerebral, desencadeando a diminuição dos movimentos voluntários (TEIVE, 2005; PIERUCCIN-FARIA et al., 2006). À medida que a doença progride e os neurônios se degeneram, eles desenvolvem corpos citoplasmáticos inclusos, que são os chamados corpos de Lewys, sendo estes corpos de inclusão citoplasmática dos eosinófilos, existentes na substância negra do mesencéfalo, os quais se aglomeram em grande quantidade (O’SULLIVAN et al., 2004; REBELLATO, 2006; TEIVE, 2005). 14 Ocorre ainda a perda das células do núcleo pedúnculo-pontino, combinada com a inibição aumentada do próprio núcleo pedúnculo-pontino, desinibe as vias retículo-espinhal e vestíbulo-espinhal, produzindo uma contração excessiva dos músculos posturais, estando estes relacionados aos déficits colinérgicos (TEIVE, 2005). Sabe-se que para uma adequada nutrição é preciso que todos os sistemas e processos envolvidos devam estar funcionando corretamente. Além disso, pessoas diagnosticadas com essas doenças necessitam de cuidados, ajuda para realizar todas as atividades que antes, realizavam sozinhos. 15 4 CONSEQUÊNCIAS DA DOENÇA DE PARKINSON E DE ALZHEIMER QUE PODEM AFETAR O ESTADO NUTRICIONAL A alimentação é fator essencial para a promoção, manutenção ou recuperação da saúde. Tanto a qualidade quanto a quantidade dos alimentos ingeridos devem ser avaliadas, pois esta combinação pode trazer benefícios específicos. Alguns fatores influenciam direta ou indiretamente na elaboração da orientação nutricional do paciente como características físicas, antropométricas, prática de atividade física, estado nutricional, existência de patologias associadas, dificuldades físicas ou mentais dentre outros. Uma alimentação variada deve fornecer todos os nutrientes em proporções (CUKIER; MAGNONI; ALVAREZ, 2005). Para aproveitar os benefícios do ato de se alimentar, ou seja, desde a sensação de fome, a escolha dos alimentos e até a absorção dos nutrientes ao longo do trato gastrointestinal, enfim, todas as etapas da alimentação são um complexo sistema controlado pelo sistema nervoso (CUKIER; MAGNONI; ALVAREZ, 2005). Os sintomas mais comuns da doença de Parkinson, como tremor, rigidez, acinesia (Perda parcial ou total do movimento do corpo; imobilidade; paralisia) ou bradicinesia (Presença de movimentos lentos ou retardados) e alterações posturais, fazem com que o idoso tenha dificuldade de locomoção, fala e, principalmente, dificuldade em se alimentar. Isso irá acarretar perda de peso, em especial a má nutrição, prejudicando o estado nutricional. Devido aos diversos sintomas da doença e, muitas vezes, pela presença de outras doenças associadas, o idoso torna-se dependente, necessitando de cuidados e atenção dos familiares ou de cuidadores que terão o papel fundamental na vida, no tratamento e tentativa de melhora do idoso, desde que eles atuem de maneira correta junto a ele. Segundo Pereira et al., 2001, algumas alterações foram identificadas em pesquisas internacionais e em observações clínicas ou do próprio parkinsoniano: Perda de peso pode acontecer em alguma fase da doença, mesmo que temporariamente, decorrente de diversos fatores, tais como: gasto energético 16 pela movimentação intensa (tremor, rigidez e movimentos involuntários anormais, resultantes da terapia com levodopa); Redução do apetite, originada de náuseas, vômitos, mal-estar estomacal, redução da sensibilidade do paladar e olfato (efeitos colaterais da levodopa) e de estados depressivos; Dificuldade de mastigação e deglutição, conseqüências da rigidez de face e “estreitamento” do esôfago; Outras causas, de grande freqüência entre indivíduos de terceira idade, são a queda de dentes, dentaduras mal-adaptadas e presença de múltiplas doenças, bem como uso de medicamentos. 4.1 Fases On e Off Na doença de Parkinson existem as fases On e Off , que são oscilações da função motora caracterizadas pela alternância, muitas vezes imprevisível, entre um estado de boa função motora, geralmente associada a discinesias (período "on"), e um estado de profunda imobilidade (período "off"). Ocorrem após anos de resposta estável à medicação (FERRAZ; BORGES, 2002). 4.1.1 Disfagia Determinadas situações mórbidas podem desencadear a síndrome disfágica. As causas mais comuns de síndrome disfágica são acidente vascular cerebral (AVC), doença de Parkinson e o câncer de cabeça e pescoço (NABHOLZ et al, 2005). Segundo Eckley et al., 2001, outras como, acidente vascular cerebral, trauma cranioencefálico, Parkinson, mal de Alzheimer, miastemia grave, Distrofia muscular, esclerose lateral amiotrófica, paralisia cerebral, câncer de cabeça e pescoço, tumores cerebrais, distúrbios gratroenterológicos, medicamentos como: antidepressivo, antibióticos e quimioterápicos e AIDS, merecem atenção do profissional de saúde que se depara frente ao paciente ou risco advindo desse distúrbio 17 Os músculos faciais, linguais, mastigatórios, faríngeos, esofágicos e respiratórios participam da deglutição. Distúrbios neurológicos que prejudicam a contração coordenada de qualquer desses músculos podem causar disfagia. Clinicamente, as disfagias podem manifestar-se por meio de uma série de sintomas como: desordem na mastigação, dificuldade em iniciar a deglutição, regurgitação nasal, controle de saliva diminuídoou e/ou engasgos durante as refeições. O fenômeno deglutitivo é resultante da complexa ação harmônica de vários grupos musculares. É dividido didaticamente em três fases: Fase Oral: possibilidade de interferência voluntária envolve várias ações automatizadas, sem a necessidade de coordená-las conscientemente. Fase faríngea e fase esofagogástrica: são fases involuntárias, pois não há possibilidade de interferência volitiva (NABHOLZ et al. 2005). Já em sua descrição inicial da doença, James Parkinson em 1817, em seu trabalho de intitulado “An essay on the shking palsy”, relata caso de um típico paciente com doença de Parkinson, com perda de peso, sofrendo de grande dificuldade de alimentação de sólidos e líquidos, alimentando-se quase que exclusivamente de dieta pastosa (FERRAZ; MOURÃO, 2003). O aparecimento de dificuldades de comunicação e deglutição nos pacientes com Doença de Parkinson é atribuída à presença dos sinais e sintomas motores e rigidez, acinesia, tremor e alterações dos reflexos posturais, característico da doença. Com a evolução da doença observa-se comprometimento em todo o trato aerodigestivo, podendo afetar de diferentes formas os sistemas respiratórios, fonatórios, articulatório, ressonantal e digestivo. A Disfagia torna-se grave, manifestada por aspiração que resulta em insuficiência respiratória, levando o paciente ao óbito, sendo considerada a principal causa de morte dos pacientes com doença de Parkinson (FERRAZ; MOURÃO, 2003). Em um estudo com pacientes diagnosticado com Parkinson acompanhados na Universidade Tuiuti do Paraná, com uma amostra de 38 pacientes no grupo- controle submetidos a uma avaliação neurológica e uma avaliação otorrinolaringológica pela nasofibrolaringoscopia, mostrou que o reflexo de tosse manifestou-se em 100% dos pacientes sem a oferta de alimento. Nesse estudo a 18 presença de estase alimentar em recessos piriformes e valéculas epiglóticas na deglutição das consistências líquida, pastosa e sólida foi significativa (p=0,0000). A ocorrência de penetração laríngea na consistência líquida foi significativa (p=0,0036). Aspiração traqueal ocorreu em seis pacientes do grupo de estudo na consistência líquida, e ausente no grupo-controle (GASPARIM et al., 2011). 4.1.2 Olfato e paladar Embora raramente sejam avaliados, os distúrbios do olfato e paladar trazem conseqüências como piora da qualidade de vida, maior risco de inalar substâncias tóxicas e de ingerir alimentos deteriorados, além de induzir opções alimentares menos saudáveis. O estudo do olfato nas doenças neurodegenerativas tem sido assunto de várias pesquisas, desde que se relacionou disfunção olfatória às doenças de Parkinson e de Alzheimer, que apresentam déficits de olfato indistinguíveis (QUAGLIATO et al., 2007). 4.1.3 Confusão mental À medida que a doença progride, os hábitos alimentares deterioram-se e a alimentação torna-se cada vez mais difícil Perda de memória, confusão, depressão, ansiedade, dificuldade de reconhecer sensações de fome, sede e saciedade, bem como problemas de deglutição contribuem para a progressiva deterioração da ingestão alimentar e perda ponderal (COSTA et al., 2009). Contudo, a perda de peso pode surgir, não só pelo esquecimento, recusa e progressiva dificuldade da ingestão alimentar, como também pelo acréscimo do gasto energético associado ao aumento da atividade física, deambulação, movimentos despropositados. 19 5 NUTRIENTES BENÉFICOS E TÓXICOS QUE INTERFEREM NA DOENÇA DE PARKINSON E ALZHEIMER Atualmente vêm aumentado muito o interesse na investigação do papel da nutrição e sua relação com o desenvolvimento da função cerebral, tendo como foco a cognição (MECCA, 2011). O sistema neurológico que está envolvido com processos cognitivos não difere somente quanto às propriedades bioquímicas e funcionais, mas também nas suas trajetórias de desenvolvimento, sendo influenciado diferentemente por manipulações nutricionais. Pesquisadores estão cada vez mais entendendo a importância do papel dos nutrientes para o desenvolvimento e manutenção das funções cognitivas (MECCA, 2011). Essa influência dos aspectos nutricionais no processo de envelhecimento e na demência tem sido estudada como participação protetora assim como a sua possível ação no retardo das funções e alterações cognitivas inerentes à idade (MACHADO et al., 2009). 5.1 Ácido Graxo ômega 3 O Omega 3 é um tipo de gordura poliinsaturada encontrada principalmente em peixes marinhos de água fria e em algumas sementes de plantas. O Ácido alfa- linolênico (ALA), que pertence e dá origem ao Omega 3, permite a formação de dois importantes ácidos graxos de cadeia longa: o ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA). O EPA relaciona-se principalmente com a proteção da saúde cardiovascular, e o DHA é considerado fundamental para o desenvolvimento do cérebro e sistema visual, associado à saúde materno infantil (ZAMBOM; SANTOS; MODESTO, 2004). Um estudo realizado em 2007, por uma equipe de pesquisadores da Université Laval no FASEB Journal, revista da Federação das Sociedades Americanas para Biologia Experimental, em relação aos ácidos graxos ômega-3 proteger o cérebro contra doença de Parkinson, os camundongos que foram alimentados com ração enriquecido por omega-3, pareciam ser imunizados contra a ação de uma substância tóxica, o MPTP (Metil Fenil Tetraidropiridina), que destroí seletivamente neurónios dopaminérgicos do SNC (substância negra compacta). A MPTP deve ser 20 oxidada a MPP+ pela enzima MAO-B (momoamina oxidase B) para ser neurotóxica, essa substância produz normalmente, os mesmos efeitos como Parkinson sobre o cérebro. Este estudo constitui a primeira manifestação do efeito protetor de um alimento rico em ômega-3 contra o MPTP e contra a doença de Parkinson (BOUSQUET et al., 2007). Num estudo prospectivo observacional, com duração de cerca de 9 anos, verificaram-se associações inversas entre o risco de demência (de várias etiologias) e o conteúdo em DHA da fosfatidilcolina plasmática, bem como entre o risco de doença de Alzheimer e ingestão de peixe. Os resultados da investigação revelaram que indivíduos cuja frequência de consumo de peixe era superior a duas vezes por semana apresentavam uma redução do risco de doença de Alzheimer de 50% (SCHAEFER et al., 2006). 5.1.1 Tiamina (Vitamina B1) Tanto na doença de Alzheimer, quanto na deficiência de tiamina, ocorre uma redução no metabolismo de glicose no cérebro. Recentemente, estudos indicam papel da tiamina no estresse oxidativo, agindo como varredor de radicais livres, além de atuar na síntese protéica, na função de peroxissomas e na expressão genética (RODRIGUEZ-MARTIN et al., 2001). Um importante estudo comparou os níveis de ingestão e função das vitaminas, tiamina, B6 e C em indivíduos com doença de Alzheimer e em indivíduos saudáveis, verificam-se uma tendência de deficiência nos indivíduos com Alzheimer. Esta deficiência torna-se preocupante pela evidente ligação entre tiamina e liberação pré-sináptica da acetilcolina, já que a tiamina se liga aos receptores inibindo a atividade anticolinesterase. Por isso, a tiamina, os receptores nicotínicos e seus efeitos sobre a acetilcolina podem ser benéficos em pacientes com doença de Alzheimer, uma vez que a memória e algumas funções intelectuais são medidas pela acetilcolina (RODRIGUEZ-MARTIN et al., 2001). 21 5.1.2 Vitaminas B2 (riboflavina), B6 (piridoxina), B12 (cianocobalamina) e B9 (ácido fólico) A homocisteína é um aminoácido cujo metabolismo está intimamente relacionado com determinadas vitaminas, nomeadamente, B6, B12 e ácido fólico (KADO et al., 2005). A vitamina B12 e o ácido fólico são necessários para a síntese de metionina a partir de homocisteína, participando a vitamina B6 na conversão da homocisteína em cisteína (QUADRI et al., 2004; SUN et al., 2007; LUCHSINGER, MAYEUX, 2004).Elevadas concentrações plasmáticas de homocisteína têm sido associadas a um aumento do risco de desenvolvimento de doença de Alzheimer (KADO et al., 2005; SUN et al., 2007; LUCHSINGER, MAYEUX, 2004). Nesse sentido, Coimbra e Junqueira ofereceram 30 mg, a cada 8 horas a 19 pacientes com essa enfermidade que utilizavam medicamentos tradicionais. Ao mesmo tempo, houve a indicação da retirada total de carne vermelha da dieta, visto que esses indivíduos apresentavam um cosumo elevado. Após seis meses de suplementação, a capacidade motora aumentou de 44% para 71%, de forma significante após cada mês de suplementação (COIMBRA; JUNQUEIRA, 2003). A importância da eliminação de carne vermelha da dieta ainda é desconhecida. Considerando que este alimento é fonte importante de vitamina B2, os indivíduos com Parkinson que têm uma capacidade absortiva normal poderiam alcançar suas necessidades com o consumo da carne vermelha associada a outras fontes dietéticas. Entretanto, esses indivíduos apresentavam uma deficiência de vitamina B2 que pode refletir uma flavoquinase com baixa afinidade pela vitamina B2, ocasionando a diminuição da absorção (COIMBRA; JUNQUEIRA, 2003). 5.1.3 Niacina (vitamina B3) A vitamina B3 também conhecida como niacina ou vitamina PP envolve duas substâncias: a nicotinamida e o ácido nicotínico. Apesar de escassos, alguns estudos têm sido realizados no sentido de avaliar a associação da niacina e o desenvolvimento de doença de Alzheimer. Um estudo prospectivo observacional demonstrou uma associação inversa entre a incidência 22 desta doença e a ingestão total de niacina (alimentar + suplementos), bem como de niacina e triptofano de fontes alimentares, demonstrando, assim, uma potencial proteção desta vitamina no desenvolvimento da doença de Alzheimer (MORRIS et al., 2005). 5.1.4 Colina Colina é um nutriente essencial que faz parte do complexo B de vitaminas. Trata-se de uma amina natural encontrada nos lipídios presentes na membrana celular e no neurotransmissor acetilcolina. Um estudo verificou que o aumento na síntese de beta amilóide resulta na redução das concentrações intracelulares de colina, com conseqüente redução da produção de acetilcolina em pacientes com doença de Alzheimer, demonstrando um ciclo que agrava o quadro cognitivo dos pacientes (PASCHOAL et al., 2008). 5.1.5 Vitaminas antioxidantes E e C O estresse oxidativo se caracteriza pelo desequilíbrio na relação entre o sistema oxidante e as defesas antioxidantes do organismo, com aumento do primeiro (CARDOSO; COZZOLINO, 2009). O estresse oxidativo é produzido por radicais livres, que são moléculas que contêm um ou mais elétrons desemparelhados. Devido a esses elétrons despareados, os radicais livres são muito instáveis e reativos, e roubam elétrons de outras moléculas a fim de emparelhar seus elétrons. As moléculas cujos elétrons livres estão centrados no oxigênio e no nitrogênio recebem as denominações de espécie reativa de oxigênio (ERO) e de nitrogênio (ERN), respectivamente (ROVER JÚNIOR; HÖEHR; VELLASCO, 2001). O sistema nervoso central é particularmente vulnerável aos danos causados pelos radicais livres por apresentar alto consumo de oxigênio e possuir grande quantidade de ácidos graxos poli-insaturados e nível diminuído de enzimas antioxidantes quando comparado a outros tecidos (BOURDEL-MARCHASSON et al., 2001). A vitamina C (ascorbato) desempenha diferentes funções no organismo, através de sua atuação como cofator de enzimas, papel antioxidante, participação 23 no metabolismo iônico de minerais e na elaboração de neurotransmissores (BOURRE, 2006; COZZOLINO, 2007). Já a vitamina E (tocoferol), por ser o principal antioxidante da membrana celular, previne a propagação da peroxidação lipídica (COZZOLINO, 2007). Os antioxidantes trabalham de uma forma sinérgica, e uma reação clássica inclui a cooperação antioxidante entre as vitaminas C e E. A vitamina E, ao prevenir a peroxidação lipídica, forma o composto tocoferil e, para ser regenerada, necessita dos elétrons doados pela vitamina C (MAS et al., 2006). Uma vez que o papel do estresse oxidativo na etiologia da doença de Alzheimer tem sido muito bem descrito e evidenciado por diferentes estudos, pesquisas têm focado sua atenção na redução desse estresse através do consumo de antioxidantes. Dando maior embasamento para tais pesquisas, estudos in vitro sugerem que os antioxidantes, incluindo as vitaminas C e E, podem prevenir a disfunção da proteína Tau hiperfosforilada. Além disso, a vitamina E foi relacionada com menor taxa de morte neuronal induzida pela proteína βA (peptíde amilóide β) em cultura de células hipocampais e corticais (BOOTHBY; DOERING, 2005). Fatores ambientais e endógenos capazes de aumentar o estresse oxidativo podem estar envolvidos na etiologia da doença de Parkinson, já que geram estresse oxidativo mitocondrial e lesões na substância negra, levando a morte celular. Desta maneira, estudos vêm buscando encontrar os possíveis benefícios do consumo de antioxidantes em modificar o curso, reduzir o risco ou impedir a instalação das demências, embora os trabalhos ainda se mostrem conflitantes (GRAY et al., 2008). 24 6 PARTICIPAÇÃO DOS MINERAIS O estudo dos minerais, tanto os macrominerais como os microminerais permite um conhecimento melhor de como esses nutrientes atuam na prevenção e tratamento, ou ainda se eles exercem algum prejuízo sobre os pacientes portadores da doença de Parkinson e Alzheimer. 6.1 Manganês O manganês é um micromineral responsável em manter a atividade de muitas enzimas, tais como a superóxido dismutase mitocondrial (BARCELOUX, 1999), que é uma importante enzima envolvida em processos de proteção antioxidante. Da ingestão do manganês somente 2 a 5% é absorvido, sendo o restante excretado pelas fezes e em menor proporção pela urina. A concentração de manganês no corpo é controlada por regulação da bile (JACOBS et al., 2004). A exposição a esse mineral pode causar distúrbios psiquiátricos como esquizofrenia e distúrbios neurológicos irreversíveis, similares a doença de Parkinson. É importante ressaltar que o manganês induz a neurotoxicidade quando há exposição de forma crônica e quando ocorrem elevadas concentrações sangüíneas desse mineral (POWERS et al, 2003). Estudos sugerem que pessoas que trabalham em minas de manganês e as que estão expostas a esse mineral em fábricas e plantações, ou ainda as que fazem uso de nutrição parenteral ou ingerem permanganato de potássio estão sujeitas à toxicidade causada por esse micromineral (GORELL; JOHNSOB; RYBICKI, 1999). Têm-se demonstrado uma associação entre a exposição excessiva do manganês, devido ao exercício de determinadas profissões e risco aumentado para o desenvolvimento da doença de Parkinson. Entretanto, nenhuma comprovação tem sido encontrada entre a ingestão dietética de manganês e aumento do risco para a doença (POWERS et al., 2003). Experimentos em ratos sugerem que a exposição da combinação do manganês com o ferro aumenta o risco para o desenvolvimento da doença de Parkinson, uma vez que a interação entre esses dois micronutrientes proporciona um distúrbio maior em nível cerebral, quando comparada à provocada por um deles de forma isolada (CHU; MORGAN, 1996). 25 6.1.1 Ferro O ferro é um micro mineral que é essencial para as atividades vitais das células, bem como para o desenvolvimento neurológico normal (KAUR; ANDERSON, 2004; PIZZOL et al., 2001). É um componente de enzimas e importante para o metabolismo aeróbico, e é encontrado de forma abundante no cérebro humano (PIZZOL et al., 2001; POWERS et al., 2003). É importante salientar que o ferro em excesso pode ser tóxico para as células (KAUR et al., 2004). O ferro está relacionado na patogênese da doença de Parkinson, visto que elevadas concentrações desse mineral estão presentes no cérebro de pacientes com essa enfermidade,quando comparadas com as de indivíduos saudáveis. O ferro pode aumentar a produção de radicais livres, resultando em estresse oxidativo, com degeneração dos neurônios dopaminérgicos na doença de Parkinson (KAUR et al., 2002). Estudos têm demonstrado que o ferro interage com a proteína alfa-sinucleína, resultando em agregação, sugerindo desta maneira a participação do ferro na formação dos corpúsculos de Lewy, que estão presentes no corpo encefálico, cuja lesão gera quadros de déficit cognitivo, o que ocorre em doenças neurodegenerativas, como na doença de Parkinson (KAUR et al., 2002; TATSCH et al., 2002). Estudos têm verificado que existe uma forte associação entre o ferro ingerido na dieta e a doença de Parkinson. Nesse sentido, quanto maior a ingestão de ferro, maior o risco para o desenvolvimento dessa enfermidade. Constatou-se tal fato em um estudo realizado com humanos, no qual além de uma ingestão de ferro acima do normal quando comparado com o grupo controle, havia uma suplementação de ferro, com mais de 1 comprimido ao dia, aumentando- se o risco de desenvolvimento da doença de Parkinson (POWERS et al., 2003). 6.1.2 Zinco O zinco é um micro mineral necessário em um grande número de funções fisiológicas e bioquímicas. Ele é um neuromodulador nas sinapses excitatórias, 26 possui um papel considerável na resposta ao estresse oxidativo e faz parte de enzimas que contribuem para manutenção e integridade funcional do cérebro (ZATTA et al., 2003). Uma dessas enzimas é a superóxido dismutase citoplasmática. Segundo alguns estudos a atividade dessa enzima encontra-se elevada em indivíduos com doença de Parkinson (KOCATURK et al., 2000). O aumento excessivo do zinco intracelular tem sido descrito na degeneração de neurônios. O afluxo de quantidades tóxicas de zinco nas vesículas pré-sinápticas para pós-sinápticas parece degenerar os neurônios, podendo ser o principal responsável por esse processo (MOCCHEGIANI et al., 2005). 6.1.3 Selênio O selênio é um micro mineral que está envolvido em processos celulares como respiração, produção de ácido nucléico e manutenção da integridade das membranas (D’OLIVEIRA; FRANK; SOARES, 2007). Como agente antioxidante o selênio possui importante papel na redução do estresse oxidativo que pode ser visto com maior freqüência nas enfermidades degenerativas. Acredita-se que uma das funções do selênio, sob a forma de selenioproteína, é de atuar como antioxidante além de promover a sobrevida das células neuronais (CHEN; BERRY, 2003). O mecanismo da suplementação com o selênio ainda não está bem descrito, mas sabe-se que altas doses desse mineral produzem uma atividade máxima da enzima glutationa peroxidase selênio dependente, que apresenta efeito protetor contra o dano oxidativo (BETON, 2002; CADET, 1995; CHEN; BERRY, 2003). 6.1.4 Cobre O cobre é um micro mineral indispensável, junto com o ferro, para eritropoiese e também é um componente essencial de várias enzimas envolvidas na defesa orgânica contra o estresse oxidativo, uma destas é a superóxido dismutase citoplasmática (KOCATURK et al., 2000). Sua deficiência pode estar associada à Doença de Alzheimer, provavelmente pela baixa proteção antioxidante nesses indivíduos. 27 Estudos têm demonstrado que trabalhadores expostos de forma crônica e regular ao cobre (por mais de 20 anos) desenvolvem a doença de Parkinson, provavelmente, devido à neurotoxicidade do mineral promovida pelo tempo de exposição e ocupação profissional (GORELL; JOHNSON; RYBICKI, 1999). Em indivíduos com doença de Parkinson há um aumento da concentração de cobre no plasma e nas células vermelhas, quando comparado com indivíduos sem essa enfermidade. Isso é devido à resposta inflamatória que ocorre no cérebro de indivíduos com essa doença (KOCATURK et al., 2000). 6.1.5 Cálcio O cálcio é um macro mineral envolvido em muitos processos metabólicos, dentre esses o processo de mineralização de ossos e dentes, 99% do cálcio encontram-se no esqueleto humano (D’OLIVEIRA; FRANK,; SOARES, 2007). Em um estudo realizado em Honolulu com 7504 homens japoneses com idade entre 45 e 68 anos, durante 30 anos, buscou-se a relação entre a ingestão de leite e produtos lácteos com o risco de desenvolvimento da doença de Parkinson. O resultado demonstrou que a incidência da doença de Parkinson aumentava nos homens que consumiam leite e produtos lácteos em comparação com os que não consumiam. Esta associação ainda não está bem definida, mas os autores acreditam que o leite e seus derivados podem alterar a absorção de componentes neuroprotetores com funções antioxidantes (PARK et al., 2005). Não se pode afirmar qual é o fator responsável pelo desenvolvimento da doença de Parkinson, se por influência do cálcio ou se pelos contaminantes presentes no leite. O mesmo estudo associou a presença de neurotoxinas do leite ao desenvolvimento da doença, sugerindo que componentes utilizados na fabricação de pesticidas e contaminantes do leite possam ter induzido o surgimento da doença de Parkinson nesses indivíduos (PARK et al., 2005). 6.1.6 Alumínio O alumínio (Al) é metal comum no meio ambiente e um dos mais abundantes da crosta terrestre. A maior parte da ingestão do Al provém da alimentação, através de diferentes formas: alimentos contaminados por Al, água e alimentos 28 industrializados que possuem o Al como conservante e/ou corante, utensílios e panelas de alumínio. Segundo uma pesquisa realizada na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, alimentos preparados em panelas de alumínio e aço inox podem absorver metais durante o cozimento e afetar a saúde humana. No cozimento do arroz por 10 minutos, na panela de alumínio, a concentração do metal quase dobrou e na de aço inox, o aumento passou de 130%. Nestes recipientes é maior a transferência do alumínio (metal tóxico) para a água, e desta para os alimentos. Alguns estudos assinalam a presença de Al em água potável e em alimentos como um dos agentes etiológicos de doenças mentais, havendo também a hipótese de que a exposição a esse elemento represente risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer (FERREIRA et al.2008). A proteína Tau torna-se anormalmente fosforilada na doença de Alzheimer, sendo depositada intracelularmente sob a forma de filamentos helicoidais pareados com aspecto microscópico característico. Quando a célula morre, esses filamentos agregam-se como emaranhados neurofibrilares extracelulares associados à proteína Tau. O aumento na concentração de Al favorece a formação da proteína Tau e, conseqüentemente, a formação de emaranhados neurofibrilares (FERREIRA et al., 2008) 6.1.7 Agrotóxicos O Brasil é o terceiro mercado e o oitavo maior consumidor de agrotóxicos por hectare do mundo, sendo herbicidas e inseticidas responsáveis por 60% dos produtos comercializados no país (SOUZA, 2011). Segundo os resultados de um estudo preliminar na Universidade de Aston, na Inglaterra, comparou o efeito isolado e o efeito combinado sobre células de nosso sistema nervoso central, de três fungicidas encontrados com frequência nas prateleiras de hortifruti: o pirimetanil, o ciprodinil e o fludioxonil. Os resultados encontrados foram que danos infligidos às células são até vinte ou trinta vezes mais graves quando os pesticidas são associados. Substâncias que são conhecidas por não afetarem a reprodução humana e o sistema nervoso e não serem cancerígenas, combinadas possuem efeitos inesperados. Observaram também que a viabilidade das células é degradada; as mitocôndrias, que são as 29 ‘baterias’ das células, não conseguem mais alimentá-las com energia, o que desencadeia a apoptose, ou seja, a autodestruição das células; por fim, as células são submetidas a um stress oxidante muito poderoso, possivelmente cancerígeno e que pode levar a efeitos em cascata. Entre as possíveis consequências de tais agressões sobre as células,os pesquisadores citam o risco de uma vulnerabilidade crescente a doenças neurodegenerativas como o Mal de Alzheimer, de Parkinson ou a esclerose múltipla (COLEMAN et al, 2012). 30 7 HÁBITOS ALIMENTARES COMO FATOR DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON E ALZHEIMER É notório que a alimentação inadequada ao longo da vida pode ocasionar carências em uma determinada fase. Atualmente vem aumentado o interesse do papel da nutrição e sua relação com o desenvolvimento as funções cerebrais, tendo como foco a cognição (MECCA, 2011). Um estudo realizado com indivíduos acima de 60 anos, que eram acompanhados na Unidade de Saúde Escola da Universidade Federal de São Carlos em 2011, divididos em dois grupos: sem alteração cognitiva (GS) e com alteração (GC), observou-se uma diferença significativa entre os grupos, ao longo da vida, para a prática de exercícios físicos mais que 3 vezes na semana, funcionamento do intestino alterado, ingestão diária de frutas, verduras, legumes, produtos integrais, castanhas, doces e fast foods. Houve também uma inadequação de nutrientes para vitamina A, B12, B6 e Zinco. Alguns autores associam qualidade cognitiva com qualidade de vida, identificando que a maioria dos idosos apresenta pouca expectativa de autoeficácia devido às pressões da sociedade, à baixa qualidade de vida e às dificuldades nos relacionamentos sociais; afirmam que a velhice ainda está estigmatizada como deterioração e declínio e que o modelo médico é excessivamente curativo e pouco preventivo (CAVALINI; CHOR 2003). Sabe-se que mudanças de estilo de vida podem ocorrer com maior sucesso, quanto mais precoces forem às intervenções. 31 8 TRATAMENTOS NA DOENÇA DE PARKINSON E ALZHEIMER Como a Doença de Parkinson é uma enfermidade incurável e degenerativa, todo o tratamento visa a melhorar seus sintomas e retardar sua progressão. O tratamento estabelecido dependerá da condição em que se encontra o paciente e em que estágio se encontra. No início não são utilizadas medicações, mas o tratamento farmacológico objetiva restabelecer os níveis de dopamina no cérebro, indicado assim que o paciente começa a ter prejuízos com os sintomas da doença. Os medicamentos mais usados são os colinérgicos, que atravessarão a barreira hemato-encefálica; eles contêm levodopa, que, no sistema nervoso, é convertida em dopamina pela enzima dopa-descarboxilase (ANDRÉ, 2004), com a combinação de outro fármaco que impede seu metabolismo fora do cérebro – como a fluoxetina e a sertralina. Os sintomas colaterais mais comuns são as reações anafiláticas (alergias) e náuseas (OLIVEIRA, 2005). O tratamento farmacológico na doença de Alzheimer pode ser definido em quatro níveis: terapêutica específica, abordagem profilática, tratamento sintomático e terapêutica complementar, que busca o tratamento das manifestações não- cognitivas da demência, tais como depressão, psicose, agitação psicomotora, agressividade e distúrbio do sono (FORLENZA, 2005). 32 9 INTERAÇÃO DROGA-NUTRIENTE EM USO DA SUBSTÂNCIA LEVODOPA É a droga mais utilizada no tratamento da doença de Parkinson. Corresponde ao precursor imediato da dopamina e, ao contrário dela, atravessa a barreira hematoencefálica. A levodopa é convertida à dopamina pela enzima L-aminoácido aromático descarboxilase. Como esta enzima existe em quantidade muito maior nos tecidos periféricos que no cérebro, é preciso usar doses elevadas de levodopa para atingir níveis terapêuticos do fármaco no sistema nervoso central. (KOROLKOVAS & FRANÇA, 2002). A levodopa pode causar efeitos colaterais importantes, como: anorexia, náusea, vômitos, sensibilidade reduzida e boca seca. Sintomas importantes que interferem na alimentação, contribuindo assim para a deterioração do estado nutricional (FARHUD & MARUCCI, 2004). A perda de peso nesses pacientes pode levar à desnutrição, que pode aumentar a morbidade e mortalidade, devido aos efeitos da droga (RODRIGUES; CECHELLA, 2002). A absorção da levodopa pode ser alterada pela alimentação, devido à competição com vários aminoácidos, carreadores em nível de absorção gastrointestinal e transporte do plasma para o cérebro (RODRIGUES; CECHELLA, 2002). Quando se usa levodopa medidas dietéticas apropriadas ajudam a droga a tornar-se efetivamente eficiente. Uma ingestão alta de proteína reduz a eficiência do levodopa. O aporte de proteína será restrito em pacientes que recebem levodopa; deve ser enfatizado o consumo de proteínas de alto valor biológico e restrição de proteínas de baixo valor biológico (BODINSKI, 1998). Quando administrada sozinha, a levodopa é transformada em dopamina antes de atingir o cérebro. A vitamina B6 acelera essa transformação. Por este motivo, alguns autores sugerem que alimentos ricos em Vitamina B6 (cereais integrais) e suplementos desta vitamina em altas doses devem ser evitados em pacientes que estão tomando levodopa como única medicação (BODINSKI, 1998). 33 10 TRATAMENTOS ALTERNATIVOS NA DOENÇA DE PARKINSON E ALZHEIMER Atualmente, tem crescido o interesse dos pesquisadores por estudos que envolvam as várias formas de intervenções não farmacológicas. 10.1 Fisioterapia Em ensaios aleatorizados controlados evidenciou-se que exercícios de reabilitação motora com atividade física e exercícios programáticos regulares e supervisionados podem reduzir os sintomas dos pacientes, inclusive com melhora cognitiva e do humor, mas futuros trabalhos são necessários para confirmar tais achados (VALE et al, 2011). 10.1.1 .Terapia ocupacional (TO) Estudo randomizado controlado evidencia que dez sessões de TO por cinco semanas proporcionaram melhora funcional, clinica e comportamental de pessoas com demência, apresentando melhor qualidade de vida tanto para os pacientes como para o cuidador. Outro estudo demonstrou melhora da apatia com TO usando atividade psicomotora combinada com música e arte (GRAFF et al, 2006). 10.1.2 Musicoterapia Recentemente tem-se notado grande incremento de estudos aleatorizados controlados com musicoterapia, demonstrando eficácia nos pacientes com doença de Alzheimer moderada a severa. Demonstrou-se ainda melhora da depressão e apatia, notadamente em pacientes com doença de Alzheimer leve a moderada (RAGLIO et al, 2008). 34 11 CONSIDERAÇÕES FINAIS Parkinson e Alzheimer são doenças consideradas novas pelos estudiosos, sua etiologia e fatores de risco ainda estão sendo estudadas e novas formas de diagnósticos e tratamentos vem sendo descobertas ao longo dos anos. Em vários estudos realizados, observaram-se relação dos nutrientes e substâncias consideradas tóxicas que podem prevenir, tratar ou causar estas patologias. Sabendo que os hábitos alimentares e o estilo de vida interferem no aparecimento dessas doenças, uma das estratégias seria trabalhar com a prevenção destas enfermidades e sensibilizar a população dos fatores de riscos envolvidos, pois, a causa de morte mais freqüente em indivíduos diagnosticados com Parkinson e Alzheimer são as conseqüências que estas doenças trazem como, pneumonias, infecções, problemas renais e hepáticos (pela metabolização dos medicamentos) dentre outros. Todas as etapas da alimentação, desde a sensação de fome até a digestão e absorção dos nutrientes pelo trato gastrointestinal, é um complexo sistema controlado pelo sistema nervoso. Sabe-se que os sintomas da doença de Parkinson e Alzheimer, que são doenças degenerativas do sistema nervoso central, estão associados diretamente ou indiretamente com o estado nutricional, como, imobilidade, movimentos involuntários, dificuldade em se alimentar (disfagia), hiporexia, náusea, êmese, redução da sensibilidade do paladar (efeitos colaterais de alguns medicamentos utilizados) e percepção de fome (confusão mental). Estas doenças são mais prevalentes em idosos e além dos sintomas citados acima, os idosos possuem dificuldades relacionadas à idade,que também podem afetar o estado nutricional, como, dificuldade na mastigação (por dentaduras mal- adaptadas, problemas dentários e edentulismo), que levam o idoso a se alimentar basicamente de dieta líquida, doenças de base e medicamentos utilizados que cause algum efeito colateral, dificuldade em se locomover, dependente muitas vezes de ajuda para preparar as suas próprias refeições. Todos estes fatores devem ser levados em consideração no tratamento proposto, assim como, outros fatores (sócio-econômico e cultural). Os profissionais da saúde devem sempre ter uma melhor percepção de todos estes fatores, para que o tratamento oferecido seja acessível e assim, ter o resultado esperado. 35 Em relação à nutrição e estas patologias, há evidências de que os nutrientes estão relacionados com a prevenção, controle e tratamento destas doenças, como também, alguns nutrientes e substâncias que são consideradas neurotóxicas que estão associadas na etiologia destas enfermidades. Tendo conhecimento destes nutrientes e substâncias, o nutricionista deve estar atento na sua conduta nutricional, evitando excesso de nutrientes e substâncias consideradas tóxicas que irão agravar os sintomas destas doenças, baseando-se sempre nos estudos científicos e individualizando cada caso. É importante na conduta nutricional, perceber quais são as dificuldades em relação à alimentação e cuidados, os medicamentos utilizados (interação droga-nutriente e efeitos colaterais), se atentar á todos os sintomas, tanto os relacionados com a doença de Parkinson e Alzheimer, como também, os relacionados à idade, adequando assim, a conduta nutricional, principalmente em relação à progressão destas patologias. A disfagia é uma conseqüência agravante nesses indivíduos, que muitas vezes passam a se alimentar por nutrição enteral e em alguns casos, dependendo da evolução da doença, é possível estar se alimentado via oral, desde que este indivíduo esteja sendo acompanhado por um profissional adequado para esta intervenção e faça todos os exames necessários. Por isto, é de extrema importância ter em mente que estas patologias quando diagnosticadas, devem ser tratadas com uma equipe multidisciplinar (neurologista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional dentre outros), e os profissionais envolvidos no cuidado devem buscar uma melhor qualidade de vida á estes indivíduos, visando sempre o bem-estar, pois, mesmo diagnosticados com estas doenças, são seres humanos que possuem sentimentos, preferências, culturas diferentes, que devem ser levados em consideração. Ainda há muito que ser pesquisado sobre a doença de Parkinson e Alzheimer e os profissionais da saúde devem sempre procurar baseamento científico para realizar o tratamento adequado. 36 REFERÊNCIAS ANDRÉ, E. S. Moléstia de Parkinson – Parkinson’s Disease. Revista Fisioterapia em Movimento. Curitiba, v. 7, n. 1, p. 11-25, 2004. APRAHAMIAN, I.; MARTINELLI, J. E.; YASSUDA, M. S. Doença de Alzheimer: revisão da epidemiologia e diagnóstico. 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