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Direito civil II obrigações (resumo)

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Direito Civil II
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA.
Aquela em que o devedor se obriga a e0ntregar ou restituir uma coisa individualizada.
- Individualização da coisa: o credor de coisa certa não pode sero obrigado a receber outra, ainda que mais valiosa. E, o devedor não pode, assim, modificar o objeto da prestação. Necessariamente, o objeto desta obrigação deverá ser convertido em dinheiro.
ex: contrato de compra e venda.
- Teoria do risco: a coisa pertence ao dono, logo é ele quem sofre a perda ou deterioração da coisa.
OBS: art. 393 CC O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortúito ou força maior, se expressamente não houver por eles responsabilizados. exceção da teoria do risco.
OBS: MORA art. 399 CC ex: emprestei meu carro para meu amigo , num período de 2 horas, para ir no mercado. Nesse tempo, ele é assaltado (caso fortúito). Nesse caso, eu, dono do carro, caso ele assine um papel dizendo se responsabilizar pelo carro nesse referente período de empréstimo, ou se em caso de mora (demora de entrega) a teoria do risco é afastada, fazendo com que ele, meu amigo, me pague pelo carro.
ENTREGAR: quando a coisa é transferida ao credor que a terá pela primeira vez. Ou seja, transferida definitivamente ao credor. 
RESTITUIR: quando o credor estará recebendo uma coisa de volta que já lhepertencia, e este na posse do devedor. Neste caso, a devolução inclui guarda e manutenção da coisa enquanto ela estiver na posse do devedor. Ou seja, transferida provisoriamente ao credor, o qual se torna devedor da situação.
- Inadimplemento:
	> perda: deixa de ter valor econômico.
	> deterioração: diminuição do valor econômico da coisa.
Entregar:
	> perda: SEM CULPA (art. 234, 1ª parte), resolve-se a obrigação. COM CULPA ( art.234, 2ªparte), responde pelo valor da coisa + perdas e danos.
	> deterioração: SEM CULPA (art.235 CC), resolve-se a obrigação OU o credor aceita o objeto com abatimento. COM CULPA (art. 236 CC), exige o valor equivalente a da coisa obrigacionada como indenização OU aceita como está.
 art. 236 CC "Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos."
ex: Rosane empresta, gratuitamente, a Renata seu livro de direito civil para fazer um a prova do dia 01/10, logo, a restituiria dia 02/10. a) Renata descuidada esquece o livro na faculdade e no dia seguinte não acha o livro = perda com culpa. b) caso filha de Renata escreva no livro = deterioração com culpa. c) Renata é assaltada = perda sem culpa. d) caso a chuva molhe o livro depois do dia 02/10 = perda sem culpa + mora; responde.
Restituir:
	> perda: SEM CULPA (art. 238 CC), resolve-se. COM CULPA (art. 239 CC), paga o equivalente + perdas e danos.
	> deterioração: SEM CULPA (art. 240, 1ª parte), recebe a cois asem indenização. COM CULPA (art. 240,2ª parte), recebe o equivalente ao valor da coisa + perdas e danos.
-Obrigações pecuniárias: objeto = dinheiro. art. 315 CC "As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes." Princípio do nomialismo,aquele que estabelece o valor da prestação pecuniária, seja o mesmo daquele de quando a obrigação foi assumida, salvo convenção.
art. 316 CC "É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas."
art. 318 CC "São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial."
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA.
art. 243 CC "A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade." 
É aquela emque as partes não estabelecem desde logo a coisa devida com sua indivisualização, mas estabelecem o gênero e quantidade. Há prazo determinado para o tempo da escolha.
"A quem compete o direito de escolha (= concentração, ato de escolha da coisa devida, na obrigação de dar coisa incerta, tornando- a certa.)?" 
regra geral: quando não se sabe aq quem pertence, o direito obrigacional privilegia o devedor.
OBS: art. 244 CC "Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor." Princípio do meio termo ou qualidade intermediária.
Podem as partes convencionar que a escolha competirá a terceiro,estranho à relação obrigacional, aplicando- se por analogia o art. 1.930 CC.
Determianda a qualidade, torna-se a coisa individualizada, certa. Antes da escolha, art.246 CC "não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por farça maior ou caso fortúito." No caso de obrigações em dinheiro, o devedor não se exonera se vier perder as cédulas que havia separado para solver a dívida.
ex: alguém obriga-se a entregar dez sacas de café, não se eximirá da obrigação, ainda que se percam todas as sacas que possui, porque pode obter, no mercado, o café prometido.
OBRIGAÇÃO DE FAZER.
É aquela em que o devedor assume perante o credor a execução de um determinado comportamento que pode ser praticado por si ou por terceiro , a ele (devedor}) vinculado. Ou seja, a prestação consiste em atos e serviços a serem executados pelo devedor.
OBS: art. 305 CC "O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
§ único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento."
- Obrigações infungíveis: personalíssimas, só o próprio devedor pode dar cumprimento à obrigação. 
- Obrigações fungíveis: pode ser prestada por terceiros.
Inadimplemento: 
art. 247 CC "Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível." Obrigação infungível.
ex: se o ator ficar impedido de se apresentar em determinado espetáculo em razão do acidente a que não se deu causa, ocorridono trajetopara o teatro, sendo hospitalizado, não responde por perdas e danos. Responde por elas, no entanto, se a impossibilidade foi por ele criada, ao viajar para local distante, às vésperas da apresentação contratada. 
art. 248 CC "Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos." Obrigação fungível.
OBS: Auto- tutela: se a coisa for necessária uma reparação (urgente), o credor poderá executar o fato, independente do conhecimento do devedor. Desta forma, ocredor poderá cobrar do devedor.
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER.
É aquela em que o devedor se obriga a não praticar um ato que lhe era licitamente possível, isto é, deveder de abstenção.
Se o devedor praticar o ato que se obrigou a não praticar, torna-se-a inadimplente, podendo o credor exigir, com base no art. 251 CC, o desfazimento do que foi realizado, ressarcindo o culpado por perdas e danos. Poderá vê-lo desfeito por terceiro, por determinação judicial, pagando ainda perdas e danos.
art. 250 CC "Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar"
OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS.
É aquela com multiplicidade de prestações e o devedor se exonera entregando ao credor qualquer uma das prestações. Sendo que pode haver obrigação alternativa nas 3 modalidades (dar, fazer e não fazer), inclusive podendo haver obrigações com diversidades de espécie. Obrigações compostas por multiplicidade de objetos. Têm se por si o conteúdo de duas ou mais prestações, das quais uma somente será escolhida para o pagamento ao credor e liberação do devedor.
OBS: Diverge das OBRIG. CUMULATIVAS, já que nesta o devedor deverá entregar todas as prestações devidas. E diverge das OBRIG. FACULTATIVAS, já que nesta o devedor poderá substituir o objeto da pretação devida.
 - Concentração: ato deescolha da coisa incerta, que a torna certa. É prioritária ao devedor, podendo o mesmo ter a opção de escolha.
art 252 CC DIREITO DE ESCOLHA: o direito pátrio conferiu o direito de escolha ao devdor. Todavia, para que a escolha caiba ao credor, deve- se estar expressamente determinado no contrato. Pode, ainda, a opção ser deferia à terceiro, de comum aordo. Se este não puder ou não quiser aceitar a incumbência "caberá ao juíz a escolha se não houver acordo entre as partes".
"Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
§ 1º Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. (indivisibilidade das prestações- a lei considera cada uma das prestações como um todo indivisível, pelo o que não é permitido o devedor se eximir da obrigação entregando parte de uma e parte de outra. Não há necessidade de indentificar a qualidade intermediária, pois os objetos já são definidos).
§ 2º Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período. (Poderá ter alternância no exercício de escolha, cabendo a cada um dos sujeitos da obrigação a escolha num período).
§ 3º No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
§ 4º Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes."
OBS: ART. 800 NCPC "Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor, esse será citado para exercer a opção e realizar a prestação dentro de 10 (dez) dias, se outro prazo não lhe foi determinado em lei ou em contrato.
§ 1º Devolver-se-á ao credor a opção, se o devedor não a exercer no prazo determinado.
§ 2º A escolha será indicada na petição inicial da execução quando couber ao credor exercê-la."
- Inadimplemento: 
	 > Impossibilidade de todas as pretações SEM CULPA do devedor.
art.256 CC. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação.
	> Impossibilidade parcial:
- SEM CULPA do devedor: art. 253 CC "Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra." A obrigação se cumprirá com a entrega pelo devedor da prestação que sobrou.
ex: o fato de não mais se fabricar uma coisa que o devedor se obrigou a entregar.
- COM CULPA do devedor: art. 255, 1ª parte "Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos"
 	. escolha do devedor - a obrigação será cumprida com a entrega da prestação que sobrou. / escolha do credor ( $ da coisa que se impossibilitou + perdas e danos OU credor recebe a prestação que sobrou sem perdas e danos)
	> Impossibilidade total COM CULPA do devedor:
- escolha do devedor: art. 254 CC "Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar."
- escolha do credor: art. 255, 2ª parte "se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos."
OBRIGAÇÃO DE MEIO E RESULTADO.
- Obrigação de meio: quando o devedor promete empregar seus conhecimentos, suas técnicas para a obtenção de determinado resultado, sem, no entanto, responsabilizar- se por ele. Trata- se de responsabilidade subjetiva, cabendo o credor o ônus da prova, caso o credor for negligente ou imprudente.
ex: advogados, não se obrigam a vencer a causa, mas a bem defender os interesses do cliente.
- Obrigação de resultado: o devedor se exonera somente quando o fim (resultad) prometido é alcançado de fato. Caso o resultado não seja alcançado, o devedoré considerado inadimplente, devendo responder pelos prejuízos decorrentes do insucesso. Trata-se de responsabilidade objetiva, cabendo ao devedor o ônus da prova de que observou as regras responsáveis para o caso e que ocorrerá algum fato de caso fortuito ou força maior.
ex: transportador, promete, tacitamente, ao vendedor levar o passageiro são e salvo. Cirugião plastico, tem a obrigação de realizar a cirurgia resultando na forma, na qual a paciente pagou para ter.
OBS: art.373 NCPC Ônus probatório: é o encargo do sujeito para demonstração de determinadas alegações de fato. Nota-se que não constitui um dever e, por isso,não se pode exigir o seu cumprimento. Normalmente, o sujeito a quem se impõe oônus da prova tem interesse em observá-lo para evitar a situação de desvantagem que pode advir da sua inobservância. O termo especifica que a pessoa responsável por uma determinada afirmação é também aquela que deve oferecer as provas necessárias para sustentá-la.Segundo o Código de Processo Civil, ônus da prova é o encargo atribuído pela lei a cada uma das partes de um processo, de demonstrar a ocorrência dos fatos de seu próprio interesse para as decisões a serem proferidas. 
	. obrigação de meio = ônus ao credor (resp. subjetiva)
	. obrigação de resultado = ônus ao devedor (resp. objetiva)
- Inadimplemento (culposo): o devedor SEMPRE é o culpado. Exceto no caso de força maior e caso fortúito.
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS.
- São compostas por multiplicidade de sujeitos, pois havendo um único devedor obrigado a um só credor a obrigação é indivisível, ouseja, a prestação deverá ser cumprida por inteiro, seja divisível ou indivisível seu objeto.
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS, são aquelas cujo objeto pode ser dividido entre os sujeitos .
art.258 CC Indivisibilidade = quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo econômico, ou dada razão determinante do negócio jurídico.
ex: Se dois devedores prometem entregar duas sacas de café, a obrigação é divisível, devendo cada qual uma saca. Se, no entanto, o objeto for um cavalo ou um relógio, a obrigação será indivisível pois não podem fracioná-los.
Obs: Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. 
- Obrigação de DAR: Será divisível ou indivisível, dependendo da natureza do objeto.
ex: divisível - entregar dez sacas de café para dos credores, sendo cinco para cada um. Indivisível - se a coisa for um animal.
-Obrigação de FAZER: A obrigação de fazer uma estátua é indivisível ,porém será divisível se o escultor for contratado para fazer dez estátuas, realizando uma a cada dez dias.
-Obrigação de NÃO FAZER: Em geral são indivisíveis. Poderá,no entanto, ser divisível se o devedor obrigou-se a não praticar determinados atos, completamente independentes, comonão alugar e não vender.
ex: Se alguém obrigar-se a não construiralém de certa altura, bastaráque inicie a construção além da altura convencionada para que se torne inadimplente.
*REFLEXOS JURÍDICOS:
a) art. 257 CC Se a obrigação é divisível,presume-se esta dividida em tantas obrigaçõe iguais quanto os credores, ou devedores. Cada devedor só deve a sua quota parte. A insolvência de um não aumentará a quota parte dos demais.Havendo vários credores e só um devedor, cada credor receberá somente a sua parte . "Satisfação com o concurso"
"Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores."
b) art. 259 CC Quando a obrigação é indivisível e há pluralidade de devedores, cada um será obrigado pela dívida toda. Mas somente porque o objeto não pode ser dividído. Por isso, aquele que paga o integral se torna credor em relçao aos outros devedores. "Impossibilidade de pagamento parcial"
c) art. 260 CC Havendo mais de um credor nas obrigações indivisíveis,o devedor só se exonera entregando a coisa devida a todos os credores ao mesmo tempo ou a um deles com calçao de ratificação dos demais. "Pagamento pelo devedor"
d) art. 261 CC Se só um dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte a que lhe cabia no total. "Recebimentopor um dos credores"
e) art. 262 CC Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. Ou seja, reembolsando o devedor pela quota parte do credor remitente. "Forma indireta de extinção da obrigação"
OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS.
art.264 CC
-Quando concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigação, à dívida toda.
-O credor poderá exigir de qualquer co-devedor o cumprimento por inteiro da obrigação. A prestação efetuada por um dos devedores os libera a todos perante o credor comum (devedor que pagou o prestação por inteiro).
ex: Augusto e Bartolomeu danificaram o edifício de Carlos causando- lhe estragos no valor de $9.000 cruzeiros. Carlos, poderá exigir de um deles, se quiser, o pagamento de $9.000 cruzeiros. Por outro lado, se Augusto pagar o total de indenização, Bartolomeu fica plenamente liberado perante o credor comum.
- Se algum dos devedores se tornar ou for insolvente, quem sofre o prejuízo de tal fato não é o credor, como sucede na obrigação conjunta, mas o outro devedor, que pode ser chamado a solver a obrigação por inteiro.
- Cada devedor passará a responder não só por sua quota, mas também pela dos demais; e, se vier a cumprir por inteiro a prestação, poderá recobrar dos outros as respectivas partes.
*PRICÍPIOS:
a) Unicidade da prestação: cada devedor responde pelo débito todo e cada credor pode exigí-lo por inteiro. Ou seja, qualquer que seja o número de credores e devedores, a pretação é una, portanto, o(s) devedor(es) só se exonara(m), dada a quitação da obrigação pelo(s) credor(es).
b) Pluralidade e independência do vínculo: o que une o credor a cada um dos co-devedores solidários e vice-versa. A prestação pode ser pura e simples para um dos devedores e a termo, sob condição, ou com encargo (aquilo que é ou se tornou compromisso de alguém; dever, responsabilidade) para os demais.
c) Co-responsabilidade: cada devedor responde com o seu patrimônio até o cumprimento integral da obrigação.
d) Intransmissibilidade: morrendo um dos credores ou um dos devedores, a solidariedade não se transmite à herdeiros, cujo direitos e deveres se restringirão ao seu quinhão hereditário, salvo quando a obrigação for indivisível.
e) Não presunção: A lei é expressa ao determinar que a solidariedade não se presume, apenas resulta da lei ou da vontade das partes.
# Solidadriedade Ativa
art.267 CC
Cada credor solidário tem o diretode exigir do devedor comum a prestação por inteiro, não podendo o devedor alegar a exceção da divisão.
Obs: Princípio da prevensão = o devedor pode pagar a qualquer dos credores, desde quenenhum deles tenha demandado, caso em que o devedor só poderá pagar àquele que demandou. (art. 268 CC)
- Morrendo um dos credores solidários, deixando herdeiros, cadaum deles poderá exigir e receber sua quota parte no crédito, salvo se tratar de prestação indivisível. art.270 CC Se for herdeiro único, poderá a ele exigir a prestação por inteiro.
- art. 271 CC Perdas e danos refere-se quando a obrigação principal não pode mais ser cumprida. Dessa forma o direito converte-se em danos morais, lucros cessantes e etc. 
- art.272 CC O credor que tiver perdoado a dívida, ao receber o pagamento, responderá os demais pela sua quota parte.
- art. 273 CC O devedor não pode opor exceção pessoal em relação a um dos credores que seja oponível a outro. Isto é. exceções que prejudicariam outros credores.
- art. 274 CC O julgamento contrário a um dos credores não atinge aos demais.
# Solidariedade Passiva
art. 275 CC
O credor pode exigir de qualquer devedor, total ou parcialpagamento da prestação em comum. Se o pagamento for parcial, a soliedariedade permanev=ce pelo remanescente da obrigação.
Obs: (art. 275, parágrafo único) Se o credor demandar apenas um dos devedores solidários, não estará renunciando a solidariedade. O mesmo se verifica no recebimento parcial.
O devedor solidário não pode alegar o benefício da divisão para o cumprimento parcial da obrigação.
O pagamento integral por um dos devedores extingui a obrigação. Porém, este que pagou tem o direito de cobrar o quota parte relativa aos demais devedores.
- art 277 CC A solidariedade é incompatível com as obrigações de fazer infugíveis.
- art.276 CC A morte de um dos devedores solidários transmite a seus herdeiros apenas o débito referente ao seu quinhão hereditário, ainda sim limitado as forças da herança. Salvo, quando a obrigação for indivisível , quando então o credor poderá exigir do herdeiro do devedor falecido a prestação por inteiro e ocorrendo pagamento por esse herdeiro, poderá ele exigir dos outros herdeiros e dos co-devedores a quota parte de cada qual. 
- art.279 CC Caso a obrigação seja impossibilitada por culpa de um dos devedores, cabe a ele o pagamento de perdase danos. Porém, não extingue o pagamento da quota parte dos demais devedores.
- art. 280 CC Se o credor propor a ação em face de um dos devedores, tal fato não exime os demais devedores de responsabilidade pelos juros da mora, mas somente o culpado responde perante os outros pelo valor acrescido.
- art.281 CC O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor.
Obs: se um dos devedores possuir um crédito em relação ao credor, pode este pedir um abatimento da dívida.
-art.282 CC O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.
- art.283 CC O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver.
- art. 284 CC O devedor exonerado da solidariedade responde somente pela quota parte que lhe cabe na obrigação. O dovedor insolvente não paga nada (devedor civil).
- art. 285 CC Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar.

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