TOC - Transtorno Obsessivo-Compulsivo

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TOC
Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Universidade Estácio de Sá - UNESA - 2018.1
Curso de Graduação em Psicologia
Disciplina: Psicopatologia II
Professor: Sérgio Pavanelli
Grupo: Lucas Michel, Lucas Oliveira e Sabrina Braga.
Definições
Obsessões são ideias ou pensamentos que invadem a mente do indivíduo lhe causando sofrimento, são carregados de conteúdos desagradáveis, absurdos e sem conexão com a realidade. 
Já as compulsões são atos repetitivos cuja finalidade é amenizar as ideias obsessivas, de modo que a pessoa que sofre desse transtorno se vê obrigada a executar um determinado comportamento para se ver livre dos pensamentos intrusivos.
(Associação Americana de Psiquiatria, 1994)
Critérios Diagnósticos
Segundo o DSM-V, os critérios diagnósticos são:
Presença de obsessões, compulsões ou ambas.
As obsessões ou compulsões tomam tempo ou causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
Os sintomas obsessivo-compulsivos não se devem aos efeitos fisiológicos de uma substância (por exemplo, droga de abuso ou medicamento) ou a outra condição médica.
A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental.
Especificações
Ainda de acordo com o DSM-V, é preciso especificar se:
Com Insight bom ou razoável: O indivíduo reconhece que as crenças do transtorno obsessivo-compulsivo são definitiva ou provavelmente não verdadeiras ou que podem ou não ser verdadeiras.
Com Insight pobre: O indivíduo acredita que as crenças do transtorno são provavelmente verdadeiras.
Com Insight ausente/crenças delirantes: O indivíduo está completamente convencido de que as crenças do transtorno são verdadeiras.
Relacionado a tique: O indivíduo tem história atual ou passada de um transtorno de tique (até 30% dos indivíduos com TOC tem um transtorno de tique ao longo da vida, o que é mais comum nos indivíduos do sexo masculino com início do TOC na infância).
Características Associadas que Apoiam o Diagnóstico
O conteúdo específico das obsessões e compulsões varia entre os indivíduos. Entretanto, certos temas, ou dimensões, são comuns, incluindo os de limpeza (obsessões por contaminação e compulsões por limpeza) e de simetria (obsessões por simetria e compulsões por repetição, organização e contagem). Algumas pessoas também tem dificuldades em descartar e acumulam objetos como uma consequência de obsessões e compulsões típicas.
Os “acumuladores”
É importante observar que os indivíduos com frequência tem sintomas em mais de uma dimensão. 
 É comum que indivíduos com o transtorno evitem pessoas, lugares e coisas que desencadeiam obsessões e compulsões. Por exemplo, indivíduos com preocupações com contaminação podem evitar situações públicas,como restaurantes, banheiros públicos, hospitais, e interações físicas com outros para reduzir a exposição aos contaminantes temidos.
 Enquanto executam as compulsões, algumas pessoas relatam uma angustiante sensação de “incompletude” ou inquietação até que as coisas pareçam ou soem “direitas”.
Prevalência
O TOC afeta cerca de 3% da população mundial, de acordo com a OMS. O sexo feminino é afetado em uma taxa um pouco mais alta do que o masculino na idade adulta, embora este seja mais comumente afetado na infância. 
Desenvolvimento e Curso
Nos Estados Unidos, a idade média de início do TOC é 19,5 anos, e 25% dos casos iniciam-se até os 14 anos de idade. O início após os 35 anos é incomum, mas ocorre. Indivíduos do sexo masculino tem idade mais precoce de início do que os do sexo feminino: cerca de 25% dos homens tem o transtorno antes dos 10 anos. O início dos sintomas é geralmente gradual; entretanto, um início agudo também tem sido relatado.
Sem tratamento, as taxas de remissão em adultos são baixas (p.ex., 20% para aqueles reavaliados 40 anos depois). 
O início na infância ou na adolescência pode fazer o TOC permanecer durante a vida inteira. No entanto, 40% dos indivíduos com início do transtorno na infância ou na adolescência podem experimentar remissão até o início da idade adulta. 
As compulsões são mais facilmente diagnosticadas em crianças do que as obsessões porque as primeiras são observáveis. No entanto, a maioria das crianças tem obsessões e compulsões (como a maioria dos adultos). 
Fatores de Risco
Temperamentais: Mais sintomas internalizantes, afetividade negativa mais alta e inibição do comportamento na infância são possíveis fatores de riscos temperamentais.
Ambientais: Abuso físico e sexual na infância e outros eventos estressantes ou traumáticos.
Genéticos e fisiológicos: A taxa de TOC entre parentes de 1º grau de adultos com o transtorno é aproximadamente duas vezes a de parentes de 1º grau daqueles sem o transtorno. A transmissão familiar deve-se, em parte, a fatores genéticos. Disfunção no córtex orbitofrontal, no córtex cingulado anterior e no estriado tem sido mais fortemente envolvidas.
Comorbidade
Os indivíduos com TOC frequentemente tem outra psicopatologia. Muitos adultos com o transtorno tem um diagnóstico de transtorno de ansiedade ao longo da vida, transtorno depressivo maior ou transtorno do humor. O início do TOC, em geral, ocorre depois do início de transtornos de ansiedade, mas antes do início de transtornos depressivos. Até 30% dos indivíduos com TOC também tem um transtorno de tique ao longo da vida. 
Risco de Suicídio
Pensamentos suicidas ocorrem em algum momento em cerca de metade dos indivíduos com TOC. Tentativas de suicídio também são relatadas em até um quarto daqueles com o transtorno. A presença de transtorno depressivo maior comórbido aumenta o risco.
Tratamento
O tratamento deve ser feito com psicoterapia, medicamento ou ambos. 
 Grupo de apoio
 Terapia cognitivo-comportamental
 Terapia de aversão
 Terapia cognitiva
 Psicoeducação
 Entre outros
Caso Fictício:
Sheldon Cooper (The Big Bang Theory)
Referências
Associação Americana De Psiquiatria. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-V. Porto Alegre: Artmed, 2014. 948 p.
Hospital Israelita A. Einstein e outros. Transtorno Obsessivo-Compulsivo. Disponível em: <https://www.gstatic.com/healthricherkp/pdf/obsessive_compulsive_disorder_pt_BR.pdf> Acesso em: 21 de março de 2018.
VILLEMOR-AMARAL, A.E.; SILVA, T.C.; PRIMI, R. O Teste das Pirâmides Coloridas de Pfister e o Transtorno Obsessivo Compulsivo. Avaliação Psicológica, 2002,2, pp. 133-139.
Associação Brasileira de Psiquiatria. TOC: distúrbio atinge cerca de 3% da população, segundo a OMS. Disponível em: < http://abp.org.br/portal/clippingsis/exibClipping/?clipping=20567> Acesso em: 26 de maio de 2018.