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Violência sexual e tráfico humano
Violencia sexual
	De acordo com a OMS, violência sexual é “qualquer ato sexual ou tentativa de obter ato sexual, investidas ou comentários sexuais indesejáveis, ou tráfico ou qualquer outra forma, contra a sexualidade de uma pessoa usando coerção”. 
	Segundo “Violência sexual: estudo descritivo sobre as vítimas e o atendimento em um serviço universitário de referência no Estado de São Paulo”, por Cláudia de Oliveira Facuri “A violência sexual é um fenômeno universal, em que não existem restrições de sexo, idade, etnia ou classe social. Embora atinja homens e mulheres, as mulheres são as principais vítimas, em qualquer período de suas vidas. E as mulheres jovens e adolescentes apresentam risco mais elevado de sofrer esse tipo de agressão”. A vítima geralmente, não registra queixa por medo, constrangimento, humilhação ou pelo sofrimento que a exposição da vivência traumática possa trazer. O Ministério da Saúde relata que apenas entre 10 e 20% dos casos são notificados as autoridades competentes.
Existem quatro categorias dentro de abuso sexual: pedofilia, estupro, assédio sexual e exploração sexual profissional (que também se enquadra no tráfico humano).
	As consequências da violência sexual incluem inúmeros comprometimentos na saúde física tais como traumas físicos, gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis, além de todas as possíveis consequências para a saúde mental da vítima. Aqueles que sofrem de uma violência sexual em geral acabam por tornar-se vulneráveis também a outros tipos de violência, transtornos sexuais, uso de drogas, estresse pós-traumático, perda de autoestima, depressão e suicídio. No âmbito social a violência sexual pode gerar outras consequências como problemas familiares e sociais, abandono dos estudos, perda do emprego, separação conjugal, abandono da casa entre outras.
Tráfico humano
O tráfico de pessoas consiste no ato de comercializar, escravizar, explorar, privar vidas, ou seja, é uma forma de violação dos direitos humanos. Normalmente, as vítimas são obrigadas a realizar trabalhos forçados sem qualquer tipo de remuneração – prostituição, serviços braçais, domésticos, em pequenas fábricas, entre outros –, além de algumas delas terem órgãos removidos e comercializados.
As vítimas já chegam endividadas ao destino de “trabalho”, pois elas têm que pagar aos traficantes valores elevadíssimos referentes à viagem, hospedagem, documentação, alimentação, roupas, etc. O problema é que essa dívida, através da cobrança de juros altos, toma proporções de forma que nunca poderá ser paga. Sendo assim, os criminosos passam a ameaçar e torturar os “devedores”.
As mulheres são o principal alvo, pois o retorno financeiro para os traficantes é maior, visto que a prostituição, atividade mais desenvolvida por pessoas do sexo feminino, é o destino de 79% das vítimas do tráfico humano. O trabalho forçado, exercido por homens, mulheres e crianças, representa 18%. Essa atividade movimenta cerca de 32 bilhões de dólares por ano, privando a vida de mais de 2,5 milhões de pessoas.
As vítimas de tráfico humano podem sofrer de uma série de problemas ao nível da sua saúde física e psicológica decorrentes de condições de vida desumanas, com falta de saneamento, nutrição inadequada, má higiene pessoal, violência física e emocional por parte dos traficantes, condições de trabalho precárias e perigosas e falta de acesso a cuidados de saúde.
Conclusão
A Campanha da Fraternidade nos convida todos os anos para mudarmos nossos hábitos, para revertermos certa situação, aliada a Quaresma que nos convida a reflexão. “O tráfico de seres humanos é uma chaga no corpo da humanidade, uma ferida na carne de Cristo, um crime contra a humanidade”, disse o Papa durante a Conferência Internacional sobre o Tráfico de Pessoas Humanas, na sede da Pontifícia Academia das Ciências. A violência sexual e o tráfico humano são somente exemplos de atos que repelem a humanidade a ter medo diante de tais situações, sendo que a melhor maneira de as solucionar é enxergar o outro como um irmão.