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Prof Msc. Priscila Pinheiro Esquistossomose: Schistosoma mansoni Aspecto gerais Ocorre na África, Antilhas e América do Sul; Popularmente conhecida como "xistose", "barriga-d'água" ou "mal-do-caramujo”; Chegaram as Américas durante o tráfico de escravos e com os imigrantes orientais e asiáticos; Epidemiologia Cerca de 220 milhões de infectados, 800 mil mortes/ano No Brasil: 2,5 a 6 milhões de pessoas Fonte: WHO, 2008 Morfologia Cerca de l cm Cor esbranquiçada Tegumento recoberto de minúsculas projeções (tubérculos) Canal ginecóforo VERME ADULTO: MACHO Morfologia Morfologia VERME ADULTO: FÊMEA Cerca de 1,5cm. Tem cor mais escura Tegumento liso. Ventosa oral e o acetábulo. Vulva, depois o útero (com um ou dois ovos) e o ovário. Metade posterior é preenchida pelas glândulas vitelogênicas (ou vitelinas) e o ceco Morfologia Fêmea Macho Morfologia OVO Mede cerca de 150µm x 60 µm Formato oval Espícula lateral. Ovo maduro: miracídio formado visível pela transparência da casca Forma encontrada nas fezes Longevidade do ovo maduro: 3 a 4 semanas (até 5 dias no meio externo) Morfologia MIRACÍDIO Forma cilíndrica 180 µm x 64µm Ciliado Papila apical - Terebratorium: penetração e terminações nervosas, que teriam funções tácteis e sensoriais Viável por até 12 horas Quimiotropismo pelo molusco Gp - glândulas de penetração; Ga - glândulas adesivas; Cf - células flama; Te - túbulos excretores; Pe - poro excretor; Tb - terebratorium Morfologia CERCÁRIA Comprimento total de 500 µm Cauda bifurcada medindo 230 por 50 µm Duas ventosas estão presentes. Vo - ventosa oral; Po - poro oral; Dgp - ductos das glândulas de penetração; C - ceco; Gp - glândulas de penetração; Vv - ventosa ventral; Pg - primordio genital Cercária Tem 8 horas para invadir o hospedeiro definitivo (viável por 36 a 48 horas) Fatores facilitadores: - Movimento da cauda - Glândulas secretoras de proteases, hialuronidases, colagenases - Quimiotropismo por moléculas da pele Mecanismo de transmissão Penetração ativa das cercárias na pele e mucosa. Penetram mais frequentemente nos pés e nas pernas por serem áreas do corpo que mais ficam em contato com águas contaminadas. O horário em que são vistas em maior quantidade na água e com maior atividade é entre 10 e 16 horas, quando a luz solar e o calor são mais intensos. Locais mais frequentes: valas de irrigação de horta, açudes (reservatórios de água e local de brinquedo de crianças), pequenos córregos. Locais de transmissão Hospedeiro intermediário Moluscos da Família Planorbidae Várias espécies do gênero Biomphalaria Água doce ou salobra; infecção por toda vida Hospedeiro intermediário Espécies brasileiras: Biomphalaria glabrata - Regiões Norte, Nordeste e Sudeste Biomphalaria tenagophila – Região Sul Biomphalaria straminea – Região Nordeste Ciclo de vida Desenvolvimento no molusco Miracídio (origina 1 esporocisto primário) Esporocisto Primário (origina 150-200 esporocistos secundários) 14º dia: Esporocisto Secundário Migração para glândulas digestivas (2 a 3 dias) 27 – 30 dias: origina 100 -300 mil cercarias Esporocitos III Desenvolvimento no molusco Desenvolvimento no homem Penetração na pele Esquistossômulos migram para o tecido subcutâneo e penetram nos vasos Levados aos pulmões e posteriormente ao sistema porta intra hepático Esquistossômulos se alimentam e se desenvolvem transformando-se em machos e fêmeas 25-28 dias após a penetração Migram, acasalados, para o território da veia mesentérica inferior, onde farão oviposição. Patogenia Esquistossomose aguda CERCÁRIA Dermatite cercariana: sensação de comichão, eritema, edema, pequenas pápulas e dor. ESQUISTOSSÔMULOS 3 dias após são levados aos pulmões e 1 semana depois estão nos vasos do fígado (febre, eosinofilia, linfadenopatia, esplenomegalia, hepatomegalia e urticária). VERMES Os mortos são arrastados e causam lesões no fígado Ação espoliadora: Consomem 2,5 mg de ferro por dia Patogenia DERMATITE CERCARIANA Patogenia OVOS Fase pré-postural: 10 a 35 dias após infecção: Assintomática ou inaparente – poucos ovos Mal estar, febre, tosse, hepatite aguda Fase aguda: 50 a 120 dias após a infecção: Disseminação de ovos (antígeno solúvel), provocando a formação de granulomas, caracterizando a forma toxêmica Forma toxêmica: sudorese, calafrios, emagrecimento, fenômenos alérgicos, cólicas, hepatoesplenomegalia discreta, alterações das transaminases, etc. Formação do granuloma Patogenia Esquistossomose Crônica Forma intestinal: A maioria benigna Casos crônicos graves : Fibrose da alça retossigmóide, leva a ↓do peristaltismo e constipação constante (prisão de ventre). Diarreia, dor abdominal, tenesmo, emagrecimento, etc. Formação de numerosos granulomas (presença de grande número de ovos num determinado ponto) Patogenia Esquistossomose Crônica Forma hepática No início: fígado aumentado e doloroso a palpação. Os ovos prendem-se nos espaços porta, com a formação de numerosos granulomas (fibrose) Fibrose com lobulações Fibrose periportal: obstrução dos ramos intrahepáticos da veia porta Hipertensão portal Patogenia Forma esplênica: Devido a congestão do ramo esplênico "Esplenomegalia” Consequências Desenvolvimento da circulação colateral anormal intra-hepática e de anastomoses do umbigo, esôfago, região inguinal Diminuir a hipertensão portal Formação de varizes esofagianas Diagnóstico laboratorial Parasitológico-Exame de fezes: - Kato-Katz (concentração) - Lutz (sedimentação espontânea) Biópsia retal, biópsia hepática Imunológico - Intradermoreação - ELISA, hemaglutinação, imunofluorescência Medidas profiláticas Tratamento dos doentes Controle do molusco (drogas ou biológico) Saneamento básico e educação
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