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ADMINISTRAÇÃO DE AULA 4: ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS Profa Dra. Roberta Juliano Ramos robertaramos@live.estacio.br ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS O objetivo da Administração de Materiais ou Gestão de suprimentos em uma UAN é o de: atender adequadamente, de forma centralizada ou não, a todas as necessidades de materiais (generos alimentícios, descartáveis e de limpeza, equipamentos, uniformes, utensílios e materiais diversos. COMPRAS RECEBIMENTO ARMAZENAMENTO CONTROLE DE ESTOQUE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS Garantir a existência contínua de um estoque organizado, de modo a nunca faltar nenhum dos itens que o compõe, sem excessos. Finalidade: suprimento de materiais na quantidade necessária, qualidade requerida, tempo oportuno e menor custo. PLANEJAMENTO DE CARDÁPIO X PREVISÃO DE MATERIAIS PREVISÃO DE COMPRAS PREVISÃO DE COMPRAS PROCESSO DE COMPRAS ORDEM DE COMPRA E NOTA FISCAL CONTROLE QUANTITATIVO Peso indicado na nota fiscal e peso real (descontando a embalagem); CONTROLE QUALITATIVO Controle embalagem; Temperatura do produto (recebimento); Características sensoriais; Validade; Carimbo de inspeção na nota; Evitar a entrada de material na UAN através de embalagens do fornecedor. CONTROLE DE ESTOQUE QUANTO E QUANDO COMPRAR? Exige a avaliação de uma série de fatores determinantes das quantidades e periodicidade de compras (semanal, quinzenal, mensal e anual): • Localização do serviço; • Espaço físico; • Disponibilidade de fornecedores e frequência de entregas; • Número e tipo de comensais ou clientes; • Características de produtos e sazonalidade. LOCALIZAÇÃO Influencia diretamente a programação de compras em função da distância e aceso ao local: Unidades localizadas em grandes centros comerciais, muitas vezes fornecedores encontram dificuldades para entrega em horário comercial (trânsito e estacionamento); Localização muito distante: necessidade de planejamento com antecedência e programação adequada da quantidade. De preferência buscar fornecedores locais, tanto para diminuir custos, como para incentivar a economia local. ESPAÇO FÍSICO O local de estoque vai determinar a área limite para estocagem por determinado período: Estabelecer com critérios o fluxo de material; A densidade dos alimentos (volume ocupado); Temperatura de armazenamento. Quanto melhor o layout do estoque e organização do local, mais fácil o controle de estoque será. ESPAÇO FÍSICO Fundamental controlar ventilação e iluminação, praticidade na limpeza, e distâncias mínimas de prateleiras e estrados. Para gêneros perecíveis, as instalações devem obedecer os critérios de temperatura e umidade, considerando a demanda de cada unidade (número de câmeras frias ou refrigeradores). ESTOQUE MÍNIMO DE SEGURANÇA É aquele que mantém níveis de estocagem suficientes para garantir que não haja falta do produto, ou seja, a quantidade mínima para prevenir qualquer eventualidade ou emergência. Como manter o estoque mínimo? Deve-se estabelecer o número de dias que se pretende ter o produto, considerando a falha em uma entrega, e multiplicar pelo consumo diário. Exemplo: Leite integral UHT/Consumo médio diário = 36L/Número de dias que deve estar disponível no estoque= 4 dias Estoque mínimo: 4 x 36L = 144L ESTOQUE MÉDIO Estabelecido a partir de 50% da quantidade a ser comprada conforme periodicidade + estoque mínimo. Exemplo: Leite integral UHT/Pedido de compra quinzenal = 400L Estoque mínimo = 144L Estoque médio: 50% de 400L = 200L + 144 Estoque médio = 344L ESTOQUE MÁXIMO Calcula-se, considerando o consumo médio semanal, quinzenal ou mensal (definir conforme capacidade física do estoque) + estoque mínimo. Exemplo: Leite integral UHT/Consumo médio quinzenal = 400L Estoque mínimo = 144L Estoque máximo: 400L + 144L Estoque máximo = 544L CONTROLE DE ESTOQUE Operar acima deste nível implica desperdícios de recursos investidos em materiais. Os estoques mínimos e máximos agem como reguladores do sistema de reposição de materiais. Gestão fora destes níveis pode trabalhar sob pena de sobrar ou faltar material na produção, aumentando o custo, por compras de emergência; transporte especial; compras em quantidades reduzidas a elevados preços; atraso na distribuição, etc CONSUMO DE AQUISIÇÃO É o número de dias entre a realização do pedido de compra e entrega dos produtos, multiplicado pelo consumo diário. Importante estabelecer com o fornecedor relação de parceria; O nutricionista deve conquistar junto aos fornecedores entregas com maior rapidez e qualidade, bem como as emergenciais. PONTO DE PEDIDO É o momento em que a compra deve ser realizada, considerando o consumo de aquisição somado ao estoque mínimo. ATENÇÃO: em Instituições públicas considerar o tempo de tramitação de acordo com a modalidade da compra. MÉTODO CURVA ABC É uma ferramenta gerencial bastante utilizada para administração de estoques, que consiste em verificar em um intervalo de tempo o consumo em quantidade e custo de cada item. Classificação ABC Objetivo: Dar ao administrador condições para “separar o essencial do trivial”, permite tratamentos diferenciados para cada item ou grupo de materiais; possibilitando a divisão dos itens em categorias A, B e C em função da representatividade (impacto) de cada um em relação aos investimentos feitos em estoques. QUAIS SÃO E O QUE SÃO AS CLASSES? Classe A: São os itens que contribuem com o maior valor de investimento sobre o total acumulado. Normalmente são os de menor quantidade consumida e maior valor unitário. Portanto são os itens que merecem maior atenção, tratamento preferencial e procedimentos metódicos; Classe C: É constituída dos itens de maior quantidade e menor valor unitário e representam o menor valor percentual sobre o total. Exige, portanto pouca atenção e os procedimentos os mais simples possíveis; Classe B: São os intermediários das classes A e C. QUAIS SÃO E O QUE SÃO AS CLASSES? 10% dos itens (classe A) correspondem a 70% do valor investido, e o maior número de itens (classe C), ou seja, 50% do total em estoque representam apenas 5% do valor. E, entre estes limites, estão compreendidos 40% dos itens (classe B), correspondendo a 25% das aplicações, é importante salientar que os percentuais das classes variam de acordo com o cenário em questão. CURVA ABC CURVA ABC CURVA ABC Relação de Itens e seus respectivos custos: CURVA ABC Levantamento da importância dos itens: CURVA ABC Itens em ordem de acordo com grau de importância: CURVA ABC Cálculo do Percentual: CURVA ABC Demonstrativo de cálculo do custo total acumulado: CURVA ABC Demonstrativo de cálculo do percentual acumulado: CURVA ABC Construção da Curva ABC: CURVA ABC Análise dos dados: CURVA ABC Classificação das classes: CURVA ABC Exercício: Construir a análise da curva ABC (todos os passos): REFERENCIA BIBLIOGRAFICA Contri et al. Gestão de suprimentos. In Gestão de qualidade na produção de refeições. Editora Guanabara Koogan, 2013.
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