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resumo de gestão e empreendedorismo

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O processo empreendedor
1.O processo empreendedor se inicia pela ideia que é a hora de saber o que pretende montar ou ter novas ideias para tentar expansão ou melhoria do negócio;
2. Oportunidades: Análise de cenário para ver as possibilidades da ideia dar certo;
3. plano de negócio: identificar o quer, quem são os fornecedores, cliente, concorrentes, público alvo, estrutura de mercado, etc.
4. Quantificar e obter recursos: Dinheiro, pessoas, equipamentos e principalmente capital de giro e o saber mais ou menos o prazo suficiente para se manter até a empresa começar a dar lucro;
5. Gerenciar o negócio.
Etapas do processo empreendedor
Identificar uma oportunidade para inovação. 
Definir características do empreendimento. 
Avaliar requisitos de recursos. 
Aquisição de recursos necessários. 
Criar o empreendimento e implementar – teste real do conceito.
Administrar o empreendimento – crescimento - resultado do conceito ou características do empreendimento e seus frutos. 
Pontos importantes para identificar uma oportunidade
AVALIAR:
O que não está funcionando bem na realidade atual;
O que poderia ser mais simples ou funcionar melhor;
Como diminuir custos sem perder a qualidade;
Como diminuir prazos sem perder a qualidade.
Fontes das ideias empreendedoras
Pesquisa em geral: Uso da internet, bibliotecas, leitura de revistas especializadas, noticiários etc.
Poder de observação do empreendedor: desenvolver o hábito de observar a realidade com o objetivo de compreender seus mecanismos de funcionamento. A curiosidade é imprescindível neste momento.
Capacidade de inovar: Buscar novas maneiras de fazer o que já existe de maneira mais interessante, criar o habito de buscar soluções para o que ainda não foi resolvido. Criar condições para experimentação.
Experiência no emprego: Buscar informações em seu trabalho sobre o funcionamento de cada setor e sobre suas tarefas, identificando os pontos que podem ser melhorados.
Caos econômico, crises etc -Albert Einstein: Em meio a problemas somos forçados a pensar em soluções e alternativas para facilitar o processo.
Experiências enquanto consumidores: possibilita a contribuição para encontrar soluções inovadoras e que possam agregar valor, daí a importância em ouvir o cliente.
Ideias que deram certo em outros lugares: Verificar quais ideias deram certo em outras empresas e daí avaliar se também existem perspectivas de sucesso em seu país, estado ou cidade.
A ideia de empreender se concretiza de cinco maneiras, a saber:
Montagem de um empreendimento. 
Compra de empresa em funcionamento. 
Sociedade em novo empreendimento. 
Sociedade em empresa em funcionamento 
Franquia - muito utilizada quando não se conhece o ramo (traz economia de muitas etapas e estudos além de proporcionar diluição de riscos). 
Motivação 
Entre muitas motivações e razões objetivas e subjetivas para empreender, encontram-se necessidade de realização, implementação de ideias, independência, fuga da rotina profissional, maiores responsabilidades e riscos, prova de capacidade, auto realização, maior ganho, status e controle da qualidade de vida (BERNARDI, 2006). 
Com base na ideia do autor, podemos concluir que dependendo da importância que cada pessoa atribui a cada uma das motivações, independente do grau de persistência do empreendedor, os custos e os benefícios pessoais podem ter níveis de conflitos diferenciados. A exemplo, temos pessoas que se realizam ganhando bem, enquanto outras podem ganhar bem, mas não serão realizadas se não forem reconhecidas socialmente.
Fatores que influenciam o processo empreendedor
 Capacidade para assumir riscos Networking- rede de contatos	
	 Experiência 					 Atuar em equipe
Fatores pessoais Busca de oportunidades	 Fatores sociológicos Valores éticos/sociais – bem-estar dos outros
 Capacidade de liderança		Modelos de pessoas de sucesso
 Capacidade gerencial	
1.2 Espírito empreendedor
Bernardi (2006) nos fala da definição predominante da figura do empreendedor conduzindo ao traçado de um perfil característico e típico de personalidade em que se destacam:
1.Ter iniciativa 2.Ser corajoso 3.Saber escolher 4.Ser determinado 5.Assumir posições 6.Ser perseverante 7.Seguir sua decisão 8.Buscar conhecimento
Empreendedor de sucesso
Os empreendedores bem-sucedidos são vistos como pessoas com tino, com visão, visionários, lideres, além de possuírem também perfil realizador, enérgico e persistente. Somente a visão basta? Não. O sucesso do empreendedor depende da realização, da concretização de sua visão, de sua ideia.
O processo de empreender passa por três etapas: CRIATIVIADE, MODELAGEM E REALIZAÇÃO.
O empreendedor genuíno
Deve ser empreendedor e não estar empreendedor;
Deve haver semelhanças entre objetivos e valores pessoais, familiares e do negócio;
Deve existir conhecimento de todas as características;
Sempre existem pontos fracos que podem ser melhorados;
A relação dos custos com os possíveis benefícios deve ser examinada atentamente (ponderado);
Deve haver consciência em relação ao peso relativo dos custos e das motivações;
O empreendedor deve ter uma preparação pessoal;
Deve ter domínio de competências críticas.
Tomar a decisão de seguir com o projeto, se faz necessário diante de uma análise do ambiente, desafios e os parâmetros básicos de atuação que são necessários, o que dará o embasamento conceitual e filosófico ao plano. 
Os empreendedores são agentes de mudança da sociedade e suas ideias e ações têm ajudado a transformar o mundo. Muitas vezes eles criam inovações incríveis ou apenas iniciativas práticas que acrescentam algo bastante simples, mas que não havia ainda sido implementado. 
Por isso, dizemos que o Empreendedorismo é um movimento que tem a mesma idade da raça humana. Nasceu junto com os homens. Os empreendedores buscam descobrir novos caminhos e que têm a sensação da liberdade quando encontram uma maneira de realizar seus sonhos que por diversas vezes são considerados impossíveis, mas que, ao se tornarem realidade, abrem novos caminhos para serem exploradas.
O economista Joseph Schumpeter (1883-1950) afirmava que “o empreendedor é uma pessoa que destrói a ordem econômica existente introduzindo novos produtos e serviços, criando novas formas de organização e explorando novos materiais”. 
Schumpeter afirmava que os empreendedores tinham como função trazer a inovação para o mercado e considerava-os responsáveis pela destruição da ordem econômica, provocando a necessidade de ser gerada uma nova ordem. O professor Bygrave, que também é um dos fundadores do GEM – Global Entrepreneurship Monitor que será abordado mais adiante. O professor Bygrave afirma que “O empreendedor é alguém que percebe uma oportunidade e cria uma organização para persegui-la”.
Enfim, podemos dizer que empreender é idealizar, conceber a ideia e colocar esta ideia em prática. Se eu penso, mas não realizo, não estou empreendendo.
Seguem algumas reflexões a respeito dos empreendedores: 
Caracterizados por comportamentos e hábitos que podem ser adquiridos, praticados e desenvolvidos, não necessariamente o empreendedor é obrigado a nascer com todas as características. 
Possuem atitude proativa de observação da realidade, que os levam a ter excelente percepção das oportunidades. 
Capacitados para prospectar, detectar e avaliar oportunidades e, partindo de suas ideias, desenvolverem planos para a realização de seus objetivos. 
Desenvolvem habilidades com o objetivo de obter apoio de colaboradores e financiadores para seus empreendimentos. 
Possuem o hábito de tomar decisões e são empenhados fortemente em realizar suas ideias.
Buscam incessantemente criar valor para a sociedade através de seus empreendimentos. Eles possuem a necessidade de colaborar com o social por meio do seu empreendimento. Assim, ficaclaro que o objetivo não é apenas o lucro. 
O Empreendedorismo é visto como uma forma de realização humana em que os sonhos de cada pessoa podem ser transformados em realidade, quando associados a atitudes empreendedoras, para isso, é preciso haver a necessária motivação e adequada instrumentação (RUBENS, 2009).
1.3 Entendendo o mundo dos negócios
As críticas são sempre bem-vindas quando elas apontam pontos específicos e são realizadas com o objetivo de melhorar o resultado e o desempenho do empreendedor. Denominamos críticas construtivas.
Pessoas lutadoras, proativas e que saem em busca de sua sobrevivência, mesmo fora do mercado de trabalho usual, acabam empreendendo de uma maneira amadora, buscando a sobrevivência, e assim empreendem negócios simples sem preparo especial, mas que são penosos e exigem esforço físico e determinação pessoal para serem exercidos (BERNARDI, 2006).
Sabemos que o emprego seguro não existe, mas entendemos que a força da geração de empregos do Empreendedorismo enquanto agente de criação de novas vagas de trabalho, por meio da geração de novas empresas e ampliação das existentes é muito forte.
À medida que se eleva a oferta de empregos devemos identificar a redução da taxa de Empreendedorismo por necessidade e o aumento da proporção do Empreendedorismo por oportunidade.
A Pequena Empresa
O setor das pequenas empresas no Brasil vem desempenhando um papel casa vez mais relevante. De acordo com Gracioso (1995), o crescimento do setor alcança taxas de 10% ao ano e se deve, entre outros fatores, como:
À complexidade da nossa sociedade. 
Às mudanças estruturais que vêm ocorrendo nas indústrias, com a utilização de novas tecnologias de produção e gerência eliminando assim vagas de empregos. 
À falência do setor público e estatal, que deixou de absorver novos funcionários. 
À busca incessante do brasileiro por um negócio próprio. 
A importância econômica das pequenas empresas 
O crescimento do setor de micro e pequenas empresas é ocasionado também pela desintegração das grandes empresas em unidades menores, o que tem propiciado o sistema de subcontratação e a especialização das pequenas firmas.
Neste contexto, além da relevância socioeconômica, as pequenas empresas oferecem contribuições em todos os campos, destacando-se: 
Estímulo à livre iniciativa e à capacidade empreendedora. 
Relação capital/trabalho mais harmoniosa. 
Possível contribuição para a geração de novos empregos e absorção de mão de obra.
Efeito amortecedor dos impactos do desemprego. 
Efeito amortecedor das consequências das flutuações na atividade econômica. 
Manutenção de certo nível de atividade econômica em determinadas regiões. 
Contribuição para a descentralização das atividades econômicas.
Potencial de assimilação, adaptação, introdução e, algumas vezes, geração de novas tecnologias de produto e de processo. 
O que são pequenas empresas?
Lazana (2001) afirma que se adota como alternativa o termo empresa de pequena dimensão e que neste grupo se incluem organizações empresariais que, independentemente do número de empregos ou do faturamento, possuem algumas características peculiares. As principais são:
Proprietários e administração interdependentes: Deve existir diferença clara entre os assuntos particulares do empreendedor e as atividades empresariais.
Não domina o setor onde opera: a exemplo temos uma loja que domina o mercado de peças para carros, mas provavelmente não domina o setor de venda de carros.
Estrutura organizacional simples: Empresa com níveis hierárquicos e uma grande concentração de autoridade.
O autor acima citado, cita que as empresas de pequena dimensão se destacam por:
Maior intensidade de trabalho em relação às grandes empresas. 
Melhor aproveitamento dos talentos e energias individuais. 
Relação maior entre empregados oferecidos e capital investido. 
Tornar os indivíduos, incluindo os empregados, mais independentes. 
Exploração de mercados que não parecem atrativos para as grandes empresas. 
A sobrevivência da empresa de pequeno porte 
A sobrevivência das empresas de pequena dimensão está relacionada com características do empreendedor, fatores internos e os fatores externos. O desequilíbrio entre esses fatores pode levar essas empresas ao fracasso. O caminho para o sucesso é obter conhecimento mínimo do negócio e desenvolver habilidades necessárias para gerenciá-lo. Empresa inovadora é aquela que introduz novas ideias para fazer as coisas, ou faz coisas novas.
1.4 A organização intraempreendedora
O termo intraempreendedorismo foi desenvolvido na década de 1980 pelo consultor de administração Gifford Pinchot III. Este termo será usado para designar as ações adotadas pelas empresas para incentivar o espirito empreendedor de seus funcionários.
O intraempreendedor é um colaborador da empresa que inova, identifica e cria oportunidade de negócios buscando agregar valor. Ele visa atender necessidades e busca fazer de forma mais eficaz o que já existe. O objetivo do empreendedorismo organizacional é manter e aumentar o valor corporativo otimizando os benefícios dos principais parceiros. Pode ser também pode ser definido como uma pessoa que trabalha e retrabalha de maneira contínua e insistente até atingir o sucesso.
Um outro autor chamado Zahra (1995) aborda duas dimensões do intraempreendedorismo: 
A primeira aborda o compromisso da empresa em construir novos produtos ou processos, criando novos mercados ou expandindo os atuais. 
A segunda dimensão trata da renovação estratégica, e aborda a revitalização das operações, mudando o objetivo do negócio ou a sua abordagem competitiva. 
O conceito de intraempreendedorismo pode ser entendido assim: 
“Processos sobre os quais os funcionários têm o controle sobre as oportunidades de melhoria ou modificação, independentemente da existência ou não de autoridade sobre os recursos necessários para tal” (STEVENSON; JARILLO, 1990). 
“Fazer coisas novas e livrando-se da mesmice para concretizar as oportunidades identificadas” (Vésper, 1990). 
“Espírito empreendedor aplicado nas organizações já existentes” (HISRICH; PETERS, 1998).
Burgelman (1984) apud Russell (1999) define empreendedorismo corporativo como: 
“Expansão do domínio das competências das empresas e das oportunidades criadas através da geração interna de novas combinações de recursos”.
Dornelas (2003 apud DORNELAS; ANDREASSI, 2005) define empreendedorismos corporativo como: 
“Empreendedorismo corporativo pode ser entendido como o processo pelo qual um indivíduo, ou um grupo de indivíduos, associados a uma organização existente, criam uma organização ou instigam a renovação ou a inovação dentro de uma organização existente”.
Do ponto de vista da empresa, o intraempreendedorismo é o uso do talento criativo de seus funcionários para desenvolver produtos e serviços inovadores. O intraempreendedorismo acontece quando essas atitudes individuais são valorizadas pela empresa, não necessariamente por meio de processos formais. 
A seguir, outros termos ligados ao intraempreendedorismo extraídos do livro do Hashimoto (2006):
Empreendedorismo organizacional: Acontece quando a empresa se adapta a um ambiente em constante mudança buscando estimular seus funcionários a se comportarem como donos do negócio. 
Alianças corporativas: Desenvolvimento da capacidade inovadora utilizando como ponto de partida o relacionamento estreito com pequenos negócios em setores afins.
Forma e classificação dos intraempreendimentos
Em várias organizações, a área de atuação de programas voltados para a melhoria de qualidade contínua refere-se aos processos de atividades realizadas dentro da organização. 
É possível subdividir as iniciativas empreendedoras em duas categorias: 
Negócios: todas as iniciativas relacionadas a produtos são também de negócio.
Administrativo: as atividades do administrativo são fundamentalmente de staff e, portanto, podemos ressaltar que não estão relacionadas diretamente com o negócio da empresa. 
Ferreira (2001)propõe outra classificação dividindo os empreendimentos organizacionais entre: 
Internos: a nova combinação de recursos existentes realizada por empreendedores individuais que faz uso destes para gerar novas oportunidades, relacionadas ou não aos novos negócios. 
Externos: ocorre quando o ambiente externo à organização é explorado. Embora mais raro, há casos em que as empresas fazem parcerias com outras empresas com o intuito de obter oportunidades com ganhos mútuos”. 
Já para Ferreira (2001), o intraempreendedorismo pode ser: 
Informal: ocorre de maneira autônoma com ou sem suporte da organização. É conduzido por intraempreendedores, sendo que alguns desses esforços por vezes recebem o reconhecimento da organização e passam a ser incorporados aos processos e produtos da empresa. 
Formal: a empresa cria condições para identificar, reter, desenvolver e atrair talentos empreendedores e obedece a condições para criar e gerar projetos inovadores voltados ao desenvolvimento da organização.
2 Oportunidade, inovação e negócios
2.1 Identificando oportunidades no mercado
Identificar e avaliar uma oportunidade trata-se de um processo difícil, onde o empreendedor visualiza a chance de um novo negócio ou empreendimento. Muitas oportunidades surgem de maneira inesperada, mas o que define o seu aproveitamento é a atenção do empreendedor para entender a oportunidade como a possibilidade real de negócio. 
Rubens (2009) ainda afirma que antes de qualquer decisão é importante que o empreendedor entenda os verdadeiros motivos da oportunidade.
Outro ponto que é inerente a esta discussão é que uma oportunidade deve ser avaliada sob o ponto de vista do aproveitamento das habilidades e dos objetivos pessoais do empreendedor. Quanto mais tempo e esforço for dedicado para a compreensão da oportunidade, maior a possibilidade de sucesso. Quanto menor o tempo de abertura da janela de oportunidade, maior a pressão para decidir. Logo, a agilidade diante da decisão é crucial. Decidir certo e rápido! 
A fase de identificação e análise da oportunidade é a primeira parte do processo empreendedor, sendo chamado de plano de avaliação da oportunidade. Trata-se de uma fase preliminar que permite construir a base para o empreendedor tomar a decisão de agir ou não em relação a determinada oportunidade. A análise deve abordar a descrição do produto ou serviço, avaliação da oportunidade de negócio, avaliação pessoal do empreendedor e da equipe, especificações de todas as atividades e recursos necessários para fazer da oportunidade um empreendimento viável. Por fim, não podemos deixar de citar a importância da fonte de capital para financiar o empreendimento inicial. Elas surgem de várias fontes, desde uma experiência anterior de trabalho até a exploração de determinado hobby ou ainda a partir de encontros sociais, viagens, feiras, exposições, leitura de livros, pesquisa na internet etc, e devem estar sempre acompanhadas da informação baseada em pesquisa.
Como posso transformar a minha ideia em oportunidade? A pesquisa de mercado é o caminho mais apropriado para entender o ambiente em que se pretende atuar, mas por se constituir um instrumento relativamente caro e trabalhoso, via de regra o empreendedor dispensa essa etapa e se baseia na própria intuição e no conselho de amigos. Deixa a sua intuição o guiar. Isto pode ser muito perigoso. O próprio empreendedor poderá fazer essas pesquisas e enriquecer-se de aprendizado e conhecimento, mas também poderá contratar uma empresa especializada para tal trabalho.
Incubadoras
Incubadoras são locais especialmente criados para abrigar empresas e com estrutura configurada para estimular, favorecer a transferência de resultados de pesquisas para atividades produtivas. Oferecem apoio gerencial e técnico e uma variedade de serviços que propiciam maravilhosas oportunidades de negócios e parcerias para que o empreendedor desenvolva seu projeto de negócio e, posteriormente, concretize a abertura da empresa. Facilitam a troca de ideias e tecnologias entre empresários encubados. Possuem áreas de interesse como informática e engenharia. Outro ponto importante é o próprio empreendedor: incubadoras avaliam se o empreendedor tem o preparo e as características que poderiam indicar que terá boas probabilidades de sucesso.
Fontes de financiamento para o novo negócio
Iniciar um negócio sem recursos financeiros requer o domínio de um conjunto de técnicas pelo empreendedor e diversos cuidados na elaboração do plano de negócio, principalmente referente à análise financeira. Por essa razão, a sua elaboração cautelosa é imprescindível os cuidados na sua execução.
O ideal seria o empreendedor constituir o negócio a partir de suas economias pessoais. É comum observar uma boa parte deles financiada por meio de poupança pessoal, acrescida de ajuda financeira da família. Quando isso não ocorre, o empreendedor pode buscar ajuda junto a bancos e investidores interessados no seu negócio. Chiavenato (2009), afirma que para a abertura de um novo negócio existe duas fontes de financiamento: O capital próprio e o Capital de terceiros. 
Um dos principais problemas no processo de criação de um novo empreendimento é a obtenção dos recursos financeiros, portanto, a opção pelo financiamento, quando possível e devidamente planejada, deve ser considerada, sem maiores preocupações. Contudo, outras fontes de financiamento estão disponíveis e devem ser avaliadas pelo empreendedor.
Para amenizar o impacto de frustração logo no início, o empreendedor pode concentrar esforços na acumulação de recursos próprios, no empréstimo junto à família e amigos e, depois de iniciado o empreendimento, deve tentar obter créditos junto aos fornecedores. A opção de obter financiamentos bancários deve ser considerada somente depois de exauridas as demais alternativas.
2.2.Inovação e competitividade
A inovação e a sobrevivência 
“O estímulo à inovação é a chave para aumentar a competitividade e garantir a sobrevivência das empresas em um cenário globalizado. Quem não seguir essa rota dificilmente se manterá atuante em qualquer setor, principalmente os mais expostos à concorrência internacional. ” Hugo Borelli
São muitos os impactos sociais da inovação: um deles está nos benefícios que a sociedade tem conseguido através da inovação tecnológica e é desse processo inovador que surgem medicamentos para combater doenças até então sem solução, equipamentos que viabilizam a realização de novos objetivos árduos em diversas áreas. Podemos citar como desenvolvimento tecnológico máquinas que fazem perfurações gigantescas e, com isso, constroem-se túneis com finalidades diversas, em metrôs, estradas mais diretas que economizam tempo, inovações em aviões, que permitem que as pessoas viagem e conheçam outros locais e países.
Com base em Rubens (2009), relacionamos, logo abaixo, a classificação dos diversos graus de inovação criada pelo professor Michael Morris:
Novo no mundo – é um produto ou processo sendo lançado, que não existia antes em parte alguma.
Linha nova na empresa – trata-se de uma nova linha de produtos ou de produção, que inove em relação às anteriores, mas que tenha concorrentes no mundo e mesmo no mercado de seu país.
Extensão de uma linha existente ou adição a uma linha existente – Consistem em melhorar produtos pela adição de funcionalidades ou de lançar modelos novos numa linha existente, agregando alguma inovação aos modelos anteriores.
Melhorias resultantes de revisão do produto – Quando se lança um novo produto que é igual ao anterior, exceto pelo fato de ter corrigido uma falha ou deficiência, melhorando seu desempenho.
Novas aplicações do que existe – Produtos utilizados em novas aplicações e que são mudadas algumas características para que a nova aplicação funcione.
Reposição do que existe – ocorre quando uma empresa faz uma atualização de um produto visando manter seu mercado.
Redução de custo no existente – quando uma empresa consegue fabricar o mesmo produto, sem perda de suas funcionalidades,mas a um custo mais baixo.
Podemos definir inovação tecnológica como a introdução de um produto ou de um processo produtivo aperfeiçoado tecnologicamente novo no mercado.
Um novo método de aprendizagem tem se valorizado no processo de inovação: é o aprender fazendo e aprender usando, muito usado no Empreendedorismo. 
O objetivo do esforço é a redução da pobreza, bem como das desigualdades sociais, além da democratização do acesso às tecnologias de informação e comunicação em áreas rurais. 
Sabemos que a demanda (ou procura) por um determinado produto ou serviço é afetada por seu preço, pela renda dos consumidores, pela facilidade de obtenção de crédito e pela preferência por esse ou aquele modelo.
Existem diversos fatores que influenciam na competitividade de uma empresa, entre eles a excelência e a satisfação dos Stakeholders. A excelência de traduz em produtividade, qualidade, agilidade, flexibilidade e inovação. A satisfação dos stakeholders implica na criação de valor para os clientes, retorno sobre o investimento dos acionistas, a humanização do trabalho, as relações de parceria com fornecedores e a constante preservação do meio ambiente.
Globalização
Rubens (2009) afirma que a evolução da tecnologia no século XX foi determinante para trazer todas as facilidades de comunicação e de intercâmbio entre as pessoas, base da globalização desta terceira onda. Nessa fase as descobertas mais determinantes foram: 
TV a cabo e por satélite. 
Telefonia Celular. 
Internet. 
Aviões potentes e com grande capacidade de carga e autonomia de voo. 
A sequência do DNA. 
A importância dessas inovações tecnológicas é que elas serviram para encurtar as distâncias no mundo em que vivemos. O tempo para as inovações tecnológicas chegarem e se consolidarem no mercado diminuiu substancialmente. A internet tem sido um fator fundamental de mudança de hábitos das pessoas, como se pode verificar a seguir:
Comunicação entre as pessoas. 
Compras pela Internet. 
Ensino e aprendizagem a distância. 
Movimentos sociais. 
Ética no mundo digital. 
O ponto mais significativo que identificamos neste ambiente é a inovação, a palavra chave do mundo moderno. 
Trabalho e emprego
O profissional não pode parar de se manter atualizado com as mudanças. As empresas, em muitos casos, procuravam garantir o emprego de seu pessoal, pois acreditavam que a experiência e a confiança valorizavam o empregado (RUBENS, 2009).
Percebe-se hoje, no mundo inteiro, que as empresas exigem muito de seus funcionários e por conta disso eles devem estar sempre atualizados em termos de avanços tecnológicos e sempre buscando cada vez mais conhecimento para se manter no emprego.
 Devido as relações de trabalho, possivelmente agravadas por legislações trabalhistas, os universitários começaram a levantar a hipótese de ter o próprio negócio para possam se tornar empreendedores e empregar novos trabalhadores.
2.3 Ambiente e desafios 
De acordo com Bernardi (2006), a sociedade, o mercado e os investidores acreditam em empresas, regras e leis, e isto depende da confiança nas instituições. A crença e confiança são muito frágeis, difíceis e demoradas para conquistar, porém facilmente perdidas. 
Empresas que possuem a imagem de egocêntricas e que são pouco preocupadas com seus parceiros tendem a ter sua imagem facilmente deteriorada perdendo assim a crença e a confiança por parte de seus clientes internos e externos. A evolução dos modelos empresariais parte originalmente de abordagens fragmentadas e mecânicas tradicionais para abordagens sistêmicas ou holísticas. 
Diante de tantas mudanças, fica evidente a necessidade de repensar e reavaliar o modelo de negócios das empresas. O lucro não pode ser mais o único propósito empresarial, e sim um meio de continuidade saudável voltado a se fazer algo melhor.
Uma empresa é uma comunidade formada por pessoas, por ativos físicos e intangíveis, inserida num ambiente maior, pertencendo a uma rede de negócios, alianças, parcerias e associações, em que somente a simples abordagem pelo lucro e egocentrismo não mais se justificam.
Alguns exemplos de cidadania ou responsabilidade social podem melhor explicar alguma forma de fazer mais e melhor:
Valores e transparência. 
• Funcionários e público interno. 
• Meio ambiente. 
• Fornecedores e cadeia produtiva. 
• Consumidores e clientes. 
• Comunidade. 
• Governo e sociedade.
Cenário da competição 
As principais condicionantes do processo competitivo, dadas as premissas da globalização e do atual cenário de negócios, são competências, conhecimento e capital. Nenhuma empresa tem recursos e conhecimento para estabelecer e manter uma posição competitiva superior em todos os sentidos.
Bases de competição 
As bases da competição se voltam para a administração de mercados, proximidade e profundo conhecimento do cliente, tecnologia, personalização, design e marca.
Podemos tomar como exemplo o crescimento do setor de pequenas empresas ocasionado também pela desintegração das grandes empresas em unidades menores, o que tem propiciado o sistema de subcontratação e a especialização das pequenas firmas. Neste contexto, o autor supracitado afirma que, além da relevância socioeconômica, as pequenas empresas oferecem contribuições em todos os campos, destacando-se: 
Estimulo à livre iniciativa e à capacidade empreendedora. 
Relação capital/trabalho mais harmoniosa. 
Possível contribuição para a geração de novos empregos e absorção de mão de obra, seja pelo crescimento das pequenas empresas já existentes ou pelo surgimento de novas. 
Efeito amortecedor dos impactos do desemprego. 
Efeito amortecedor das consequências das flutuações na atividade econômica. 
Manutenção de certo nível de atividade econômica em determinadas regiões. 
Contribuição para a descentralização das atividades econômicas, em especial na função de complementação às grandes empresas. 
Potencial de assimilação, adaptação, introdução e, algumas vezes, geração de novas tecnologias de produto e de processo.
Características das pequenas empresas
Proprietários e administração interdependentes.
Não domina o setor onde opera
Estrutura organizacional simples
As pequenas empresas se destacam por:
Maior intensidade de trabalho em relação às grandes empresas
Melhor aproveitamento dos talentos e energias individuais
Relação maior entre empregados oferecidos e capital investido
Tornar os indivíduos, incluindo os empregados, mais independentes
Exploração de mercados que não parecem atrativos para as grandes empresas.
Empresa e Sociedade
A evolução das empresas está intimamente relacionada com as características regionais. 
O desenvolvimento de uma região depende do desempenho das empresas e qualquer estratégia de desenvolvimento regional tem que atingir os seguintes objetivos: 
Crescimento. 
Equidade. 
Construção da capacidade local. 
Bem-estar. 
Todos esses objetivos se relacionam diretamente com a vida empresarial. Através dos contatos que estabelece com seus parceiros a empresa se relaciona com a sociedade e atende as demandas. Dentre as diversas consequências da atividade empresarial: 
Resposta à demanda concreta dos clientes. 
Criação de novos produtos e serviços. 
Diminuição de custos e preços ocasionada pela concorrência. 
Geração de emprego. 
Contribuição ao crescimento econômico. 
Aumento da produtividade global. 
As empresas contribuem com a geração de empregos e renda, absorvem a mão de obra, utilizam a infraestrutura e adquirem bens e serviços da região. Dessa forma, as empresas têm uma efetiva participação na sociedade onde se inserem e contribuem para levar as condições de vida da população.
2.4 O planejamento
Empreendedorismo está diretamente ligado a planejamento. Não se pensa em Empreendedorismo de oportunidades desvinculado do planejamento. Planejar o empreendimento é condição essencial para implementá-lo com segurança. 
Planejando, você evita: 
(Re) Fazer conhecimentos. 
(Re) Organizar conhecimentos. 
(Re) Pensar ações.(Re) Aprender ações. 
Para formar-se, um empreendedor precisa superar algumas etapas: 
Entrar em contato com a ciência do Empreendedorismo. 
Identificar suas características técnicas. 
Perceber seu próprio perfil empreendedor. 
Motivar-se e adotar uma atitude empreendedora.
Preparar-se para o sucesso!
O que significa instrumentalizar o empreendedor? Nada mais que ensinar-lhe a técnica para o exercício de sua função e fazê-lo praticar, experimentar, com a finalidade de ganhar facilidade na utilização dos métodos aprendidos. 
Métodos que capacitam o empreendedor: 
Método de observação da realidade e de identificação de oportunidades. 
Método de construção da ideia de um empreendimento. 
Método de transformação de uma ideia em um plano para a viabilização do empreendimento. 
Planejamento se trata da função de selecionar os objetivos e estabelecer as políticas, procedimentos, recursos e os programas necessários para atingi-los. 
Custos que surgem quando não planejamos: 
Não chegar ao objetivo: perder-se ou desanimar pelo meio do caminho. 
Chegar a um objetivo que não é bem o pretendido e que, logo, não satisfaz.
Chegar a uma parte do objetivo, mas que não valeu a pena. 
Chegar ao objetivo a um custo muito maior que o pensado. 
Chegar ao objetivo muito depois da data imaginada. 
Os benefícios de planejar 
Aprender a planejar 
Levantar informações sobre o empreendimento. 
Levantar informações sobre o mercado ou os beneficiários do empreendimento. 
Estabelecer a Estratégia do Empreendimento. 
Criar um plano de implementação para o empreendimento. 
Controlar a implementação do empreendimento com o objetivo de obter sucesso. 
Vamos elaborar um plano de negócios direcionado a sua Carreira? 
Um dos pontos mais importantes no desenvolvimento profissional do cidadão é a escolha da carreira e das metas a serem conquistadas. As perguntas a seguir ajudam nesse levantamento: 
Como conseguir visibilidade na sua carreira? 
- Não pare nunca de buscar o CONHECIMENTO. 
- Procure exercer uma profissão prazerosa que o recompense pelo trabalho executado. 
- Descubra onde estão as boas OPORTUNIDADES. 
- Cultive relacionamentos para conseguir as devidas aproximações.
Plano de Metas Empreendedoras na Carreira se trata do conjunto de ações planejadas com o intuito de ajudar na conquista de objetivos em relação à carreira profissional que se pretende abraçar.
O mapeamento das oportunidades de mercado exigirá um trabalho minucioso de busca das informações em anúncios de empresas e publicação de editais de concursos públicos. Conversar com profissionais bem-sucedidos nas áreas às quais você quer dedicar-se ajuda muito. 
A Internet disponibiliza muitas informações sobre empresas que poderão ajudar nessa tarefa. Pesquise e analise seus pontos fortes e fracos; sempre buscando a solução para seus pontos negativos e comunicação de seus pontos positivos. Assim sendo, pense sobre: 
Potencialidades – características, tangíveis ou não, que podem influenciar positivamente seu desempenho.
Fragilidades – as características que podem influenciar negativamente seu desempenho.
Definindo um Plano de Ação
Para conseguir alcançar uma oportunidade há uma sequência de passos a serem seguidos: são requisitos a serem preenchidos e possuem uma sequência lógica. 
Pode acontecer que você já tenha conseguido atender aos requisitos necessários para ganhar uma oportunidade. Nesse caso, junte os elementos que comprovam essa competência e relacione os elementos/documentos que vai apresentar, para demonstrar que os atende.
Realize uma lista dos locais de trabalho que pretende procurar, as características e os aspectos positivos e negativos que identificou em cada um deles. Se você obteve alguma informação através de terceiros, confira-a através de outra fonte. Quanto ao informante, sempre que ele emitir uma opinião, pergunte-lhe sobre a fundamentação e decida pela procedência.
Será necessário construir uma função contendo ações ou atividades a realizar, datas de início e término, devendo-se observar como funciona cada tarefa e rever a sua estimativa.
3. A concepção do Empreendimento
3.1 O plano de negócios
O planejamento produz como resultado imediato o plano e todo plano possui um objetivo em comum: a previsão, a programação e a coordenação de uma sequência lógica de eventos os quais, se bem sucedidos, deverão conduzir ao alcance do objetivo que se pretende (CHIAVENATO, 2008). 
O autor destaca ainda que quando se pretende abrir uma empresa, não esqueça que vai precisar ter algum projeto em mente para colocá-lo em prática.
Como definir plano de negócios? O plano de negócios nada mais é que um instrumento, um documento que descreve o negócio detalhadamente e tem como propósito apresentar a empresa aos fornecedores, investidores, clientes, parceiros, empregados, ou seja, aos seus stakeholders. Seria a formalização de um negócio em cada uma de suas etapas. 
Para Chiavenato (2008), o plano de negócios se trata de um conjunto de dados e informações sobre o futuro negócio definindo a principais características e condições para proporcionar uma análise de sua viabilidade e seus riscos, e com o objetivo de facilitar sua implantação. É uma espécie de plano de viabilização de uma ideia para não deixar passar nada despercebido. O SEBRAE desenvolveu um modelo de plano de negócio para ajudar os futuros empreendedores que ali procuram ajuda. Geralmente é possível encontrar em seu site oficial. Este plano, que contém todos os aspectos do novo empreendimento, apresenta um levantamento minucioso de todos os elementos que compõem o negócio.
Baron e Shane (2011) destacam que o termo plano em “Plano de negócios” é perfeito, pois um plano bem preparado e fundamentado auxiliará bastante no processo de planejamento. De maneira mais detalhada, ele explicará sobre os caminhos para o alcance de metas propostas. Este tipo de informação é buscada por todos que visam investir no negócio. Então, para cada meta desejada os caminhos traçados devem ser bem claros e bem definidos para que os parceiros não tenham dúvidas. Lembrando que os planos não são escritos apenas para parceiros da organização, a exemplo dos investidores. Os planos são escritos também para nortear o empreendedor dando subsídios e sustentação para tomada de decisões. 
Com base no exposto, chega-se à conclusão de que este plano é um documento vivo, que pode mudar constantemente no ritmo em o negócio que sua empresa se desenvolve.
O plano de negócios, ao contrário do que muitos pensam, pode ser feito por uma pequena empresa, pois uma esta raramente dispõe de recursos para se recuperar de possíveis falhas.
O plano de negócios permite avaliar riscos e identificar soluções bem como definir os pontos fracos e fortes da empresa em relação a concorrência, conhecer vantagens competitivas, identificar o que agrega valor ao cliente, planejar e implantar estratégias de marketing voltadas ao cliente, estabelecer metas de desempenho, avaliar investimentos, identificar necessidades de absorção de novas tecnologias e novos processos de fabricação, calcular o retorno sobre o capital investido, lucratividade e produtividade. Biagio ainda destaca que a principal razão que explica o fracasso de um empreendimento é a falta de planejamento adequado.
Em resumo, pode-se dizer que existem cinco razões básicas para que uma empresa desenvolva um plano de negócios: 
Olhar para o negócio de maneira objetiva, crítica e imparcial. Ajuda a focalizar as ideias e demonstra a viabilidade do empreendimento. 
É uma ferramenta operacional para definir a posição atual e as possibilidades futuras da empresa. 
Auxilia na administração da empresa preparando-se para o sucesso. Alguns fatores que poderiam ser mal avaliados ou negligenciados surgem neste momento. 
É uma forte ferramenta de comunicação para empresa. Nele encontram-se definidos os propósitos da empresa, sua estratégia competitiva, sua administração e o conhecimento do seu pessoal. É um excelente guia para a tomada de decisões. 
O relatóriofinal do plano pode prover base para uma proposta de financiamento. 
Para Baron e Scott (2007), o modelo do planejamento de negócios deve seguir os seguintes passos: 
Desenvolver um plano simples e bastante básico. 
Abrir o negócio. 
Captar as informações obtidas a partir do funcionamento do novo empreendimento para refinar o plano e obter fundos conforme necessário. 
O plano de negócios só será útil se for efetivamente colocado em prática. Um plano de negócios bem construído poderá evitar o fracasso de um empreendimento. Uma ferramenta com esse potencial não pode ser elaborada somente para preencher solicitações burocráticas, ou então não passará de um conjunto de informações.
3.2 Seções preliminares do plano de negócios
Baron e Shane (2011), também destacam que os planos são diferentes em seus conteúdos, entretanto existe um consenso de que eles devem ser constituídos por algumas seções básicas que juntas norteiam perguntas que todos devem realizar antes de investir em um novo negócio: 
Qual a ideia básica para o novo produto ou serviço? 
Por que esse novo produto ou serviço é útil ou atraente e para quem? 
Como a ideia para o novo empreendimento será realizada? 
Quem são os empreendedores? 
Quanto é preciso dispor? 
Qual o tipo de financiamento necessário? Como será utilizado? 
Como os empreendedores terão retorno sobre seu investimento? 
Se o objetivo da empresa é elaborar um plano de negócios somente para atender aos requisitos de um investidor de risco, se faz necessária maior ênfase no retorno financeiro do investimento, além de explicações demonstrando que o retorno do investimento apresentado é interessante ao investidor. Este ponto deve ser estudado cuidadosamente.
Assim podemos afirmar que um plano de negócios completo deve ser elaborado com base na seguinte estrutura básica: 
Capa 
Índice 
Sumário executivo 
Descrição da empresa 
Planejamento estratégico 
Produtos e serviços 
Análise de mercado 
Plano de marketing 
Plano operacional 
Plano financeiro 
Anexos 
Capa 
A capa é a primeira coisa que vemos quando pegamos um plano de negócio. Ela transmite a primeira imagem da organização. Cuidado: quem nunca ouviu dizer que a primeira imagem é a que fica? De maneira geral, a capa deve conter as seguintes informações: 
Razão social da empresa. 
Endereço completo. 
Logomarca da empresa. 
Nome da pessoa ou pessoas que elaboraram o plano o plano. 
Mês e ano de elaboração do plano e número da cópia ou edição. 
A logomarca deve ser pensada pelas micro e pequenas empresas mesmo que não disponham de muitos recursos para essa empreitada. Vale a pena investir, pois é por meio dela que seus clientes a identificarão. Representa a identidade visual da empresa, pois apresenta as cores da empresa, alguns pontos da visão da empresa e seu relacionamento com o ambiente, clientes, empregados, fornecedores.
Índice 
O índice serve para que o leitor localize rapidamente e de maneira direta a seção que contém as informações que lhe interessam. Cada leitor tem interesses diferentes e o índice facilita a tarefa de localizar a seção desejada por cada um. Dessa forma, as pessoas tendem a ler o plano de negócios com atenção.
O plano de negócios pode ser muito grande e complexo, sendo assim a melhor maneira de apresentá-lo é dividindo em seções numeradas e identificadas no índice de forma que cada pessoa possa localizar rapidamente os pontos de interesse específicos facilitando assim o trabalho na busca de informações.
Sumário executivo 
Os objetivos e o público-alvo do plano de negócio determinam a redação do sumário executivo. É por meio dessa seção que os objetivos serão apresentados ao leitor. Ou seja, o sumário executivo se transforma na principal seção do plano e um sumário mal redigido desmotivará o leitor a prosseguir com a leitura. Ele deve ser claro e revisado várias vezes e deve conter uma síntese das principais informações. 
O sumário executivo é obrigatório e a última tarefa do plano, pois deve conter informações relevantes de todas as seções. Deve atrair a atenção do leitor com uma linguagem mais técnica e com a transmissão de entusiasmo, são imprescindíveis. Além disso deve sucinto, claro, objetivo, ocupar apenas uma página, com no máximo cinco parágrafos e divido em três partes, sendo:
1ª parte a apresentação geral do negócio, respondendo questões sobre:
Localização da empresa. 
Ramo de atuação. 
Tempo de existência. 
Quem são seus parceiros estratégicos. 
Qual a missão da empresa. 
2ª parte
Descrever o motivo que levou a empresa a elaborar o plano, quais são os fatores críticos de sucesso e o que impede a empresa de atingir seus objetivos.
3ª parte
Apresentar um resumo da análise de mercado e das condições financeiras da empresa, ressaltando o motivo que leva a empresa a acreditar que pode ter sucesso ao atingir os objetivos do plano de negócio.
3.3 Planejamento Estratégico
“O planejamento estratégico se trata do processo gerencial que permite estabelecer um direcionamento, um caminho a ser seguido pela empresa, com o objetivo de otimizar sua relação com o ambiente” (BIAGIO; BATOCCHIO, 2005).
Se uma empresa conseguir prever o seu desempenho para os próximos cinco ou dez anos, certamente ela terá uma vantagem competitiva enorme sobre seus concorrentes. Podemos citar dentre as principais ferramentas: 
Matriz BCG. 
Matriz de sinergia. 
Matriz de produtos e mercados. 
Análise de portfólio. 
Matriz SWOT. 
Matriz SPACE. 
Análise de postura.
Matriz de vulnerabilidade.
Análise de coerência estratégica. 
Matriz de carteira multifator. 
O planejamento estratégico é a maneira como a empresa se posiciona no mercado. Nessa seção do plano de negócios são definidos os caminhos que a empresa seguirá, o posicionamento atual, os objetivos e as metas do negócio, os valores da empresa, sua visão e sua missão. 
Ainda podemos afirmar em outras palavras que é um esforço para evitar que o negócio seja prejudicado caso ocorra uma mudança no mercado.
Um planejamento estratégico bem elaborado tem em sua composição os seguintes fatores relacionados à empresa: 
Visão. 
Missão.
Cadeia de valores.
Competências essenciais. 
Análise dos objetivos e das metas. 
Formulação e implementação das estratégias. 
Controle e retorno das informações.
A grande vantagem de um planejamento estratégico está em sua pró-atividade. Normalmente as micro e pequenas empresas não fazem planejamento estratégico porque julgam um processo muito teórico e quase nada aplicável, representando assim um desvio administrativo irreparável
 A empresa que ignora o planejamento estratégico corre sérios riscos de falência e isso não pode ser considerado um objetivo para qualquer empresário.
Este conceito discute a elaboração de objetivos voltados a seleção de programas de ação e execução, considerando condições internas e externas à empresa e sua evolução.
Além de conquistar e reter clientes, as organizações bem sucedidas devem estra sempre prontas a se adaptar as contingências dos mercados. Biagio e Batocchio (2005), Afirmam que ao elaborar um planejamento estratégico de marketing podemos destacar cinco atividades:
Definição da missão corporativa. 
Análise da situação. 
Formulação de objetivos. 
Formulação de estratégias. 
Implementação, feedback e controle.
O marketing é afetado por diversas variáveis macroambientais representadas por fatores existentes no contexto da empresa e que podem fugir de seu controle, mas mudam as intensidades, os costumes e os acontecimentos no processo de comercialização. Alguns fatores que devem ser levados em conta:
Variáveis Ambientais
Variáveis Culturais/Sociais
Variáveis Demográficas
Variáveis Econômicas
Variáveis Jurídicas/Políticas
Variáveis Psicológicas
Variáveis Tecnológicas.
3.4 Produtos e Serviços
Ideias relacionadas a novos produtos ou serviços não surgem do nada, elas emergem de condições econômicas, tecnológicas e sociais em mudanças e são reconhecidas por determinadas pessoas que decidem desenvolvê-las. Um pontoque não pode ser esquecido é a natureza da ideia que direciona sua empresa e a forma como ela surgiu. Conhecer as condições do setor em que sua empresa está inserida é importante para o processo. (BARON; SHANE, 2011). 
Entender seu produto ou serviço é importante para que as empresas vendam sua ideia. Trata-se de uma maneira interessante de ter parâmetros diante da concorrência e tentar perceber como os concorrentes erram e acertam. Essa comparação fornece ganhos ao passo que os erros dos outros são percebidos e aproveita-se para fazer uso de uma estratégia diferente, ou quando os acertos são apenas copiados. 
Se a empresa for uma prestadora de serviços, deverá informar quais serviços e por que ela é capaz de fornecê-los, como são fornecidos, quais os colaboradores, onde será realizado, expor as características únicas do negócio e o que ele tem de especial para oferecer aos clientes.
Esclarecer sobre a execução do serviço, quanto tempo leva a execução do serviço e quantas destas horas são cobradas. 
Quando a empresa deverá descrever o processo de produção, desde o recebimento do material até a embalagem e entrega do produto final. Essa seção também envolve questões relativas aos direitos intelectuais, tais como: 
Direitos autorais. 
Patentes. 
Registros de marcas. 
O ciclo de vida de um produto pode ser dividido em quatro etapas de desenvolvimento:
Nascimento
Crescimento
Maturação
Declínio.
De acordo com Biagio e Batocchio (2005), algumas das principais causas de um fracasso são:
Mau planejamento
Mau gerenciamento
Mau conceito
Execução ruim
Mau uso da pesquisa
Tecnologia ruim
Mau senso de oportunidade.
Existem dois momentos críticos na relação entre o produto e o mercado: 
O momento em que o produto entra no mercado. 
O momento em que a empresa retira o produto do mercado. 
As empresas costumam testar seus produtos no mercado antes da comercialização com o objetivo de reduzir os riscos da introdução mal sucedida. Os testes do produto podem ser realizados da seguinte maneira: 
Por meio de pesquisa quantitativa com a utilização de entrevistas sistematizadas por um questionário. 
Grupos de discussão compostos por seis a dez pessoas com perfil consumidor semelhante aos quais o produto é apresentado para avaliação coletiva. 
Os autores ainda afirmam que para avaliar a reação dos concorrentes, a taxa de adoção do produto e a reação dos varejistas ou atacadistas, você deve introduzir o produto experimentalmente num mercado pré-selecionado. Durante essa fase, o produto pode ser adaptado de acordo com as reações apresentadas definindo além dos aspectos funcionais, os atributos como: marca, logomarca, embalagem, cor, design e qualidade. 
A classificação dos produtos vai ajudar a determinar as estratégias que serão desenvolvidas pela empresa. A forma como a empresa pretende retirar um produto do mercado para a entrada de outro mais moderno também compõe o planejamento. Os aspectos-chave desse processo de substituição devem ser detalhados. 
A empresa deve descrever também como determina os produtos futuros em função do desempenho dos produtos atuais, destacando assim novas formas de desenvolvê-los, produzi-los e distribuí-los. 
Ao falar em produtos atuais os autores afirmam que se deve elaborar uma descrição detalhada dos produtos e serviços oferecidos pela empresa, indicando: 
As principais características dos produtos. 
Quais benefícios ele oferecem ao consumidor. 
Qual o diferencial do produto perante a concorrência. 
A forma pela qual o produto é produzido. 
O modo de controle e os requisitos de qualidade exigidos. 
Os destaques do produto como “Selo de Qualidade”. 
O reconhecimento como um produto de alto desempenho por um cliente de renome nacional ou internacional. 
A atribuição de uma alta pontuação ao produto por parte de algum Instituto Tecnológico deve ser evidenciada nessa seção. 
Devem-se apontar também quais os caminhos futuros que a empresa pretende seguir em termos de desenvolvimento de produto.
Uma descrição dos produtos e serviços começa necessariamente pela denominação do produto ou serviço oferecido e sua classificação: 
Bens duráveis. 
Bens não-duráveis. 
Serviços. 
Bens de conveniência. 
Bens de compra comparada. 
Bens de uso pessoal. 
A descrição da embalagem deve acompanhar a descrição do produto, sem esquecer proteções recomendadas ao produto, prazo de validade, o que representa cada detalhe da embalagem, o manual de instalação e uso, quando for o caso etc. 
Quando a empresa é prestadora de serviços deve-se explicar: 
O porquê de a empresa se julgar apta a fornecer aquele tipo de serviço. 
A forma como são fornecidos. 
As pessoas que executarão o trabalho. 
Suas respectivas qualificações para tanto. 
Onde o serviço será realizado. 
Pode-se juntar na seção de anexos a tabulação de dados como resultaram de uma pesquisa para medir a satisfação do cliente. Definir claramente quais as vantagens dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa sobre o que é ofertado pelos concorrentes. Dentro desta mesma linha, explicar se os produtos ou serviços oferecidos possuem alguma característica única, o que é considerado um dos principais pontos de atratividade para os clientes (BIAGIO; BATOCHIO, 2005). 
De acordo com os autores, as tecnologias necessárias à produção do produto precisam ser identificadas, além de seus proprietários. Se o produto é único e inovador e se utiliza ou não tecnologia de ponta, merece destaque. Deve-se descrever de que maneira as tecnologias necessárias encontram-se disseminadas no mercado, e se existem patentes ou propriedade intelectual para tais tecnologias. 
Ao utilizar a tecnologia como um instrumento competitivo é necessário a empresa: 
Identificar todas as tecnologias da cadeia de valores; 
Identificar tecnologias potencialmente relevantes em outros setores de mercado; 
Determinar a trajetória provável da transformação de tecnologias essenciais; 
Determinar que tecnologias e transformações tecnológicas em potencial são mais significativas para a vantagem competitiva e as estrutura produtiva; 
Avaliar as capacidades relativas de uma empresa em tecnologias importantes e o custo da realização de aperfeiçoamento;
Selecionar uma estratégia de tecnologia, envolvendo todas as tecnologias importantes que reforcem a estratégia competitiva da empresa. 
Reforçar as estratégias de tecnologias de unidades empresariais no nível da corporação. 
É possível uma empresa sobreviver num mercado competitivo e globalizado sem que investimentos sejam feitos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Para manter-se competitivo é necessário manter-se atualizado quando às recentes tendências; para isso a empresa necessita de um plano de desenvolvimento de novos produtos ou de novas tecnologias que inclua os custos de desenvolvimento e o estabelecimento das atividades a serem desenvolvidas. 
A atividade de P&D não pode ficar restrita somente às grandes empresas, pois se as micro e as pequenas empresas não se integrarem a esse tipo de atividade, elas acabarão sucumbindo diante do mercado globalizado. 
A forma como a empresa desenvolve novos produtos e serviços e as alianças estratégicas desenvolvidas devem ser evidenciadas, pois isso demonstra que a empresa está inserida no mercado globalizado. Além disso, uma planilha com a projeção dos investimentos em P&D deverá ser incluída na seção plano de investimentos. 
Dentro de todas as empresas existe o chamado “composto” de produtos, sendo: 
Alguns muito rentáveis e outros nem tanto. 
Alguns na fase do crescimento e outros na fase do declínio. 
Existem também aqueles produtos de compra casada, ou seja, um produto que não é tão rentável, mas que a empresa é obrigada a produzir para que outro produto, muito mais rentável, possa ser produzido também (BIAGIO; BATOCHIO, 2005). 
Há quatro dimensões de composto de produtos que determinam a estratégia de produto da empresa, principalmente quanto aos critérios de seleção de produtos: 
É possível acrescentar novas linhasde produtos ou reduzir outras, variando a abrangência do composto de produtos. 
Pode-se também aumentar ou diminuir a variedade de modelos de cada produto e variar a profundidade do composto de produtos. 
Pode-se aumentar ou diminuir o número de produtos de cada linda, obtendo-se a variação na extensão do composto do produto. 
Pode-se aumentar ou diminuir o grau de relacionamento das diversas linhas de produtos e variar a consistência do composto de produtos.
4 Desenvolvendo o projeto do empreendimento
4.1 Análise de mercado 
O plano de negócios tem como objetivo mostrar o conhecimento que a organização possui de si mesma e sobre o mercado em que está inserida. A análise de mercado diz respeito ao conhecimento da empresa acerca de seu ambiente externo e sobre suas relações com esse ambiente, além de ceder bases para o plano de marketing.
Para Biagio e Batochio (2005), a análise do setor de mercado deve apresentar: 
Dados referentes ao tamanho. 
Índice de crescimento. 
Estrutura do setor de mercado em que a empresa atua ou atuará. 
Deve ser realizada coleta de informações sobre o setor em que se pretende atuar. 
As informações devem ser selecionadas com base nos objetivos da empresa já definidos em seu planejamento estratégico. 
Uma análise de mercado bem definida visa definir o mercado em que a empresa pretende atuar e ainda deve-se procurar dentro desse mercado procurar uma subdivisão que será o alvo principal da empresa. O segmento alvo pode ser definido partindo de características do produto, perfil do consumidor e de outros fatores que afetam de maneira diretamente o consumo do produto.
Primeiramente deve-se dar início a coleta de informações sobre o setor em que a empresa quer atuar, a exemplo: 
O uso da pesquisa de campo. 
Entrevistas com empresários do setor. 
Consulta às entidades de classe, a governos estaduais, municipais e até mesmo federais. 
Consulta a entidades especializadas em estatísticas ou que mantenham banco de dados com informações do mercado, tais como: IBGE, Sebrae, Dieese etc.
Consultas em publicações especializadas.
Uma análise de mercado bem elaborada pode definir claramente o setor em que a empresa atuará. Porém, dentro desse mercado geral ainda deve-se identificar uma subdivisão que se tornará o alvo principal da empresa que deverá ser definido a partir de fatores que afetam de maneira direta o consumo do produto. 
O mercado-alvo é aquele com potencial de consumo do produto. Existem fatores que precisam ser considerados, por se encontrarem diretamente ligados ao comportamento do consumidor ao mencionar a decisão de compra. Tais fatores podem ser divididos em quatro grandes grupos: fatores culturais, fatores sociais, fatores pessoais e fatores psicológicos. 
O comportamento de compra industrial passa por análise e identificação dos fatores que influenciam a decisão de compra, a saber: 
Organizacionais - os fatores organizacionais apresentam destaque, como os objetivos da empresa, as políticas, os procedimentos internos, as estruturas organizacionais e os sistemas.
Interpessoais - em todo o processo de negociação existem pessoas envolvidas e os fatores interpessoais acabam ganhando destaque, sendo composto de autoridade, status, empatia e grau de persuasão. 
Individuais - abordam as seguintes características da pessoa que efetivamente faz a compra: idade, renda, educação, cargo, personalidade, atitudes de risco e cultura. 
É importante também identificar o que os clientes compram.
A estrutura de um setor industrial é definida por uma série de fatores, como segue: 
Número de vendedores e grau de diferenciação. 
Barreiras à entrada e mobilidade. 
Barreiras à saída e encolhimento. 
Estrutura de custo. 
Desse modo, torna-se importante descobrir e avaliar as estratégias dos concorrentes e assim descobrir o que modificará o comportamento de cada concorrente.
A análise da concorrência levará ao estabelecimento do perfil de reação a uma ação competitiva desencadeada pela empresa. Os perfis de reação mais comum são: 
Concorrente cauteloso: Não reage rápida ou fortemente aos movimentos do mercado, por julgar que seus clientes são leais, por tirar o máximo proveito do negócio, por ser lento ou por não ter condições financeiras. 
Concorrente seletivo: Reage somente a certos tipos de ataques e a outros não. 
Concorrente arrojado: Reage sempre rápida e fortemente a qualquer movimento do mercado, sempre deixando claro que enfrentará qualquer tipo de ameaça. 
Concorrente imprevisível: Não demonstra um padrão de reação compreensível através de dados históricos ou dados financeiros. Não é possível prever sua reação.
A análise da concorrência deverá incluir dados sobre quem são os concorrentes; qual o tamanho, definindo pelo volume de vendas e da participação no mercado; qual a lucratividade do setor, etc.
4.2 Plano de Marketing
O plano de marketing se trata da maneira como a empresa procederá para levar seus produtos as consumidor.
Por meio do plano de marketing, a empresa deve demonstrar sua capacidade em tornar o produto/serviço conhecido pelos seus clientes, assim como despertar nos mesmos o desejo de compra-lo. Assim um bom plano de marketing deve conter:
A forma que a empresa utilizará para que seus produtos ou serviços tornem-se conhecidos pelos clientes. 
A forma como a empresa despertará em seus clientes a necessidade de adquirir seus produtos ou serviços. 
A forma como a empresa fará com que os consumidores lembrem-se da sua marca no momento da compra. 
Como a empresa se comunicará com seus consumidores. 
A definição da estrutura de vendas e a estrutura de distribuição dos produtos ou serviços da empresa. 
Basicamente, o marketing possui duas finalidades: 
Identificar oportunidades de mercado, ou seja, necessidades que não são satisfeitas pelas ofertas existentes. 
Preencher essa lacuna com ofertas que apresentem a melhor relação custo/benefício para o cliente e a melhor rentabilidade do investimento para a empresa.
O plano de marketing se apoia nos 4P’s (produto, preço, promoção e praça ou distribuição).
Produto>> Tudo aquilo que a empresa tem para vender. 
Para ter uma estratégia de vendas é preciso:
Conhecer bem o produto
Entender o motivo pelo qual o produto ou serviço é adquirido pelo consumidor.
Conhecer o porquê de cada característica física do produto
Conhecer minuciosamente a embalagem e entender o porquê de cada cor.
Preço>> valor monetário atribuído a algo disponibilizado para a venda.
A empresa deve identificar as faixas de preços possíveis de atuar em qualquer das situações. Para tanto, deverá manter identificados quais os preços mínimos, preço ideal, as margens de contribuição e de lucro para cada produto comercializado. Outro fator importante é conhecer a reação dos clientes em função do preço.
Distribuição>>O produto deve ser convenientemente distribuído para estar disponível quando o consumidor resolver adquiri-lo. A empresa precisa ter definido, de forma clara, como leva ou levará seus produtos até o consumidor. Existem duas maneiras genéricas do produto ser oferecido ao consumidor: vendas diretas e vendas indiretas.
Venda direta - Quando uma empresa atua por meio de uma equipe de vendar própria, ofertando diretamente os produtos aos consumidores. A equipe de vendas pode ou não fazer parte do processo de distribuição. 
Venda indireta - Quando uma empresa oferta seus produtos aos consumidores por meio de atacadistas e varejistas.
A escolha da forma de distribuição também causa impacto no desempenho da empresa, e, portanto, deve ser considerada no plano de marketing. A intensidade da distribuição depende diretamente do tipo de cobertura de mercado considerada adequada pela empresa no tocante à comercialização de seus produtos e pode ser classificada em três níveis:
Distribuição intensiva: A ideia é disponibilizar o produto no maior número possível de pontos de venda. É recomendável para produtos com demanda elevada, compra frequente e em pequenas quantidades, baixo preço unitárioe ausência de demanda por assistência técnica.
Distribuição seletiva: O objetivo é identificar intermediários que tenham condições de comercializar os produtos. É recomendado para produtos que exigem conhecimentos especializados para venda, cuidados especiais de armazenamento e preços relativamente elevados.
Distribuição exclusiva: Devem-se identificar revendedores que terão o direito exclusivo de distribuir os produtos numa determinada área. É recomendado para produtos com demanda por serviços técnicos altamente especializados.
A escolha da melhores formas de distribuir os produtos considerando os níveis de intensidade de distribuição deve levar em consideração os seguintes critérios:
Critérios econômicos - Em geral, as empresas acreditam que serão favorecidas economicamente se possuírem seus próprios pontos de venda ou tiverem uma equipe de vendedores próprios.
Critérios de controle - O uso de intermediários exige um controle maior, pois estes normalmente têm seus próprios princípios norteadores, que podem divergir dos princípios da empresa. Por outro lado, os intermediários costumam dar mais atenção aos seus clientes mais importantes.
Critério de adaptação - O uso de intermediários como canal de distribuição, principalmente quando tratar-se de distribuição exclusiva, poderá envolver contratos com prazo de duração pré-determinados e perda de flexibilidade.
Promoção>>Entende-se por promoção o uso de um conjunto de ações de curto prazo com o objetivo de incentivar o consumidor a comprar mais rapidamente e/ou comprar uma quantidade maior de determinados produtos ou serviços. A seguir temos as ferramentas de incentivo:
Propaganda - Qualquer forma paga de apresentação impessoal e de promoção de ideias, bens ou sérvio por um patrocinador identificado.
Promoções de vendas - Para que uma pessoa decida comprar um produto, ela deve ter a imagem desse produto fixada sem sua mente e, quando mais se lembra do produto, mais fácil será sua decisão.
Venda pessoal - A venda pessoal é uma arte antiga, também conhecida como venda “porta-a-porta.” A vantagem da venda pessoal é o contato direto entre vendedor e comprador, onde o primeiro tenta convencer o segundo dos benefícios do produto. Para adotar essa estratégia, a empresa necessita de uma equipe de vendas altamente capacitada e que conheça profundamente o produto ou serviço.
Existem vários métodos de previsão de vendas, sendo que cada um atende a uma situação particular que a empresa pode estar vivendo, conforme descrito a seguir: 
Empresas com vendas para outras empresas do setor industrial: Utiliza-se do método de desenvolvimento de mercado. O primeiro passo é identificar todos os possíveis compradores numa determinada área geográfica. O segundo passo é determinar uma base apropriada para estimar o número de produtos que serão utilizados por cada comprador. Após essas duas etapas, adicionam-se as informações referentes à saturação de mercado, número de concorrentes, média de idade dos produtos existentes na praça e taxa de crescimento do mercado.
Empresas com vendas para o público em geral: Neste caso, utiliza-se o método de indexação por fatores múltiplos, pois não é possível relacionar todos os clientes em função do grande número. As empresas precisam identificar as intenções de compra dos compradores, e quando isso não estiver bem claro, recomenda-se um teste de mercado. Devem considerar também as opiniões da força de vendas.
Empresas com vendas para o comércio varejista ou atacadista: Também é utilizado o método de indexação por fatores múltiplos. As opiniões dos especialistas devem ser levadas em consideração, ou seja, os comerciantes e distribuidores que entram em contato com os consumidores finai e poderão oferecer valiosas contribuições para a previsão de vendas.
Plano de comunicação
Após a análise das considerações discriminadas anteriormente, pode-se atribuir as notas para as ações de comunicação e marketing que serão implementadas, bem como definir a ordem de prioridade de implantação.
É importante incluir no plano de negócios um cronograma demonstrando os prazos para a implementação das ações de comunicação e marketing, bem como o tempo de duração da ação.
4.3 Plano operacional
Essa seção do plano de negócios está diretamente ligada à maneira como a empresa opera. Ainda dentro dessa seção, é importante definir o perfil profissional das pessoas-chave, bem como o relacionamento entre as funções da empresa. Definirá a forma como a empresa realiza o trabalho, como administra qualidade dos produtos e processos, como faz uso de seus equipamentos e recursos, como se relaciona com as pessoas que fazem parte do quadro de colaboradores, etc.
Estrutura funcional
Ao apresentarmos a estrutura funcional da empresa destacamos à alocação das pessoas nas atividades da empresa, a responsabilidade do cargo de cada uma delas e o nível de autoridade de cada cargo, além da definição das relações hierárquicas. O organograma deve indicar a estrutura funcional, a diretoria, gerência e staff.
As micro e as pequenas empresas devem substituir o organograma por uma matriz de responsabilidades, que também auxilia para a média e a grande empresa, por ser complementar ao organograma, demonstrando as correlações entre os cargos. 
É importante a utilização de uma matriz de responsabilidades acompanhada de uma lista das responsabilidades por metas específicas, que defina a esfera de ação de cada pessoa dentro da organização, bem como uma síntese da atividade de cada uma dessas pessoas.
Deve-se tomar um especial cuidado com o número de níveis hierárquicos a serem apresentados no organograma.
No plano deve ser descrita detalhadamente toda a política de recursos humanos.
Descrição da unidade física
Um rápido apanhado sobre os aspectos físicos e a infraestrutura da empresa deverá ser incluído nessa parte do plano de negócios.
Produção
Explica como a empresa produz seus produtos ou presta serviços. A especificação de equipamentos, laboratórios, materiais e condições de trabalho, preços e critérios de controle da qualidade pode ser crítica na produção.
Aquisição
Esse item mostra que os fornecedores de produtos e serviços atuam de acordo com as características especificadas. Isso deve ficar claro nos contratos de fornecimento. O tipo de controle varia com o produto e a confiabilidade do fornecedor.
A atividade de compra é o principal elo entre a empresa e seus parceiros comerciais o que exige procedimentos claros sobre a maneira como a empresa capacita seus fornecedores a produzir produtos e serviços.
Uma política de compras bem estruturada prevê a aquisição de bens e serviços pelo preço justo para ser entregues no momento adequado, na qualidade especificada e necessária e de fonte correta.
Uma maneira comum de selecionar fornecedores é a utilização de uma auditoria no fornecedor para que seja atribuída uma nota e um peso para cada requisito considerado essencial para a empresa. A totalização dos pontos de cada fornecedor é obtida por meio da soma dos produtos das notas pelos pesos correspondentes. O fornecedor que conseguir o maior número de pontos pode ser escolhido para fornecer determinado produto.
Custos
É importante destacar explicação dos custos, do sistema de custeio utilizado, dos critérios definidos de escolha e das vantagens do sistema escolhido sobre os demais tipos de amostra que eles são competitivos em relação à concorrência.
Determinam-se os custos dos produtos em termos de taxas de produção e capacidade. Caso exista terceirização, deve-se explicar a parte que está sendo terceirizada e os componentes de custos.
Dentro do plano de negócios, os relatórios de custos devem ser vistos como uma base para a tomada de decisões gerenciais, e não como demonstrativos contábeis para fins legais. A empresa necessita acompanhar a evolução de seus custos mensalmente e, para tanto, deverá utilizar um plano de contas. Não é necessário apresentar um plano de contas no plano de negócios. O plano de contas deverá ser colocado na seçãode anexos, para controle interno da própria empresa.
Qualidade
A qualidade é considerada um dos pontos de avaliação de desempenho das empresas, e é por meio dos indicadores da qualidade reflete-se a produtividade, a eficiência, até mesmo a sobrevivência da empresa no mercado em médio prazo. O gerenciamento da qualidade deve concentrar-se na prevenção de problemas.
A intenção desta postura é fazer com que os produtos e serviços sejam executados de acordo com as características especificadas. Este plano deve incluir:
Pontos de processo que necessitam verificação. 
Tipo e método de verificação (e equipamento a ser utilizado, quando relevante). 
Qualificação da pessoa responsável pela verificação. 
Critérios de aceitação/rejeição (por meio de parâmetros ou comparação com amostras ou padrões aprovados). 
Registros a serem mantidos e certificados requisitados.
Responsabilidade pela verificação de que todas as atividades do plano de qualidade ou procedimentos foram completadas de maneira satisfatória e que os dados e registros associados estarão disponíveis e autorizados. 
Dentro do plano da qualidade deverão estar especificados como a empresa realiza inspeção e testes no recebimento, inspeção e testes em processo e inspeção e testes finais.
Sistema de gestão
O sistema de gestão adotado pela empresa, os módulos implantados e o cronograma da implantação dos módulos devem ser indicados nesta seção. É importante que o sistema adotado seja informatizado e abrangente, observando no início, o controle de estoques, a emissão de origens de fabricação, faturamento e custos. Os controles de contas a pagar e a receber, compras, contabilidade, manutenção etc. poderão ser aplicados em etapa posterior.
Uma empresa média, micro ou pequena do segmento industrial necessitará de um programa para computador que apresente soluções nas seguintes áreas: 
Preços: custos de aquisição, custo de produção, formação de preços, rateio e listas. 
Movimentação: estoque, ordem de produção, ordem de serviço, vendas de balcão, vendas, compras, consignações e emissão de nota fiscal. 
Financeira: caixa pequeno, bancos, títulos em aberto, contas a pagar, contas a receber, fluxo de caixa, controle de impostos e demonstração de resultados. 
Manufatura: listas de material, roteiros de fabricação, postos de trabalho, custos e ferramental. 
Embalagem e transporte
Deve estar claro que o produto é seguro e protegido. A embalagem tem duas funções fundamentais: proteger o produto do ambiente externo e diferenciá-lo dos outros através de uma imagem que contenha elementos de marketing.
Serviços de pós-vendas
Demonstra como a empresa manterá o contato com o cliente quando efetivada a venda. 
O serviço de pós-venda serve também como um sinalizador das tendências de mercado. É importante demonstrar que a empresa procurará manter o vínculo com o cliente.
4.4 O plano financeiro
Os dados financeiros servem para dar suporte a decisões empresariais. Assim, percebemos que procuramos encontrar soluções para o futuro com base no passado.
Na verdade, estes dados financeiros contam apenas parte da história das atividades da empresa, podendo mesmo não fornecer orientações conclusivas sobre ações a serem disparadas no presente ou no futuro.
A inclusão de um plano financeiro em um plano de negócios procura demonstrar um conjunto de projeções que possam refletir o desempenho futuro da empresa em termos financeiros.
O gestor deverá fixar as metas financeiras de seu negócio e, por meio dos instrumentos financeiros, monitorar o seu sucesso. Com as demonstrações financeiras e o planejamento financeiro é possível estabelecer e cumprir as respectivas metas ou redefini-las, sempre que necessário.
Balanço patrimonial
Seria uma fotografia da situação da empresa em um determinado instante. O balanço revela a estrutura de capital do negócio que é composta de capital de terceiros e de capital próprio.
O balanço é dividido em três partes distintas:
Ativo - Todos os bens e direitos da empresa (o que a empresa possui).
Passivo - Obrigações e dívidas da empresa (o que a empresa deve). 
Patrimônio líquido - Recursos dos proprietários investidos a empresa 
O balanço apresenta o equilíbrio entre os bens e direitos da empresa e a soma das obrigações, dívidas e recursos que os proprietários investiram na empresa. 
Notamos então que pelo balanço podemos mensurar o nível de endividamento de uma empresa, o índice de liquidez, a lucratividade, o capital de giro, a taxa de retorno sobre o ativo total, o giro de estoque e a capacidade de pagamento.
Demonstrativo de resultado
Como balanço fornece um quadro instantâneo da empresa num determinado momento, o analista necessita da análise simultânea do demonstrativo de resultado que apresenta um quadro mais dinâmico do comportamento financeiro da empresa durante um determinado período de tempo, para que não seja induzido a erros. 
O demonstrativo de resultados é uma forma ordenada e sistemática de apresentar um resumo das receitas, despesas e lucro ou prejuízo num determinado período. O demonstrativo de resultados transmite a ideia da quantidade de dinheiro que a empresa realmente ganhará.
Os principais itens que compõem um demonstrativo de resultados são:
Receita bruta de vendas: É a soma de todo o faturamento da empresa no decorrer do ano.
Deduções: Estão inclusos neste item todos os gastos que a empresa tem gerados pela venda bruta, ou seja, pagamento de impostos, comissão de vendedores etc.
Impostos incidentes sobre as operações:
Receita líquida de vendas: É o resultado da subtração das deduções da receita bruta de vendas.
Custo dos produtos vendidos: Em termos contábeis, dividem-se os custos em duas partes: custos fixos e custos variáveis.
Margem de contribuição: É o valor obtido pela diferença entre as receitas líquidas e os custos variáveis, ou seja, é o valor que sobra para a empresa após as deduções de custos, impostos e comissões gerados na venda dos produtos.
Despesas operacionais: É a soma das despesas que não pertencem diretamente à produção, mas que, sem efetuá-las, a empresa não conseguirá atuar. 
Despesas administrativas: São os gastos com mão-de-obra indireta, composto por todo o tipo de gastos com pessoas que não trabalhem diretamente na produção. 
Despesas gerais: enquadram-se quase todas as despesas efetuadas para antes o sistema em operação, ou seja, as despesas com manutenção e conservação, seguros, despesas com água, luz, telefone, material de limpeza, material de escritório, viagens etc. 
Despesas de marketing e venda: Todas as despesas com promoções, publicidade e propaganda etc.
Resultado operacional: É o resultado obtido com a produção e comercialização dos produtos/serviços objeto da empresa. Trata-se da receita bruta de vendas descontando-se as deduções, o custo dos produtos vendidos e as despesas operacionais.
Receitas financeiras: Algumas empresas conseguem obter receitas operando no mercado financeiro.
Depreciação acumulada: É um valor relativo das máquinas, equipamentos e instalações, que a legislação permite contabilizar como perda; assim, a empresa poder repor os recursos depois de algum tempo.
Percentuais e tempos utilizados para a depreciação segundo a legislação tributária vigente:
Juros e financiamentos: juros pagos, quando a empresa toma empréstimos no mercado financeiro.
Resultado antes do imposte de renda: O resultado antes da aplicação das alíquotas de Imposto de renda.
Lucro líquido: O lucro líquido final é o resultado final da empresa, já subtraído o imposto de renda.
Fluxo de caixa
Ferramenta adequada para um bom controle financeiro de curto prazo. O fluxo de caixa é uma ferramenta simples, que seve para mostrar se a empresa tem dinheiro para pagar suas contas, servindo também como uma ferramenta gerencial para a tomada de decisões.
Em linhas gerais, um fluxo de caixa representa a soma de todas as entradas financeiras, das quais são subtraídas todas as saídas financeiras, restando a apresentação dos saldos.
Os principais

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