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Revolta dos Malês
Contribuição Islâmica e Fundamentos da Insurreição
Islamismo: surgimento e influência religiosa
 Surge por volta do ano de 610 (ano zero no calendário muçulmano) com 
o profeta Muhammad ibn Abdallah ou como é conhecido no ocidente 
Maomé. 
 Tem no Alcorão ou Corão “o que deve ser lido” (LOPES, 2008, p.17) os 
fundamentos sagrados da religião.
 O Alcorão é composto de 114 surat (capítulos) distribuídos em 1.666 aiat
(versículos).
 A fé muçulmana está sustentada em cinco pilares:
 A unidade divina
 As cinco orações diárias
 A peregrinação a Meca (pelo menos uma vez na vida o muçulmano teria 
que fazer essa peregrinação).
 A esmola aos necessitados
 O jejum no mês do RAMADAN (possível causa primária da revolta dos 
Malês).
Islamismo: surgimento e influência religiosa
 É a última das grandes religiões monoteístas a surgir.
 “Dize: Ele é Deus, o Único. Deus! O Absoluto! Jamais gerou ou foi 
gerado! E ninguém é comparável a Ele!”. Sura 112 (CHALLITA, 2012, 
p.38)
 Um detalhe interessante sobre a relação entre os muçulmanos e o Alcorão 
nos relata Matthew Gordon que diz:
 “o Alcorão é para o islamismo aquilo que Cristo é para o 
cristianismo” (GORDON, 2009, p.40)
“Bilad-Es-Sudan”
País dos Negros
Com a expansão avassaladora do 
religião islâmica não demorou muito até 
que os muçulmanos percorressem “do 
Planalto da Etiópia até o atlântico” a 
região africana. Onde encontraram 
lugares que “era habitado por gente um 
pouco diferente” (LOPES, 2008). Assim foram 
denominados os Sudaneses.
Islamismo e Animismo Fetichista 
 Islamismo
 Religião de cunho monoteísta e 
que fundamentasse nos ensinos 
do profeta Maomé compilados 
depois de sua morte.
 Animismo Fetichista
 Modo de pensamento ou sistema 
de crenças em que se atribui a 
seres vivos, objetos inanimados e 
fenômenos naturais um princípio 
vital pessoal, isto é, uma alma:
Proselitismo
 “No Bilad-Es-Sudan – diz Joseph Ki-Zerbo – o Islão fora desde há
séculos um fermento de integração política, mas raros eram os
países em que tinha penetrado em profundidade nas massas.
Em geral, estava confinado a letrados (faqi) e príncipes, que o
exibiam com frequência num cenário de prestigio para uso
externo, exatamente como muitos reis convertidos na costa
faziam com o cristianismo. A verdadeira inclinação destes chefes
era as práticas animistas. Eram assim os sultões das cidades
haúças.” (LOPES, 2008, p.40)
Os Malês
“’Malê’ quer dizer tão só negro islamizado, qualquer que seja sua origem.” 
(LOPES, 2008, p. 57)
Brasil
Os Malês chegam ao Brasil, em maior escala, no final do
século XVIII e inicio do XIX com as seguidas derrotas em
África provocadas pelo xeique Usman Dan
Fodio (1754-1817) - líder islâmico fulani.
 São, em grande maioria, sujeitos bilingües e muitas
vezes mais letrados que o seu senhor (VALENTE, 1976, p.47)
Salvador Uma Cidade Negra
 Segundo João José Reis:
 “Salvador tinha na época da revolta em torno de 65.500 habitantes, dos
quais cerca de 40 por cento eram escravos. Entre a população não-
escrava a maioria era também formada por africanos e seus descentes,
chamados na época de crioulos quando eram negros nascidos no Brasil,
além dos mestiços de branco e negro, chamados de pardos, mulatos e
cabras. Juntando os negros e mestiços escravos e livres, os
afrodescendentes representavam 78 por cento da população. Os brancos
não passavam de 22 por cento. Entre os escravos, a grande maioria (63
por cento) era nascida na África, chegando a 80 por cento na região dos
engenhos de açúcar, o Recôncavo.”
A Rebelião
“Longe de ser uma explosão espontânea ou o fruto de uma decisão 
apressada, a rebelião de 1835 é o resultado de um longo período de 
gestação” (GENNARI, 2011, p.104)
Possíveis Causas
 Vários elementos apontam que a rebelião propriamente dita começa a 
ser planejada em dezembro de 1834. 
 “Durante a festa de encerramento do Ramadã, o período de jejum dos 
muçulmanos, a polícia intervém e destrói o lugar que servia para as 
celebrações da comunidade” (GENNARI, 2011, p. 104)
 Fatores não faltam para tal ação, a Bahia vive desde 1807 revoltas 
sucessivas e o Brasil não é lá um grande palco de passividades. Podemos 
apontar as relações puramente escravistas, a degradação do individuo 
enquanto ser e suas eventuais quebras de personalidade e identidade.
Resistência
“Os africanos recriaram na Bahia uma
rede cultural e institucional rica e
peculiar, enraizada nas tradições étnicas
africanas mas readaptada ao contexto
da escravidão e da sociedade
predominantemente europeia do Novo
Mundo” (REIS e SILVA, 1989, p.101)
Referência Bibliográfica.
 GENNARI, Emílio. Em busca da liberdade: traços das lutas escravas no 
Brasil. 2.ed. São Paulo: Expressão Popular, 2011. 144 p.
 GORDON, Matthew S; Conhecendo o islamismo: origens, crenças, práticas, 
textos sagrados, lugares sagrados. Tradução Gentil Avelino Titton. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
 LOPES, Nei. Bantos, malês e identidade negra. 1. reimp. Belo Horizonte: 
Autêntica Editora, 2008.
 MAOMÉ, O Alcorão; tradução Mansour Challita. 5ª edição. Rio de Janeiro: 
BestBolso, 2012
 REIS, João José; SILVA, Eduardo. Negociação e Conflito: a resistência negra 
no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
 VALENTE, Waldemar. Sincretismo religioso afro-brasileiro. 2. ed. São Paulo: 
Brasiliana, 1976.

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