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Óptica geométrica (Polarização) FIS 503: Física Geral IV 1 A frente de onda é o lugar geométrico dos pontos onde Frente de onda plana: Ondas eletromagnéticas planas no vácuo E(r,t) = Em sen (k . r - ωt) k . r - ω t = constante k x - ω t = constante para k = k x ^ ^ O vetor de propagação k definirá a direção e sen9do do raio associado na óp9ca geométrica. 2 A permissividade é a medida de quão facilmente um meio material pode propagar um fluxo elétrico. Um meio com baixa permissividade transmite uma fluxo elétrico maior. No vácuo 0 0 1 ε µ = c Ondas eletromagnéticas em meios materiais ε Em meios materiais 0 0 ε µ 1 = v Permissividade de um meio linear: ε = ε0 (1 + χe) A suscep)vidade elétrica de um material dielétrico é a medida de quão facilmente ele se polariza em resposta a um campo elétrico. χe c > v 3 ε0=8,85x10-12 F/m μ0=4πx10-7 N/A2 Ondas eletromagnéticas em meios materiais Permissividade de um meio linear: ε = ε0 (1 + χe) , P = χeε0 E (polarização) χe Um dielétrico é um isolante elétrico que, sob a atuação de um c a m p o e l é t r i c o exterior acima do limite de sua rigidez dielétrica, permite o fluxo da corrente elétrica. A suscep)vidade elétrica de um material dielétrico é a medida de quão facilmente ele se polariza em resposta a um campo elétrico. Quando imersos em campos elétricos muito intensos, alguns materiais isolantes podem ser ionizados tornando-se condutores. Isso é muito comum de ocorrer, por exemplo no ar atmosférico. As faíscas e os relâmpagos são exemplos ^picos fenômeno que chamamos de ruptura dielétrica. Para o ar, ele ocorre para campos elétricos da ordem de 3 x 106 V/m. Ruptura dielétrica Permeabilidade de um meio linear: μ = μ0 (1 + χm) , M = χm Β (magne9zação) Onde é a suscep)vidade magné)ca do material. χm Ondas eletromagnéticas em meios materiais Em meios materiais ε µ 1 = v c > v Em geral μ (r) ε(r) v(r) = 1 Índice de refração: μ ε μ0 ε0 = > 1 (em geral, depende de ω) v c n = 6 t tt Δ+ tt Δ+ 2 tt Δ+ 3 raios frentes de onda reflexão especular Lei da reflexão θi r i θ θ = 7 Grécia antiga θr 21 nn > 12 21 θθ < < nn 1 2 1 2 sen sen θ θ n n = Lei da refração (Snell-Descartes) 8 12 21 θθ < < nn 1 2 1 2 sen sen θ θ n n = Lei da refração (Snell-Descartes) 12 21 θθ > > nn 9 Curiosidades Refração metamateriais (índice de refração n < 0) microondas em Fe, Ni, Co na presença de campo magnético A split-ring resonator array arranged to produce a nega9ve index of refrac9on, constructed of copper split-ring resonators and wires mounted on interlocking sheets of fiberglass circuit board. Credit: Nasa Glenn Research Center. Curiosidades metamateriais (índice de refração n < 0) microondas em Fe, Ni, Co na presença de campo magnético J. B. Pendry, D. R. Smith, Phys. Today 57(6), 37 (2004). http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/ noticia.php?artigo=indice-negativo-refracao-metais Refração 11 vidro com mesmo n do tetracloroetileno (C2Cl4): não há reflexão e/ou refração (vidro imerso se torna invisível) numa piscina preenchida com líquido de n < 0 seria possível ver o canto oculto por que o homem invisível seria cego? Curiosidades Refração λt = λi nt Temos: nar ~ nvácuo=1 (vácuo): 13 θ θt λi λt vi vt A B Nota: λar = λvácuo nar λar ≈ λvácuo ft = vt λt ...ela é a mesma, no meio material e no vácuo. Quanto à frequência ( f ) ,... A frequência da luz não muda na passagem da luz de um meio para o outro! 14 fvácuo = c λvácuo vt = c nt λt = λi nt ft = vt λt = c / nt λvácuo / nt = c λvácuo = fvácuo Como: e e Temos: Princípio de Fermat: reflexão Princípio de Fermat: A trajetória da luz entre dois pontos é tal que o tempo de deslocamento é mínimo. (A luz sempre percorre o caminho mais rápido). A trajetória entre os pontos A e B é: Como a velocidade da luz é constante, a trajetória mínima é simplesmente a distância mínima. Minimizando a distância, temos: Portanto: L = a2 + x2 + b2 + (d − x)2 dL dx = 1 2 2x a2 + x2 + 1 2 2(d − x)(−1) b2 + (d − x)2 = 0 x a2 + x2 = (d − x) b2 + (d − x)2 senθi = senθr Princípio de Fermat: refração Princípio de Fermat: A luz percorre a trajetória de menor tempo. t = a 2 + x2 v + b2 + (d − x)2 v ' dt dx = x v a2 + x2 − (d − x) v ' b2 + (d − x)2 = 0 0 = senθ1v − senθ2 v ' n1 sen θ1 = n2 senθ2 Lei de Snell-Descartes Reflexão interna total e ondas evanescentes: Feynman Lectures on Physics, vol.II, seção 33-6 ondas evanescentes com decaimento exponencial em distâncias da ordem de λ da interface ar-água Reflexão interna total 17 htp://www.feynmanlectures.caltech.edu htp://www.feynmanlectures.caltech.edu/II_33.html = - 1 2 1 sen n n c θ Se a incidência se dá de um meio mais refringente para outro menos refringente, ou seja, , há um ângulo crítico acima do qual só há reflexão. 21 nn > n1 n2 n1 > n2 θc θ1 θ2 2 1 sen 90 sen n2 n n c = = θ 2 2 1 1 sen sen θ θ n n = Reflexão interna total 18 Aplicação: fibras ópticas Reflexão interna total 19 vava nn 22 >→>ωω Dependência com ω ou λ: )(ωnn = luz branca: Em geral, 12 211 θθ < <≈ i ii nn E(r,t) = E(k) sen (k . r - ωt) k (ω) )()(se 2121 ωωωω nn >⇒> 1 2 1 2 sen sen θ θ n n = Dispersão cromática 20 ∑ 12 21 1 θθ > ≈> i ii nn vava nn 22 >→>ωω 12 211 θθ < <≈ i ii nn vava nn 11 >→>ωω 21 1 2 1 2 sen sen θ θ n n = Dispersão cromática Dependência com ω ou λ: )(ωnn = luz branca: Em geral, E(r,t) = E(k) sen (k . r - ωt) k (ω) )()(se 2121 ωωωω nn >⇒> ∑ Formação do arco-íris ~ 42° Dispersão cromática 22 arco-íris principal arco-íris secundário Formação do arco-íris Dispersão cromática 23 Quando há reflexão de luz não polarizada, em uma superfície plana entre dois meios transparentes, a luz refletida é parcialmente polarizada. Polarização por reflexão O grau de polarização depende do ângulo de incidência e dos índices de refração dos dois meios materiais. Quando o ângulo de incidência for tal que os raios refletidos e refratados forem perpendiculares um ao outro, a luz refletida está polarizada. Este efeito foi descoberto experimentalmente por Sir David Brewster em 1812. A luz refletida por uma interface é totalmente polarizada na direção perpendicular ao plano de incidência quando ocorre: Então : ângulo de Brewster n2 n1 θr θt . θi =θB = + 2 π θ θ t i = + 2 π θ θ t r 1 2 1 tg n n i B - = θ θ Polarização por reflexão - = i i n n θ π θ 2 sen sen 2 1 1 2 tg n n i = θ B θ 25 = Polarização por reflexão Se a luz incidente for polarizada, com o campo elétrico paralelo ao plano de incidência, não há luz refletida no ângulo de incidência . Em virtude da polarização da luz refletida, os óculos para o sol podem ser muito eficientes na redução da luz ofuscante. θi =θB θt θB n2 n1 Espalhamento = absorção + reirradiaçãoTerra: céu azul, crepúsculo vermelho Marte: céu vermelho, crepúsculo azul Composição da atmosfera terrestre: 78% N2 , 21% O2 (ressonância em UV) Composição da atmosfera marciana: 96% CO2 , 2,1% Ar , 1,9% N2 (ressonância em IR) onda incidente não polarizada pode ser decomposta em duas componentes ortogonais onda espalhada é parcialmente polarizada não há E vertical não há E horizontal Polarização por espalhamento k e E devem ser ortogonais k k 27 • Óp9ca geométrica: d » λ , ondas planas descritas como feixes/ raios em meios isotrópicos, homogêneos e lineares. • Lei da reflexão: • Lei da refração (Snell-Descartes): • Reflexão interna total (ângulo crí9co): • Polarização por reflexão (ângulo de Brewster): θi = θr 2 1 θ θ 2 sen n 1 sen n = 28 2 2 1 2 sen sen n n n c = = π θ Resumo da aula = - 1 2 1 sen n n c θ 1 2 1 tg n n i B - = θ θ = - = i i n n θ π θ 2 sen sen 2 1 Problema 1 Uma fonte luminosa pontual está 80,0 cm abaixo da superfície de uma piscina. Calcule o diâmetro do círculo formado na superfície da água através do qual a luz emerge da água. Problema 2 Na Figura, um raio luminoso que estava se propagando inicialmente no ar incide em um material 2 com um índice de refração n2 = 1,5. Abaixo do material está o material 3, com um índice de refração n3. O raio incide na interface ar – material com o ângulo de Brewster para essa interface e incide na interface material 2 – material 3 com o ângulo de Brewster para essa interface. Qual é o valor de n3? θ1 θ2 β (ar) n2 n3 θ2 1n
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