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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA _ VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO – SP Mariano, brasileiro, solteiro, comerciante, residente e domiciliado na rua Monsenhor Andrade, nº 12, Itaim, São Paulo – SP, vem, por meio de seu advogado e procurador, _, inscrito na OAB sob o nº _, endereço profissional, interpor o PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA com fundamento no artigo 5º, LVII, da Constituição Federal e no artigo 312 do Código de Processo Penal, pelos fatos e razões a seguir: I. DOS FATOS Foi instaurado um inquérito policial contra o requerente, a fim de apurar a prática do delito de fabricação de moeda falsa. O demandante, após intimação, compareceu à delegacia, acompanhado de seu advogado, e confessou o crime, inclusive, indicando o local onde falsificava as moedas, porém, alegou que não as havia colocado em circulação. As testemunhas também foram ouvidas e declararam que não sofreram qualquer ameaça da parte do requerente. Ocorre que, o delegado relatou o inquérito e requisitou a decretação da prisão preventiva do demandante, fundamentando o pedido na garantia da instrução criminal. Por conseguinte, foi oferecida a denúncia contra o requerente pelo crime de fabricação de moeda falsa e o juiz competente para julgamento do feito decretou a custódia cautelar do réu, a fim de garantir a instrução criminal. II. DO DIREITO A instauração do inquérito policial contra o requerente foi sob a acusação da prática do crime de fabricação de moeda falsa, previsto no artigo 289 do Código Penal. O ordenamento jurídico brasileiro, no art. 5º, LVII, da sua Carta Magna, estabelece que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Verifica-se nos autos que o requerente não se enquadra em nenhuma das hipóteses da prisão preventiva previsas no artigo 312 do Código de Processo Penal, tendo em vista que, apesar de haver indícios de autoria e prova de materialidade do crime, não há perigo à ordem pública, à instrução penal ou à aplicação da lei penal. Em relação à garantia da ordem pública, o preso sequer colocou em circulação as moedas falsificadas, o que demonstra que não há perigo de reincidência e o crime não foi realizado de maneira cruel. No tocante à garantia da instrução criminal, além do requerente ter confessado crime, indicou também o local onde falsificava as moedas, comprovando a sua disposição em colaborar com a instrução probatória. As próprias testemunhas manifestaram-se no sentido de não ter sofrido qualquer ameaça por parte do demandante. Por fim, no que diz respeito à garantia da aplicação da lei penal, o preso tem residência fixa e sabida, não correndo o risco de se evadir. III. DO PEDIDO Ante o exposto, tendo em vista que não há requisitos que autorizem a prisão preventiva e, comprometendo-se a comparecer a todos os atos do processo, requer que seja concedida a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA e a expedicação do alvará de soltura em favor do requerente. Nestes termos, pede deferimento. São Paulo, data. Advogado OAB
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