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Revogação de Prisão Preventiva

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA.. VARA CRIMINAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DA....ESTADO....
Autos nº.......
MARIANO, brasileiro, solteiro, comerciante........., portador do RG nº...., CPF/MF nº, residente e domiciliado na rua Monsenhor Andrade, nº 12, Itaim, na cidade de São Paulo-SP, por sua advogada, infra-assinada(procuração inclusa), nos autos em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, com fundamento no artigo 316, do Código de Processo Penal, pelos motivos a seguir expostos:
DOS FATOS:
A presente ação teve origem em Inquérito Policial instaurado a fim de apurar a prática do delito de fabricação de moeda falsa, intimado a comparecer à delegacia, o acusado acompanhado de seu advogado, confessou o crime, inclusive indicando o local onde falsificava as moedas. Alegou, porém, que não as havia colocado em circulação. As testemunhas foram ouvidas e declararam que não sofreram qualquer ameaça da parte do acusado.
O Inquérito foi relatado pelo delegado que requisitou a decretação de prisão preventiva do acusado, fundamentando o pedido na garantia da instrução criminal.
Foi oferecida denúncia contra o acusado pelo crime de fabricação de moeda falsa. Vossa Excelência houve por bem decretar a custódia cautelar do acusado, a fim de garantir a instrução criminal.
DO DIREITO
Excelência, a prisão preventiva imposta ao acusado deve, com devido respeito, ser revogada.
De fato, não há motivo para a decretação da custódia cautelar, pois ausentes os requisitos legais. Note-se que referida prisão foi decretada por conveniência da instrução criminal, ou seja, para proteger, para garantir a produção de provas na fase judicial da persecução penal.
Ocorre que, não há qualquer razão para acreditar que o acusado de alguma forma, por em risco a instrução processual uma vez que as testemunhas foram ouvidas na fase policial, declararam que não sofreram nenhum tipo de ameaça por parte do acusado. Ora, se não houve qualquer ofensa à prova na fase policial, por que cogitar que isso poderia acontecer na fase judicial ?
Portanto, totalmente descabido o fundamento que motivou a decretação da prisão.
Sabe-se que a prisão preventiva por conveniência da instrução criminal só deve ser decretada quando estiverem presentes elementos concretos que indique a probabilidade real de prejuízo à colheita da prova, o que não acontece no caso presente, como apontado.
Não bastasse tal fato, o acusado, por suas condições subjetivas, também não dá demonstração de que pode atrapalhar a produção da prova no processo, pois não ostenta nenhum antecedente criminal, tem uma vida pautada pela honestidade e probidade(doc...), tem ocupação lícita, pois é comerciante estabelecido(doc...). Não tem o acusado, assim, o perfil de alguém que possa ameaçar testemunha para obter alguma vantagem no processo.
Deve-se lembrar, ainda, que o acusado admitiu a prática do crime quando foi ouvido em sede de Inquérito Policial.
Pergunte-se: qual o proveito que poderia tirar ameaçando testemunhas, se confessou a prática do delito ?
É absolutamente, lógico segregá-lo para proteger a prova, se ele não dá nenhum sinal de que pretende se furtar à aplicação da Lei, muito pelo contrário.
Mesmo que tenha confessado o crime, não há que se falar em sua prisão, pois, se tiver de ser responsabilizado o será no momento oportuno, após o devido processo legal, insta lembrar que a prisão cautelar, no sistema processual pátrio, é medida de exceção, não devendo nunca ser a regra. A regra é a liberdade, pois em vigor a presunção de inocência constitucional, conforme o artigo 5º, LVII.
DO PEDIDO
Do exposto, requer seja revogada a prisão preventiva imposta ao acusado eis que amplamente demostrado a sua desnecessidade, também, se digne Vossa Excelência mandar expedir Alvará de Soltura em nome do enclausurado. 
Nestes termos,
Pede deferimento.
Limeira, .... de .... de ........
ADVOGADO
OAB nº

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