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1 INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO SANT’ANNA CURSO: DISCIPLINA: METODOLOGIA CIENTÍFICA PROFESSOR: OLIVIO FERNANDO FREGOLENTE UNIDADE 6: 6. Conhecimento Humano ASSUNTO N.º 6a: 6.1. Empírico; 6.2. Científico; 6.3. Filosófico; 6.4. Teológico; 6.5. Do aparente para o oculto; 6.6. Senso comum x Científico. AUTOR(ES) : Exercícios QUANTIDADE: 4 Páginas O QUE É UM HOMEM? Uma peça de teatro francesa de 1963 procura essa resposta. Seu tema era acaba de se descobrir na Oceania e de se trazer para Londres um grupo de “erectus”, chamadas familiarmente de “tropis”. Serão homens ou macacos? Ninguém sabe definir. Um jornalista encarrega-se de resolver a duvida Espera médico para verificar a morte e em seguida a policia para verificar o crime. Mas terá sido um crime? O tribunal espantado pede ajuda para saber se um homem ou outro animal foi morto. Se fosse um homem seria assassinato. As provas são discutidas: - Não enterram eles os seus mortos? - Sim, mas não em túmulos iguais são nossos. - Sabem falar? - O que e a linguagem? Um conjunto de sons que formam palavras. Quantos sons são necessários? Quantos palavras? Os chineses tem 40 mil Palavras . nós temos 30 mil, os vedas do Ceilão tem duzentos e cinqüenta que enunciam como uma lenga lenga. Seria uma linguagem? O corvo emite quarenta sons diferentes. Os paranthropus tem cento e dezoito gritos ou modulações diferentes. Será que o número de sons daria para identificar o que e um homem? Um professor de anatomia foi interrogado. O que é um homem? Se o animal se coloca na posição vertical, eis o Homem! Para que isso possa acontecer o astrágalo no tornozelo deve ser largo, muito simples. Um outro professor contesta: - O que determina se é um homem é a forma de seu pé, que deve ser bem deferente de suas mãos. Se os “tropis” possuem mãos muito semelhantes a seus pés só podem ser macacos. Neste momento um outro perito intervém dizendo: - Os “tropis” não são homem pois não possuem amuletos, os pequenos objetos que não servem para nada, mas que são considerados como talismãs não existe nenhum homem que não possuem um certo número deles. Após longa discussão chega –se a seguinte conclusão: o Homem é um animal que se revolta contra sua natureza e sua situação de animal. O único problema era saber se os “tropis” mostraram “espirito de rebeldia”. Nada seria necessário todo grupo apresentar essa rebeldia, bastavam alguns pois bem já que alguns apresentaram tal comportamento, tem de se admitir tratar-se de homem. E a peça termina afirmando que o jornalista cometeu um crime do tribunal ter declarado que os “tropis” são homens. 2 O QUARTO DE ESPELHOS Havia uma pessoa que morava num quarto de espelhos. Tudo era revestido de espelhos, as paredes, chão e o teto. Dentro desse quarto de espelhos ela só enxergava a si mesmo. Ela só via a si própria. Sua doenças, sua falta de dinheiro, seu emprego ruim, seu baixo salário, etc. conforme ela se deslocasse para um canto desse quarto, por um fator prismático, ela conseguia ver sua própria imagem dezenas de vezes. Mas sempre a si própria. Certa dia, por essas coisas inesperadas que acontecem na vida de todos nós sem que tenhamos programado, um espelho do seu quarto foi quebrado. No lugar do espelho, foi colocada uma janela. Pela primeira vez essa pessoa olhou para fora do seu quarto de espelhos e ficou atônita, espantada, estupefata ao ver que fora do seu quarto de espelhos, também existiam outras pessoa, existia gente. Gente que amava, gente que sorria, gente que mais rica que ela, gente que mais pobre que ela, gente que mais bonita que ela, gente que mais feia que ela. Isso foi para ela um tormento. Outra coisa aconteceu em sua vida e outro espelho foi quebrado e substituído por outro janela, desta vez do outro lado do quarto. Igualmente espantada e atônita, essa pessoa viu que também do outro lado existia gente. Passava gente que sorria, gente que sofria, gente que chorava, gente que amava... Mais outro espelho foi quebrado e substituído por uma janela. Outro e mais outro... E essa pessoa teve que ir substituindo espelhos por janela..... E diz pequena estória que essa pessoa somente se encontrou e sentiu-se feliz e realizada, começando a experimentar o sucesso no dia em que trocou o último espelho, pela último janela. Não se vendo mais, não enxergando somente os seus problemas, voltou-se para fora de si e começou a trabalhar com os outros, a dedicar-se ao seu emprego, aos seus amigos, aos seus colegas, aos mais carentes. Passou a ver o mundo a partir de outra ótica que não a do seu egocentrismo. Daí encontrou-se, pois gente só se encontra quando se esquece. O VENDEDOR DE CACHORRO-QUENTES. Um homem vivia á beira de uma estrada e vendia cachorro-quentes. Não tinha rádio e, por deficiência de vista não podia ler jornais mas em compensação, vendia bons cachorro- quentes. Colocou um cartaz na ceira da estrada, anunciando a mercadoria, e ficou por ali, gritando sempre quando alguém passava: - olha o cachorro-quente! E as pessoas compravam. Com isso, aumentaram os pedidos de pão e salsichas e acabou podendo construir uma boa mercearia. Entrão, mandou buscar o filho, que era um homem culto, letrado e vivia em grande cidade. Mandou buscar este filho para ajudar e tocar o seu negócio e ... alguma coisa acnoteceu. O filho veio e disse: - Papai, o senhor não tem ouvido rádio? Não tem lido jornais? Não tem visto o noticiário na TV? Há uma crise muito séria, a situação internacional é perigosa! Diante diso, o pai pensou: - Meu filho estudou na universidade! Ouve radio e lê jornais, portanto deve saber o que esta dizendo! Então diminuiu o pedido de pão e salsicha, tirou o cartaz da beira da estrada, reduziu os seus investimento, mas continuou por ali, apregoando os seus cachorro-quentes. As vendas caíram do dia para noite e ele, convencido, disse para o filho: - você tinha razão meu filho, a crise é mesmo muito séria! Na outra beira da estrada, outro vendedor de cachorro-quantes, vê sua frequesia aumentar e instala um cartaz: temos refrigerante e cachorro-quentes e suas vendas crescem e seu lucro também. Crise e oportunidade sempre andam juntas. Esta história é antiga, qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência. 3 O Pai e seu Filho Um pai tinha uma família culos filhos viviam em perpétua ruxa entre si. Ao fracassar na solução de suas disputas através de exortações, o pai tmou a decisão de lhes dar uma ilustraçãoprática sobre os males da desunião; e com esse objetivo, um dia disse aos filhos para levar a ele um feixe de varas. Depois que levaram, o pai colocou o feixe sucessivamente nas mãos de cada um deles e ordenou que o quebrassem em pedaços. Os filhos tentaram com toda força, mas não consequiram. Em sequida, ele abriu o feixe, separou as varas uma a uma e colocou-as de novo nas mãos dos filhos, que quebraram com facilidade. Então, dirigiu-se a eles com as sequintes palavras: “meus filhos, se vocês tiverem a mesma opinião e se unirem para se ajudar mutuamente, serão como este feixe, incólumes a todas as tentativas de seus inmigos; mas se estiverem divididos entre si, serão quebrados com a mesma facilidade com que estas varas o foram” DOIS SAPOS Vivia um sapo – no fundo dum poço. Lá nascera, lá vivera, de lá nunca saíra – e lá esperava morrer. Seu horizonte era de um metro e meio de largura – o diâmetro do poço. A profundidade de sua vuda era de três palmos – como as águas do poço. Para além da borda do po’do – nada mais existe para ele... Certo dia, tombou no fundo do poço – um sapo de outras regiãos... Vinha de longe, de muito longe – das praias do mar... Com secreto rancor, viu o primeiro invadido pelo seguundo o seu espaço vital. Mas, como o segundo era mais forte,resolveu o primeiro não o guerrear- leimitar-se á defesa passiva.... Depois de três dias de diliêncio recíproco, travou-se entre os dois batráquios o diálogo sequinte: - Donde vens tu, estranho invasor? - Das praias do mar, ignoto ermitão. - Que coisa é mar? - O mar? Omar é uma grande planícia d’água. - Tão grande com esta pedra em que pousam minhas pernas gentis? - Muito maior. - Tão grande como esta água que reflete e meu corpo esbelto? - Maior, muitíssimo maior. - Tão grande como este poço, minha casa. - Mil vezes maior. Milhares de pocós destes xaberiam no mar que eu vi. O mar é tão grande que sempre começa lá onde acaba. É tão grande que todo o céu cabe nele, e ainda sobre mar. Todos os sapos do mundo, pulando a vida inteira, não chagariam ao outro lado. - Tão grande é o mar á cuja margem nasci e vivi. - Safa-te daqui, mentiroso! – exclamou o batráquio do poço. – Coisa maior que este poço não pode haver! Mais água que este água é mentira! Desde então viviam os dois em pé de guerra, no fundo do poço. Não diz a historia se algum deles. Super-sepo, venceu nessa luta feroz... Nem dizse deles, batráquio, convenceu o outro da verdade das sua ideias... Consta apenas que, desde esse tempo, vivem no mundo seres que só crêem em simesmos.. Seres que sebem tudo oque os outros ignoram... Seres que tacham de loucos os que afirmam o que eles não compreendem... Seres de tao vasro saber que consideram desdouro aprender... São fales, meu amigo, em mares – a quem mares não viu! Horizonte de metro e meio, água de três palmos de fundo, pedra de meio palmo- quemais que o batráquio dum poço? Deixa ao ignorante a sua feliz ignorância! Noa fales em mares a quem para poço nasceu! Cada qual com seu igual...
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