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Obesidade Infantil

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A ATUAÇÃO DO PERSONAL TRAINER NO TRATAMENTO DA OBESIDADE INFANTIL
Fernando Piai Martins�
Resumo
A obesidade infantil vem aumentando muito nos dias de hoje, trazendo vários problemas físicos e emocionais, principalmente à saúde da criança. Este trabalho teve como objetivo verificar a importância do personal trainer na busca da melhoria da saúde e desempenho entre outros aspectos da criança obesa em seu atendimento que é realizado através de um programa personalizado com atividades físicas. A execução varia conforme as limitações à natureza da criança, pois há uma grande preocupação na prescrição das atividades tornando assim uma contribuição não só físicas, mas também psicológica moral e social onde se envolve a vida do cliente que utiliza este tipo de treinamento na busca de alternativas para suprir suas necessidades físicas. O atendimento para crianças obesas vem crescendo nos últimos anos em decorrência do crescimento da obesidade infantil ter aumentado muito. Com isso o trabalho do personal é importante para que a criança possa receber um atendimento diferenciado e adequado. Os resultados do trabalho são bons desde que haja a colaboração da família e do meio em que a criança esteja inserida, sendo que há a necessidade de um acompanhamento nutricional juntamente com o acompanhamento físico. 
 
Palavras-chave: Personal Trainer, Obesidade Infantil, Atividade Física. 
1 INTRODUÇÃO
	A obesidade infantil está relacionada a vários aspectos dos riscos da saúde, tanto no estado corporal, nutricional tendo uma desordem metabólica e nutricional definida como excesso de gordura do corpo (BRAY, 1992). O distúrbio de peso na infância tem crescido muito devido a muitos fatores, porém com a ajuda dos profissionais que atuam como personal trainer tem se visto grande melhoria e bons resultados em crianças que estão sendo trabalhadas por eles. Para se avaliar a obesidade e o tratamento de uma criança obesa é preciso se fazer uma avaliação da composição corporal para posteriormente desenvolver programas apropriados para a redução do peso.
	A importância da atividade física para a qualidade de vida da criança é um requisito básico para o seu crescimento e desenvolvimento e está associado a uma alimentação saudável e boa saúde (SOTELO, 2004). As crianças têm baixos níveis de atividade física diária, elas vão à escola somente de carro ou ônibus por questão de segurança, vivem cada vez mais em apartamentos, e praticam cada vez menos atividade física na educação física escolar.
	Para Sotelo (2004) a obesidade infantil quanto em adulto é definida como uma doença crônica causada por excesso de gordura no corpo, maior quantidade de tecido adiposo em que ocorre simultaneamente de fatores de riscos genéticos, endócrinos, metabólicos ambientais e alterações nutricionais. Há uma ampla indicação clínica da obesidade infantil e a avaliação torna-se precisa na interpretação dos resultados, quando a criança tem um percentual de gordura corporal entende-se que ela tem riscos em relação a sua saúde ou apresenta um maior risco comparando àquela criança que não é obesa.
	Diante disso e de outros fatores a obesidade infantil é a consequência da inatividade física. Para isso tratar e prevenir a obesidade é uma questão de escolha dos pais e da própria criança em mudar hábitos alimentares e dar início a atividades físicas que resultem perda de peso e ganho da qualidade de vida. O trabalho do Personal Trainer é muito válido quando realizado por um profissional capacitado e que esteja interessado no resultado do seu cliente ou aluno. Cada passo dado é uma grande vitória e a criança passa a ter mais vontade e se sente estimulada a não desistir de emagrecer e ter uma melhor qualidade de vida mediante a avalição do que ela necessita.
	Segundo Santos; Sabia; Ribeiro (2004) é necessário que a criança seja avaliada na estimativa da composição corporal, para o desenvolvimento de programas apropriados para a redução do peso, durante os quais a massa corporal magra permaneça estável e a gorda seja reduzida. Diante disso este trabalho tem o objetivo de fornecer conhecimentos sobre a obesidade infantil e o trabalho do Personal Trainer no combate a ela. Sabe-se que é de extrema importância que os olhos estejam atentos a este problema que tem acometido tantas crianças. A pesquisa bibliográfica realizada fará com que sejam abordados os benefícios dos programas no combate e prevenção da obesidade infantil.
2 A OBESIDADE INFANTIL 
	A obesidade infantil vem aumentando em muitos países e no Brasil tem entrado neste perfil epidemiológico. A obesidade na infância pode ser mais difícil do que na fase adulta, pois a criança nem sempre entende os danos que ela causa a saúde. Este assunto se destaca na área da saúde e é considerado um grave problema de saúde pública, havendo um aumento principalmente nos países de primeiro mundo. (BRASIL, 2006)
	Segundo Mello (2004) o interesse na prevenção da obesidade infantil se justifica pelo aumento de sua prevalência com permanência na vida adulta, pela potencialidade enquanto fator de risco para as doenças degenerativas. O início da obesidade ocorre especialmente no primeiro ano de vida até os seis anos e na adolescência. 
Para Dâmaso (2001) a obesidade na infância agrava-se na vida adulta, pois a morbidade traz consigo fatores de riscos que se levam da fase adulta. Com isso resulta-se que quanto mais tempo a criança ser obesa mais provável que em sua vida adulta ela também será. 
De acordo com Pinho e Petroski (1997) o excesso de peso não desaparece espontaneamente a partir dos seis anos de idade. Desta forma, entende-se que a obesidade não é somente um problema estético, mas também um problema de saúde, pois a obesidade infantil faz com que a criança desenvolva problemas de saúde e também um grande problema que elas sofrem é o bullying por parte de colegas onde elas se sentem envergonhadas, excluídas resultando em muitos transtornos psicológicos. A criança obesa sofre discriminação e isso prejudica seu funcionamento físico e psíquico. 
	Para Mara & Luiz (2002) a criança se refugia na televisão, no computador e na alimentação, atividades que favorecem o aumento de seu peso, levando a desenvolver sintomas depressivos.	 Segundo Luiz (2005) tais sintomas podem interferir na infância de maneira muito intensa e isso prejudica o rendimento escolar e o relacionamento social. A má alimentação é um fator muito grande para a obesidade infantil pois há uma grande variedade de propagandas que usam desenhos, brincadeiras, imagens que chamam a atenção da criança que se torna consumidora desses produtos somente pela propaganda. Os alimentos industrializados estão ligados ao ganho de peso excessivo. Acredita-se que a ingestão alimentar não está vinculada à fome, mas sim a uma fonte de prazer.
	Diante desses fatores é extremamente importante tratar a obesidade infantil de maneira multidisciplinar, isto é, envolver profissionais da saúde e de educação física para que a criança tenha uma mudança no seu estilo de vida. Faz-se necessário que a família esteja empenhada com as mudanças e nos planos de alimentação e atividade física.
2.1 O PAPEL DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NO COMBATE À OBESIDADE 
	A obesidade infantil preocupa os familiares, pois quando passam a ver alterações no corpo da criança muitos começam a questionar onde estão errando em relação a alimentação. É muito raro uma família pensar na inatividade física a princípio, somente pensam na alimentação. Portanto sabe-se que é um conjunto de fatores que levam à obesidade, e tais mudanças precisam ser trabalhadas em conjunto com a família para que haja melhor resultado (MELLO MEYER & LUFT, 2004).
	Sabe-se que muitos pais criticam seus filhos e reclamam que eles não gostam de comer alimentos saudáveis e isso gera na mente da criança uma culpa e vergonha por estar naquela situação. Nas reuniões de família sempre alguém faz um comentário que desagrada e muitas vezes os pais justificam o comentáriofazendo uma crítica e colocando a culpa somente na criança. Muitos pais levam seus filhos em endocrinologistas com a intenção de querer ver o filho emagrecer, porém quase ninguém assume a responsabilidade de que quem leva comida para casa são os adultos. O tratamento então se torna complexo, pois precisa envolver uma equipe para se ter um bom resultado e a família precisa estar disposta a ajudar e apoiar a criança na obtenção dos resultados esperados (MELLO MEYER & LUFT, 2004).
	As autoras ainda ressaltam que o apoio da família irá trazer resultados positivos em uma escala de mudanças de hábitos alimentares onde os pais irão mudar também seus hábitos, pois a criança não pode ser responsabilizada pela sua obesidade sozinha. Com isso ao se reverter o sobrepeso da criança obesa a família também mudará seus hábitos que será a reflexão do tratamento. O papel da escola no combate a obesidade é muito importante, pois se sabe precisa servir uma alimentação saudável, porém a merenda escolar muitas vezes oferecida em cantinas não tem valor nutricional bom e sim possui alto teor calórico.
	Mas sabe-se que já existem muitas escolas que tem um profissional de nutrição e que é oferecidos às crianças alimentos saudáveis e que mantem todas bem alimentadas. A escola pode com isso desenvolver palestras, projetos que se tratam do consumo de alimentos saudáveis e isso irá envolver todos os alunos e professores em algo importante e que se obterá resultados positivos no tratamento e prevenção da obesidade. Daólio (1996) traz um fator importante é a educação física escolar, sendo vista como parte da cultura humana, onde deve ser valorizada para que o aluno em sua prática possa ser estimulado a movimentar-se prazerosamente conhecendo as possibilidades do seu próprio corpo.
	
2.2 A AVALIÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL
	Para classificar-se um indivíduo obeso é necessário fazer um cálculo do seu índice de massa corporal o IMC (índice de massa corporal) é a medida de diagnóstico populacional mais utilizada para estudos epidemiológicos. Este é obtido, medindo-se o peso (kg) e a estatura (m) do indivíduo. A partir dos valores obtidos, calcula-se o IMC (kg/m2), dividindo-se o peso pela altura ao quadrado, podendo-se, então, identificar o grau de obesidade (DÂMASO, 2001).
	Todo método tem sua valia na triagem de crianças obesas, porém a avaliação deve ser criteriosa considerando o sexo, a idade e a maturidade para assim obter valores para a classificação. A avalição pode ser realizada por um profissional qualificado, tanto na área de saúde como também por um profissional de educação física dentro de uma academia, ou na escola.
	
2.3 OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA
	Para Melo; Meyer; Luft (2004) um fator que desencadeia a obesidade infantil é a falta da prática da atividade física. A aptidão física é caracterizada pela força e flexibilidade e com isso é fácil identificar crianças em risco de obesidade, pois elas de um modo geral não gostam de atividades físicas e a própria obesidade faz com que ela seja sedentária.
	Estudos relacionam o tempo em que as crianças ficam em frente à televisão ou computador e a taxa de obesidade é muito grande neste aspecto, pois a criança passa muito tempo sentada, comendo e não se movimenta e não gasta suas energias. A atividade física de crianças obesas é menor do que as não obesas, e verifica-se que a criança obesa tem menor agilidade para a atividade física sistemática (MELO MEYER &LUFT, 2004).
	As autoras ainda ressaltam que a avalição quando é feita dentro de uma academia para uma criança obesa ela traz consigo algo muito preocupante, pois tem difícil tolerância por ser um processo de repetição, sem o lúdico e cansativo. Isso resulta na desistência da prática das atividades em crianças que perdem a vontade e desistem da prática. O tratamento da obesidade infantil é muito difícil, pois cada criança tem um metabolismo diferente, assim como uma ingestão calórica uma engorda e outra não.
	Há poucos estudos dedicados aos aspectos das atividades físicas para crianças obesas, são escassos e imprecisos. Verifica-se que a falta de atividade física atenua a capacidade física nas crianças com sobrepeso, é ainda muito controverso se a inatividade física é a consequência da obesidade. Mesmo diante deste quadro encontram-se indivíduos que obtiveram bons resultados com a prática das atividades físicas e reeducação alimentar, com ajuda muitas vezes de uma equipe multidisciplinar para obter um resultado significativo. Os exercícios físicos demonstram que o gasto energético aumenta após um período de realização e assim pode-se entender que o treinamento físico altera o metabolismo da criança obesa. Em relação a intensidade das atividades físicas não existe um consenso ideal para criança realizar, porém observa-se em algumas literaturas que a prática de forma correta traz bons resultados.
 (MELO MEYER & LUFT, 2004).
	Segundo Lobo; Lopes (2001) a importância da atividade física para a qualidade de vida das crianças e adolescentes vem sendo claramente estabelecida, podendo ser considerada um dos requisitos básicos para o crescimento e o desenvolvimento normais, como também um importante regulador da adiposidade corpórea (LOBO & LOPES, 2001).
	Com isso sugere-se que a criança obesa realize atividades nas quais propiciarão a perda de gordura e com isso a prática regular de atividade física vai interferir positivamente no balanço energético, prevenindo doenças associadas à obesidade. Outro fator importante que traz benefícios é o fortalecimento pulmonar, muscular e ósseo.
	
3. O TRABALHO DO PERSONAL TRAINER
	
	 A aderência de um treinamento personalizado vem ganhando espaço e aumentando cada vez mais o mercado de trabalho, pois tem-se visto muito em televisão, jornais, revistas especializadas espaços que reservam sistematicamente a apresentação do profissional Personal Trainer (RODRIGUES; CONTURSI, 1998).
Para o autor Sanches (2006) o “Personal Trainer”, que traduzindo é aquele profissional que tem formação em educação física e está capacitado a ministrar e supervisionar os treinamentos seguindo os objetivos de quem o contrata respeitando assim os princípios básicos do treinamento, podendo prescrever após avalição o tipo de exercício que será realizado. O tipo de atividade física para uma criança é diferente de um adulto, pois o personal trainer precisa fazer um programa específico para perda de peso e também algo que não seja “chato” para assim estimular a criança a não desistir. O programa realizado pode ser feito dentro de uma academia, ou até mesmo fora dela, sendo um trabalho ao ar livre. 
	Ao elaborar um programa para se trabalhar é necessário encontrar atividades que a criança se interesse a praticar, estas atividades devem ser focadas nos trabalhos de coordenação, agilidade, velocidade, capacidade aeróbica, flexibilidade e força.
	Sanches (2006) defini o Personal Trainer como um profissional de educação física que ministra aulas personalizadas, na formulação e execução de programas de treinamentos específicos para cada aluno. Para que seu trabalho seja eficaz deve-se estar atento ao desenvolvimento da criança, observando suas dificuldades, necessidades para o bom rendimento de seu trabalho. Verifica-se, contudo, que o profissional de educação física não é somente um professor, ou um instrutor, mas sim um prestador de serviços.
	Segundo o autor Pinheiro (2000) o Personal Trainer aparece como um indicativo de que a educação física acompanha a evolução social, ele ressalta que a era da personificação é uma realização pessoal. 
	Com isso entende-se que o Personal Trainer desempenha um trabalho importante para se alcançar uma vida saudável de forma personalizada e motivadora, deixando assim de ser um serviço de luxo passando a ser um serviço necessário.
	Mas também ele é um educador de formação pedagógica que compreende e atende aos seus clientes, sendo extremamente importante conhecer cada aluno mantendo uma boa relação, principalmente em se tratar da criança,que necessita se sentir confortável e ter segurança em estar sendo acompanhado por alguém que não seja família ou um professor de sua escola. 
	
3.1 A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO
	O processo motivacional é importante na realização do trabalho, porém sabe-se que existem muitas dificuldades nas respostas, devido ao número de teorias sobre o entendimento desses processos. O atendimento personalizado deve ser seguido de motivação diante do trabalho realizado. 
	Machado (1996):
Acredita que motivação é a combinação entre possibilidade de atuação e a vivencia no esporte. A motivação exerce quatro funções que são a energética, a direcional, a seletiva e a somativa que gera novos aprendizados, sendo assim motivar é insistir no treinamento para a manutenção e pela busca do objetivo (MACHADO, 1996).
	
	Quando um indivíduo pratica um exercício por demanda, como por exemplo; indicações médicas ou dos pais, existem uma probabilidade muito grande de haver o abandono ou a realização de menor frequência. Ao se tratar de motivação em uma criança é extremamente se ter um ambiente ativo e retribuidor, pois havendo um propósito tudo passa a ser mais atraente e prazeroso.
4. PROGRAMAS DE ATIVIDADES FÍSICAS PARA CRIANÇAS OBESAS
	É de extrema importância que o Personal Trainer pense de forma criativa quando estiver preparando os programas de atividades físicas para o trabalho com a criança obesa, isto é criar formas de movimentação como jogos, brincadeiras que possam assim atender aos princípios de treinamento e também a parte lúdica (SIEGEL, 1987).
	Os programas de atividades físicas constituem em todo movimento que a criança realiza com seu corpo provando contração muscular esquelética que ocasiona gasto energético e tais programas precisam ser planejados, estruturados para assim promover e manter níveis de aptidão física.
	Como já mencionamos as crianças têm baixos níveis de atividades físicas e cada vez mais está sedentária e passam a desenvolver a obesidade já muito cedo. Com isso entende-se que a prática da atividade física é uma forma da criança obesa mudar sua vida trazendo benefícios corporais e sociais (SILVA, et al, 2007). 
	Verifica-se diante de pesquisas que a atividade física com exercícios aeróbicos produz um maior efeito da massa corporal, a natação, caminhada, corrida, ciclismo são atividades que promovem adaptações ao controle de massa corporal. Há também outras categorias de atividades que são a dança, hidroginástica e outros que sendo trabalhadas têm grandes eficácias nas alterações da composição corporal.
	O tempo de prática de qualquer dessas atividades e outras seria de 60 minutos todos os dias da semana (BLAIR, 2004).
	A escola é um dos locais onde a criança pode praticar atividades físicas nas aulas de educação física que é um componente curricular, porém fora da escola é onde a criança necessita também de praticar algum exercício físico e entender que os benefícios dele são importantes para sua saúde (ALVES, 2007).
	É pensando nisso que entra o trabalho do Personal Trainer com atividades diversificadas sendo atividades recreativas nas quais as crianças gostem muito, entre elas pode-se citar o futebol de campo que pode ser realizado em grupo como atividades com bolas, e outros recursos, atividade em piscina com acessórios que estão disponíveis no mercado para se trabalhar de forma lúdica como o macarrão, pesos de borracha, bolas etc., outra atividade é o atletismo adaptado onde a criança faz as atividades de revezamento com intervalos, corridas, agachamento sendo também de forma lúdica e de muita interação; uma outra atividade que está sendo valorizada é a trilha lúdica em cidades que tem bosques, sendo realizada caminhadas onde a criança tem contato com a natureza; uma atividade muito conhecida é o pular corda, existem músicas onde as crianças podem cantar e pular a corda obedecendo aos comandos da música, outras atividades que as crianças se interessam muito são as competitivas, pois se esforçam muito para serem vencedoras (ACSM, 2000).
	Quando o trabalho é realizado dentro de uma academia, o programa deve ser feito de forma lúdica utilizando os aparelhos que a criança pode usar, sabe-se que nem todos os aparelhos de uma academia poderão ser usados, pois há alguns que são somente para adultos, principalmente os levantamentos de peso ou aparelhos que exijam muita força que ao invés de resultar em benefícios a criança pode sofrer lesões que comprometerão sua saúde corporal.
	Diante disso o profissional deverá avaliar a criança antes de começar o programa de atividade física realizada dentro da academia, pois segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda-se que essas atividades sejam três vezes por semana num tempo de trinta minutos, mas o ideal seria sessenta minutos por dia (LIMA, 2014).
	Outro tipo de avalição é realizar uma radiografia de idade óssea para assim saber o grau de maturação e potencial de crescimento. Após realizar as avaliações necessárias a criança poderá iniciar as atividades que deverão ser sempre assistidas em todo tempo pelo seu Personal Trainer (ANS, 2009). 
	Vale ressaltar que mediante a toda prática de atividades físicas deve ser acompanhada de uma boa hidratação e também uma alimentação balanceada e saudável, a fim de promover um desenvolvimento adequado e se ter um bom desempenho físico durante as atividades.
	Muitas academias têm oferecido circuito de atividades lúdicas utilizando bolas, pesos, aparelhos de jumpig entre outros que fazem com que a criança tenha maior interesse na realização das atividades.
	É importante que seja escolhido para cada faixa etária os exercícios indicados, por exemplo, a faixa etária entre dois e cinco anos as atividades devem ser as que estimulam o movimento, entre cinco e dez anos serão exercícios de fortalecimento muscular e partir daí outros esportes e exercícios podem ter uma maior variedade para o desenvolvimento do trabalho (ANS,2009).
	Sabe-se que nem sempre o Personal Trainer terá uma grande equipe para desenvolver as atividades acima citadas, porém se for um trabalho individual ele poderá adaptar todas essas e outras para a realização e com certeza terá um grande sucesso no desenvolvimento.
	
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	 Diante do crescimento da obesidade infantil a procura por métodos e tratamentos pelos pais tem sido grande para resolver ou amenizar este problema, com isso a busca por profissionais que desenvolvam alguma forma de resolver e acabar com a obesidade tem sido um grande desafio. Mediante a pesquisa entende-se que o trabalho de um Personal Trainer é muito delicado, pois ele trabalhará não só o corpo, mas algumas situações onde envolve o psicológico da criança obesa. O trabalho precisa ser diferenciado e específico para cada um que vem a praticar uma atividade física. Os pontos abordados neste trabalho foram importantes para a utilização de um profissional da área de Educação Física, através da pesquisa foi analisado a complexidade de ser um treinador que ajuda com seu trabalho de Personal Trainer o combate à obesidade infantil. Com isso destaca-se a necessidade de a criança obesa praticar atividades físicas.
	A pesquisa trouxe muitos pontos importantes e que podem auxiliar tanto profissionais, pais e futuros profissionais que irão trabalhar com a educação física como também com atividades físicas no âmbito escolar e fora dele como academias, projetos entre outros. Essas e outras questões servem de reflexão para o crescimento profissional que impulsionam o Personal Trainer a buscar por mais conhecimentos para se ter uma melhor atuação. Assim fazem-se necessários novos estudos. Conclui-se então que é necessário o desenvolvimento de atividade dinâmicas que provoquem gasto de energia contribuindo assim na prevenção e controle da obesidade, diante de todas as informações faz-se necessário que o hábito de praticar atividades físicas auxilia esta doença que é a obesidade, que tem atingido muitas pessoas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAgência Nacional de Saúde Suplementar (Brasil). Manual técnico de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças na saúde suplementar / Agência Nacional de Saúde Suplementar (Brasil). – 3. Ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro: ANS, 2009. 244 p.
ALVES, U. S. Não ao sedentarismo, sim à saúde: contribuições da Educação Física escolar e dos esportes. O Mundo da Saúde, São Paulo: out/dez 2007.
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. Sexta edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan p. 91-144, 2000.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Obesidade/Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
BRAY, G. An approach to the classification and evaluation of obesity. In: BJÖRNTORP, P., BRODOFF, B.N. Obesity, Philadelphia: J.B. Lippincott, 1992. P.294-308
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LIMA, D.F, Levy RB, Luiz O.C. Recomendações para atividade física e saúde: consensos, controvérsias e ambiguidades. Ver. Panam Salud Pública. 2014.
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RODRIGUES, C. E. C.; CARVALHO, N. Manual do Personal Trainer. Rio de Janeiro: Sprint, 1998. 
� Graduado em Educação Física Licenciatura Plena. E-mail: � HYPERLINK "mailto:piai_fernando@hotmail.com" �piai_fernando@hotmail.com� Orientador: Eric Turossi Amorim. E-mail: � HYPERLINK "mailto:ericdta@gmail.com" �ericdta@gmail.com�

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