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MASSAGEM DE BEARD


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MASSAGEM DE BEARD
INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos, a massagem passou a ser um grande aliado da fisioterapia. Trata-se de uma terapia conhecida onde nenhuma máquina, até os dias de hoje, conseguiu equiparar as habilidades manuais do homem.
Os diversos métodos de aplicação foram criados por estudiosos que identificaram as variáveis que norteiam o seu uso prático. Suas distintas aplicações envolvem os campos da profilaxia, da estética e, principalmente, da terapêutica, que será nossa ênfase.
Os efeitos de cada técnica, e suas variáveis, são aplicadas de acordo com o objetivo a ser alcançado pelo terapeuta. O conhecimento da manobra e as condições do paciente são de fundamentais importância para uma boa aplicação da massagem, verificando-se em cada uso, uma resposta adequada.
Esta pesquisa vem informar sobre as principais formas de massagem utilizadas, suas características principais, seus efeitos mais abrangentes, suas indicações e contra-indicações, sua forma de aplicação mais adequada e a técnica básica de cada elemento. É coerente expor que as técnicas de massagem de Beard, aqui apresentadas, fazem parte de estudo teórico, não tão abrangentes na forma prática e, para um melhor aperfeiçoamento prático, faz-se necessário um conhecimento mais aprofundado.
II – CARACTERÍSTICAS DA MASSAGEM
II.1 – MASSAGEM TERAPÊUTICA
O uso de diversas técnicas manuais que objetivam promover o alívio do estresse ocasionando o relaxamento, mobilizar estruturas avariadas, aliviar a dor e diminuir o edema, prevenir a deformidade e promover a independência funcional em uma pessoa que tenha um problema de saúde específico.
Outra técnica que parece assemelhar-se à massagem é denominada “toque terapêutico”. Essa técnica não exige que o toque o paciente. As mãos do terapeuta. As mãos do terapeuta simplesmente são movimentadas sobre a parte a ser tratada, sem ocorrer o toque. A técnica pretende “equilibrar os campos de energia” em torno das partes afetadas.
Tendo em vista que os efeitos principais da massagem terapêuticas são mecânicos, embora o toque terapêutico seja uma faceta popular da medicina da Nova Idade, esta modalidade ainda está muito longe de ser brindada com uma aceitação científica significativa.
II.2 – DEFINIÇÕES DE MASSAGEM
Massagem “é o termo usado para designar certas manipulações dos tecidos moles do corpo; estas manipulações são efetuadas com maior eficiência com as mãos e são administradas com a finalidade de produzir efeitos sobre os sistemas nervoso, muscular e respiratório e sobre a circulação sangüínea e linfática local e geral” (Beard, 1952).
II.3 – TERMINOLOGIAS DA MASSAGEM
No início do século XIX, ocorreu uma mudança explicita na terminologia, evidentemente graças à influencia de Ling. Ling tem o crédito de ser o originador do sistema sueco de massagem medicinal. Viajando pela Europa, incorporou em seu sistema os termos franceses effleurage, petrissage, massage à friccion e tapotement. A esses termos , Ling acrescentou “rolamento”, “palmada”, “beliscamento”, “agitação”, “vibração” e “mobilização articular” (um exemplo típico de uma parte do esforço atual na classificação dos movimentos da massagem).
II.4 – COMPONENTES DA MASSAGEM
Os fatores que devem ser levados em consideração na aplicação das técnicas de massagem terapêutica são a direção do movimento, a intensidade da pressão, a velocidade e o ritmo dos movimentos, os meios utilizados (inclusive outros instrumentos além da mão), a posição do paciente e o terapeuta e a duração e freqüência do tratamento.
III – CONDIÇÕES BÁSICAS PARA A MASSAGEM TERAPÊUTICA
O Aspecto ético que envolve a observação de elevados padrões de limpeza e higiene pessoal faz com que o paciente se sinta confiante de que irá receber um tratamento efetivo e profissional. Considerando que o tratamento que o tratamento por massagem envolve a exposição da parte do corpo a ser tratada e o contato direto do paciente com o terapeuta, é essencial um elevado padrão de prática ética. O contato não apropriado e a exposição desnecessária devem ser evitados sob qualquer circunstância.
Os terapeutas devem demonstrar atitudes e movimentos espontâneos e relaxados, permitindo que se concentrem no tratamento ministrado. Existe um risco considerável de arranhá-lo, caso o terapeuta esteja usando um relógio ou jóias. Assim, é aconselhável que o terapeuta trabalhe sem estes objetos.
III.1 – Conhecimento da anatomia superficial
O uso efetivo das técnicas de massagem dos tecidos exige um conhecimento completo e a aplicação prática da anatomia superficial. É essencial que o terapeuta esteja familiarizado com as estruturas anatômicas envolvidas, especialmente ao realizar técnicas que visam afetar estruturas específicas, por exemplo, um tendão ou parte de um músculo.
III.2 – Preparação das mãos
As unhas devem ser mantidas razoavelmente curtas, e as pontas arredondadas, e não devem causar qualquer dano ao paciente em qualquer dos movimentos. Elas devem expressar sensibilidade e suavidade, firmeza e força. É muito importante, a eficácia das mãos na prática da massagem, e estas devem ser lavadas antes e após o tratamento, devendo estar sempre limpas.
Nos tratamentos por massagem, as mãos desempenham duas funções: dão movimento à pele, tecidos subcutâneos, músculos e outras estruturas, e adquirem informações do estado destes tecidos. Mãos úmidas, suadas, consistem em uma grande desvantagem para o terapeuta e podem ser desconfortável para o paciente.
III.3 – Áreas das mãos usadas na administração de massagem
– toda a superfície palmar de uma ou das duas mãos.
– a borda ulnar da eminência hipotênar
– uma ou mais pontas dos dedos
– uma ou mais almofadas dos dedos
– uma ou ambas as almofadas do polegar
III.4 – Lubrificantes
Se o terapeuta tem as mãos quentes, macias e secas, pode não haver necessidade do uso de lubrificantes; contudo, a maioria das situações de massagem requer uso de um lubrificante para que fiquem facilitados os movimentos das mãos sobre os tecidos do corpo. Existem vários tipos de lubrificantes:
Hoje em dia, provavelmente, o talco neutro para uso infantil é o pó mais apropriado para a massagem. Os pós têm grande vantagem comparados aos diversos óleos e loções por permitir que o terapeuta manipule o tecido muscular profundo sem o risco das mãos “escorregarem”numa superfície oleosa.
Sabão e água quente Podem ser empregados na pele suja ou seca e descamativa; é comum que o massagista se depare com esta situação quando uma parte do corpo é engessada. O sabão e a água quente são sobretudo apropriados para a remoção de pele seca e morta, onde os tecidos estão um pouco subnutridos.
Óleos e cremes podem ser usados na massagem. São úteis no tratamento da pele e tecidos subcutâneos, especialmente cicatrizes, pele seca e pouco nutridas. O creme deve ser do tipo que é ligeiramente absorvido pela pele, mas que não seja tão oleoso a ponto de restar uma grande quantidade na pele após a massagem. Deve ser usada apenas quantidade suficiente que permita o deslizamento suave das mãos sobre a pele porque uma quantidade demasiada de lubrificante impede que o massagista possa manipular firmemente os tecidos e deixa uma quantidade excessiva deste material na pele do paciente. A quantidade suficiente de lubrificante deve ser depositada em ambas as palmas. Se o paciente for empoado ou “inundado”com algum lubrificante, os poros cutâneos podem ficar entupidos, comprometendo alguns dos objetivos da massagem.
III.5 – Equipamento
O equipamento mais importante para um tratamento de massagem bem sucedido é um par de mãos bem treinadas por uma mente inteligente. Os tratamentos por massagem são praticados com o paciente bem sustentado em todas as posições. É importante o apoio para a cabeça, ombros e outras partes do corpo do paciente, sobretudo quando deitado de bruços.
A massagem pode ser administrada com o paciente sentado. Têm sido utilizadas para essa finalidade, pequenas mesas de massagem de madeira, embora fossem lançados recentemente no comércio diversos modelos para massagem sentada.Travesseiros de pronação são colocados sobre a mesa do terapeuta para sustentar a cabeça e os ombros do paciente. Devemos aplicara toalhas nas bordas do orifício para a face, a fim de que o tratamento se torne mais confortável e higiênico para o paciente. Outro objeto utilizado é a cunha ou travesseiro inclinado, um apoio aplicado para o paciente se recostar nele.
Outros dispositivos simples podem ajustar na sustentação do corpo. Por exemplo, sacos de areia, lençóis, toalhas e pequenos travesseiros podem ser empregados no apo de áreas específicas do corpo do paciente quando a massagem faz parte de um plano terapêutico. Certamente, é impossível que os pacientes fiquem apoiados confortavelmente durante o tratamento; de outra forma, podem não ser capazes de relaxar, e o tratamento irá tornar-se menos efetivo do que deveria ser.
III.6 – Posições mais comuns para tratamentos por massagem
– deitado em supino (com a face voltada para o teto)
– deitado em pronação (com a face voltada para o chão)
– sentado (com costas eretas) numa mesa acolchoada, com ambas as pernas apoiadas (posição “sentada longa”)
– sentado (com costas eretas) em um banco ou cadeira, com membro superior apoiado numa pequena mesa acolchoada, ou sobre um travesseiro colocado no colo do paciente.
– sentado (com costas eretas) em banco voltado para uma mesa acolchoada, com os membros superiores e a cabeça apoiados em travesseiros.
III.7 – Mesa de tratamento ideal
– de altura ajustável
– equipada com um orifício para face/nariz
– fabricada em pelo menos três secções, das quais as duas partes referentes às extremidades podem levantar
– descansos ajustáveis para os braços
III.8 – Posição do terapeuta
Quando o paciente está deitado em uma cama ou mesa terapêutica, a posição de pé em descanso (com os pés um pouco afastados) é o mais eficiente. Então, a oscilação para trás e para frente com os joelhos e tornozelos dobrados permite que os braços e as mãos do terapeuta sejam aplicados sobre grande área, comparativamente com o pouco movimento dos quadris e coluna vertebral. Ambos os pés devem permanecer em contato com o chão em todos os momentos, para que o equilíbrio seja mantido.
A altura da mesa terapêutica é muito importante, no aspecto da redução do risco de alguma lesão dorsal do terapeuta. A altura da mesa deve ser tal que o terapeuta possa atingir a parte do corpo em questão, ao mesmo tempo que mantém suas costas eretas. Quando o paciente está sentado em uma cadeira, a melhor posição para o terapeuta poderá ser sentado à frente do paciente.
Considerando que a massagem terapêutica é realizada com as mãos, a postura dos membros superiores é também muito importante. O terapeuta deverá evitar excessiva flexão de pulso e hiperextensão dos dedos. A boa mecânica corporal é um método essencial para a prevenção de lesões ao terapeuta.
III.9 – Componentes essenciais para uma boa técnica de massagem
– apoio e posicionamento adequado dos pacientes, de modo que possam ficar relaxados durante o tratamento.
– manutenção das mãos flexíveis, de modo que se encaixem ao contorno da parte do corpo que está sendo massageada.
– velocidade correta dos movimentos.
– manutenção do ritmo uniforme.
– regulagem da pressão de acordo com o movimento, tipo de tecido e finalidade do tratamento.
– posicionamento postural adequado e boa mecânica corporal.
III.10 – Relaxamento
É um componente importante da massagem, porque é provável que o tratamento seja muito mais efetivo se o paciente estiver o mais relaxado possível. O relaxamento pode ser pensado em dois níveis – relaxamento geral e local. O relaxamento geral descreve o estado de toda a pessoa, e o relaxamento local refere-se a uma parte específica do corpo.
III.11 – Fatores que tendem a inibir o relaxamento
– dor ou medo da dor
– medo de tratamento desconhecidos
– ambiente estranho ou novo
– ruído excessivo
– locais frios e com correntes de ar
– dificuldades respiratórias
– medo de se despir
– apoio, cobertura ou posicionamento inadequado
– fatores psicológicos (medo de hospitais, clínicas de tratamento e problemas pessoais e domésticos)
Técnicas de relaxamento específicas podem ser usadas para ajudar um paciente tenso a relaxar. Dois métodos comuns são as técnicas de contrastes e de indução. Em ambos os casos, o paciente deve estar confortavelmente apoiado.
III.12 – Método de contraste para relaxamento
Consiste em facilitar o relaxamento, ensinando o paciente a perceber a diferença (o contraste) entre a contração e o relaxamento de um músculo tenso.
III.13 – Método de indução para relaxamento
É um estado relaxo induzido diretamente no paciente, habitualmente por meio de uma conversa. Há necessidade de uma atenção cuidadosa ao conforto e apoio do paciente, e com freqüência terá muita utilidade uma música adequada ao fundo.
III.14 – Seqüência típica de contrações
– tensione os músculos do pé e da panturrilha esquerdos (com os dedos apontados para baixo e os músculos da panturrilha se contraindo); em seguida relaxe imediatamente os mesmos músculos.
– tensione o quadríceps esquerdo, relaxando-os em seguida.
– tensione os músculos do pé e da panturrilha direito (com os dedos apontados para baixo e os músculos da panturrilha se contraindo); em seguida relaxe imediatamente os mesmos músculos.
– tensione o quadríceps direito, relaxando-os em seguida.
– contraia os músculos das nádegas, em seguida relaxe-os
– contraia os extensores dorsais, pressionando a cabeça e os ombros contra a mesa acolchoada, relaxando-os em seguida.
– contraia os músculos da parede abdominal, tensionando anteriormente e relaxando-os em seguida.
– contraia os músculos peitorais, com o rolamento interno das partes superiores do braço na direção, relaxando-os imediatamente.
– feche a mão esquerda e tensione os músculos do cotovelo, relaxando-os imediatamente.
– feche a mão direita e tensione os músculos do cotovelo, relaxando-os imediatamente.
– contraia os músculos faciais (olhos fechados bem apertados, dentes cerrados), relaxando-os imediatamente.
III.15 – Direção
Os movimentos da massagem podem ser realizados em muitas direções diferentes. A escolha dependerá da finalidade de cada movimento. As direções são: centrípeta (na direção do coração, fluxo venoso/linfático); centrífuga (afastando-se do coração, direção do fluxo arterial) e em direções anatômicas específicas.
III.16 – Pressão
Como a direção dos movimentos de massagem, a pressão exercida a cada movimento individual varia, dependendo da finalidade específica do movimento e do problema físico do paciente. Algumas vezes, a pressão é constante, mas em outros movimentos é variável. A escolha da pressão depende amplamente do movimento.
É difícil avaliar com precisão a quantidade de pressão que é realmente aplicada, mas o efeito obtido depende, em grande parte, da regulagem da pressão e da estimulação por ela produzida. A pressão profunda pode promover uma forte estimulação e um aumento da tensão e dor, enquanto que uma pressão mais branda pode promover uma estimulação igualmente branda, induzir o relaxamento e diminuir a dor.
III.17 – Velocidade e ritmo
A velocidade com que cada movimento da massagem é realizado depende da função específica do movimento. Na maioria dos casos, os movimentos da massagem são realizados de forma relativamente lenta, embora alguns, como a cutilada e a palmada, sejam efetuados com bastante rapidez.
Em termos gerais, os movimentos que são efetuados lentamente tendem a ser mais relaxantes, enquanto os movimentos rápidos são mais estimulantes.
III.18 – Duração e freqüência do tratamento
A finalidade da massagem determina qual a duração do tratamento a ser administrado, e o números de sessões.
Técnicas específicas podem ser integradas com outros métodos terapêuticos, como a terapia por exercícios ou modalidade eletrofísicas. Quando realizadas nessas circunstâncias, cada técnica de massagem é praticada durante alguns minutos. São efetuadas numerosas repetições de cada movimento, dependendo do resultado a ser alcançado.Os tratamentos por massagem podem ser administrados diariamente, se necessário, ou mesmo algumas vezes por dia. Os objetivos de um plano terapêutico determinam o tipo e o número de tratamentos necessários para que seja obtido um resultado bem-sucedido, o massagista tem conhecimento disso no início do tratamento. É importante lembrar que cada paciente é diferente e responde de forma distinta ao tratamento. Obviamente, a duração do tratamento varia de acordo com o tamanho da área a ser tratada e com a patologia.
III.19 – Alterações nos sinais e sintomas
Com a mudança no estado do tecido tratado, pode haver necessidade de alterar a duração do tratamento. Tendo em mente que a massagem é um meio para atingir uma finalidade, a duração do tratamento poderá ser reduzida gradualmente, à medida que a aplicação do tratamento for obtendo resultados desejados. Se a massagem não atingiu esses resultados, sua duração pode ter sido limitada demais ou, por outro lado, prolongada demais. O terapeuta deve observar o paciente atentamente, para que possa avaliar a necessidade de uma mudança e para adaptar a duração do tratamento de acordo com as suas observações.
III.20 – Fatores ambientais que facilitam o relaxamento
– ambiente tranqüilo
– iluminação suave
– temperatura moderada
– ambiente sem correntes de ar
– área de tratamento limpa e arrumada
IV – CLASSIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DOS MOVIMENTOS DA MASSAGEM
IV.1 – MANIPULAÇÕES DE ALISAMENTO
Movimentos de alisamento são realizados com toda a superfície palmar de uma ou ambas as mãos, movimentando em qualquer direção na superfície do corpo. Sua finalidade é dar início a uma seqüência de massagem. O alisamento permite que o paciente se acostume à sensação transmitida pelas mãos do terapeuta, dando ao terapeuta a oportunidade de sentir os tecidos do paciente. Quando realizado lentamente, o alisamento ajuda o paciente a relaxar. Este movimento também mostra-se útil na união das seqüências de outros movimentos.
A Técnica básica e direção do movimento do alisamento pode ser efetuado em qualquer direção; contudo, a direção deve ser conveniente para o terapeuta, e confortável para o paciente. Os movimentos avançam ao longo de uma linha paralela ao eixo longitudinal do corpo e/ou transversal ao eixo longitudinal.
O movimento deve ter continuidade enquanto a mão estiver em contato com a pele. O alisamento deve ser rítmico e com início suave. As mãos podem ser usadas alternada ou simultaneamente. Na face, pode-se usar as pontas dos dedos de uma ou ambas as mãos.
A velocidade do movimento pode ser lento ou rápido. Se efetuado lentamente o seu efeito é relaxante, se efetuado de forma rápida é estimulante.
Profundidade e pressão do movimento nas variações do alisamento são superficial e profundo. Essas variações dependem em grande parte do tipo de movimento que está sendo realizado. Em geral, o alisamento superficial tem uma menor pressão, enquanto o alisamento profundo tem uma pressão muito maior, estimulando a circulação e o tecido muscular mais profundo.
Efeitos do alisamento podem ser obtidos por um relaxamento, produzindo um efeito sedativo, aliviando a dor e o espasmo muscular.
Realizado de forma rápida e suave, o alisamento exerce um efeito estimulante nas terminações nervosas sensitivas, resultando num efeito revigorante.
O alisamento profundo pode causar a dilatação de arteríolas nos tecidos mais profundos e também nas estruturas superficiais.
IV.1.1 – Uso terapêutico do alisamento
– ajuda no relaxamento geral ou local
– alívio do espasmo muscular e dor
– alívio da flatulência e distúrbios intestinais
– indução do sono em pessoas que sofrem de insônia
IV.1.2 – Contra-indicações do alisamento
– grandes áreas abertas (queimaduras e ferimentos)
– edema extenso com perigo de solução de continuidade da pele
– varicosidades com perigo de lesão às paredes venosas
– áreas com hiperestesias
– áreas extremamente pilosas
IV.2 – MANIPULAÇÕES DE EFFLEURAGE
O termo vem do francês effleurer: deslizar, e é um movimento de alisamento lento, realizado com pressão crescente e na direção do fluxo venoso e linfático.
Sua finalidade é mobilizar o conteúdo das veias e dos vasos linfáticos superficiais, sendo útil na facilitação da circulação.
Técnica básica e direção do movimento é realizada na direção do retorno venoso. A manipulação é efetuada com a superfície palmar de uma ou ambas as mãos, trabalhando alternada ou simultaneamente.
O movimento deve ser suave e rítmico, direcionando-se para um grupo de linfonodos, seguindo o trajeto de veias e linfáticos superficiais e sempre trabalhando das áreas distais para as proximais.
Velocidade do movimento da effleurage é realizada com bastante lentidão (6 a 7 polegadas por segundo). O ritmo é importante neste movimento, devendo ser equilibrado e constante.
Profundidade e pressão são realizados significativamente, indo aumentar gradualmente de modo que o sangue venoso e a linfa sejam “empurrados” das veias e dutos linfáticos
IV.2.1 – Efeitos do effleurage:
– fluxo linfático acelerado, resultando em uma eliminação mais rápida de catabólitos
– estimulo à circulação, facilitando a cura
– aumento da mobilidade de tecidos moles superficiais e amplitude articular.
IV.2.2 – Uso terapêutico do effleurage:
– melhora a absorção de produtos do catabolismo
– atuação junto aos distúrbios da circulação
– age nos estágios subagudos e crônicos das lesões dos tecidos moles e promove a absorção de exsudatos inflamatórios
IV.2.3 – Contra-indicações da effleurage
– grandes áreas abertas (queimaduras, úlceras, feridas abertas)
– edema extenso
– varicosidades
– áreas com hiperestesias
– áreas extremamente pilosas
– tumefação crônica no membro inferior, associada a insuficiência cardíaca congestiva.
IV.3 – MANIPULAÇÃO DE PÉTRISSAGE (PRESSÃO)
Termo oriundo do francês: amassar, ou manipulações de pressão, abrange diversos movimentos de massagem distintos, que se caracterizam por uma firme pressão aplicada aos tecidos. Seu objetivo é a mobilização de tecido muscular profundo ou da pele e tecidos subcutâneos. São realizados quatro tipos distintos de movimentos: amassamento, beliscamento, torcedura e rolamento da pele.
IV.3.1 – Amassamento
É uma manipulação em que os músculos e tecidos subcutâneos são alternadamente comprimidos e liberados. O movimento ocorre em sentido circular. Durante a fase de pressão de cada movimento, a mão (as mãos) e a pele se movem conjuntamente sobre as estruturas mais profundas. Durante a fase de liberação (relaxamento), a mão (ou mãos) desliza suavemente até uma área adjacente, e o movimento é repetido.
Finalidade do amassamento exercem uma intensa ação mecânica e objetivam afetar os tecidos profundos, também tendo utilidade na mobilização e tumefação crônica, sobre tudo nos locais em que esta tumefação sofreu um processo de organização e está impedindo a movimentação normal das articulações e do membro.
A direção básica do movimento é circular. A pressão é aplicada durante metade do movimento circular e liberada durante a outra metade, para que ocorra o relaxamento da pressão. A técnica pode ser efetuada de modo estático (amassamento estático). O movimento das mãos é efetuado durante a fase de relaxamento de cada movimento circular, se movimentando em sentido paralelo.
A velocidade do amassamento é realizada com bastante lentidão, devido à pressão exercida aos tecidos. Se for realizado com rapidez, pode na alcançar a eficácia desejada.
A pressão deve ser adaptada aos tecidos sob tratamento, e a técnica pode ser efetuada com bastante leveza, principalmente em estruturas mais delicadas como o dorso das mãos e face. A pressão deve ser aplicada até a metade de cada ciclo.
Uma variação desta técnica é o amassamento por compressão, que é um movimento básico do amassamento, também chamado de amassamento palmar. Este sugere que se envolva, no amassamento, toda a superfície palmar de uma ou ambas as mãos, comprimindo os tecidos para cima e para dentro, em um movimento circular contra os tecidossubjacentes, e em seguida liberando-os.
IV.3.2 – Beliscamento
No beslicamento, um ou mais músculos são agarrados, erguidos dos tecidos, comprimidos e soltos. O agarre e a liberação são realizados em um movimento circular, habitualmente na mesma direção das fibras musculares. A finalidade é exercer uma ação mecânica nas fibras musculares e pretende aumentar a mobilidade muscular, facilitando o funcionamento normal das articulações e dos membros.
A técnica de rotina é a manipulação, com apenas uma das mãos, de um músculo ou grupo de músculos. A pressão inicial é exercida para cima e para dentro, em um movimento circular na direção dos tecidos.
O movimento deve ser lento, contínuo e rítmico, devendo tratar todo o ventre muscular, da origem a inserção.
Deve ser usada pressão suficiente para o agarramento e levantamento do tecido muscular, com o afastamento das estruturas subjacentes. O beliscamento é uma técnica tão profunda quanto o amassamento com compressão.
IV.3.3 – Torcedura
É uma manipulação em que todos os tecidos são levantados com ambas as mãos e comprimidos alternadamente entre os dedos e o polegar das mãos em oposição. É uma técnica realizada em tecido muscular, com finalidade de mobilização de músculo ou grupo de músculos, exercendo uma ação mecânica significativa nas fibras musculares.
As mãos são posicionadas ao longo do eixo muscular, com os polegares em uma posição de grande oposição em relação aos dedos. As mãos movimentam-se alternadamente ao longo do eixo longitudinal do músculo, operando transversalmente às fibras musculares e estirando os tecidos.
Efetuado em velocidade lenta a média – cerca de 4 a 6 polegadas por segundo, em um músculo grande – e um pouco mais lento em músculos menores.
A torcedura é um movimento profundo, que objetiva a mobilização dos tecidos musculares profundos. A pressão deve ser regulada de modo a não beliscar o paciente, causando dor.
IV.3.4 – Rolamento da pele
No rolamento, a pele e os tecidos subcutâneos são rolados sobre as estruturas mais profundas.
Este movimento objetiva a mobilização da pele e estruturas subcutâneas.
Esta técnica básica é orientada com os dedos estendidos arrastando os tecidos na direção dos polegares, com uma ação lumbrical. Isso produz uma prega na pele entre os dedos e polegares. Em seguida, os polegares comprimem os tecidos na direção dos dedos, rolando-os em torno da parte do corpo, em um movimento ondular, e afastando-os do terapeuta.
A velocidade do movimento é efetuada de forma lenta, de 4 a 6 polegadas por segundo, com o cuidado de não beliscar o tecido, causando dor. O rolamento não exige necessidade de uma pressão significativa.
IV.3.5 – Efeitos da pétrissage
Sobre a circulação, pele e tecido subcutâneo
– ação sobre o fluxo arterial e venoso, melhorando-os
– estimulação ao fluxo da linfa
– melhor irrigação da pele e tecidos subcutâneos
Nos músculos:
– aumento da irrigação sangüínea
– maior eliminação de metabólitos pela maior ação venosa e linfática
– a pétrissage lenta e rítmica relaxa os músculos e alivia a dor
– a pétrissage lenta melhora a cicatrização de tecidos pós-traumatizados
IV.3.6 – Usos terapêuticos da pétrissage
– facilitar a circulação profunda e superficial
– mobilizar contraturas musculares
– mobilizar a pele e tecidos subcutâneos
– ajudar na resolução do edema crônico
– aliviar a dor e a fadiga muscular
– promover o relaxamento
IV.3.7 – Contra-indicações da pétrissage
– lacerações musculares
– articulações inflamadas
– doenças cutâneas
– lesão ou doenças de vasos sanguineos
– membros hipertônicos ou hipotônicos
– doença maligna
– infecções bacterianas locais
IV.4 – MANIPULAÇÕES POR TAPOTEMENT
As manipulações por tapotemnet ou percussão, como também são conhecidas, abrangem vários movimentos conhecidos da massagem, que se caracterizam por partes variadas da mão golpeando os tecidos em uma velocidade bastante rápida. As mãos operam alternadamente, e os pulsos são mantidos flexíveis, com movimentos leves, elásticos e estimulantes. Estes movimentos visam estimular os tecidos.
IV.4.1 – Palmadas
A palmada é um movimento com uma ou ambas as mãos, em que as mãos em conchas golpeiam rapidamente a superfície cutânea, comprimindo o ar e provocando uma onda de vibração que penetra nos tecidos. O objetivo é estimular os tecidos por meio de uma ação mecânica direta. Sobre os pulmões, ajudam a soltar as secreções e sobre os músculos, atua dos aferentes aos fusos musculares.
As palmadas são aplicadas com movimentos alternados das superfícies palmares das mãos em conchas. O movimento e executado pela extensão e flexão dos pulsos alternadamente.
As palmadas são efetuadas com bastante rapidez, com o objetivo de estimular os tecidos. A própria velocidade é determinada pela capacidade do terapeuta em coordenar os movimentos dos pulsos, mas deve se equipara o grau de conforto para paciente e terapeuta. Este movimento deve ser executado rapidamente, mas com suavidade sobre toda a área ser tratada.
IV.4.2 – Pancadas
Este movimento é executado com uma ou duas mãos, em que o pulso frouxamente cerrado golpeia a parte do corpo, de modo que o aspecto dorsal das falanges médias e distais dos dedos e a parte do coxim da palma da mão entram em contato com os tecidos. Embora seja executada de forma semelhante à palmada, a pancada é mais estimulante.
A pancada é executada com movimentos alternados do aspecto dorsal das falanges médias e distais das mãos, que formam punhos frouxamente cerrados.
As pancadas são aplicadas com bastante rapidez, pois seu objetivo é estimular o local em tratamento, com a velocidade adequada sendo determinada pelo terapeuta.
O movimento realizado de forma rápida e com uma pressão bastante superior a da palmada é a característica da pancada. O movimento é alternado entre a extensão e a flexão dos pulsos.
IV.4.3 – Cutilada
A cutilada é um movimento efetuado com uma ou duas mãos, em que as bordas laterais e superficiais dorsais dos dedos golpeiam a superfície da pele em rápida sucessão, com o objetivo de criar um efeito estimulante e vigoroso da pele, tecidos subcutâneos e musculares.
A velocidade do movimento é aplicada com a maior rapidez possível, necessitando coordenação rítmica do terapeuta para uma melhor eficiência do movimento. Quanto a pressão utilizada, deve-se utilizar suavidade no movimento.
IV.4.4 – Socamento
O socamento é um movimento em que as bordas ulnares dos pulsos frouxamente cerrados golpeiam alternadamente e em rápida sucessão a parte sob tratamento. Sua finalidade é estimulante, sendo mais profundo que a cutilagem.
O movimento deve ser realizado tão rápido quanto o permita a coordenação do terapeuta. Assim, o socamento é utilizado em para estimulação de massas musculares grandes e profundas.
IV.4.5 – Efeitos do tapotemento
Efeito mecânico: se a percussão for aplicada sobre o tórax, com o paciente em posição de drenagem, o muco aderido pode ser solto do trato respiratório e mobilizado ao longo do mesmo, para ser expelido pela tosse.
Efeitos reflexos: a princípio ocorre vasoconstrição secundária à estimulação dos nervos vasomotores, mas que é seguida pela vasodilatação. Sobre as fibras musculares produz um efeito de estiramento que facilita a contração muscular (via reflexo de estiramento). As terminações nervosas sensitivas (sobretudo mecanoreceptores) são estimuladas, dando origem ao alívio da dor, mediante o mecanismo de ponte espinhal do controle de sensações dolorosas.
IV.4.6 – Usos terapêuticos do tapotemento
– tratamento dos distúrbios crônicos do tórax (fibrose cística e broncequitasia)
– efeito estimulante geral
– alivia a nevralgia após amputação, traumatismo ou outro processo patológico
IV.4.7 – Contra-indicações do tapotemento
– aplicação de palmadas em casos de insuficiência cardíaca
– palmadas no tórax em caso de embolia pulmonar aguda
-agitação e vibração para hipertensão severa
– hiperestesia
– flacidez
– espasticidade
– tecido cicatricial recém formado
– edema agudo
– câncer ou tuberculose
IV.5 – VIBRAÇÃOe AGITAÇÃO
É uma técnica praticada com uma ou duas mãos, em que um delicado movimento de agitação, ou tremor, é transmitido aos tecidos pela mão ou pelas pontas dos dedos. Sua finalidade é principalmente ajudar a soltar as secreções nos pulmões e estimular o tecido muscular.
A vibração deve ser aplicada durante a fase expiratória da respiração e a agitação pode ser bastante rápida. As vibrações têm uma qualidade bastante fina. Pouca pressão é aplicada durante o ato de vibrar o tórax.
A agitação é uma técnica usada com uma ou duas mãos, em que se movimenta de forma rítmica, ou através de tremor, e é transmitido aos tecidos através das pontas dos dedos. Sua finalidade é a mesma da vibração. É semelhante à vibração, mas comumente realizada de modo muito mais “grosseiro”. Também pode ser estimulada para estimular o tecido muscular.
Considerando que o movimento é bastante grosseiro, habitualmente é feito de forma lenta.
IV.5.1 – Efeitos da vibração e da agitação
Efeitos mecânicos: quando são aplicados sobre o tórax, soltam o muco aderente. Quando aplicados sobre o estômago e intestino, as manipulações causam a mobilização dos gases. As mobilizações podem ajudar na resolução de edemas.
Efeitos reflexos: vibrações aplicadas sobre os nervos podem aliviar a dor. Também pode ser empregado na facilitação de uma contração muscular (estiramento reflexo).
IV.5.2 – Usos terapêuticos da agitação e da vibração
– distúrbios torácicos agudos e crônicos para soltar o muco
– alivio da flatulência
– edema crônico
– nevralgias
IV.5.3 – Contra-indicações para a agitação e vibração
– fraturas graves das costelas
– insuficiência cardíaca congestiva
– embolia pulmonar
– hipertensão severa
– hiperestesia
– espasticidade
IV.6 – FRICÇÕES PROFUNDAS (FRICÇÕES DE CYRIAX)
A massagem por fricção de Cyriax foi projetada para afetar os tecidos conjuntivos dos tendões, ligamentos e músculos. O mais famoso expoente moderno de massagem por fricção profunda foi James Cyriax.
As fricções profundas consistem em movimentos breves, precisamente localizados e profundamente penetrantes realizados numa direção circular ou transversal. Estes movimentos profundo são realizados pelas pontas dos dedos, embora a almofada do polegar ou a palma possam ser utilizadas.
Movimentos transversais são movimentos breves e profundos realizados transversalmente às fibras do tecido alvo. É realizada uma série de três ou quatro movimentos circulares no mesmo ponto. As fricções profundas visam mobilizar os tendões, ligamentos, cápsulas articulares e tecidos musculares que apresentam inflamações ou aderências crônicas. Para ter um firme contato com a pele, não se pode usar nenhum tipo de lubrificante durante a aplicação da fricção. Após a fricção, podemos fazer um alisamento com o uso de um lubrificante.
A velocidade das fricções transversais, assim como as circulares, são efetuadas lentamente, com um ritmo uniforme e movimentos profundos.
O tratamento pode se prolongar por 5 a 20 minutos em cada sessão e poderá ser repetido duas ou três vezes por semana, por quanto tempo for necessário.
IV.6.1 – Efeitos da fricção profunda
A pressão profunda e contínua nos tecidos causa lesão local e libera uma substância similar à histamina (substância H) e outros metabólitos que atuam diretamente nos capilares e arteríolas locais, causando vasodilatação. A magnitude da resposta depende da profundidade da manipulação e da duração da aplicação.
IV.6.2 – Contra-indicações para a fricção profunda
– lacerações musculares agudas
– inflamações articulares agudas
– doenças de pele na área a ser tratada
– vasos sanguíneos lesionados ou enfermos na área a ser tratada
– neoplasia ou tuberculose local ou nas proximidades
– infecções bacterianas locais ou próximas