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Apostila 04 - CIÊNCIA POLITICA E TGE 1)FORMAS DE GOVERNO A) CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES Em primeiro lugar devemos saber o que é governo? GOVERNO é o conjunto ordenado das funções do Estado que deve garantir a ordem jurídica, econômica e social. Tais funções do governo podem variar em diversos aspectos, seja a origem, a natureza, o desenvolvimento ou ainda a composição. a.1) Origem A origem do governo pode ser de direito ou de fato. O Governo de direito é aquele constituído de acordo com a lei. O estado que se origina a partir de um governo de direito é aquele que encontra legitimidades na consciência jurídica dos juristas e dos leigo. É um governo que não tem como fundamento a arbitrariedade e o bel prazer do governante. Um bom exemplo dessa forma de governo é o EUA. O governo de Fato tem como marcas garantidoras da sua implementação a violência ou a fraude. O exemplo que temos nesse caso seria a França, Polônia e outros Estados ocupados pelos Nazistas na segunda guerra mundial. a.2) Desenvolvimento O governo pode-se desenvolver de duas maneiras: Legalmente ou despoticamente. Legalmente – presume-se que todo governo legal seja legitimo, ou seja, reconhecido pela maioria da população do pais. Sabemos que tal pode não ocorrer, então teríamos o governo ilegítimo embora legal, sem consenso da população e mantido mais do que pelas leis, pela força das armas. A fim de garantir a harmonia e a paz social o governo legal, é aquele que se desenvolve obedecendo ao ordenamento jurídico (lei) vigentes. Nessa hipótese, importa saber se a estrita legalidade (o cumprimento da lei) vem sendo seguida. Nessas hipóteses podemos ter um ordenamento autoritário ou democrático, importando apenas a existência e o cumprimento da lei. Já no GOVERNO DESPÓTICO é aquele que se conduz pelo arbítrio dos governantes. O que os move são os interesses pessoais. Nesse caso a lei não é o parâmetro do governante e não há garantias de que esta será aplicada. Infelizmente, a historia esta cheia de exemplos de governos assim, desde o antigo Egito ate as ditaduras modernas. a.3) Extensão do poder A extensão do poder pode ser constitucional ou absolutista. O governo constitucional é aquele que se baliza e se desenvolve a luz de uma lei maior que assegure o exercício do poder em três funções distintas (executiva, judiciária e legislativa) ale de garantir os direitos fundamentais ao povo. O governo absolutista é o governo que concentra o pode em um só órgão. Sua fundamentação na maioria das vezes é divina e garante uma legitimidade plena para o governante ditar as normas que devem ser obedecidas. B) CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAR DE GOVERNO PARA ALGUNS PENSADORES B.1) Classificação de Platão. Platão foi o primeiro a criar uma classificação das formas de governo. Acreditava que existiam seis formas: Aristocracia (aquele dos que possuem arethé ou seja, daqueles que possuem virtudes) Monarquia (divino e o monarca pensaria nos seus súditos). Timocracia (consiste no governo daqueles que possuem coragem, honra. Seria um governo de guerreiros que agiriam com a força e não com a razão). Oligarquia (seria o governo de alguns, sem que fosse indicado a qualidade do governante, mas sim sua quantidade, esses poucos homens que governariam seriam os mais ricos da cidade sendo apenas a elite econômica e não a intelectual). Democracia (sofre a critica básica de que entregar o poder nas mãos de quem não detém conhecimento). Tirania (governo baseado na violência no qual prevalece a violência) Acreditava que as duas primeiras eram boas e as demais criticáveis. Alega que nos bons governos impera a logos, a sabedoria a virtude. Nos outros a ignorância ou violência, que prejudicaria o povo. B.2) Classificação de Aristóteles Assim como Platão, Aristóteles considera seis formas de governo, sendo três boas e três ruins. Em seu livro Aristóteles classificas as formas de governos como qualitativas e quantitativas. Por meio do critério qualitativo as formas podem ser boas ou desvirtuadas. As boas formas de governos são aquelas que visam beneficiar os governados e não apenas os governantes. São aquelas que visam o bem comum. As formas desvirtuadas procuram exclusivamente satisfazer o interesse do governante. Pelo critério quantitativo as formas podem ser: a) de apenas um governante ou monarquia; b)de um grupo de governantes que possuem virtudes ou aristocracia e c) de um povo ou democracia. Como transformam-se (desvirtuam-se) os governos? R:Quando o governo é de um só de desvirtua e torna-se uma tirania. A corrupção dos aristocratas transforma-o numa oligarquia (oligo=alguns). Também uma democracia pode se corromper e então fazer despontar uma demagogia. Para Aristóteles a ética deve nortear os seres humanos para que estes administrarem com eficiência não só o modo de vida destes, como também as grandes cidades. Nas boas formas de governo, o critério é seguir a ética e a moral, que devem pautar todos os atos e assim alcançar a justiça e o bem comum. Assim são boas: a monarquia, a aristocracia e a democracia. São desvirtuadas a tirania, a oligarquia e a demagogia. B.3) Classificação de Maquiavel. O Autor faz divisão de vários tipos de governo e como estes são instituídos. Afirma que todos os governos que existem ou que já existiram apresenta-se sempre como republica ou principados (monarquias). Os principados podem ser hereditários, quando o governo pertencem a mesma linhagem por muitos anos, ou podem ter pouco tempo de experiência. Maquiavel afirma que a forma de governo no principado pode se manifestar como monarquia ou tirania. As republicas não possuem as características da vitaliciedade nem da hereditariedade do governo, seus elementos essenciais são a eletividade e a temporariedade, sendo sua forma de governo pode se manifestar pela democracia, aristocracia, timocracia (Timé=honra, coragem) ou oligarquia. Em síntese, para Maquiavel as formas de governo e suas manifestações são: Principado: Monarquia e Tirania. Republica: Democracia, Aristocracia, Timocracia e Oligarquia. Para Maquiavel não existe um forma boa de governo, mas sim uma forma eficaz, medida esta eficácia sem função do quanto um forma de governo ou organização consiga atingir a paz social, compreendida esta como o objetivo maior a ser almejado pelo governante. B.4) Classificação de Jean-Jacques Rousseau Rousseau classifica as formas de governo em democracia, aristocracia e monarquia. A democracia consiste na forma pela qual o governo concentra-se nas mãos do povo ou de sua maioria. Entretanto, é contra a ordem natural que o grande numero governe e o pequeno seja governado, de modo que esta forma de governo só seria possível em um Estado muito pequeno e, mesmo assim, haveria dificuldades em reunir todos os cidadãos. A aristocracia implica no exercício do poder executivo por pequeno números de cidadãos. Existem três modalidades de aristocracia: a natural, a eletiva e a hereditária. A primeira só convém a povos simples; a terceira é a pior de todos os governos, e a segunda é o melhor: é a aristocracia propriamente dita. Por fim, a monarquia consiste na entrega do governo a um único magistrado. Essa forma de governo foi, sem duvida a mais representativa em sua época, mas também é a forma de governo na qual a vontade particular do monarca em maior força e maior facilidade de dominar outras vontades. B.5) Classificação de Montesquieu Para ele o governo pode ser: monárquico, republicano ou despótico. Governo monárquico é aquele exercido por um rei, em caráter vitalício. O governo republicano significa aquele em que as supremas decisões caberiam as Assembléias de Cidadãos, como a eleição de deputados e governantes em Atenas e na Roma Republicana da idade Antiga. O Governo despótico seria aquele em que um rei ou chefe exerce o poder de acordo com seu livre arbítrio, sem pautar pela opinião do povo ou pelos ditames da lei. B.6) Classificação de Hans Kelsen Ele acredita que existem duas formas degoverno: a autocracia e a democracia. A democracia implica sujeitos politicamente livres, ou seja, cidadão que participam da criação e concordam com a ordem jurídica vigente. Na autocracia o individuo não participa das decisões do governo, sendo politicamente condicionado as decisões dos governantes e subordinados a uma ordem jurídica da qual muitas vezes podem ate discordar, mas devem obedecer. C) MONARQUIA E REPUBLICA A partir da analise feita anteriormente neste capitulo, e com os elementos históricos disponíveis, é possível asseverar que na realidade a MONARQUIA e a REPUBLICA são as formas fundamentais de governo. C.1) Monarquia: características e subdivisões. a) Características São três características principais da monarquia: Vitaliciedade; Hereditariedade e, Irresponsabilidade (não justificar os atos de governo a sociedade). b) divisões: A monarquia pode ser Absoluta ou Limitada: A monarquia absoluta é a forma de governo por meio do qual o monarca exerce o poder de maneira absoluta, não existem preceitos constitucionais, sendo sua principal características a inexistência de tripartição do poder. A justificativa da origem de tamanho poder, vem da origem divina deste. A monarquia Limitada é aquela que o poder central se reparte e admite órgãos autônomos, ou submete esse poder as manifestações da soberania nacional. Temos três tipos: Monarquia de Estamentos (ou de braços) é aquela na qual o rei descentraliza certas funções que são delegadas a elementos da nobreza reunidos em Cortes, ou órgãos semelhantes que funcionam como desdobramentos do poder real. Geralmente eram delegadas as tais órgãos funções de ordem tributarias. Monarquia Constitucional – consiste na forma de governo na qual o rei apenas exerce o poder executivo, nos termos de uma constituição escrita, ao lado dos poderes legislativos e judiciários. Monarquia Parlamentar – É aquela em que o rei não exerce sua função de governo, mas sim, de chefe de Estado exercendo as funções políticas que a Constituição lhe atribuir. Nesse caso o poder executivo é exercido por um conselho de ministros responsáveis perante o parlamento. O melhor exemplo da atualidade seria o caso inglês. C.2) Republica: Características e subdivisões. a) São três as características da republica: A temporariedade; A eletividade e, A responsabilidade. b) Divisões: A republica pode ser aristocrática ou democrática: A republica aristocrática significa literalmente o governo dos melhores da sociedade. Alguns entendem que a palavra deriva do termo grego Arete, virtude, e então, nesse caso, a classe privilegiada seria composta por aqueles que detinham algum conhecimento ou virtude. A republica democrática consiste em uma forma de governo na qual todo poder emana do povo. Pode ser: Direta – consiste em uma forma de governo na qual a totalidade dos cidadãos governa, deliberando em assembléias populares. Indireta ou representativa – é por via eleitoral que o povo elege seus representantes para o exercício das funções legislativas, executivas e em alguns países judiciárias. Semidireta ou mista – é a forma de governo que combina os elementos da direta e da indireta. Consiste essa forma de governo no sistema pelo qual o poder da assembléia representativa é restrito, reservando ao pronunciamento direto da assembléia geral dos cidadãos os assuntos de maior importância. OBS: Em alguns países os assuntos de suma importância nacional são decididos pelo próprio povo, por processos típicos de democracia direta. No Brasil temos a iniciativa popular, referendum e o plebiscito. Em outros países temos o veto popular e o recall. Plebiscito (consiste em uma consulta previa que se faz ao povo a respeito de uma tomada de decisão governamental que influi de maneira ampla na vida dos cidadãos). Iniciativa popular (consiste no direito que possibilita a um grupo de cidadão apresentar projetos de lei para serem votados e eventualmente aprovados pelo Parlamento). Referendum (consiste numa consulta a posteriori da efetivação da medida pelo governo. O povo não formula soluções apenas manifesta-se favorável ou desfavoravelmente sobre o problema ao qual é submetido). Veto popular (possibilidade concedida ao povo de recusar uma lei emanada legitimamente pelo parlamento). Recall (consiste em um processo de pronunciamento popular dirigido pela assembléia representativa na qual o povo pode se opor a decisões judicial pleiteando a prevalência de determinadas leis em alguns casos. Instrumento tipicamente norte americano, surgido nos últimos tempos. 01) FORMAS DE ESTADO Como formas de estado temos: o estado simples e estado composto. ESTADO SIMPLES Chama-se estado simples, aquele em que existe uma só soberania em uma determinada Nação. Pode ser de dois tipos: a) estado unitário e b) Estado federal ou federação. a) Estado Unitário b) Estado Federal ou Federação - É vedada a secessão – direito de separação. A CRFB/88 define o Brasil como federação, com todas as características acima apontadas, logo no artigo 1º: “Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” A indissolubilidade dos Estados, Municípios e DF consubstancia o caráter perpetuo da Federação. ESTADOS COMPOSTOS É o caso, atualmente, da: a) da confederação e b) da comunidade de nações, e no passado: c) da união pessoal ou união real. a) Confederação – A confederação consiste na junção de dois ou mais Estados, mediante um tratado, pacto ou convenção, visando a realização de grandes empreendimentos de interesse comum, ou ainda o fortalecimento de sua defesa contra agressões externas, mesmo que preventivamente. b) Comunidades de Nações – As comunidades de nações é um Estado Composto resultante de certas condições históricas que não propiciaram o aparecimento de confederações, mas pode-se dizer que a Comunidade tende a se tornar uma Confederação de Estados. c) União Pessoal ou União Real UNIÃO EUROPÉIA Primeiramente cumpre analisar um fator muito importante para classificar a União Europeia como uma confederação dos Estados Europeus ou uma Federação dos mesmos: a SOBERANIA Se considerarmos que os Estados que compõe essa união, perderam sua soberania, entendemos que a União Européia é uma federação, por outro lado se considerarmos que os mesmos não perderam a soberania então temos uma confederação. Alguns doutrinadores entendem que a União Européia na verdade não esta alem da confederação e nem aquém da federação, mas sim um intento integracionalista sui generis (de seu próprio gênero, algo único, peculiar). Pois sua moeda, seu cambio, relações exteriores e segurança, estão submetidas a colegiados supranacionais, alem da existência de um poder legislativo (o parlamento Europeu) e de um poder Judiciário (o tribunal de Justiça da União Européia). Então dessa forma, têm surgido conflitos de competência entre as decisões do parlamento europeu e as legislações nacionais, conflitos de decisões de tribunais locais, regionais e nacionais dos vários países e o Tribunal de Justiça da União Européia. Por outro lado tem as vantagens de maior integração da economia, a eliminação de inúmeras barreiras alfandegárias desnecessárias. Alguns doutrinadores, dizem que deve-se utilizar o principio da subsidiariedade, onde as decisões do Tribunal de Justiça da União Européia, será utilizado de forma subsidiaria para a solução de problemas em que os países não possam resolver por si mesmo, mas sempre respeitando a soberania de cada pais. Outros entendem que por não haver preceitos expressos que regule arepartição de competências concorrentes, a comunidade possui competência geral sobre aquelas matérias nas exclusiva do Estado, o que de certo modo praticamente inviabiliza a aplicação do principio da subsidiariedade. Desta feita, só o tempo dirá o rumo que as coisas irão tomar. 2) SISTEMAS DE GOVERNO Após analisar as formas de estado, mister faz-se analisar as formas de gestão do governo, em outras palavras os regimes ou sistemas de governos, que consubstanciam as formas de relacionamento entre os poderes legislativo e executivo. Os regimes / sistemas de governo da nossa historia são: a) o parlamentarismo e b) o presidencialismo. 2.1) PARLAMENTARISMO O regime parlamentarista pode funcionar tanto em uma forma monárquica como em uma forma republicana. O que caracteriza esse regime de governo é que a figura do chefe de estado se diferencia do chefe de governo. Nesse sistema portanto, o rei ou presidente exerce papel de chefe de estado, enquanto o primeiro ministro ou chefe de gabinete exerce a função de chefe de governo. Esse é o regime vigente nas monarquias constitucionais inglesa, holandesa e outras. Também é adotado pela republicas da Itália e da França. Costuma-se apontar como vantagens do parlamentarismo sobre o presidencialismo a sua flexibilidade e a capacidade de reação a opinião publica, uma vez que esse regime dota o poder legislativo de grande força, atribuindo-lhe a escolha do chefe do poder executivo (chefe de governo), que esse mantém nessa posição enquanto gozar do voto de confiança dos parlamentares. Entretanto, caso haja a perda de confiança em relação ao governo, cai o primeiro ministro com todo o seu gabinete, ocasião em que o rei ou o presidente convocam os lideres partidários para formar um novo gabinete e um novo governo. Na impossibilidade dessa nova composição, dissolve-se o parlamento e convocam-se novas eleições legislativas, sem ruptura política. Os principais aspectos dos sistema parlamentarista é: Divisão orgânica de poderes; Repartição de função de chefia de estado e de governo; Interdependência entre os poderes executivo e legislativo, em especial porque o gabinete espelha a maioria parlamentar; Gabinete dirigido por um primeiro ministro, a quem, de regra, são atribuídas as funções inerentes a chefia de governo; Queda do gabinete por moção de desconfiança do parlamento; Dissolução do parlamento, com a convocação de eleições gerais, por injução da chefia de estado. 2.2) PRESIDENCIALISMO O sistema presidencialista é muito fiel a teoria tripartite de Montesquieu, uma vez que divide as funções precípuas de cada um dos poderes. Apesar da clara delimitação de funções, é necessário ressaltar que os poderes são independentes, mas não absolutos, sendo previsto na própria Constituição, sistema de vigilância recíproca entre o legislativo, executivo e judiciário. O presidente da republica pode vetar uma lei aprovada pelo poder legislativo e o poder legislativo pode instaurar processo de impeachment em desfavor do presidente. Tal sistema recebe no nome de feios e contrapesos. Em linhas gerais, conceitua-se o regime de governo presidencialista como sendo próprio das Republicas, em que seu líder é escolhido pelo povo para mandatos regulares, acumulando a função de chefe de estado e chefe de governo. Os ministros são nomeados e demitidos pelo próprio presidente da republica, que pratica tais atos sem consultar o poder legislativo para tanto. São características do presidencialismo: A chefia de governo e de estado ficam concentrada nas mãos de uma única pessoa: o presidente. O presidente é eleito para mandatos determinados, não respondendo, ordinariamente, perante o poder legislativo; Presidente tem ampla liberdade para formação do ministério; O parlamento, de igual forma, não pode ser dissolvido por convocação de eleições gerais pelo poder executivo; É compatível apenas com a republica, sendo inviável numa monarquia.
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