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Relatório de Estágio Ana Lucia de Souza

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ANA LUCIA DE SOUZA
DESENHOS ANIMADOS 
ESTÁGIO BÁSICO III
Relatório Final de Estágio Básico III “Desenhos Animados” do Curso de Psicologia, sob supervisão da Prof.ª Karen.
UNINOVE
São Paulo
2016
 
	
RESUMO
O presente relatório abordou o tema Desenhos animados e nele, discutimos a importância que estes vêm ocupando no cotidiano infantil e como os desenhos animados podem influenciar a vida das crianças.
Este relatório tem por objetivo a reflexão sobre a influência dos desenhos animados usados como recurso educativo, observando a fonte de brincadeiras de crianças de diferentes faixas etárias. Alguns estudos mostram que as crianças, usam sua imaginação e interagem com colegas imitando, por exemplo, seus personagens favoritos. Podemos observar, em função da revisão bibliográfica realizada, a possibilidade desse instrumento espontâneo fazer parte do contexto escolar, como recurso pedagógico, contribuindo assim para o desenvolvimento da criança. Dessa forma, acredita-se que a apropriação dessa prática pelos educadores permitirá a todos os envolvidos no processo de educação uma aprendizagem crítica diante das realidades em que vivemos.
Palavras-chave: educação; desenhos animados, diferenças significativas
INTRODUÇÃO 
O presente relatório refere-se às atividades realizadas no Estágio Básico III, sobre “Desenhos Animados Infantis e suas diferenças Significativas”, com uma breve análise no filme “Formiguinhas Z”, conduzido ao longo do 5º Semestre de 2016 no Curso de Psicologia da UNINOVE. 
É inegável a importância do estudo sobre os desenhos animados na vida das crianças, pois se faz necessário conhecer quais contribuições o desenho animado pode proporcionar a elas, de tal forma a compreender as questões encadeadas ao processo de influência em seu desenvolvimento, podendo assim interpretar e analisar as mensagens transmitidas nos desenhos, e encontrar uma forma de utilização como recursos pedagógicos e formação social das crianças.
Desse modo, o estudar os desenhos animados, mostra que é possível a compreender tendências psicológicas presentes nas pessoas, podendo ser considerado um grande material na compreensão de atitudes e comportamentos sociais.
 Em nossa análise denotamos sobre a possibilidade de utilizar o desenho animado como recurso pedagógico, pela influência que este exerce sobre o comportamento da criança. Podemos observar que esta influência é reforçada e possui um papel importante no cotidiano das famílias pelo simples fato de que, nas últimas décadas o herói dos desenhos animados vem sendo infantilizado, ou seja, não são mais adultos, mas crianças que vivem uma realidade muito próxima a das crianças reais. É apresentada também a história e evolução do desenho animado e sua aproximação com a realidade social de cada época. Percebemos então, que os desenhos podem sim, muitas vezes serem utilizados em sala de aula, já que se trata de um recurso que vem despertando grande interesse por parte das crianças, facilitando assim a aprendizagem e o desenvolvimento. Porém, por esse, ser um recurso não muito tradicional, como os livros e outros, o acesso a ele se torna difícil, sendo este um dos principais motivos que levam os professores a não utilizarem o desenho como recurso pedagógico.
Em um estudo mais profundo, podemos observar que, é compreensível a intenção dos desenhos animados, e que no momento tem objetivo de entreter as crianças, porém é necessário analisarmos as combinações e sincretismos existentes em alguns desenhos animados. 
 	A análise desse relatório foi realizada, baseando-se no filme “FormiguinhaZ”, que foi desenvolvido pela Dreamworks, e tem duração de 82 minutos contando com um enredo bem conhecido das produções de cinema, o herói, o vilão, a princesa e o final feliz, e este vai nos ensinar comportamentos, legitimando o poder das forças vigentes. 
JUSTIFICATIVA
	Este relatório tem como tema Desenhos Animados Infantis e suas diferenças Significativas, e teve como finalidade analisar desenhos animados na sala de aula , e elaborar relatórios sobre as manifestações exibidas nos desenhos.
 Através destes estudos pode-se realizar uma breve análise em alguns desenhos animados, observando como a diferença significativa se caracteriza em alguns desenhos animados ao longo da história de animações em um longa-metragem.
A produção desse trabalho se deu a partir de um breve estudo e observação do filme FormiguinhaZ, juntamente com o texto sobre Desenhos Animados Infantis e suas diferenças Significativas, tendo como seu principal objetivo examinar o filme e abordar cenas que apresentem diferenças, como preconceito, estereótipo e estigma. 
.
MÉTODO
Para atingir os objetivos propostos, foram realizadas supervisões semanais com duração de duas horas seguidas de discussões sobre o tema Desenhos Animados Infantis e suas diferenças Significativas, esse abordados em sala de aula. Nesses encontros ocorreram leituras de artigos científicos e apresentações de seminários com análise de desenhos, em grupo de três pessoas. Durante o processo de desenvoltura do estágio, foi realizado exibição do filme FormiguinhaZ e baseado no texto sobre desenhos animados foram discutidas as principais cenas do filme abordando as diferenças significativas expostas no mesmo.
A trama do filme está baseada nas relações dos indivíduos, pois mostra que o indivíduo não é motivado apenas pelo estímulo salarial, mas também pela necessidade de reconhecimento, aprovação e participação nas atividades dos grupos sociais no qual está inserido. Assim acontece no caso da colônia, onde todas as formigas eram divididas rigidamente entre operários e soldados e suas funções já eram estabelecidas desde o seu nascimento, ou seja, podemos observar que é partir dai que podemos observar que a diferença já começa a ser exposta desde cedo, conforme nos narra a história. 
Segundo CROCHÍK (2011), o indivíduo é fruto da cultura. Portanto, em seu processo de socialização, o indivíduo, desde que nasce e é inserido nas diversas agencias de sociabilidade, é impelido a incorporar estereótipos produzidos e fomentados pela cultura cujo objetivo é  manter a divisão de trabalho. A vida neste lugar é extremamente organizada, nada foge dos padrões.
Para que esse processo de trabalho coletivo seja seguro, existe uma necessidade de aderência e integração, ou seja, os mecanismos de repressão e controle geram uma disciplina entre os indivíduos. Essas características são bem visíveis no filme, já que todas as formigas são sujeitas a algum tipo de submissão, sejam elas operárias ou soldados, tendo como base o mando, influência, manipulação e persuasão. O decreto, por exemplo, era a forma de coerção e sempre era usada para direcionar o trabalho das operárias e dos soldados, e sempre acontece quando alguém em um status acima de outros, dá uma ordem que não pode ser desfeita. 
De acordo com CROCHÍK (1995), quando a cultura faz esse tipo de distinção, caracteriza as pessoas como coisas a serem manipuladas.
A classificação que estamos acostumados a fazer com os objetos é extrapolada para as pessoas, e isso é possível quando são consideradas como coisas a serem manipuladas. O que pode ser desejável no domínio das coisas é retificador no reino humano. Mas isso nos faz pensar que a ciências sociais e humanas, quando se valem dos mesmos métodos que as ciências da natureza, não se utilizam de um mecanismo distinto do preconceituoso; como o seu objeto é tratado de forma similar aos outros, esse deve ser adaptar ás grandes categorias para ele preparadas. (Horkheimer e Adorno, 1986, p. 169 Apud. CROCHÍK, 1995, p. 24). 
Alguns estudos mostram que a manipulação tem como intenção a alienação, pelo desconhecimento e falta de autonomia do indivíduo. E Percebemos no filme que as formigas são na verdade totalmente doutrinadas, e não possuem escolhas e estão sempre motivadasa fazer algo que não fariam voluntariamente.
O formigueiro não pode ser visto como uma organização orgânica, pois apesar de ser uma união em massa de seres inter-relacionados, para trabalhar eles não pensam na união de ambos com o ambiente. No filme nota-se que o formigueiro é um sistema fechado, que não se junta a nenhum outro sistema para poder sobreviver, e uma cena do filme nos mostra esta passagem. A cena que ocorre a guerra entre as formigas e os cupins, onde, ao invés de optarem pela junção do trabalho, de uma forma que beneficiasse ambos, eles preferirem lutar até que um dos lados fossem vitoriosos. 
A diferença entre identificação, discutida adiante, e idealização é ressaltada por Crochík (2011). As idealizações são incentivadas ao longo da socialização, em que se valorizam certos padrões e comportamentos e menosprezam-se outros sem ter experiência.
 	Como em toda e qualquer organização, o papel do líder é essencial para conduzir e influenciar as pessoas, como no caso do general Mandíbula que tinha um estilo de comportamento de liderança autocrática, já que centralizava suas decisões e impunha ordens ao grupo sem qualquer participação do mesmo, fazendo com que o comportamento das formigas fosse de tensão e, muitas vezes, frustração. Apesar disso, a colônia desenvolveu processos espontâneos de evolução social criando relações pessoais de simpatia, como Z e seu amigo Weaver, que mesmo trabalhando em funções diferentes, tinham laços de amizade, caracterizando a colônia como uma organização informal.
Baseando-se na teoria da Psicologia Social, Amaral mostra que atitudes favoráveis ou desfavoráveis formam as bases do preconceito. A autora define e mostra que, “atitude refere-se, portanto, a uma disposição psíquica ou afetiva em relação a determinado alvo: pessoa, grupo ou fenômeno. Sendo anterior ao comportamento ela é apenas inferível” (AMARAL, 1995, p.119). 
Vimos que as necessidades motivam o comportamento dos indivíduos. A vida na colônia não era questionada e era aceita por todos. Todos ali foram criados conforme a racionalidade utilitarista, ou seja, todas as formigas agiam de forma que as necessidades da colônia viessem sempre primeiro que as deles. 
As vontades, as necessidades e os desejos de cada uma eram reprimidos em nome da colônia. E durante muito tempo todas obedeciam este princípio, exceto uma, conhecida como Z. Essa não gostava do que fazia e queria se encontrar, fazer o que lhe dava prazer. E é assim que o filme tem um desfecho esperado, onde Z salva a colônia e os personagens são “normalizados”, ou seja, são postos mais próximos do padrão, daquilo que Lígia Amaral denomina como tipo ideal, ou seja, o vilão perde a batalha, a união acontece de forma natural na colônia, ou seja, a apesar do progresso conquistado pelas formigas, a assimilação com o texto nos mostra que a humanidade continua apelando para expandi-la e solucionar os conflitos provocados pelas diferenças.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O que podemos perceber diante da caracterização de alguns desenhos é que a compreensão do conteúdo e a influência dos desenhos não é limitada, vai depender do ponto de vista de cada autor que o estuda e do espectador que o vê. Nesse momento queremos despertar o interesse para estudos posteriores sobre os desenhos animados e principalmente apontar para a possibilidade de usá-los como recurso pedagógicos no âmbito escolar. Temos como pretensão neste artigo é uma revisão da literatura científica sobre a influência, a estrutura e o conteúdo dos desenhos animados, e assim poder compreender como eles exercem influência no desenvolvimento cognitivo, social, afetivo, biológico e psicológico da criança. E pensando nisso é que refletimos acerca da importância que esse meio de comunicação exerce sobre a vida da criança e, portanto, não podemos desconsiderá-lo no contexto da educação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 	De acordo com os estudos apresentados, podemos dizer que a análise dos desenhos, ainda que brevemente apresentada, remete à necessidade de uma reflexão crítica a respeito e são massivamente difundidos e considerados como parte da cultura infantil e apresentam conteúdos ideológicos que precisam ser explicitados e criticados. 
Segundo nossos estudos, as crianças relacionam-se com o que assistem, interagem com o desenho animado, num processo de troca de conhecimentos, e os produtores desses desenhos tem participações significativas, pois de alguma maneira conduzem à educação, ensinando-lhes modos de ser e estar na sociedade. Mas assim, a também ocorre a influência na formação desse sujeito, assim como a escola, família, instituições religiosas, a sociedade em geral. Diante disso percebe-se que os desenhos animados são instrumentos para os educadores, já que esta é uma referência da criança quando ela chega à escola.
Assim, os educadores precisam ter consciência da utilização da ferramenta, como recurso pois esta pode contribuir para o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e físico do aluno e a escola deve estar atenta e aproveitar essa tecnologia a seu favor.
BIBLIOGRAFIA
JOSÉ LEON CROCHÍK. Preconceito, Indivíduo e Cultura. In_  O Conceito de Preconceito. 2006, p. 06- 28.
AMARAL, L.A. Diferenças, estigma e preconceito: o desafio da inclusão. In: Oliveira, M.K.; Souza, D.T.R.; Rego, T.C. (org.). Psicologia, Educação e as Temáticas da Vida Contemporânea. São Paulo: Moderna, 2002, p.233-248
JOSÉ LEON CROCHÍK. Preconceito e Inclusão. In: Laboratório de Estudos sobre o Preconceito (org.). Preconceito e Educação Inclusiva. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos/PR, 2011, p. 65-80.

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