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INTRODUÇÃO AO RELATORIO (Reparado)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO 
 INTERNACIONAL UNINTER
 ESTÁGIO HÍBRIDO 
OBSERVAÇÃO E PRÁTICA SÉRIES INICIAIS 
 DO ENSINO FUNDAMENTAL
Rafael Carlos da Silva Menezes RU-1156585
Brasília 2020 
CENTRO UNIVERSITÁRIO 
 INTERNACIONAL UNINTER
 RELATÓTIO DE ESTÁGIO
 O DESENHO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. 
Rafael Carlos da Silva Menezes RU-1156585
 Relatório de Estágio híbrido
 Pratica: Ensino Fundamental
 Centro Universitário
 Internacional UNINTER
 Brasília 2020
 SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO _______________________________________________ 04 DESENVOLVIMENTO ___________________________________________05
RELACIONAMENTO ENTRE AS ARTES VISUAIS E O TRABALHO 
REALIZADO NO ESTAGIO. ________________________________________06
FICHA DE ANÁLISE DE DOCUMENTÁRIO ___________________________ 10
ESTADO DA ARTE, O DESENHO INFANTIL. ______________________ 12
DESCRIÇÃO REFLEXIVA SOBRE A AÇÃO REALIZADA _____________ 14
PRODUÇÃO PLANO DE AÇÃO _______________________________ 15 
- Produção convite________________________________________16 
- Produção vídeo______________________________________ 18 
Conclusão - CONSIDERAÇÕES FINAIS______________________________ 26 
Referências - ___________________________________________________ 28
INTRODUÇÃO
Esse trabalho de estagio foi desenvolvido para crianças em series iniciais, pois são nessas primeiras series que registramos uma fase onde a criança esta descobrindo o mundo e a arte se torna o meio avaliativo mais concreto para servir de metodologia mediadora entre o professor e o aluno. 
Nos dias de hoje o ensino de Artes assume um papel muito importante na formação das crianças, uma vez que o avanço descomunal das tecnologias e o respectivo acesso de muitas crianças a tais tecnologias as coloca em um mundo complexo, de infinitos meios de distrações, que em sua grande maioria desenhos animados que influenciam comportamentos e estimulam ao conhecimento precoce das coisas.
Como mensurar esse desenvolvimento de conhecimentos vividos por crianças que ainda não sabem relatar em escritas ou mesmo organizar em falas os conhecimentos adquiridos com o uso das tecnologias e a velocidade da informação que elas absolvem? As influencias artísticas no uso de materiais podem nos dar capacidade de mensurar o vasto conhecimento de uma criança se analisarmos os desenhos e o contexto ao qual esses desenhos estão inseridos.
É preciso ressaltar que os relatos através de desenhos nos remetem aos primeiros registros da humanidade primitiva e também como mensagens taquigráficas escritas em grandes blocos de pedras. O desenho sempre foi a maneira mais tradicional de relatar acontecimentos vividos pelo homem (Rodrigues, 2003). 
Para elaboração do presente trabalho foi realizado uma pesquisa bibliográfica sobre o desenvolvimento de oficinas de desenhos realizadas em sala de aula que visam relacionar os desenhos de crianças com conteúdo ministrados pelos professores. Tendo em vista o uso da dinâmica da oficina de desenho em sala de aula, seria possível notar a quantidade de informações que a criança consegue absorver bem como a quantidade de informações que ela consegue levar na produção de seu desenho e qual o nível de influência externa ela traz consigo pelo uso continuo das tecnologias.
As crianças que chegaram à adolescência antes da explosão tecnológica e da individualização dos meios tecnológicos, viveram suas infâncias em uma época em que as programações de entretenimentos infantis não podiam ser controladas por elas, o que era assistido geralmente vinha de programas infantis que tinham momentos e horários certos para serem transmitidos, daí então eram assistidos por quase todos da mesma faixa de idade. Depois que a internet se instalou na sociedade e passou a fazer parte de suas vidas, as programações infantis passaram a ser
A presente trabalho buscou explorar o desenho livre e suas informações para compreender a capacidade que uma criança tem de se expressar em uma obra expondo sua visão de mundo dentro da realidade na qual ela está inserida. Além disso, buscou realizar um trabalho junto a profissionais da area da educação que trabalham com crianças que se inserem no perfil desse trabalho de estagio.
A importância de relatar esses acontecimentos nos faz perceber que nível e quantidade de informações as crianças estão tomando para si. Além disso, o isolamento social causado pelo COVID-19 potencializou essa vivência, no qual o isolamento aproximou ainda mais o ser humano das tecnologias e as crianças, por sua vez, estão tendo acesso quase que ilimitado aos meios tecnológicos, passam grande parte do seu dia com um celular na mão ou em frente a uma televisão.
 
DESENVOLVIMENTO
O estágio possibilita uma vivência diferenciada com um certo público, pois nele temos as chances de somar os conteúdos abordados ao longo do curso a alguma situação acadêmica e somar para a construãção de um apredizado que de evolução constante. Esse estágio foi desenvolvido para ser aplicado a crianças em fases iniciais, enfatizando a importância do desenho infantil, mostrando aos profissionais da área a importancia que essa fase possui para as crianças e como podemos identificar orelatos da criança através dos desenhos que ela produz.
RELACIONAMENTO ENTRE AS ARTES VISUAIS E O TRABALHO REALIZADO NO ESTAGIO.
Para realizar esse trabalho de estágio buscou-se explorar textos que continham a importância do desenho livre e suas informações para compreender a capacidade que uma criança tem de se expressar em uma obra expondo sua visão de mundo dentro da realidade na qual ela está inserida. Além disso, buscou-se identificar o volume de informação que ela consegue levar para um desenho, avaliando o nível de influência que o uso das tecnologias traz para a formação da ideia desenhada.
O estudo do desenho infantil como forma de expressão, de suas configurações e seu desenvolvimento, só pode ser realizado depois uma visão diferenciada da própria infância. , Jean Jacques Rousseau no século XVIII relatou em seus estudos que as crianças tinham que ser vistas de forma diferente dos adultos pois se tratava de um ser em desenvolvimento dotado de especificidades e necessidades diferentes. em 1857, John Ruskin publica pela primeira vez estudos voltados ao desenho infantil (MEREDIEU, 2017)
A criança tem o desenho como um modo de recriar a realidade que a cerca. É através dele que ela se expressa, usando sua imaginação, reflexão e sensibilidade, expondo no papel a realidade que ela pertence de forma lúdica e concreta de seus sentimentos e emoções. É com o uso do desenho que a criança conta suas histórias, transcreve suas ideias e relata os seus fatos (MEREDIEU, 2017).
O desenho marca uma evolução cognitiva da criança em níveis de domínio e percepção das figuras desenhadas. A aproximação com a realidade fica cada vez mais parecida com a real na medida que a criança vai evoluindo em seu grafismo. Os estágios iniciais são bastantes similares em todas as crianças: as garatujas sem formas definidas não trazem ao certo uma figura identificável, mas define o seu grau de entrosamento com o objeto usado para realizar o desenho, sendo possível descobrir com qual mão a criança tem mais facilidade para mover tais objetos (GUILÉN, 2014).
Na Educação Infantil o objetivo não está em ensinar a criança a escrever formalmente, nessa etapa ela utiliza o desenho para se comunicar. O propósito de comunicação faz do desenho um alicerce importante para a apropriação da língua escrita pela criança por esse motivo , o professor deverá expandir esse campo de experiência de modo a proporcionar um cardápio de possibilidades para enriquecer as atividades auxiliadoras da criança, fazendo o uso de materiais culturais produzido ao longo do tempo e em diferentes espaços, bem como trabalhar com novos temas produzidos na contemporaneidade quem envolvam o cotidiano da Educação Infantil, evidenciando aimportância e o respeito à autoria.
A fase que envolve a Educação Infantil é um tempo de grandes descobertas de si mesmo e do mundo físico, social e cultural no início as crianças utilizam o corpo para se comunicar e se expressar. as crianças ainda pequenas avançam na construção da identidade e da autonomia, diferenciando se umas das outras que já é considerado um pequeno passo para as relações sociais. Na primeira infância, a criança manipula objetos e realiza atividades manuais como: pinturas, esculturas, desenhos, modelagem, etc., participa de brincadeiras, de representações simbólicas e de brincadeira de papéis sociais. Nessa fase, a criança desenvolve-se consideravelmente, de modo a expandir sua percepção do próprio corpo, suas capacidades motoras, seu conhecimento de mundo, apresenta possibilidades de compor a noção de espaço e de tempo. Verifica-se, também, o aumento da linguagem oral e diferentes formas de interagir com o mundo.
Baseando-se nos assuntos já abordados anteriormente, os quais reconhecem o desenho infantil como produções essenciais de registros de vivencias para a criança, além de proporcionar um desenvolvimento em sua motricidade. O currículo escolar da educação infantil da secretaria de educação do Distrito Federal, coloca o desenho como um dos objetivos de avaliação pedagógica para crianças de 4 anos a 5 anos e 11 meses. A Psicologia Histórico-Cultural evidencia a dramaticidade da criança como própria dela em seu desenvolvimento; de forma similar, o desenho também se manifesta como ferramenta de expressão que traduz sua visão de mundo bem como as variadas técnicas próprias das artes visuais.
Se a educação é sempre um conjunto de escolhas culturais, algumas realizadas de forma consciente e outras de forma inconsciente e se “o currículo é sempre uma seleção e organização do saber disponível numa determinada época”, conforme observa Fonseca (2009), acreditamos que no momento atual, marcado por uma revolução tecnológica, ainda há muita discussão sobre como integrar essas novidades ao dia a dia escolar. Por mais que a desconfiança docente com relação ao uso das novas tecnologias venha diminuindo, ainda há muitos desafios para incorporar essas ferramentas de forma efetiva, contribuindo para a aprendizagem dos alunos, pois sabemos que as mudanças não são tão fáceis e espontâneas e que as resistências em experimentar e vivenciar novidades ainda constituem obstáculos a serem vencidos e superados, sejam por professores, sejam pelos diferentes interesses de poder direta ou indiretamente relacionadas às instituições educativas.
O desenho infantil deve ser tratado de forma mais avaliativa pois trata-se de uma linguagem primitiva e inteiramente nova para a criança. É um processo de aprendizagem em que ela consegue fazer sozinha relatando através de desenho a sua percepção das coisas. Para Vygotsky (2001) esse “fazer sozinho” da criança serve para medir o seu nível de desenvolvimento intelectual, sua capacidade de discernimento, capaz de expressar sua realidade em forma de riscos, processo esse, fundamental para sua aprendizagem no qual ela evolui do conceito espontâneo para um futuro conhecimento cientifico.
FICHA DE ANÁLISE DE DOCUMENTÁRIO
FICHA TÉCNICA DO DOCUMENTÁRIO/FILME 
	Documentário: 
 Filme
	Título Original:
 El Hoyo
	Ano:
 2019
	País: Espanha
	Idioma: Espanhol
	Duração: 94 minutos
	Gênero: 
 Sci-Fi, Horror, triller
	Cor:
Alternam entre um azul gelado e cinza quase chumbo
	Idade recomendada:
16 anos
	Palavras-chave: 
 Filme, O poço, Suspense
	Direção:
 Gaztelu Urrutia
	Produção: A Panacota
	Elenco Principal:
 Iván Massagué, Zorion Eguileor, Alexandra Massagkay, Emilio Buale, Antônia San Juan
	Informações de Produção:
Com apenas 592 mil dólares de orçamento, o filme foi um sucesso. Pelas técnicas usadas com excelência em um longa que se passa, praticamente, em apenas um cenário o roteiro de David Desola e Pedro Rivero que, não apenas crítica, mas, principalmente, mostra, elucida uma realidade grotescamente desigual e consequentemente desumana.
 
	Restrições: Pessoas sensíveis de estomago fraco
 
	Sinopse:
 Exibido pela Netflix, O Poço conta a história de um lugar misterioso, uma prisão indescritível, em forma de um buraco profundo. Dois reclusos que vivem em cada cela estruturada em níveis. Um número desconhecido de níveis. Uma plataforma que desce contendo comida para todos eles. Uma luta desumana pela sobrevivência, mas também uma oportunidade de solidariedade exigida das pessoas de cada nível.
 
 
 
	Conteúdos Explícitos.
Violência para justificar a sobrevivência
Diferença entre os níveis da prisão
Desigualdade
Descaso 
 
	Conteúdos Implícitos.
Falta de afeto 
Egoísmo 
Lado desumano em situações extremas
Empatia e descaso com a vida de outros
	Interdisciplinaridade com outras áreas[endnoteRef:1]: [1: 
] 
O filme tem ligações com grandes referências bibliográficas como Dom Quixote, Karl Marx e até mesmo passagens bíblicas da trajetória de Jesus Cristo
	Observações: O final do filme fica a critério da interpretação de cada um, no meu caso eu tomei pra mim a mensagem de que o ser humano por não ter coragem de assumir sua mesquinharia ele se blinda em falsos julgamentos pré-condicionados em suas atitudes de opinião sobre esse tema jogando a culpa em quem está padecendo na sociedade para tirar dele uma certa reciprocidade afetiva com o próximo, quando se trata de adultos as pessoas podem dizer que são vagabundos, drogados e que estão naquela situação porque querem, mas quando o descaso é encima de uma criança esse julgo é quebrado e os olhares se voltam-se para a administração. 
 
O filme “El Hoyo” foi traduzido para a versão em português como “ O Poço” onde nos remete a um pensamento de relevância social, pois no filme mostra uma prisão em forma de poço que possui 333 níveis simbolizando vários níveis das diferentes classes sociais, o contexto do filme traz uma narrativa de uma prisão diferente onde ficam confinados 2 pessoas por nível, uma mesa contendo comida desce passando por todos os níveis, as pessoas de cima tendem a comer melhor que as pessoas de baixo, de modo que quando a mesa vai descendo a comida vai acabando, exigindo das pessoas uma certa conscientização. o filme se passa em sua maior parte dentro de um ambiente confinado gerando no telespectador uma ideia de clausura e confinamento. Esse filme nos remete a um pensamento crítico sobre a sociedade que não enxergam as diferenças de classes e pouco se importam com pessoas que estão em classes inferiores, não se importam se elas se alimentam ou não, dessa forma o filme nos faz enxergar que mesmo dentro de uma prisão onde as regras pareciam serem feitas para atender a todos, na realidade ela só atendia alguns até certo nível, que poderia ser uma releitura das políticas sociais produzidas pelo Estado que mesmo parecendo ser feitas para todos acabam favorecendo alguns até certo ponto.
O filme começa com um personagem chamado Goreng ( ator principal) que por decisão própria foi parar nessa prisão, ele acorda na cela 48 sem muito saber o que está acontecendo, ao acordar ele ver um senhor chamado Trimagasi ( que está ali por ter cometido um assassinato) que explica como funciona o recinto inclusive o modo de alimentação, também explica que as pessoas dos andares superiores comem primeiro também explica q uma das regras é que não se pode guardar comida e que cada dupla fica 1 mês em cada andar gerando assim um grande suspense e aflição. O filme segue uma única linha lógica no encadeamento de acontecimento subsequentes.
O Ambiente em que se passa a cena nos remete a uma sensação de clausura e confinamento porem no decorrer do filme é possível ver uma cozinha e cozinheiros extremamente habilidosos preparando os pratos que serão colocados na mesa que servir os níveis da prisão, nas cenas da cela predomina um tom de cinza que torna a cena mais fria.
Goreng é uma pessoa que ao tentar se libertar do vício do cigarro optou em ir para o poço, por não ser criminoso e nem sabe ao certo o que realmenteacontece dentro da prisão ele se comporta de modo mais brando, já seu parceiro de cela tem um semblante maquiavélico, Trimagasi, e traz consigo uma faca ele age de forma suspeita e fria, por saber exatamente o que acontece em cada nível da prisão com isso constrói-se uma narrativa de estremo suspensa, pois ao relatar que a comida não chega em todos os níveis existem níveis onde o canibalismo será o único modo de sobrevivência 
As impressões que o filme nos deixa é de uma crítica social aos padrões da sociedade que quando ocupam os níveis mais elevados não se importam com os níveis de baixo mesmo se já houver pertencido a ele, fazendo valer a fala de Paulo Freire que diz que quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é virar opressor e também aos padrões das diferenças de classes explicitados por Karl Marx 
A arte pode ser usado de diversas formas e em diferentes aspectos, algumas delas pode mostrar a realidade despercebida aos olhos das pessoas que as vezes não param para refletir sobre a realidade que as cercam, as vias artística usada nesse filme pode dar ao telespectador uma possibilidade diferenciada de enxergar as diferentes classes sociais presentes no seu local de convívio.
Através desse filme nos podemos perceber a força que uma informação pode ter quando aplicada como contexto dentro de uma narrativa audiovisuais, por serem dinâmicas e atrativas a todos.
ESTADO DA ARTE, O DESENHO INFANTIL.
O estado da arte é uma metodologia de pesquisa que se consegue por meio de uma revisão bibliográfica sobre a produção de determinadas temáticas em uma área de conhecimento característica. Essa revisão procura identificar que teorias estão sendo edificadas, quais artifícios de pesquisa estão sendo empregados para essa construção, o que precisa ser trabalhado e não está em discussão, que referenciais teóricos está sendo utilizada para embasar as pesquisas e qual sua contribuição científica e social. Portanto, o objetivo ao utilizar esse método é fazer um levantamento, mapeamento e análise do que se produz considerando áreas de conhecimento, períodos cronológicos, espaços, formas e condições de produção (MEREDIEU, 2003).
Algumas características do estado da arte devem ser observadas ao se desenvolver uma pesquisa com esse método, uma delas é o tempo e o espaço em que os estudos analisados foram desenvolvidos. O recorte temporal e espacial nesse método é indispensável porque as análises feitas referem-se a concepções e práticas presentes em determinados contextos sociais, políticos, econômicos, culturais etc. Outra característica é o recorte temático, pois serve para definir e delimitar o que se busca trabalhar, possibilitando fazer uma análise aprofundada, ou realizar um panorama amplo sobre o referente tema. Ambas as características estão relacionadas com o tempo que o/a pesquisador/a terá para fazer os levantamentos e análises.
Muitas pesquisas já foram realizadas acerca do desenho infantil em diferentes épocas e contextos, embasadas por diversas correntes teóricas e metodológicas e com variados objetivos e objetos de análise, vários autores que se dedicam à Psicologia do desenho infantil apontam objetivos múltiplos e estudam vários aspectos, como por exemplo: as fases de desenvolvimento do desenho, métodos do exame e medida da inteligência, motricidade cognitiva, traço e uso da mão, noção de espaço, função da percepção visual, papel da forma, objeto de reprodução, expressão, caráter, tipos, jogo, psicopatologia (Cola, 2003).
Isso não se faz sem grandes desafios ou barreiras. Levando em consideração a situação atual, podemos dar mais um passo falando de algumas dificuldades que (ainda) encontramos. Falar de desenvolvimento a partir do desenho sobre a nossa própria especialidade, não condiz com outras realidades existentes no Brasil que passam por um sistema educacional diferenciado como a etnologia indígena e quilombolas. Neste campo, os estudos da infância das crianças indígenas e quilombolas vêm florescendo e revelando muito do que as crianças têm a dizer de seu mundo, no entanto de acordo com Viveiros de Castro, estes estudos têm tido pouco efeito no debate da etnologia em geral pois poucos leem os estudos sobre as crianças dos povos mais excluídos da sociedade.
Esta é uma dificuldade real, que devemos conhecer e encarar, para que nossos estudos não falem apenas para nós mesmos, mas ganhem um alcance maior e mais efetivo nos debates da antropologia e no debate sobre o mundo.
É este o estado da arte: alguns assuntos abordados em artes visuais sendo usado de maneira antropológica se dedicando a análise de crianças de grupos menores e menos assistidos pelo poder público consolidando a possibilidade (metodológica, analítica, epistemológica) e a legitimidade desses estudos que são reconhecidas porém, ainda necessitamos ganhar maior abrangência tanto no debate antropológico como na intervenção e na atuação pública (VIVEIROS, 2002).
A educação é uma das áreas mais frequente e diretamente relacionadas à infância e tem cada vez mais se voltado a uma conexão com a sociologia da infância, com resultados muito frutíferos. Por ela se tem feito etnografias de escolas, que buscam mostrar o modo como as crianças interagem e agem nas escolas. Estes trabalhos nos permitem ver concepções de infância e as práticas nas escolas por parte dos adultos e das crianças. Este campo vasto merece um tratamento amplo, e torna difícil a seleção de textos exemplares para comentários aqui. Mas antropólogos também têm se dedicado a estudos em escolas. Em geral, estes estudos referem-se a experiências escolares que têm as populações indígenas e quilombolas como público. Este campo vastíssimo e com grande produção é particularmente interessante por desafiar a ideia de escola, ou colocar a escola em seu limite, mesmo quando a expectativa parece ser a de ter uma escola como as tradicionais (VIVEIROS, 2002).
DESCRIÇÃO REFLEXIVA SOBRE A AÇÃO REALIZADA
O tema do projeto educacional decorreu de questões levantadas ao longo da formação de graduação e aprofundadas durante o desenvolvimento da monografia, que relata que nos dias de hoje o ensino de Artes assume um papel muito importante na formação das crianças. De frente para o avanço descomunal das tecnologias e o respectivo acesso de muitas crianças a tais tecnologias, viu-se nisso uma problemática: as crianças passam a interagir cada vez mais cedo com um mundo complexo, de infinitos meios de distrações. Em sua grande maioria desenhos animados que influenciam comportamentos e estimulam ao conhecimento precoce das coisas.
A proposta é como mensurar esse desenvolvimento de conhecimentos vividos por crianças que ainda não sabem relatar em escritas ou mesmo organizar em falas os conhecimentos adquiridos com o uso das tecnologias e a velocidade da informação que elas absolvem? As influencias artísticas no uso de materiais podem nos dar capacidade de mensurar o vasto conhecimento de uma criança se analisarmos os desenhos e o contexto ao qual esses desenhos estão inseridos (Rodrigues, 2003).
Para elaboração do presente trabalho de estágio foi realizado uma pesquisa bibliográfica sobre o desenvolvimento de oficinas de desenhos realizadas em sala de aula que visam relacionar os desenhos de crianças com conteúdo ministrados pelos professores, tendo em vista que a criança ao desenhar coloca todos os seus sentimentos no papel ou em qualquer lugar onde ela possa sentir-se à vontade para se expressar, realizando e enfatizando seu próprio mundo, com isso ela aprende noções de espaço, tempo, quantidade, sequência e desenvolve sua linguagem oral e escrita, o uso da dinâmica da oficina de desenho livre em sala de aula, sendo portanto possível notar a quantidade de informações que a criança consegue absorver bem como a quantidade de informações que ela consegue levar na produção de seu desenho.
PRODUÇÃO PLANO DE AÇÃO 
A abordagem desta proposta de estágio é de ordem qualitativa uma vez que buscou a interação monitorada dos sujeitos envolvidos na proposta do estudo e também foide natureza exploratória pois realizou várias pesquisas bibliográficas e manuais de analises do desenho infantil e também realizou uma oficina de desenho exibindo histórias e filmes com temas variados. Durante essas exibições as crianças tiveram acesso a materiais artísticos como papel, tinta, lápis de cor e vários outros objetos possíveis ao final das atividades elas tiveram de desenhar o que foi abordado na historiai e do filme. Os desenhos foram recolhidos para uma análise juntamente com a criança que o produziu. Foram feitas pequenas entrevistas, com perguntas relacionadas ao que foi desenhado: porque ela desenhou daquela forma, porque a cor escolhida foi aquela, de onde veio esse personagem, o porquê da escolha daquela cena, porque as feições dos personagens estão daquele jeito, etc. Assim foi possível relatar a quantidade de informações contidas no desenho.
Figura 1: Oficina de desenho, 2 de novembro 2020.
O resultado dessa oficina gerou um trabalho com os professores sobre a importância do desenho infantil nas series iniciais devido a pandemia a oficina teve que ser reduzida a poucos alunos, porem o plano de analise pedagógico que se passou pode ser divulgado a várias pessoas e tanto que trabalham com crianças em series iniciais como quem tem filhos pequenos. 
É notória, nos últimos anos, através de discussões e reflexões, a verificação da importância de ações urgentes e necessárias que realcem como elemento essencial a formação e atuação do professor. Com o crescente avanço tecnológico, não é negado o fato de um despreparo mais abrangente do docente quando se retratam as novas possibilidades agregadas às práticas pedagógicas com a inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação.
PRODUÇÃO CONVITE
Para convidar a pessoas para esse vídeo aula foi feito uma chamada em vídeo e postada nas redes sociais Instagram, face book e WhatsApp, nesse vídeo foi pedido o nome completo e e-mail das pessoas que queriam participar.
Figura 2: Chamada para a vídeo aula de análise do desenho infantil.
 A chamada permaneceu durante uma semana para pode ter uma visibilidade maior, sendo repostada diariamente para sempre se fazer presente na time-line e alcançar o máximo de pessoas possíveis.
PRODUÇÃO VÍDEO
 Figura 3: Produção do vídeo.
O vídeo foi produzido em um ateliê de artes, com uma câmera profissional Canon, com uma lente de 75 milímetros, também foi usado um conjunto de iluminação para as filmagens e para editar as imagens foi utilizado um programa da Sony, Vegas pro estúdio plus versão 13.0.
Antes da gravação foi produzido um roteiro com todos os tópicos que deveriam ser abordados de acordo com a evolução cognitiva da criança, como o vídeo foi destinado não só a profissionais da área como também para pais e mães, foi produzido dois manuais com linguagem simples e acessível a todos que se interessarem pelo assunto.
PUBLICAÇÃO
O vídeo foi publicado no dia 9 de novembro de 2020 as 19 horas e teve duração de 15 minutos e está disponível no canal do youtube em: https://www.youtube.com/watch?v=4FnbrJfVsUU&t=139s
Figura 4: Apresentação da Vídeo aula.
Devido ao número de pessoas que gostaram do assunto no dia 12 de novembro foi feito uma aula ao vivo sobre o tema que teve duração de 2 horas chegando a ter mais de 150 pessoas acompanhando.
Figura 5: Aula ao vivo dia 12 de novembro 2020.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho trouxe como objeto de estudo a compreensão e descrição das informações que as crianças podem depositar em seus desenhos. Por meio de uma oficina de artes como metodologia realizou-se a apresentação de temas variados como processo de sensibilização sobre questões tecnológicas contemporâneas e seus usos. Nesse sentido, o objetivo geral proposto foi identificar a quantidade de informações que uma criança poderia relatar em um desenho e quais seriam as possíveis influencias do uso da tecnologia sobre sua capacidade de se expressar. 
Como relato geral deste estudo, pode-se apontar que sobre o uso continuo das tecnologias por crianças é que tais usos ocasionam uma série de fatores que podem ser positivos ou negativos, porém o que não podemos negar é que dentre eles o acumulo de dados é notório nos relatos gráficos. Ou seja, temos crianças, com idades entre 04 e 05 anos, com uma grande carga de informações que não podem ser mensuradas no seu campo cognitivo pelo o uso da escrita, visto não dominarem ainda a escrita padrão. Portanto em seus relatos desenhados podemos notar informações suficientes para mensurar essa imersão precoce no mundo da informação. Ao analisar os desenhos feitos notamos que há um grau de conhecimento amplo sobre várias questões: as crianças não só desenham uma cena em que ela se coloca ou que ela imagina, como também explica o que está acontecendo ao seu redor de forma clara e objetiva, deixando nítido o capital intelectual que o uso das tecnologias proporciona. A criança solidifica cada vez mais, por meio de vídeos, áudios e desenhos, a concretude visual e sensorial do que ela queria expressar e/ou saber.
De modo geral, as aulas tiveram uma excelente aceitação por parte das crianças, dos professores e alguns pais envolvidos. Eles mostraram grande interesse nos assuntos trabalhados e nas possíveis maneiras de se avaliar o desenho de uma criança, valorizando ainda mais as fases da evolução cognitiva delas.
O conhecimento empírico das crianças foi aproveitado e transformado em conhecimento formal, sendo muitas vezes corrigido, quando se tratava de conceitos populares errôneos. Da mesma forma, procurou-se trazer o dia-a-dia das crianças para dentro das atividades e contextualizar sua realidade dentro de cada tema abordado, como por exemplo, suas experiencias no manuseio de tecnologias e suas maneiras de se localizar em buscas virtuais sem o conhecimento da escrita.
Cabe lembrar que os desenhos analisados não devem ser vistos de modo isolado, e sim em conjunto, e não devem adotar uma receita, o que nos faria correr o risco de uma interpretação equivocada. Os desenhos devem ser analisados por meio de outros desenhos, da história do sujeito e principalmente do que o sujeito fala acerca do mesmo. Interpretações são hipóteses e não certezas e não devem ser baseadas em dados isolados ou no imaginário do profissional que o analisa (Guillén,2014).
Esse trabalho foi de grande importância para profissionais da área de pais de crianças em fases iniciais, não pode ser considerado como um estudo de psicologia apesar de trabalhar com assuntos similares, porem não ha um aprofundamento o intuito era mostrar para os participantes a importância e os níveis de informação que os desenhos infantis podem trazer, esse curso pode trazer noções básicas de uma avaliação cognitiva a que deseja analisar desenho de crianças.
A educação artística se faz necessário na formação do ser humano pois ela de fato é a linguagem mais primitiva e mais profunda que os humanos possuem. 
REFERÊNCIAS
COLA, César Pereira. Desenho infantil: processo de comunicação e expressão. Tese (Doutorado em Comunicação e Semiótica), São Paulo: SP: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2003.
GUILÉN, A. Analise do desenho numa perspectiva psicopedagógica. 2014. Disponível em: < https://pt.scribd.com/doc/60325657/Analise-de-Desenho-numaPerspectiva-Psicopedagogica-1>. Acesso em: out. 2020;
LUQUET, G. H. Le Dessin Enfantin, Alcan,1927
MEREDIEU, Florence de, (2017) – O desenho infantil. São Paulo: Cultrix,2017.
RODRIGUES, Ana Leonor, (2003) – Desenho, Lisboa: Quimera Editores.
VIGOTSKY, L. S. (2001) – A construção do Pensamento e da Linguagem. Rio de Janeiro: Martins Fontes.
VIGOTSKI, L. S. Psicologia Pedagógica. São Paulo: ARTMED, 2003
VIGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente: O desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo B. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2002a.

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