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teoria de gagne (resenha)

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Bruna S. Teixeira 
 
Resenha: A teoria das hierarquias de aprendizagem de 
Gagné. 
 
Trataremos aqui de uma breve resenha do capítulo 4, do livro sobre as teorias da 
aprendizagem, o texto citado aborda a teoria de Robert Gagné (1971 – 1980) fornecendo 
uma visão básica das suas implicações para o ensino e desenvolvimento da aprendizagem. 
 
No capítulo que essa teoria é tratada, o autor explica como ocorreu sua evolução 
de uma visão bastante behaviorista (comportamentalista), onde Gagné percebe que para 
um observador externo a aprendizagem só conseguia ser obtida quando era possível 
observar uma mudança comportamental e a permanência da mesma, para outra mais 
cognitiva que o foco era mais voltado para os processos de aquisição do “conhecimento”. 
Esse behaviorismo e.r de princípio lembra um pouco a teoria de Skinner, contudo, Gagné 
ao contrário de Skinner se preocupava com o intermédio, o processo de aprendizagem e 
o que ocorre dentro da cabeça do indivíduo. Para essa evolução foram analisadas uma 
série de eventos que acompanhavam cada ato de aprendizagem, a identificação e 
classificação dos resultados da aprendizagem e condições específicas necessárias para 
alcançar cada um dos resultados. 
Para Gagné a mudança comportamental acontecia na maturação, que seria uma 
mudança mais interna, já a aprendizagem ocorre quando o indivíduo responde e recebe 
estimulação de seu ambiente externo. Comenta sobre vários tipos de estimulação geradas 
pelo ambiente onde indivíduo se encontra, seriam elas (input) aos processos de 
aprendizagem, o exsumo (output) é uma modificação do comportamento que é observada 
como um desempenho humano. Ainda um contraponto entre a sua teoria e a de Skinner é 
que ele focaliza o processo da aprendizagem como sendo realizado “dentro da cabeça” 
do aprendiz. O ato de aprender para Gagné ocorria a partir de uma série de eventos se dá 
por meio de oito fases, cada uma com um nome diferente e que identificava o processo 
interno envolvido na mesma, são essas: motivação, apreensão, aquisição, retenção, 
rememoração, generalização, desempenho e retroalimentação. Ainda cita a existência de 
cinco categorias de capacidades humanas, que podem ser aprendidas através de e.r: 
informação verbal, habilidades intelectuais, estratégias cognitivas, atitudes e habilidades 
motoras, dando mais ênfase nas habilidades intelectuais. 
Na teoria de Gagné, qualquer habilidade intelectual pode ser analisada em termos 
de habilidades mais simples que necessitam ser combinados para produzir tal habilidade 
por meio de tal analise pode-se perceber que as habilidades mais simples que representam 
os “pré-requisitos imediatos” podem ser analisadas para identificar habilidades ainda 
mais simples, esse processo de análise seria uma espécie de “hierarquia de 
aprendizagem”. 
Com relação à instrução e ao papel do professor, por se tratar de uma teoria que 
depende da mudança comportamental persistente, e a sua fase da aprendizagem pode ser 
analisada por uma série de eventos e necessita de um ou mais processos internos, no 
sistema nervoso central do aluno, que transformam a informação até que ele responda 
com um desempenho. Esses processos internos podem ser influenciados por eventos 
externos, por estimulação do ambiente do indivíduo. Nessa perspectiva, a instrução é 
“[...] atividade de planejamento e execução de eventos externos (ou condições 
externas) à aprendizagem, com a finalidade de influenciar os processos internos para 
atingir determinados objetivos. Os objetivos são as capacidades a ser aprendidas, i.e., 
descrições verbais daquilo que deve ser aprendido”. 
Portanto cabe ao professor a tarefa de promover a aprendizagem por meio da 
instrução, planejando, administrando e avaliando a sua eficácia por meio da avaliação da 
aprendizagem do aluno. 
 
Bibliografia: MOREIRA, M. A. Teorias de Aprendizagem, cap.4 São Paulo: 
Editora Pedagógica e Universitária, 1999.

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