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Relatório 1

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Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Química
Química Orgânica Experimental 1
Professor João Francisco Cajaíba da Silva
Experimento 01: Determinação do Ponto de Ebulição
Beatriz de Freitas Brilhante Figueiredo Rodrigues
João Alexandre de Oliveira
Louise de Aguiar Sobral
Rio de Janeiro, 20 de setembro de 2010.
Objetivos:
O experimento visava medir o ponto de ebulição de três líquidos dados: acetona (propanona), tolueno (metil-benzeno) e de uma mistura 90% acetona e 10% tolueno. 
Introdução:
O ponto de ebulição de uma substância é definido como a temperatura em que a pressão de vapor do líquido é igual à pressão externa exercida (no caso, a pressão atmosférica local). Fornecendo-se calor a uma substância, a sua temperatura vai aumentando gradativamente, e consequentemente, sua pressão de vapor, ou seja, a pressão resultante dos “choques” entre as moléculas da substância. No momento em que se atinge o ponto de ebulição, a pressão do vapor se iguala à pressão externa, iniciando-se o processo de mudança de fase líquida para a gasosa. Enquanto há essa mudança de fase, a temperatura do líquido e do vapor se mantem constantes (temperatura do ponto de ebulição), até que todo o líquido tenha passado a vapor. 
Equipamentos Utilizados:
- bico de Bunsen;
- tudo de Thiele;
- termômetro;
- microtubo;
- capilar (próprio para ebulição);
- barbante;
- suporte de 60cm;
- 2 mufas;
- 2 garras;
Experimental:
O tubo de Thiele é fixado ao suporte (utilizando-se uma garra e uma mufa) a uma altura, de aproximadamente, 7 cm do bico de Bunsen. Ele é preenchido com óleo de cozinha, que homogeneíza o calor. Outra garra é colocada (utilizando-se uma mufa) acima desse sistema, somente para suspender o termômetro (por um barbante). Com o auxílio de um elástico ou barbante, um microtubo, contendo a solução a ser estudada, é acoplado ao termômetro. O bulbo do termômetro e o fundo do microtubo ficam a mesma altura (a fim de receber a mesma quantidade de calor do fluido), e são emersos no fluido (óleo), à altura da parte superior da alça do tubo de Thiele. A chama do bico de Bunsen é colocada abaixo da alça do tubo de Thiele para que haja um fluxo de calor por todo o fluido. Dentro do microtubo, é colocado um capilar, com uma das suas extremidades fechada, e a parte aberta voltada para baixo. O esquema está demonstrado abaixo:	
Figura 1: esquema para a aferição do ponto de ebulição.
A aferição da temperatura do ponto de ebulição das substâncias foi feito a partir do método do “rosário de bolhas”. A partir do momento em que o líquido chega à temperatura de ebulição, o líquido dentro do microtubo começa a tornar-se vapor. Essa mudança de fase é melhor observada dentro do capilar, no qual o vapor formado é liberado em forma de bolhas. A saída dessas bolhas é denominada de rosário de bolhas. 
Quando o capilar começa a liberar muitas bolhas, o bico de Bunsen é retirado do sistema, ou seja, a fonte de calor é cessada. Com isso, a temperatura começa a cair, e a quantidade de bolhas formada começa a diminuir, gradativamente, até que uma das bolhas fica a eminência de sair do capilar, mas acaba retornando. Nesse instante é medida a temperatura de ebulição do líquido, pois, a pressão de vapor e a pressão externa são consideradas as mesmas. 
Resultados e Discussão:
 
Acetona:
O primeiro experimento para obter-se o ponto de ebulição da acetona, o elástico, que prendia o microtubo ao termômetro, arrebentou, deixando a amostra cair no fluido (óleo). Não foi possível conseguir nenhum resultados nesse experimento, pois toda a amostra misturou-se com o fluido do tubo de Thiele.
No segundo e terceiro experimento, obteve-se a mesma temperatura de ebulição da acetona.
A partir desses três experimentos feitos para a determinação do ponto de ebulição da acetona, foi obtido o seguinte resultado: ponto de ebulição – de 55oC a 58oC.
Tolueno:
Dois experimentos foram feitos, e ambos deram o mesmo resultado: ponto de ebulição – 110oC a 111oC. 
Mistura de 90% acetona e 10% tolueno:
Três experimentos foram feitos. No primeiro, houve a elevação muito rápida de temperatura, e não sendo possível aferir a temperatura do ponto de ebulição. No segundo e terceiro experimento, o resultado obtido foi: ponto de ebulição – de 61oC a 63oC.
Conclusão:
Conclui-se a partir dos resultados dos experimentos, que para a obtenção do ponto de ebulição das substâncias, o fornecimento de calor deve ser lento e controlado, a fim de obter-se a medida mais precisa possível. 
O ponto de ebulição da mistura ficou numa faixa entre os pontos de ebulição da acetona e do tolueno, precisamente, mais perto do ponto de ebulição da acetona, provavelmente, por ser a substância que está em maior quantidade na mistura.
 Outra observação feita foi: o uso de elástico para prender o microtubo deve ser evitado, pois, o elástico tende a arrebentar com o fornecimento de calor. 
Bibliografia:
Abramov, D. M., Curso de Biofísica, 2009, editora Guanabara Koogan, páginas 48 e 49. 
Mendham, J., Denney, R. C., Barnes, J. D., Thomas, M. J. K., Vogel – Análise Química Quantitativa, 6a edição, 2002, editora gen LTC, páginas 39 – 53.

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