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Micro III Lista 2 parte 2

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Microeconomia III	- 	Lista 2
Quais são os quatro principais motivos de desvio de eficiência de mercado? Em cada um dos casos, explique de forma sucinta a razão pela qual um mercado competitivo não estaria operando eficientemente.
As quatro principais fontes de falhas de mercado são: poder de mercado, informação incompleta, externalidades e bens públicos.
Poder de mercado gera situações em que o preço não é igual ao custo marginal, pois o nível de produção é inferior ao nível ótimo do ponto de vista social.
Informação incompleta implica que os preços não refletem necessariamente os custos marginais de produção ou as variações nos níveis de utilidade associados a mudanças no consumo, levando a equilíbrios com níveis de produção e consumo demasiadamente elevados ou baixos. 
Externalidades ocorrem quando as atividades de consumo ou produção afetam outras atividades de consumo ou produção através de efeitos que não se refletem nos preços de mercado. 
Bens públicos são bens que podem ser consumidos a preços inferiores ao custo marginal, dada a impossibilidade de impedir o consumo por parte de consumidores que não tenham pago pelos bens.
Em todos os quatro casos, os preços não fornecem os sinais adequados para orientar as atividades de produção e consumo por parte de produtores e consumidores, de modo que o mecanismo de mercado não é capaz de igualar os custos sociais marginais aos benefícios sociais marginais.
Explique a diferença entre seleção adversa e risco moral em mercados seguros. Por que razão a informação assimétrica entre compradores e vendedores pode ocasionar um desvio de eficiência em mercados competitivos?
No mercado de seguros, tanto a seleção adversa quanto o risco moral existem. A seleção adversa se refere à auto-seleção de indivíduos que adquirem apólices de seguro. Em outras palavras, as pessoas com risco mais baixo do que a população segurada, na margem, escolherão não adquirir seguro, enquanto as pessoas com risco mais elevado do que a população escolherão adquirir seguro. Como resultado, a companhia seguradora se verá com um grupo de portadores de apólices de alto risco. O problema do risco moral ocorre depois que o seguro é adquirido. Uma vez adquirido o seguro, os indivíduos com um grau baixo de risco podem passar a se comportar como os indivíduos de alto risco. Quando os portadores de apólices estão totalmente segurados, eles possuem pouco incentivo para evitar situações de risco.
A informação assimétrica leva a um desvio de eficiência em mercados porque o preço pelo qual o bem é transacionado não reflete o benefício marginal do comprador nem o custo marginal do vendedor. O mercado competitivo não é capaz de alcançar uma produção com o preço igual ao custo marginal. Em alguns casos extremos, se não houver um mecanismo para reduzir o problema da informação assimétrica, o mercado deixa de funcionar completamente.
O que torna uma característica observável um sinal potencialmente forte? Explique ainda em que situação um sinal potencialmente forte pode se “perder”, dependendo do nível exigido pelos empregadores.
Defina externalidade. Por que razão a existência de externalidade pode ocasionar um desvio de eficiência em mercados competitivos? O que caracteriza uma externalidade positiva e uma externalidade negativa?
Externalidades são os efeitos colaterais que impactam terceiros positiva ou negativamente, na produção ou no consumo de um bem ou serviço. Se o efeito for adverso a externalidade é negativa, enquanto se o efeito for benéfico, a externaldiade é positiva. Como consumidores e produtores não consideram efeitos externos de suas ações, equilíbrios de mercado não são eficientes (maximização do benefício total do mercado) quando há externalidade.
O que é e qual a importância da definição dos direitos de propriedade na “solução” de um conflito gerado por uma externalidade negativa? Exemplifique.
Se os direitos de propriedade não estiverem bem definidos, surgem problemas práticos com externalidades. Os casos em que os direitos de propriedade estão mal definidos podem levar a uma produção ineficiente de externalidades – o que significa que haveria um meio de fazer com que ambas as partes melhorassem modificando-se a produção de externalidades. Se os direitos de propriedade estiverem bem definidos e se houver mecanismos que permitam a negociação entre as pessoas, elas poderão negociar seus direitos de produzir externalidades da mesma forma que trocam direitos de produzir e consumir bens comuns.
Se os direitos de propriedade estivessem bem definidos, a troca entre os agentes resultaria numa alocação eficiente da externalidade. Em geral, a quantidade da externalidade que será gerada na solução eficiente dependerá da distribuição dos direitos de propriedade. Há, porém, um caso especial em que o resultad da externalidade independe da distribuição dos direitos de propriedade. Se as preferências dps agentes forem quase lineares, toda solução eficiente terpa a mesma quantidade da externalidade. A conclusão de que a quantidade eficiente do bem envolvida na externalidade independe da distribuição dos direitos de propriedade é conhecida como Teorema de Coase.
Diferencie bens públicos e recursos comuns. Dê exemplos. Por que há a necessidade da intervenção governamental na provisão de um bem público e regulamentação do uso de recusros comuns?
Recursos comuns são bens que não são excludentes (não se pode controlar quem pode e quem não pode usar o bem), mas são rivais (sua utilização por uma pessoa impede que outras pessoas possam utilizá-lo). Por exemplo, petróleo in natura, peixes no mar, ar sem poluição, estradas sem pedágio e com cogestionamento, etc. Os problemas aqui são que não existe como controlar quem pode utilizar ou utilizou, assim não pode-se cobrar pelo uso individual, e também quando uma pessoa usa o bem isso interfere na possibilidade de outro indivíduo utilizar este mesmo bem. Há, então, o Problema da “Tragédia dos Comuns”: os recursos comuns (que não tem dono) serão mais utilizados do que o desejável do ponto de vista social, surgindo de uma externalidade negativa. Quanto mais se usa deste bem que “não tem dono”, menos temos deste bem para todos e com medo de ficar sem, cada indivíduo vai usar o máximo que conseguir agora, fazendo com que o bem deixe de estar disponível para todos. O governopode resolver o problema por meio de regulamentação do consumo ou criação de impostos que vise controlar o consumo do recurso comum.
Bens públicos não são nem excludentes nem rivais. Ou seja, não podemos controlar quem pode ou não usar o bem, e o uso deste por alguém não impede que outros indivíduos usem este bem. Por exemplo, defesa nacional, show de fogos de artifício, benefício do policiamento, etc. Assim, ele tem como problema o fato de não existir como controlar quem pode utilizar ou utilizou, assim não pode-se cobrar pelo uso individual, gerando o “Problema do Carona” (alguém que recebe o benefício de um bem, mas evita pagar por ele), que surge quando alguns individuos pagam por um bem que gera externalidades positivas para pessaos que não pagaram. O governo pode passar a ofertar este bem visando solucionar o problema.
Suponha 2 fazendas vizinhas: A e B. A fazenda A cria gado que geralmente invade os campos da fazenda B, que tem uma plantação. O gado da fazenda A impõe uma externalidade negativa ao pôr em risco a colheita da fazenda B. Suponha que não exista custo para as partes barganharem.
Verifique o teorema de Coase quando o custo da cerca é 2.000 reais e o custo do risco à plantação é 1.000 reais.
Verifique o teorema de Coase quando o custo da cerca é 2.000 reais e o custo do risco à planação é 4.000 reais.
Suponha a existência de apenas 2 consumidores no mercado. D1 representa a demanda de um bem público consumidor 1 e D2 a demanda do consumidor 2.
Consumidor 1: P1 = 100 – Q1
Consumidor 2: P2 = 200 – Q2
Qual a curva de Benefício Social Marginal? Represente graficamente.
Qual o nível eficiente do bem público quando:
Cmg = 240
Cmg = 50
Cmg = 400Represente os custos marginais e os equilíbrios no gráfico do item I.
Suponha que ao se obter educação universitária, isso sinalizaria a um possível empregador que esse indivíduo é um trabalhador de alta produtividade. Para trabalhadores de alta produtividade, o custo da educação universitária seria US$20.000 por ano, e para os de baixa produtividade, o custo da educação seria de US$40.000 por ano. Se uma empresa acredita que um empregado será um trabalhador de alta produtividade, ele pagará ao empregado US$200.000 a mais ao longo da vida do trabalhador do que a emrpesa pagaria ao trabalhador de baixa produtividade. Quantos anos de educação universitária a empresa exigiria para pagar esse adicional? Por que?

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