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Tipos de suturas

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Tipos de suturas
Uma sutura é popularmente conhecida como pontos cirúrgicos, é um tipo de ligação usada por médicos cirurgiões, para manter unido pele, músculos, vasos sanguíneos e outros tecidos do corpo, após terem sido seccionados por ferimento ou para fins cirúrgicos. As suturas podem ser classificadas pelo seu padrão em interrompidas ou contínuas, e pela aparência de suas bordas em evaginantes, invaginantes, sobrepositoras e apositoras. Devem ser realizadas com aproximadamente 0,5 cm de distância da ferida cirúrgica e entre si, devendo também possuir o nó lateralizado em relação a secção, e o fio cortado próximo ao nó, para evitar excesso de material e reação tecidual no local. 
O cirurgião, quando destro, deverá realizar a sutura de cima para baixo, da direita para a esquerda, com a ponta da agulha sempre apontada para si, com auxílio de porta agulha e pinça, sempre utilizando o tipo de fio mais adequado para o tipo de sutura e seu local de realização. Já o canhoto, deve alterar apenas o sentido, realizando, então, a sutura da esquerda para a direita, e mantendo o restante da realização da mesma forma que o cirurgião destro.
As suturas interrompidas são realizadas descontinuamente, com a execução de vários nós e uma maior utilização de material, são elas:
Ponto simples separado ou ponto simples interrompido: sutura de aposição, amplamente utilizada, de fácil execução, tempo de cicatrização moderado e distribuição satisfatória da tensão da ferida. É realizada com a inserção da agulha a 0,5 cm a direita da linha de incisão, de fora para dentro, horizontalmente para esquerda, atravessando a ferida, saindo de dentro para fora, a 0,5 cm a esquerda da secção, realizando-se então, um nó duplo para a aproximação das bordas, seguido de dois nós simples para sua fixação.
Wolf ou “U horizontal”: sutura de eversão, evaginante, amplamente utilizada em pele, com segurança em regiões de tensão moderada, com menor utilização de material em relação a sutura anterior e com tendência a isquemia quando apertada excessivamente. É realizada com a inserção da agulha a 0,5 cm a direita da linha de incisão, de fora para dentro, horizontalmente para a esquerda, atravessando a ferida, saindo de dentro para fora, a 0,5 cm a esquerda da secção, direcionando-se 0,5 cm para baixo, do mesmo lado da ferida, inserindo-se de fora para dentro, horizontalmente para direita, atravessando a ferida, saindo de dentro pra fora, a 0,5 cm a direita da incisão, realizando-se então, um nó duplo para a aproximação das bordas, seguido de dois nós simples para sua fixação.
Donatti ou “U em pé”: sutura evaginante (de eversão das bordas), com maior evaginação que a sutura Wolf, segurança em regiões de alta tensão, porém, com maior dificuldade de execução que as anteriores. É realizada com a inserção da agulha a 0,5 cm a direita da linha de incisão, de fora para dentro, horizontalmente para esquerda, atravessando a ferida, saindo de dentro para fora, a 0,5 cm a esquerda da secção, direcionando-se mais 0,5 cm para a esquerda, do mesmo lado da ferida, inserindo-se de fora para dentro, horizontalmente para direita, atravessando a ferida, saindo de dentro pra fora, a 1 cm a direita da incisão, realizando-se então, um nó duplo para a aproximação das bordas, seguido de dois nós simples para sua fixação.
Sultan ou “x”: é uma sutura de aposição, indicada para a musculatura, pois previne a eversão dos tecidos, não causa isquemia. É realizada com a inserção da agulha a 0,5 cm a direita da linha de incisão, de fora para dentro, horizontalmente para esquerda, atravessando a ferida, saindo de dentro para fora, a 0,5 cm a esquerda da secção, direcionando-se diagonalmente para a direita e para baixo, atravessando superficialmente a ferida, inserindo-se 0,5 cm a direita da linha de incisão, 0,5 cm abaixo da primeira inserção da agulha, de fora para dentro, direcionando-se horizontalmente para a esquerda, atravessando a ferida, saindo de dentro para fora, a 0,5 cm da borda e da segunda inserção da agulha, direcionando-se para o primeiro ponto de inserção, realizando-se então, um nó duplo para a aproximação das bordas, seguido de dois nós simples para sua fixação.
Swift: sutura de aposição, semelhante ao ponto simples separado, porém, com a execução do nó internamente ao lúmen do órgão, indicada para cirurgias esofágicas. É realizada com a inserção da agulha a 0,5 cm a direita da linha de incisão, de dentro para fora, horizontalmente para esquerda, atravessando a ferida, se inserindo de fora para dentro, a 0,5 cm a esquerda da secção, realizando-se então, um nó duplo para a aproximação das bordas, seguido de dois nós simples para sua fixação.
Gelly ou “Cushing isolado”: sutura invaginante (com inversão das bordas), utilizada para ancoragem em obliteração de amplos espaços mortos. É realizada com a inserção da agulha a 0,5 cm a direita da linha de incisão, de fora dentro, saindo do mesmo lado da ferida, 0,5 cm para baixo, de dentro para fora, ainda a 0,5 cm a direita da secção, direcionando-se para a esquerda, na mesma linha horizontal, atravessando superficialmente a ferida, inserindo-se de fora para dentro, a 0,5 cm a esquerda da borda, direcionando-se 0,5 cm para cima, saindo de dentro para fora, a 0,5 cm a esquerda da ferida, realizando-se então, um nó duplo para a aproximação das bordas, seguido de dois nós simples para sua fixação.
Lembert isolado: sutura de aposição, utilizado para manter a tensão moderada, a tração excessiva pode promover a inversão das bordas, movimento em espiral. É realizada com a inserção da agulha a 1 cm a direita da linha de incisão, de fora para dentro, saindo do mesmo lado da ferida, de dentro para fora, a 0,5 cm para a esquerda, ainda a 0,5 cm a direita da secção, direcionando-se horizontalmente para a esquerda, atravessando a ferida, inserindo-se de fora pra dentro, a 0,5 cm a esquerda da borda, direcionando-se mais 0,5 cm para a esquerda, saindo de dentro para fora, a 1 cm a esquerda da ferida, realizando-se então, um nó duplo para a aproximação das bordas, seguido de dois nós simples para sua fixação.
Jaquetão: sutura de sobreposição, não indicada para órgãos ocos, utilizada em hérnia umbilical de bovinos e suínos. É realizado com inserção da agulha a 0,5 cm da direita da secção, de fora para dentro, atravessando a ferida, em sentido horizontal, inserindo-se de fora pra dentro, a 0,5 cm a esquerda da borda, direcionando-se para baixo 0,5 cm, saindo de dentro pra fora, em sentido horizontal para direita, atravessando a ferida, inserindo-se de dentro para fora, a 0,5 cm a direita de inserção, realizando-se então, um nó duplo para a aproximação das bordas, seguido de dois nós simples para sua fixação.
	As suturas contínuas devem ser iniciadas antes da linha de incisão para sua ancoragem, com um nó de cirurgião, e pode ser finalizada com o método de laçada ou o método borboleta, são elas:
Ponto Simples Contínuo ou Cerzidura: sutura de aposição, de fácil execução, rápido e econômico. Inicia-se com uma inserção cerca de 0,5 cm acima da inserção e a direita, de fora para dentro, direcionando-se para a esquerda, saindo de dentro para fora, a 0,5 cm a esquerda, realizando-se então, um nó duplo, seguido de dois nós simples para sua fixação. Com um dos fios, não cortado, da extremidade do nó, continua-se a sutura, direcionando-se do nó, diagonalmente para baixo e para a direita, inserindo-se de fora pra dentro, a 0,5 cm a direita da borda e abaixo da primeira inserção, direcionando-se horizontalmente para esquerda, inserindo-se a 0,5 cm a esquerda da secção, de dentro pra fora, repetindo-se o processo até o fechamento total da ferida, realizado com o método de laçada.
Reverdin ou contínuo festonado: sutura de aposição, indicada para musculatura ou pele, suporta maior tensão e possui grande estabilidade, servindo de ancoragem, o aperto excessivo pode levar a necrose tecidual. Inicia-se com uma inserção cerca de 0,5 cm acima da inserção e a direita, de fora para dentro, direcionando-se para a esquerda, saindo de dentropara fora, a 0,5 cm a esquerda, realizando-se então, um nó duplo, seguido de dois nós simples para sua fixação. Com um dos fios, não cortado, da extremidade do nó, continua-se a sutura, direcionando-se do nó diagonalmente para baixo e para a direita, inserindo-se de fora pra dentro, a 0,5 cm a direita da borda e abaixo da primeira inserção, direcionando-se horizontalmente para esquerda, inserindo-se a 0,5 cm a esquerda da secção, de dentro pra fora, porém, diferentemente do simples contínuo, essa segunda inserção deverá ser feita ‘por dentro’ da linha, de modo com que se forme um L invertido verticalmente, repetindo-se o processo até o fechamento total da ferida, realizado com o método laçada.
Colchoeiro ou “U contínuo”: sutura de eversão (evaginante), indicada para pele e locais de grande tensão, possui uma rápida execução. Inicia-se com uma inserção cerca de 0,5 cm acima da inserção e a direita, de fora para dentro, direcionando-se para a esquerda, saindo de dentro para fora, a 1 cm a esquerda, realizando-se então, um nó duplo, seguido de dois nós simples para sua fixação. Com um dos fios, não cortado, da extremidade do nó, continua-se a sutura, direcionando-se do nó para baixo, inserindo-se de fora pra dentro, a 0,5 cm a esquerda da borda e abaixo da segunda inserção, direcionando-se horizontalmente para direita, inserindo-se a 0,5 cm a direita da secção, de dentro pra fora, repetindo-se o processo até o fechamento total da ferida, realizado com o método de laçada.
Cushing: sutura de inversão (invaginante), indicada para órgãos ocos e eliminação de espaço morto. Em órgãos contaminados evitam o contato da mucosa com a cavidade abdominal, é perfurante parcial, penetrando apenas na camada seromuscular. Inicia-se com uma inserção cerca de 0,5 cm acima da inserção e a direita, de fora para dentro, direcionando-se para a esquerda, saindo de dentro para fora, a 1 cm a esquerda, realizando-se então, um nó duplo, seguido de dois nós simples para sua fixação. Com um dos fios, não cortado, da extremidade do nó, continua-se a sutura, direcionando-se do nó, inserindo-se a agulha de dentro para fora, do outro lado da ferida, 0,5 cm para baixo e para a esquerda da borda, seguindo horizontalmente para a direita, inserindo-se de fora para dentro, a 0,5 cm a direita de secção, direcionando-se verticalmente para baixo, saindo de dentro para fora, a 0,5 cm a direita da incisão e 0,5 cm da inserção anterior, repetindo-se todo o processo até o fechamento da ferida, que deve ser realizado com o método de laçada. 
Connell: sutura invaginante, similar à de Cushing, é uma sutura contaminada, utilizada em órgãos ocos. O processo de execução dessa sutura difere da realização da Cushing apenas quanto a penetração vertical para baixo no mesmo lado da ferida, que na primeira sutura ocorre somente na camada seromuscular, ocorrendo na segunda até o lúmen da cavidade interna do órgão, porém, utilizando o mesmo processo de suturação.
Lembert contínuo: sutura invaginante, com perfeita eliminação de espaço morto, não contaminante (seromuscular), rápida e econômica, indicada em cesarianas, cistotomias e gastrostomias. Inicia-se com uma inserção cerca de 0,5 cm acima da inserção e a direita, de fora para dentro, direcionando-se para a esquerda, saindo de dentro para fora, a 1 cm a esquerda, realizando-se então, um nó duplo, seguido de dois nós simples para sua fixação. Com um dos fios, não cortado, da extremidade do nó, continua-se a sutura, direcionando-se do nó diagonalmente para baixo e para a direita, inserindo-se de fora para dentro, a 1 cm da direita da borda, direcionando-se horizontalmente para a esquerda em 0,5 cm, de dentro pra fora, do mesmo lado da ferida, situando-se a 0,5 cm ainda a direita da secção, onde atravessa superficialmente a ferida, inserindo-se de fora pra dentro, a 0,5 cm a esquerda da incisão, direcionando-se 0,5 horizontalmente para a esquerda, de dentro para fora, localizando-se a 1 cm a esquerda da ferida, repetindo-se todo o processo até o fechamento da ferida, que deve ser realizado com o método de laçada.
Schimieden: sutura invaginante, com perfeita eliminação de espaço morto, contaminante – deve ser usado outro padrão por cima, não evita contato da mucosa com o meio cavitário (seromucosa), indicada em cesarianas, cistotomias e gastrostomias. Inicia-se com uma inserção cerca de 0,5 cm acima da inserção e a direita, de fora para dentro, direcionando-se para a esquerda, saindo de dentro para fora, a 1 cm a esquerda, realizando-se então, um nó duplo, seguido de dois nós simples para sua fixação. Com um dos fios, não cortado, da extremidade do nó, continua-se a sutura, direcionando-se do nó para o interior da ferida, saindo de dentro pra fora, a 0,5 cm a direita da borda, repetindo-se todo o processo até o fechamento da ferida, que deve ser realizado com o método de laçada.
Bolsa de Fumo/ Bolsa de Tabaco: indicada para ocluir orifícios, temporária ou permanentemente, prevenir o extravasamento de conteúdo para o campo operatório e fixar drenos e tubos na pele. Em volta de uma abertura circular, contorna-se toda ela, a uma distância de 0,5 cm da borda e entre os pontos, penetrando a agulha de fora para dentro e, posteriormente, de dentro para fora, até o total fechamento do orifício, realizando-se então, um nó duplo, para a aproximação das bordas do mesmo, seguido de dois nós simples para sua fixação.
 Parker Kerr: usada para everter as bordas de cotos contaminados e fechar vísceras ocas. Realiza-se uma sutura de Cushing sobre uma pinça hemostática, e posteriormente uma sutura de Lembert contínuo para a finalização.
 Nó chinês, nó de bailarina ou sandália romana: utilizada para fim de fixação de drenos e tubos. Realiza-se um nó duplo em volta da estrutura, seguido de dois nós simples, posteriormente, segue-se envolvendo as duas extremidades dos fios na estrutura cilíndrica, direcionando-as em sentido inverso, até o ponto de término, realizando então, mais um nó duplo, seguido de dois nós simples, para a sua fixação.

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