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Ação de Despejo c/c Cobrança - Recurso de Agravo de Instrumento

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE 
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS 
 
JOÃO, brasileiro, solteiro, professor, RG..., CPF..., residente e domiciliado na rua 
nº, bairro, cidade, Estado. CEP..., vem por seu advogado com endereço 
profissional na rua nº, bairro, cidade, Estado, CEP..., nos autos de AÇÃO DE 
DESPEJO C/C COBRANÇA, movida por PEDRO, brasileiro, solteiro, jogador de 
futebol, RG..., CPF..., residente e domiciliado na rua nº, bairro, cidade, Estado, 
CEP..., vem inconformado com r, decisão de fls..., com fulcro no art. 1015 do 
NCPC e seguintes, interpor: 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Para o Tribunal de Justiça, cujas razões seguem em anexo, comprovando-se o 
preparo 
Requer seja o prese4nte recurso recebido no efeito SUSPENSIVO de acordo 
com o art. 1019 do NCPC, pelos fundamentos expostos nas razões em anexo 
Requer ainda seja o recurso recebido e distribuído à uma das Câmaras cíveis do 
egrégio tribunal. 
Em cumprimento ao art. 1017 NCPC, inciso I, II, vem informar as peças que 
instruíram o agravo. 
1- Cópia da inicial 
2- A peça da contestação, ainda não se encontra nos autos 
3- Cópia da decisão agravada 
4- Cópia da intimação da decisão 
5- Cópia da procuração do agravante e do agravado 
6- Contrato de locação 
7- Cópia do de recibo de pagamento 
Por fim, vem o agravante informar o nome e endereço dos patronos das partes. 
PATRONO DO AGRAVANTE: Nome, OAB/UF, endereço profissional situado na 
rua, nº , bairro, cidade, Estado, CEP. 
PATRONO DO AGRAVADO: Nome, OAB/UF endereço profissional situado na 
rua, nº, bairro, cidade, Estado, CEP. 
Nestes termos pede deferimento, 
Local/ data 
Advogado/OAB 
DAS RAZÕES DO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO: 
AGRAVANTE: JOÃO 
AGRAVADO: PEDRO 
JUIZO DE ORIGEM: 2º VARA CÍVEL DA COMARCA DE MINAS GERAIS 
EGREGIO TRIBUNAL, não merece prosperar a respeitável decisão interlocutória 
proferida nos autos da ação de despejo c/c cobrança que concedeu a liminar 
para desocupação do imóvel, haja vista estar a decisão em desacordo com lei 
8245/91, conforme ficará demonstrado nas razões a seguir. 
DA TEMPESTIVIDADE: 
 
Conforme prevê o art. 1003 §5º do NCPC, o prazo para interposição do recurso 
será de 15 dias, contando da data ciência da decisão. Assim o agravante foi 
intimado em tal data sendo, portanto, tempestivo o presente recurso. 
 
DO EFEITO SUSPENSIVO: 
De acordo com o art. 100, I do NCPC, poderá ser concedido o efeito suspensivo 
ao recurso de agravo 
No presente caso, resta evidenciado que a manutenção da concessão do efeito 
suspensivo, considerando que a manutenção da decisão agravada causará 
prejuízo ao agravante, pois tem contra si uma decisão que determina a 
desocupação do imóvel que serve como sua residência 
É certo que a desocupação do imóvel acarretará despesas com mudança e 
locação de outro imóvel, causando prejuízo ao agravante, que ao final 
demonstrará o direito de manter-se no imóvel locado e a continuidade do 
contrato de locação. 
 
DO MÉRITO: 
 
O agravante e o agravado, firmaram contrato de locação, porém após ano de 
regular cumprimento da avença, o locatário passou a enfrentar dificuldades 
financeiras. 
O agravado, depois de quatro meses sem receber, ajuizou ação de despejo 
cumulada com cobrança de aluguéis perante a 2ª Vara Cível da Comarca de Juiz 
de Fora/MG, requerendo, ainda, antecipação de tutela para que o réu/locatário 
fosse despejado liminarmente, uma vez que desejava alugar o mesmo imóvel 
para Francisco. O magistrado recebe a petição inicial, regularmente instruída 
distribuída, e defere a medida liminar pleiteada, concedendo o prazo de 72 
(setenta e duas) horas para João desocupar o imóvel, sob pena de multa diária 
de R$ 2.000,00 (dois mil reais). 
No entanto não merece prosperar aprovada, pois foi concedida a liminar de 
despejo sem a observância do disposto no art. 62 II, alineas da lei 8245/91. 
A agravante deveria ter sido oportunizada a possibilidade de manutenção do 
contrato de locação, mediante concessão do prazo e 15 dias para o pagamento 
do débito existente, no entanto, o d. Magistrado, concedeu, a liminar para 
desocupação do imóvel, violando, assim, direito do locatário. 
Outrossim, pelo art. 5º do CF/8, prevê que a propriedade deve ter sua função 
social, assim como os contratos, sendo certo que o imóvel, ora em questão é 
destinado a moradia do agravante que não pode, sem possibilidade de defesa, 
ter seu direito suprimido, sob pena de violação da dignidade da pessoa humana 
DO PREQUESTIONAMENTO: 
Requer os nobres julgadores que manifestem expressamente sobre a vedação 
dos seguintes dispositivos 62 II, alíneas da Lei 8245/91 e o art.5º CF, haja vista 
eventual possibilidade de interposição de recurso especial. 
DOS PEDIDOS: 
Diante do exposto requer aos nobres julgadores que seja conhecido e provido o 
presente recuso concedido o efeito suspensivo, para ao final reforma a decisão 
interlocutória concedendo ao agravante o prazo legal para o pagamento do valor 
devido. 
Nestes termos pede deferimento, 
Minas Gerais / data 
Advogado/OAB

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