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Direito Penal 4

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Direito Penal 4
Aula 1
Dos Crimes contra a Administração Pública
Introdução
Crimes Funcionais:
Próprios: São aqueles que retirando a elementar do tipo, a conduta se torna atípica ‘’desvio’’, somente funcionário público pode cometer (ex: prefeito). 
Impróprios: São aqueles que mesmo retirando a elementar do tipo, ainda será um outro crime. Ex: peculato furto – tirando a elementar do tipo, que é um funcionário público, furtando seu local de trabalho, ainda será furto, ou seja outro crime.
Funcionário Público é: Art. 327/ CP: Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
 § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço (terceirizada) contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. 
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
Dos Crimes Praticados por Func. Público contra a Adm. Pública
Peculato: Consiste na conduta de um FUNCIONÁRIO PÚBLICO (servidor), que se apropria, desvia ou subtrai, dinheiro, valor ou bem móvel, público ou particular de quem tem a posse ou facilidade em razão do cargo público.
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
 Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. 
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
Extinção de Punibilidade – Quando houver reparação do dano antes do trânsito julgado (ex: Procurador que deixou o notbook na mesa do hotel, foi ao banheiro e quando voltou, tinha sido furtado, comprou e comprou um novo).
Redução da Pena pela metade – Reparar o bem, depois do trânsito julgado.
BJT: A administração pública, o patrimônio público e sua moralidade.
Classificação: Doloso direto e Culposo (§ 2º), Próprio, Material, de forma Livre, Comissivo (exceção Art 13 p 2), Instântaneo, Unissubjetivo, Plurissubsistente, Admite Tentativa. 
Considerações: Conduta típica Perculato Apropriação e Pec. Furto (1 parte) – Funcional Impróprio // Peculato Desvio (2 parte) – Funcional Próprio.
§ 2º culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. 
Ação Penal Pub. Incondicionada
OBS: Pessoa que auxilia o funcionário público, sabendo de sua condição, se enquadra no peculato por causa do liame subjetivo. Não sabendo que o outro é funcionário público, será apenas furto ou apropriação. Caso uma pessoa comum, resolva furta uma sede pública, é apenas furto, pois não há elementar. 
Concussão (Art 316 do CP) 
(Extorsão Praticado pelo Funcionário Público).
Consiste na conduta do funcionário público que Exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, em razão da função, vantagem indevida.
Exige: Quase uma ameaça(sentido de), impõem-se pela função pública que lhe assite.
BJT: A administração pública e sua moralidade.
Classificação: Crime doloso direto, Próprio, Formal, de Forma Livre, Comissivo (exceção Art 13 p 2), Instântaneo, Unissubjetivo, Plurissubsistente, Admite Tentativa Tecnicamente. Ex: por meio de carta.
Art. 316 Concussão- Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
§ 1º Excesso de exação (Exigir tributo ou contribuição social)- Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.
1 PARTE - Cobrança Indevida: Não tem que pagar o imposto ou a contribuição social, mas mesmo assim está sendo cobrado. (CRIME FORMAL)
2 PARTE - Cobrança Devida: Há uma cobrança (imposto ou contribuição devida), mas não é a pessoa adequada para receber, ou empregado o meio de cobrança errado ou cobra de forma vexatória (o chama de caloteiro) . Ex: Policial vê que o CNH está vencido, e diz para a pessoa que deve deixar o valor com ele. (CRIME MATERIAL)
§ 2º Qualificadora - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos: 
*****Considerações: Concussão (exigir vantagem indevida) (2 a 8 anos) é diferente de Excesso de Exação (exigir impostos) (3 a 8 anos). - 316 possui 2 partes, apesar de estarem inseridas no mesmo dispositivo, no caso há 2 condutas a do caput e a do § 1. 
*****PROVA*******
Obs: É diferente do Art 317 do CP.
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: (ex: policial pedindo para deixar o cafezinho)
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem.
Aula 2
Corrupção Passiva (Art 317 CP): Consiste na conduta do funcionário público que solicita (pedido), recebe, ou aceita promessa de vantagem indevida, direta ou indiretamente, em razão da sua função, para si ou para outrem.
BJT: A administração pública e sua moralidade.
Classificação: Crime doloso direto, Próprio, Formal, de Forma Livre, Comissivo (exceção Art 13 p 2), Instântaneo, Unissubjetivo, Plurissubsistente, Admite Tentativa Tecnicamente. Ex: por meio de carta. Ação P. Pub Incondicionada.
Art. 317 Corrupção Passiva - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. Ex: Policial pede dinheiro e libera traficante.
§ 2º Privilegiadora - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: ex: Policial que deixa de fazer algo a pedido de superior.
Considerações: Cai segunda fase da OAB.
1 Solicitar = Pedir
2 Receber ou Aceitar Promessa = Condutas relacionadas ao Art 333 CP (corrupção ativa) que é crime antecedente à Corrupção Passiva, nessa modalidade havendo uma bilateralidade entre os crimes – Aplicasse a teoria Dualista. Nesse caso “receber ou aceitar promessa”, será depois da conduta do particular que oferece, sendo assim. ***Prova*** é uma Exceção da Teoria Monista, não há concurso de pessoas.
Facilitação de Contrabando ou do Descaminho Art 318 CP: Consiste na conduta doFuncionário Público que favorece, com infração de dever funcional, o contrabando ou o descaminho.
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho 
Contrabando: Importação ou Exportação de mercadoria proibida.
Descaminho: Mercadoria permitida (lícita), mas imposto não pago ou pago parcialmente, em importação ou exportação. (Nessa modalidade se o particular for pego, pagando o valor ele se livra e o delegado pode estipular fiança).
BJT: A administração pública e o erário público.
Classificação: Crime doloso direto, Próprio, Formal, de Forma Livre, Comissivo ou Omissivo Próprio (exceção Art 13 p 2), Instântaneo, Unissubjetivo, Plurissubsistente, Admite Tentativa Tecnicamente.
Comissivo – Conduta Ativa.
Omissivo Próprio – Ficar Inerte. Ex: Mulher bonita com longo casaco e aparentemente cheio, func. Público vê (supõem que há algo), mas permanece quieto. = Prevaricação.
Considerações: Facilitar - Favorecer através de ação ou omissão. 
OBS: Garantidor + Omisso = Omissão Imprópria.
Aula 3
Prevaricação (Art 319 CP)
Consiste na conduta do funcionário público que falta com seus deveres funcionais, por interesse ou sentimento pessoal (ex:ódio/ vingança/amor/ paixão/ medo).
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
BJT: A administração pública, sua modalidade de finalidade e prestígio.,
Classificação: Crime doloso direto, Próprio, Formal, de Forma Livre, Comissivo (Retardar/ Praticar) ou Omissivo Próprio (deixar de praticar) - (exceção Art 13 p 2), Instântaneo, Unissubjetivo, Plurissubsistente, Admite Tentativa Tecnicamente (salvo conduta omissiva imprópria).
Não há tentativa em conduta omissivas impróprias??? OU próprias??
Ação Penal Pub Incondicionada.
Considerações: 
Retardar, deixar de praticar, praticá-lo 3 núcleos do tipo, crime de ação múltipla.
Art. 319-A. Prevaricação Imprópria Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. 
Omissivo Próprio = Não Admite tentativa
Ex: Agente Penitenciário que deixa de pegar celular pois está sozinho e não possui arma, e o montante de preso é grande.
Condescendência Criminal (Art 320 CP)
Consite na conduta do funcionário público que e condescendente (tolerante, flexível), com seu subalterno que particou falta disciplinar ou não informar quem tenha competência para faze-lo.
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
BJT: A administração pública e seu desempenho no interesse público.
Classificação: Crime doloso direto, Próprio, Material, de Forma Livre, Omissivo Próprio, Unissubjetivo, Plurissubissitente, Não admite Tentativa. 
Ação Penal Pub Incondicionada.
Considerações: 
2 figura: Quando lhe falte competência superior hierárquico que não tem poderes para responsabilizar o subordinado. Ex: Cabo que não pode punir soldado, mas o Major pode, e não leva a informação a ele por TOLERÂNCIA.
“Deixar”: Conduta negativa – Inércia CONDUTA OMISSIVA.
“Indulgência”: Benevolência, tolerância (elementar subjetiva Comunica se tiver liame subjetivo)
Advocacia Administrativa (Art 321 CP)
 Consiste na conduta do funcionário público que defende direta ou indiretamente interesse particular, junto a administração pública valendo-se/ no exercício da sua função.
Art. 321 -  Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Par único.(Qualificadora) aumento de pena - Se o interesse é ilegítimo: (contra lei)
Nesse caso, não poderá o funcionário público obter vantagem se não será corrupção passiva. Ex: oficial de justiça que conhece pessoa que será presa, e para ocorrer inspiração do prazo, deixa de cumprir o mandado, para haver extinção de punibilidade 
BJT: A administração pública e regularidade administrativa.
Classificação: Crime doloso direto, Próprio, Formal, de Forma Livre, Comissivo ou Omissivo Próprio - (exceção Art 13 p 2), Instântaneo, Unissubjetivo, Plurissubsistente, Admite Tentativa Tecnicamente (salvo conduta omissiva própria). 
 
Ação Penal Púb. Incondicionada.
Considerações: 
“particular” não é conduta de advogada e sim de funcionário público que defende interesse particular valendo - se de sua função. (pode ser feito em sua própria repartição ou em outra).
 Irá se consumar no 1º ato.
Ex: Funcionário público que preenche ficha para particular /// ex: verificar andamento do processo para particular.
Crimes contra a Administração Pública praticado por Particular
Resistência (Art 329)/ Desobediência(Art 330) / Desacato (Art 331)
Nesses crimes quando em CONCURSO MATERIAL, será aplicado o PRINCÍPIO DA CONSULSÃO, pois crime fim irá absorver o crime meio, sendo aplicado o pior (Resistência> Desacato > Desobediência).
(Majo) Quando ocorrem no mesmo contexto fático o agente responderá apenas pelo mais grave. Consulsão
Minoritário (ADV) Resistência vai absorve apenas a desobediência, e não o desacato por não haver possibilidade de ser meio necessário ara resistência, assim haverá conc. Material de crimes entre resistência e desacato.
Resistência Opor-se com emprego de violência ou ameaça, a funcionário público ou quem esteja prestando auxílio.
Crime de forma vinculada , pois só ocorre se houver violência ou ameaça a funcionário público (elementar do tipo objetiva). Também é crime de consumação antecipada pois como se consuma no momento em que o particular usa de violência ainda que cumprida sem excessos.
 Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
§ 1ºQualificadora - Se o ato, em razão da resistência, não se executa: Caso a violência ou ameaça empregada, impeça a execução do dever do func. Público, a pena é aumentada. 
Obs Necessita de ato legal, se for ilegal a conduta do particular será atípica. Salvo se da violência gerar lesão corporal. A violência contra a pessoa e não contra a coisa (viatura quebrada).
É diferente da Desobediência pois é necessário violência ou ameaça.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
Desobediência Resistência passiva, desobedecendo ordem de funcionário público. Ocorre quando o agente inflige ordem legal de func. Público.
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
DesacatoInjúria ao funcionário público em razão do exercício da função. Consiste no desprezo e desrespeito com qualquer funcionário público, humilhando-o no exercício da função, é crime formal, de forma livre pois admite vários atos (sinais/ fala).
É diferente de injúria, pois essa é contra pessoa (ex:Corno, FDP). Desacato é uma ofensa a honra com relação ao exercício da função (ex:policial corrupto, tu não presta).
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela
OBS Em uma só ação do agente poderá haver injúria e desacato, mas será julgado separadamente uma vez que Desacato é Ação P. Pub Incondicionada, e Injuria condicionada a representação.
Aula 4
Trafico de Inflência (Art 322 do CP)
 Consiste na conduta do agente que, gabando-sede influência sobre funcionário público, pede (solicitar), exige, cobra ou recebe qualquer vantagem, mentindo que irá influir em ato praticado por tal funcionário, no exercício de sua função. Ex: Adv. fala que vai falar com seu amigo delegado, para ele influenciar no caso, em troca de dinheiro. Se consuma ai, pois o crime é formal (só de demonstrar o dolo, se consuma)Caso se realmente o conhecer e isso venha ocorrer, e o dinheiro seja dividido o delegado cometera “corrupção passiva” e o advogado será participe. (Art 317 CP).
BJT: A confiança na administração pública e seu prestígio.
Classificação: Doloso, Comum, Formal, de Forma Livre, Comissivo(exc Art 13, par 2) , Instantâneo, Unissubjetivo, Plurissubsistente, Admite Tentativa Tecnicamente. Ação Penal Pub. Incondicionada.
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: 
Pará único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. 
Corrupção Ativa (Art 333 CP) - Oferecer
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
 Crime antecedente ao Art 317 nas 2º e 3º fig (Corrupção Passiva – recebe ou aceita promessa).
 Formal, mas havendo a Corrupção Passiva aplicasse a teoria dualista.
Descaminho (Art 344 do CP)
Consiste na conduta do agente que pratica a fraude tendente a frustrar total ou parcialmente o pagamento de direitos de importação ou exportação ou do imposto do consumo de mercadorias.
 Mercadoria permitida (lícita), mas imposto não pago ou pago parcialmente, em importação ou exportação. (Nessa modalidade se o particular for pego, pagando o valor ele se livra e o delegado pode estipular fiança).
BJT: Erário Público (finanças).
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria. 
§ 1o Incorre na mesma pena quem: 
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei; 
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem; 
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos. 
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. 
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. 
Classificação – Doloso, Comum, Formal, forma livre, Comissivo ou Omissivo Próprio (exc: Art 13 par 2º), Instantâneo, Unissubjetivo, Plurissubsistente e Adm Tentativa Tecnicamente.
Ação Penal Pub Incondicionada.
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Contrabando (Art 334 A do CP)
Consiste na clandestina importação ou exportação de mercadorias cuja entrada ou saída do país é absoluta ou relativamente proibida.
Importação ou Exportação de mercadoria proibida.
BJT: Erário Público (finanças).
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida: 
§ 1o Incorre na mesma pena quem: 
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando; 
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de órgão público competente; 
III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação; 
IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira; 
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira. 
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. 
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
Classificação – Doloso, Comum, Formal, forma livre, Comissivo ou Omissivo Próprio (exc: Art 13 par 2º), Instantâneo, Unissubjetivo, Plurissubsistente e Adm Tentativa Tecnicamente.
Ação Penal Pub Incondicionada.
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Dos Crimes contra a Administração da Justiça
Denunciação Caluniosa (Art 339 CP) é diferente da Calúnia.
Consiste na conduta do agente que provoca a magna administrativa, com a consequente instauração de algum procedimento imputado ao crime a determinada pessoa que sabe inocente. (ex: ex mulher denunciando o marido por ameaça, sendo que não ocorreu, e foi impetrado um medida protetiva sobre ela).
BJT: Administração da Justiça.
Classificação – Doloso, Comum, Material, forma livre, Comissivo (exc: Art 13 par 2º), Instantâneo, Unissubjetivo, Plurissubsistente e Adm Tentativa Tecnicamente.
Há um entendimento doutrinário, de ser um crime complexo, vez que é pluriofensivo, pois ofende a honra objetiva e adm pública.
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: 
§ 1º Aumento de Pena- A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.
§ 2º Diminuição de Pena- A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
Par 1º - Aumenta a pena se o agente se serve de anonimato ou some suposto para praticar o crime.
No caput a lei trata da imputação falsa de crime, no entanto o par 2º do mesmo Art, traz causa de diminuição de pena (privilegiadora) se a imputação é de contravenção (crime menor).
OBS: Denuncia anônima não é caso de instauração de inquérito policial.
Ação Penal???
Aula 5
Falso Testemunho (Art 342 CP) 
Consiste na conduta do agente que faz afirmação falsa (mente), nega a verdade (diz que é mentira) ou cala a verdade (omite/omissão da verdade), na condição das pessoas descritas na lei.
BJT: Administração da Justiça.
Classificação – Doloso, Mão Própria (apenas a testemunha pode cometer, concurso de pessoas apenas na participação - participe), Formal, forma livre, Comissivo ou Omissivo (exc: Art 13 par 2º), Instantâneo, Unissubjetivo, Plurissubsistente e Adm Tentativa Tecnicamente.
OBS: Tendo em vista que testemunho é meio de prova, as pessoas que tiverem relação próxima ao réu ou a vítima (familiar/ amigo) o “testemunho” das mesmas será de carácter informativo, pois não prestam compromisso em dizer a verdade, sendo assim não podem cometer o falso testemunho.
Afirmação falsa: proferir mentira / Negar a verdade: dizer que não é verdade / Calar a verdade: deixar de dizer a verdade.
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: 
§ 1o Aumento de Pena: As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.§ 2º Extinção da Punibilidade: (retratação antes da sentença) O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. A ação não pode ter terminado, deve ser antes da sentença (arrependimento posterior).
Ação Penal Pub. Incondicionada.
Exercício Arbitrário das Próprias Razões (Art 345 CP) Auto tutelar
Consiste na conduta do agente que faz justiça com as próprias mãos. 
BJT: Administração da Justiça.
Classificação – Doloso, Comum, Formal, forma livre, Comissivo “fazer/ cometer” (exc: Art 13 par 2º), Instantâneo, Unissubjetivo, Plurissubsistente e Adm Tentativa Tecnicamente.
Obs: Tatuagem na testa do marginal “sou ladrão e vacilão”, Exercício arbitrário das próprias razões C/C lesão corporal grave C/C tortura.
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:
Pará único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
Havendo violência Ação Penal Púb. Incondicionada, deverá ter conc. Material obrigatório com lesão corporal.
Sem violência Ação Penal Privada, ex: cobrando dinheiro emprestado a amigo comerciante, que não o pagou, agente invade comércio e pega produtos para equiparar o preço. (vítima deverá abrir a ação no prazo de 6 meses, desde o conhecimento).
Favorecimento Pessoal (Art 348 CP) AGENTE DO CRIME: Esconder o criminoso.
Consiste na conduta do agente que ajuda o autor do crime a se “esconder” da autoridade pública. 
BJT: Administração da Justiça.
OBS: Caso quem ajudou o agente a se esconder seja coautor ou participe do crime, Art 348 (favorecimento pessoal) NÃO será imputado a ele 
OBS: Familiar que esconde será isento de pena, exclusas absolutórias – imunidade absoluta.
Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:
§ 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
§ 2º Familiar isento de pena: Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.
Ação Penal Pub. Incondicionada.
Favorecimento Real (Art 349 CP) OBJETO DO CRIME: Escondendo o objeto do crime.
EX: Carro roubado escondido na casa de amigo.
OBS: Familiar nesse caso não será isento
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime:
Ação Penal Pub. Incondicionada.
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Crimes Hediondos (lei 8072/90)
Introdução: Teoria da lei e da ordem.
Sistema legal: Critério da colagem e etiquetagem.
Repugnante:  termo "hediondo" significa ato profundamente repugnante, imundo, horrendo, sórdido, ou seja, um ato indiscutivelmente nojento, segundo os padrões da moral vigente.
 São considerados hediondos os crimes cuja lesividade é acentuadamente expressiva, ou seja, crime de extremo potencial ofensivo, ao qual denominamos crime “de gravidade acentuada”.
(Obs: São insuscetíveis os crimes Hediondos e Equiparados a eles de graça, anistia, indulto e são inafiançáveis.
Art 1º da lei 8072: Espécies de crimes hediondos.
Art 121 caput Homicídio quando praticado em atividade típica de extermínio, ainda que cometido por um só agente. E
 Art 121, inc I ao VII Homicídio Qualificado;
(Obs: Homicídio simples não é Hediondo, apenas quando praticado por grupo de extermínio).
Para a configuração de grupo de extermínio bastam 2, e não necessariamente um deles deve cometer o ato junto, o simples fato de ter participado (participe ex: dirigindo carro), já se configura.
As vítimas devem pertencer a um determinado grupo/ classe e etc.
 I A)  Lesão corporal dolosa de natureza gravíssima ou grave nas condições do: (Art 121,p 2º , IV CP) lesão corporal seguida de morte quando praticadas contra autoridade ou agentes da polícia civil, militar, rodoviária e federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em função dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição;
Latrocínio (Art 157, par 3º, 2º parte); Preterdoloso: Dolo no Roubo, Culpa na morte (sum 613 STF) Será consumado pelo resultado morte, mesmo que não haja subtração de bens.
 Extorsão qualificada pela morte; (Art 158, par 2º do CP)
 IV) Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada; (Art 159 do CP) todo ele.
 V)  Estupro; (Art 213 do CP) todo ele.
 VI)  Estupro de vulnerável; (Art 217 A do CP) todo ele.
 VII) Epidemia com resultado morte. (Art 267,par 1º CP)
 VII B) Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais; (Art 273 caput,par 1º , 1º A e 1º B do CP).
 VIII) Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável;(Art 218 B)
 PAR Ú) Crime de G HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Genoc%C3%ADdio"enocídio; extermínio deliberado, parcial ou total, de uma comunidade, grupo étnico, racial ou religioso. (ex: Hitler na 2º guerra mundial, caçando judeus)
Art 2º Crimes EQUIPARADOS aos hediondos: Tráfico de drogas, Tortura e Terrorismo.
OBS: Mesmo sendo hediondo não impede a progressão penal.
OBS: Hediondo só irá iniciar no regime fechado, se tiver dentro das condições do Art 33, par 2º, I/CP, o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado.
§ 1º - Considera-se: a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média
OBS: O fato de ser Crime Inafiançável, não impede a liberdade provisória (mas não será por fiança). (pode ser hediondos ou os equiparados a hediondo)
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Aula 7
Regime de Cumprimento de pena e progressão de regime: Incialmente será Fechado, permitindo a progressão para o Semi - aberto e depois para o Aberto.
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado. 
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.
Critério Objetivo: Primário: 2/5 da pena, Reincidente: 3/5 da pena. 
 Critério Subjetivo: Bom comportamento carcerário.
Associação Criminosa Qualificada: Art 8 lei 8072/90: Qualifica o crime de Associação Criminosa quando, 3 ou mais pessoas, com o mesmo liame subjetivo, cometem Crimes Hediondos ou Equiparados a Hediondos.
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal (Associação Criminosa), quando se tratar de Crimes Hediondos, ou prática da Tortura, Tráfico Ilícito De Entorpecentes e Drogas Afins ou Terrorismo.
Parágrafo único (Privilegiadora): O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.
OBS: Não existe Associação Criminosa C/C com Grupo de Extermínio.
 Crimes Equiparados a Hediondos (lei 9455/97)
Lei de Tortura: constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental desnecessário.
Art. 1º Constitui crime de tortura:
 I - Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
a) Tortura Confissão: com o fim de obter informação,declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) Tortura Provocação de Crime: para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; (Torturador vira autor mediato EX: Obrigando uma pessoa a roubar, caso não faça irá matar um familiar.
c) Tortura Discriminatória: em razão de discriminação racial ou religiosa;
OBS: As Alíneas acima são crimes Formais.
II –(Tortura Castigo): Submeter alguém, Sob Sua Guarda, Poder ou Autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. 
 Crime de Dano e Crime Próprio: sobre sua guarda poder de autoridade é diferente de um pai, tentando educar seu filho com palmadas (pois não é sofrimento físico, vai depender do caso concreto).
§ 1º Tortura Castigo (Crime Próprio (funcionário público))Na mesma pena incorre quem submete pessoa Presa ou Sujeita A Medida De Segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.
 EX: Policial ou Agente Penintenciario, espancando preso para falar.—é diferente de uso da força, para prender ou legítima defesa.
§ 2º Tortura Omissão (PRIVILEGIADORA – Está conduta não se equipara a hediondo) Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
 EX: Delegado deixa de intervir, ao ver os policiais agredindo um detento para ele falar.
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza Grave ou Gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se (PRETERDOLOSO): Resulta Morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. (dolo de torturar, culpa na morte).
 Preterdoloso resultando a morte, é DIFERENTE do Homicídio cometido por meio de tortura, pois nele o dolo é atingir a morte do agente através da tortura.
§ 4º (causas de aumento da pena) Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
I - se o crime é cometido por agente público;
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; 
III - se o crime é cometido mediante seqüestro.
Efeitos do Cometido:
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
§ 6º O crime de TORTURA É INAFIANÇÁVEL e insuscetível de graça ou anistia.
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
Ação Penal Pub. INCONDICIONADA.
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Terrorismo (lei 13260/2016) – Antiterrorismo. 
 Crime de Perigo Abstrato basta cometer a conduta, mesmo que não mate ou lesione (não ocorrendo), se configura. 
Crime Formal
 Conceito: Consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública.
Xenofobia: preconceito ao estrangeiro.
Características: 
Premeditação das condutas
Motivação política com intuito de desestabilizar o sistema vigente para tomar de poder 
Ataques a pessoas indefesas.
Ação por meio de grupos organizados.
Finalidade do Terrorismo: Deve ocorrer ou 1 ou o outro.
Terror Social: EX: atropelamento na maratona/ atirar em pessoas no cinema.
Terror Generalizado: EX: ataque as torres gêmeas.
BJT: A pessoa (vida e integridade física), patrimônio, paz pública e incolumidade pública.
Atos do Terrorismo (preparatórios são punidos): 
Art. 5o  Realizar atos preparatórios de terrorismo com o propósito inequívoco de consumar tal delito: Pena - a correspondente ao delito consumado, diminuída de um quarto até a metade.
§ 1o  Incorre nas mesmas penas o agente que, com o propósito de praticar atos de terrorismo:
I - recrutar, organizar, transportar ou municiar indivíduos que viajem para país distinto daquele de sua residência ou nacionalidade; ou
II - fornecer ou receber treinamento em país distinto daquele de sua residência ou nacionalidade.
§ 2o  Nas hipóteses do § 1o, quando a conduta não envolver treinamento ou viagem para país distinto daquele de sua residência ou nacionalidade, a pena será a correspondente ao delito consumado, diminuída de metade a dois terços.
Art. 6o  Receber, prover, oferecer, obter, guardar, manter em depósito, solicitar, investir, de qualquer modo, direta ou indiretamente, recursos, ativos, bens, direitos, valores ou serviços de qualquer natureza, para o planejamento, a preparação ou a execução dos crimes previstos nesta Lei:
Parágrafo único.  Incorre na mesma pena quem oferecer ou receber, obtiver, guardar, mantiver em depósito, solicitar, investir ou de qualquer modo contribuir para a obtenção de ativo, bem ou recurso financeiro, com a finalidade de financiar, total ou parcialmente, pessoa, grupo de pessoas, associação, entidade, organização criminosa que tenha como atividade principal ou secundária, mesmo em caráter eventual, a prática dos crimes previstos nesta Lei.
Art. 7o  Salvo quando for elementar da prática de qualquer crime previsto nesta Lei, se de algum deles Resultar Lesão Corporal Grave, aumenta-se a pena de um terço, se Resultar Morte, aumenta-se a pena da metade.
Aula 8
Lei de Drogas (lei 11.343/06)
Crime Equiparado a Hediondo Art 2 da lei 8072/90 
Posse de Droga para consumo PESSOAL – ART 28 (NÃO É EQUIPARADA A HEDIONDO)
- Infração de menor potencial ofensivo – Art 61 da lei 9099/95.
Pena Restritiva de Direitos: Medida Educativa, Advertência sobre os efeitos das drogas e Prestação de Serviços a comunidade.
Classificação: Crime Doloso, Comissivo (exc Art 13, par 2), Instantâneo e Permanente (Guardar e Transportar), Unissubjetico, Plurissubsistente, Admite Tentativa Tecnicamente.
Art. 28.(Posse de Drogras)Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para CONSUMO PESSOAL, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
Penas Restritivas de Direitos – PRD:
 I - advertência sobre os efeitos das drogas;
 II - prestação de serviços à comunidade;
 III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
§ 1º (Conduta Equiparada ao Caput): Às mesmas medidas submete-se quem, Para Seu Consumo Pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.
§ 2º (Diferenciação de POSSE para tráfico): Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
§ 3º (Prazo máximo de punição): As penas previstas nos incisos II e III (prestação de serviços e medida educativa) do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses.
§ 4º(Prazo máximo de punição na Reincidência – Duplica): Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximode 10 (dez) meses.
§ 5º(Forma de cumprimento): A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas.
§ 6º (Garantias para o cumprimento de PRD): Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a:
I - admoestação verbal
II - multa.
§ 7o O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado.
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(EQUIPARADO A HEDIONDO).
Tráfico de Drogas – Art 33 
 Finalidade de Comercializar
 Norma Penal em Branco – Heterogênea. (Pois a ANVISA que define o que é droga). = 334-98 SVS /MS
Classificação: Crime Doloso, Comissivo (exc Art 13, par 2), Instantâneo e Permanente (Guardar e Transportar), Unissubjetico, Plurissubsistente, Admite Tentativa Tecnicamente.
 Crimes de Ação Múltipla
 Art. 33.(Tráfico de Drogas): Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
§ 1º (Conduta Equiparada ao Caput): Nas mesmas penas incorre quem:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, Matéria-Prima, Insumo ou Produto Químico Destinado à preparação de drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de Plantas Que Se Constituam Em Matéria-Prima para a preparação de drogas;
III – (Boca de Fumo): utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
As penas do CAPUT e do § 1º são PPL.
OBS: Os demais parágrafos apesar de estarem dentro do ART, não são considerados condutas equiparadas a hediondos:
§ 2º(Participação para o Uso de Drogras): Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: 
§ 3o (PRIVILEGIADORAS): Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem: EX: amigo que oferece a outro.
§ 4o (PROGRESSÃO PENAL PARA PRD): Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.
O Senado Federal resolve: Art. 1º É suspensa a execução da expressão "vedada a conversão em penas restritivas de direitos" do § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal nos autos do Habeas Corpus nº 97.256/RS.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
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Petrechos para o Tráfico – Art 34:
 Art. 34. (Objetos para drogas):  Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
Associação para o Tráfico – Art 35:
 Art. 35.  Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:
 Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.
 Objetivo específico de vender drogas.
 OBS: Reiteradamente ou Não: Esse não é no sentindo de englobar os vendedores casuais. Ex: Vendedor de festa, baladas.
Classificação: Crime doloso, Formal, de forma livre, Comissivo, Instantâneo ou Permanente, Plurissubjetivo.
Financiar o Tráfico – Art 36: 
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei.
Art 44 da Lei:
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico.
Aula 9
Organização Criminosa (Lei 12.850/13) Empresa Multinacional.
 Essa lei revogou a lei 9034/95 e modificou o art 288 do CP.
 Conceito de organização criminosa Art 1§ 1º e Art 2 caput da lei.
Art. 1o Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado.
§ 1o Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
§ 2o Esta Lei se aplica também:
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; 
II - às organizações terroristas internacionais, reconhecidas segundo as normas de direito internacional, por foro do qual o Brasil faça parte, cujos atos de suporte ao terrorismo, bem como os atos preparatórios ou de execução de atos terroristas, ocorram ou possam ocorrer em território nacional II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos atos de terrorismo legalmente definidos. (Redação 2016)
Requisitos 4 ou + pessoas, que em uma estrutura ordenada e organizada, existindo assim a divisão de tarefas ainda que informalmente. Pratica de Infrações Penais Com Pena MÁXIMA SUPERIOR A 4 ANOS, ou Caráter Transnacional.Atos Puníveis:
Art. 2o Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa:
 § 1o Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
Ex: de organização criminosa, os crimes cometidos na Laja Jato.
(QUALIFICADORAS):
§ 2o As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego de arma de fogo.
§ 3o A pena é agravada PARA quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução. 
A pena é aumentada para quem é o CHEFE da organização.
§ 4o A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços):
I - se há participação de criança ou adolescente; (envolvidas)
II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a prática de infração penal;
III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior;
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes;
V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização. ex: ISIS.
§ 5o Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual.
§ 6o A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena.
§ 7o Se houver indícios de participação de policial nos crimes de que trata esta Lei, a Corregedoria de Polícia instaurará inquérito policial e comunicará ao Ministério Público, que designará membro para acompanhar o feito até a sua conclusão.
Associação Criminosa (288 do CP) Pequena empresa.
Requisitos 3 ou + pessoas, que não se encontram em uma estrutura organizada Pratica De Infrações Penais Com Pena MÁXIMA INFERIOR A 4 ANOS.
Art. 288.Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013)
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a (QUALIFICADORA): associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente. 
Colaboração Premiada: É gênero, na qual há delação premiada é espécie (Art 4, inc I da lei).
Art. 4o O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o PERDÃO JUDICIAL, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados:
Os benefícios vão de o não oferecimento da denuncia à a diminuição de pena.
I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; Cabe na extorsão mediante a sequesto.
II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa;
III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa;
IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; localização do objeto de/do crime.
V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada.
Ex: entrega de contas clandestinas, de endereços onde estão os objetos.
§ 1o Em qualquer caso, a concessão do benefício levará em conta a personalidade do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato criminoso e a eficácia da colaboração.
§ 2o Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a qualquer tempo, e o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a manifestação do Ministério Público, poderão requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que esse benefício não tenha sido previsto na proposta inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal).
§ 3o O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderá ser suspenso por até 6 (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional.
§ 4o Nas mesmas hipóteses do caput, o Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se o colaborador:
I - não for o líder da organização criminosa;
II - for o primeiro a prestar efetiva colaboração nos termos deste artigo.
§ 5o Se a COLABORAÇÃO FOR POSTERIOR À SENTENÇA, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.
§ 6o O juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu defensor.
§ 7o Realizado o acordo na forma do § 6o, o respectivo termo, acompanhado das declarações do colaborador e de cópia da investigação, será remetido ao juiz para homologação, o qual deverá verificar sua regularidade, legalidade e voluntariedade, podendo para este fim, sigilosamente, ouvir o colaborador, na presença de seu defensor.
§ 8o O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais, ou adequá-la ao caso concreto.
§ 9o Depois de homologado o acordo, o colaborador poderá, sempre acompanhado pelo seu defensor, ser ouvido pelo membro do Ministério Público ou pelo delegado de polícia responsável pelas investigações.
§ 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que as provas autoincriminatórias produzidas pelo colaborador não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor.
§ 11. A sentença apreciará os termos do acordo homologado e sua eficácia.
§ 12. Ainda que beneficiado por perdão judicial ou não denunciado, o colaborador poderá ser ouvido em juízo a requerimento das partes ou por iniciativa da autoridade judicial.
§ 13. Sempre que possível, o registro dos atos de colaboração será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinados a obter maior fidelidade das informações.
§ 14. Nos depoimentos que prestar, o colaborador renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade.
§ 15. Em todos os atos de negociação, confirmação e execução da colaboração, o colaborador deverá estar assistido por defensor.
§ 16. Nenhuma sentença condenatória será proferida com fundamento apenas nas declarações de agente colaborador.
Ação Controlada 
Art. 8o Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações.
§ 1o O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público.
§ 2o A comunicação será sigilosamente distribuída de forma a não conter informações que possam indicar a operação a ser efetuada.
§ 3o Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das investigações.
§ 4o Ao término da diligência,elaborar-se-á auto circunstanciado acerca da ação controlada.
Infiltração de Agentes:
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus limites.
§ 1o Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.
§ 2o Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1o e se a prova não puder ser produzida por outros meios disponíveis.
§ 3o A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que comprovada sua necessidade.
§ 4o Findo o prazo previsto no § 3o, o relatório circunstanciado será apresentado ao juiz competente, que imediatamente cientificará o Ministério Público.
§ 5o No curso do inquérito policial, o delegado de polícia poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério Público poderá requisitar, a qualquer tempo, relatório da atividade de infiltração.
Aula 10
Lei 10.826/03
Crime de Dano (as regras protegem o bem jurídico) é diferente do de Perigo de dano (regras resguardam o bem jurídico de um possível dano, sendo assim a simples exposição ao possível dano já consuma).
Perigo de dano – Concreto (ex: incêndio – fogo perigoso, não sendo o contralado) e Abstrato (ex: carregador de munição vazio).
Crimes em Espécie: De PERIGO ABSTRATO.
 
 POSSE Ilegal de arma de fogo de uso permitido: (Art 12 da lei): 
Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa: 
Possuir, Manter sobre guarda – Arma de fogo, Munição ou Acessório de uso permitido, mas sem acordo com a regulamentação ou previsão legal – no interior da sua residência ou no local de trabalho quando for titular.
Se consuma com a simples Posse ou Manutenção sobre guarda do objeto material. (Arma de fogo, Munição ou Acessório) em residência ou local de trabalho no qual é dono.
Quando diz em desacordo com a regulamentação Comprar a arma e não registrar ou Arma que possuía o registro e o mesmo não foi renovado Essas condutas geram o Crime de Posse Ilegal de arma de fogo de uso permitido (Art 12 da Lei).
Doloso, Comum, de Mera Conduta, Perigo Absoluto, Comissivo ou Omissivo (não admite tentativa), Instantâneo (Possuir) / Permanente (Manter), Unissubjetivo, Plurissubsistente, Admite Tentativa tecnicamente.
Elementares: Interior da residência ou na dependência dessa/ ou local de trabalho que é dono.
Norma penal em branco heterogênea (SINARAM - Dec 3665/2000).
 
 PORTE Ilegal de arma de fogo de uso permitido: (Art 14 da lei):
Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
§único desse Art foi considerado inconstitucional.
Crime possui tipo misto alternativo (13 verbos)
 Doloso, Comum, de Mera Conduta, Perigo Absoluto, Comissivo ou Omissivo (não admite tentativa), Instantâneo / Permanente, Unissubjetivo, Plurissubsistente, Admite Tentativa tecnicamente.
Se consuma com a prática de qualquer das condutas do caput.
Norma penal em branco heterogênea.
 Esse crime é mais grave que a posse, sendo assim será aplicado o Princípio da Consunção. (Crime fim absorve o crime meio)- ex além de posse e porte – Favorecimento Real (objeto roubado arma de fogo) em concurso com Porte de Arma – Nesse caso o Porte ficará.
O porte de arma de fogo é personalíssimo não se pode emprestar.
ex: Pessoa deixa uma mochila perto da outra e pede para ela vigiar, sendo que dentro da mochila há uma arma e o terceiro que vigia não tem ciência – Se este for abordado, será erro de tipo.
ex: Para que uma pessoa que porte uma arma de uso permitido, entrar em um determinado local (ex: boate), ele deverá acautela-lá. 
 
A diferença entre o porte e posse é: As elementares da posse a diferenciam, além de na posse haver apenas 2 condutas Manter e Possuir, dentro de sua residência ou local de trabalho que é dono --- Já o porte, é um crime de várias condutas, e nesse o agente não está no interior de um imóvel que possui.
Simulacro: em casos no qual um agente é pego portando um simulacro O simulacro deverá ser apreendido e agente liberado, não se configura crime.
 POSSE ou PORTE de arma de fogo de uso RESTITO: (Art 16 da lei):
Art. 16. Possuir, deter, Portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar ARMA DE FOGO, ACESSÓRIO ou MUNIÇÃO de Uso Proibido ou Restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Ex: Munição de ponto 50 achada, e guardou pois achou bonito
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
I - suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;
II - modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
III - possuir, detiver, fabricar ou empregar Artefato Explosivo ou Incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
IV - portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação Raspado, Suprimido Ou Adulterado;
V - vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e
VI - produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
(Lei 8072/90 Parágrafo único)- Consideram-se também HEDIONDOS o crime de o de Posse ou Porte Ilegal de ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO. 
 A arma de fogo de uso restrito NÃO PODE SER ACAUTELADA, sendo assim o portador deverá entrar com essa no determinado local.
OBS: Ainda que a munição esteja DEFLAGRADA o crime irá consumar. Ex: Utilização como chaveiro.
 Omissão de Cautela (Art 13 da lei):
Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de dezoito anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade
ex: Crime do pai que deixa encima da mesa uma arma, com criança pequena em casa, ou seja só de deixar exposto já se consuma pois é crime de perigo abstrato.
 ELEMENTARES: Falta de cautela com a arma de fogo, perto de MENOR de 18 anos ou DEFICIENTE MENTAL.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras vinte quatro horas depois de ocorrido o fato.
Conduta diferente do caput.
 Disparo de Arma de Fogo (Art 15 da lei):
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:
Parágrafo único. O crime previsto neste ARTIGO É INAFIANÇÁVEL.
 Doloso, Comum, Mera conduta, de Perigo Abstrato, Consuma-se independente da comprovação de risco.Se houver homicídio – Princípio da Consunção.
 Simulacro (Art 26 da lei):
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir. 
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército.
Simulacro: em casos no qual um agente é pego portando um simulacro O simulacro deverá ser apreendido e agente liberado, não se configura crime.
Aula 11
 Lei Maria da Penha – lei 11.340/2006 – É exclusivamente para o gênero mulher ou transgênero mulher.
É uma lei processual: Não cria crimes, específica procedimentos específicos para serem aplicados em casos de violência doméstica contra mulher.
 é Processado no Juizado de Violência Doméstica e Familiar
- Não será aplicado a homens que sofram violência doméstica.
* A violência patrimonial: ex: homem/ sapata caminhoneira/ pai, mãe - que toma salário da esposa/ filha/neta.
Relação íntima – namorado, ex, ficante (cometem). 
Na questão dos Transgêneros o STJ reconheceu - Pessoa que se indentifica, é reconhecida como tal, poderá ser aplicado a Lei Maria da Penha (ex: Nasceu homem, mas fez a cirurgia de mudança de sexo, se indentifica e é reconhecida como mulher.
Abrangência da Violência Doméstica e Familiar: Unidade Doméstica, Âmbito Familiar e Relação Intima de Afeto.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer Ação ou Omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
 I – no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
 II – no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram: aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
 III – em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Formas de violência domestica e familiar.
Art. 6o A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos.
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I – A Violência Física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
II – A Violência Psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III – A Violência Sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV – A Violência Patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V – A Violência Moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
Medidas Protetivas de Urgência que obrigam o agressor.
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso;
III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis.
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.
§ 1o As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado.
§ 2o As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados.
§ 3o Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público.
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade policial.
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
Constatada a Prática: Será aplicada uma MEDIDA CAUTELAR, na qual seu descumprimento acarretará na prisão em flagrante do agente.
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
I – suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
II – afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
III – proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor; ex: proibição de chegar a 500m da ofendida.
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação; ex: não poder entrar em contato por redes sociais.
c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida; ex: proibição de ir na igreja que ela vai.
IV – restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
V – prestação de alimentos provisionais ou provisórios (Art 17 dessa Lei - é vedada a aplicação de penas de cesta básica ou outras prestações pecuniárias, bem como a substituição de pena que impliquem o pagamento isolado de multa).
§ 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público.
§ 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrandose o agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do art. 6o da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as medidas protetivas de urgência concedidas e determinará a restrição do porte de armas, ficando o superior imediato do agressor responsávelpelo cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou de desobediência, conforme o caso.
§ 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio da força policial.
§ 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o disposto no caput e nos §§ 5o e 6º do art. 461 da Lei no 5.869.
Pode durar de 90 a 120 dias – podendo ser prorrogado em igual período.
 Audiência de Representação (Art 16 da Le):	
--ex: mulher registrando ocorrência referente ao crime de ameaça Somente poderá ser retirado a queixa perante ao juiz, nos termos da lei.
Nas ações penais Condicionada a Representação, ocorre antes da AIJ é como se fosse uma conciliação (juiz verifica se há a possibilidade das partes conviverem em paz).
Art. 16. Nas Ações Penais Públicas Condicionadas À Representação da ofendida de que trata esta Lei, SÓ SERÁ ADMITIDA A RENÚNCIA À REPRESENTAÇÃO PERANTE o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
 Art 41 da lei – Consideração Quando houver violência contra a mulher, não será aplicado as exceções da ação penal, ou seja, não será aplicado a lei 9099 Ainda que a lesão seja leve ou de menor potencial ofensivo, será através da Ação Penal Publica Incondicionada. (ex: lesão corporal leve – tapa na cara). 
Art 41 Constitucional segundo ADC 19/2012 – STF
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
 Dos Crimes de Trânsito (Lei 9503/ 97)
Homicídio Culposo na Condução de um veículo automotor (Art 302 da Lei)
 
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente: 
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; 
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente; 
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros
V - estiver sob a influência de álcool ou substância tóxica ou entorpecente de efeitos análogos. Revogado pela Lei nº 11.705, de 2008)
§ 2º Revogado
§ 3o Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: 
Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
 Crime Culposo, Comum, Material, de Forma Livre, Comissivo, Instantâneo, Unissubjetivo, Plurissubsistente, não admite tentativa. 
 É DIFERENTE DO INC III do ART 302 Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.
 Art 302, III É DIFERENTE DO ART 304 que É DIFERENTE do ART 135 CP:

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