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MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE Egry, 1996 QUADRO COMPARATIVO Modelo Atenção à Saúde Definição - refere-se ao modo como são organizadas em uma determinada sociedade as ações de atenção à saúde, envolvendo aspectos assistenciais e tecnológicos. Modo como são produzidas ações de saúde e maneira como os serviços de saúde e o Estado se organizam para produzi-las e distribuí-las. Campos et al., 1989 SANITARISMO CAMPANHISTA Início da República... Qual o modelo econômico? Agroexportação – exportação de café Como era a saúde? Política de saneamento dos espaços públicos e a erradicação ou controle das doenças que poderiam afetar as exportações. Visão militarista - combate às massas; concentração de decisões e estilo repressivo de intervenções sobre os indivíduos e sociedade Sanitaristas, guardas sanitários e outros técnicos organizaram campanhas para lutar contra as epidemias que assolavam o Brasil no início do século (febre amarela, varíola e peste). Esse tipo de campanha transformou-se em uma política de saúde pública importante para os interesses da economia agroexportadora daquela época e se mantém como modalidade de intervenção até os nossos dias no combate às endemias e epidemias. LIBERAL PRIVATISTA – MÉDICO ASSISTENCIAL PRIVATISTA Década de 1920... Que modelo econômico? Industrialização Como era a saúde? Cuidar dos corpos dos trabalhadores mantendo sua capacidade produtiva. (CAPS/IAPS) População não trabalhadora - politica de saúde pública mais permanente, instalação de postos de saúde para atender de forma rotineira determinados “problemas de saúde”. Criação de programas - pré-natal, vacinação, puericultura, tuberculose, hanseníase, doenças sexualmente transmissíveis PROGRAMA VERTICAL LIBERAL PRIVATISTA – MÉDICO ASSISTENCIAL PRIVATISTA VOLTADO PRINCIPALMENTE PARA DEMANDA ESPONTÂNEA = PROCURA DOS SERVIÇOS POR “LIVRE INICIATIVA”, PODE SER ENCONTRADO TANTO NO SETOR PRIVADO (MEDICINA LIBERAL, ASSISTÊNCIA MÉDICA SUPLETIVA = PLANO DE SAÚDE (COOPERATIVA, MEDICINA DE GRUPO, SEGURO SAÚDE) QUANTO NO PÚBLICO. PREDOMINANTEMENTE CURATIVO. Modelo Flexneriano Década de 1940 - 1960 O modelo de medicina voltado para a assistência à doença em seus aspectos individuais e biológicos, centrado no hospital, nas especialidades médicas e no uso intensivo de tecnologia é chamado de medicina científica ou biomedicina Esta concepção estruturou a assistência médica previdenciária na década de 1940, expandindo-se na década de 1950, orientando também a organização dos hospitais estaduais e universitários. Após 1964 - expansão o modelo biomédico de atendimento por meio do financiamento e compra de serviços aos hospitais privados, assim como o consumo de equipamentos e medicamentos. Isto não garantiu a excelência na assistência à saúde. 7 CRISE E CRÍTICAS. 1975 Definição do Sistema Nacional de Saúde – atividades saúde pública desarticuladas da assistência médica individual. Cristalização da dicotomia preventivo/curativo As ações assistências ficaram a cargo da Previdência Social e ações “coletivas” - MS CRISE E CRÍTICAS. 1975 Período marcado pela evidência dos limites da biomedicina. Alteração do perfil epidemiológico em decorrência da urbanização. Surgimento de doenças psicossomáticas, neoplasias, violência, doenças crônico-degenerativas e novas doenças infecciosas . Utilização de instrumentos e exames cada vez mais complexos e caros para diagnosticar doenças. $$$$ CRISE E CRÍTICAS. 1975 Predomínio no uso das chamadas tecnologias duras (uso de equipamentos) em detrimento das leves (relação profissional-paciente), ou seja, prima-se pelos exames diagnósticos e imagens , mas não necessariamente cuida-se dos pacientes em seus sofrimentos. DESAFIANDO A ABORDAGEM CENTRADA EM CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS E BIOLÓGICAS DE ADOECER Proposta alternativas Medicina Comunitária – Atenção Primária à Saúde A Saúde Comunitária tem como função primordial a manutenção e melhora da saúde dos componentes de uma comunidade concreta, estudando os fatores sociais e econômicos que podem incidir na comunidade e, portanto, na saúde de seus componentes. Fernandes,1995 Proposta alternativas Medicina Comunitária – Atenção Primária à Saúde Surge na década de1960 nos EUA – movimentos populares – questões de direitos humanos; guerra do Vietinã, racismo e pobreza. No Brasil de forma embrionária foram implementados programas de saúde comunitária – Patrocínio de Fundações EUA. Anos 70, estabeleceu-se, internacionalmente, um debate sobre modelos de assistência. Propostas de racionalização do uso das tecnologias na atenção médica e o gerenciamento eficiente. Proposta alternativas Polarização de opiniões Simples e racionalizado medicina pobre para pobres Estratégia racionalizadora, importando-se com o acesso de toda a população aos reais avanços tecnológicos Proposta alternativas Anos 80 Municípios organizaram redes de unidades de saúde para atenção primária com a ajuda das universidades. BASE PARA A REFORMA SANITÀRIA 8ª Conferência Nacional de Saúde CF/88 e LEI n. 8.080/90 Princípios Doutrinários SUS Universalidade Equidade Integralidade Construção dos modelos assistências - SUS Neste cenário, a partir de 1994, surge a formulação do Programa Saúde da Família - pelo Ministério da Saúde, o qual se constitui em uma das principais tentativas de superação dos problemas decorrentes do modelo biomédico e também de busca da implementação dos princípios do SUS. O PSF apresenta-se como eixo estruturante do processo de reorganização do sistema de saúde, baseado na Atenção Primária à Saúde (APS) Construção dos modelos assistências - SUS A disseminação desta estratégia e os investimentos na chamada rede básica de saúde ampliaram o debate em nível nacional e trouxeram novas questões para a reflexão. Minimizar as desigualdades sociais?! Construção dos modelos assistências SUS O PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA Direcionado inicialmente para áreas carentes com a finalidade de reverter o quadro de saúde decorrente da extrema pobreza. Havia muita mortalidade materno infantil e alta taxa de internações hospitalares por doenças crônicas. Resistência do movimento de Reforma Sanitária – achavam que não atendia à todos. Construção dos modelos assistências SUS Aceitação do Movimento de Reforma Sanitária. 1999 – O PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA passa a ser considerado estratégia estruturante do SUS Princípios da Estratégia Saúde da Família A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade Princípios da Estratégia Saúde da Família TERRITORIALIZAÇÃO PARTICIPAÇÃO SOCIAL ABORDAGEM AO INDIVÍDUO NO SEU CONTEXTO SOCIAL, ECONÔMICO, CULTURAL E FAMILIAR TRABALHO EM EQUIPE INTERDISCIPLINAR VÍNCULO E CORRESPONSABILIZAÇÃO HUMANIZAÇÃO Quadro comparativo Antes do SUS Depois do SUS Direitolegal de acesso Trabalhadores formais Todos os cidadãos (universalidade) Modelo Assistencial Curativo Pessoa - indivíduo Promoção, prevenção, e curativo (integralidade) Gestão Ministério daPrevidência Social (Governo Federal) Federal, Estadual e Municipal (Descentralização) Natureza dos prestadores de serviços Setor Privado Setor Público Controle Social Equidade Acesso formal– cidadãobusca a saúde Saúde com justiça social ESF SAÚDE PÚBLICA SAÚDE COMUNITÁRIA SAÚDE COLETIVA CONCEITO SAÚDE DOENÇA - Conceito da OMS; - Saúde individualizada, preocupada com a causa da doença, ausência de doença - Conceito da OMS - Saúde idealizada. - Conceito da 8a CNS - Processo coletivo e não só individual METODOLOGIA DE AÇÃO Ação vertical Estado ↓ Profissional ↓ População Organização comunitária Ação horizontal Estado↔Prof.↔Pop. ENFOQUE -Estado -Programas -Indivíduo - Realidade da comunidade - Demandas da população - Participação popular - Coletivo
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