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PERCEPÇÃO E INTERVENÇÃO EDUCACIONAL CONTRA A PRÁTCA DO BULLYING - SEMINÁRIO (PAPER UNIASSELVI)

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PERCEPÇÃO E INTERVENÇÃO EDUCACIONAL CONTRA A 
PRÁTICA DO BULLYING 
 
Alessandro Silva 
Eleonice Souza 
 Jéssica Gabrielle 
 Thayná Lapa 
Tuanny Souza. 
Tutora Externa: Amanda Araújo 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Curso Licenciaturas (LIN0224) – Seminário de Prática I 
20/06/17 
 
Resumo 
 
Bullying é um fenômeno que sugere atos de violência física ou verbal, que ocorrem de 
forma repetitiva e intencional contra um ou mais vítimas. O fenômeno começou a ser 
estudado na Suécia, na década de 1970. Este presente artigo, construído após uma 
revisão bibliográfica e artigos científicos tem como finalidade mostrar a ação ameaçadora 
desta prática em ambiente escolar. Até a presente data, no entanto, poucos artigos foram 
publicados no sentido de discutir a atuação do professor (a) diante da referida 
problemática. A partir desta deficiência, decidimos dar destaque ao tema, tendo como 
objetivo principal sugerir aos docentes, condutas para minimizar a incidência do problema 
e suas consequências a curta e longo prazo. Os atos de bullying ferem princípios 
constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que 
determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O 
responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do 
Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são 
responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de 
ensino/trabalho. Também faremos uma breve explanação a respeito da “Lei no 13.185, de 
06/11/2015” (A lei que obriga escolas e clubes a adotarem medidas de prevenção e 
combate ao bullying), que veio justamente para incumbir a escola de prevenir este tipo de 
violência sistemática contra os alunos mais vulneráveis. 
 
Palavras-chave: Bullying. Intervenção. Violência Escolar. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O bullying caracteriza-se por ser um problema mundial encontrado em todas as escolas, sejam 
elas privadas ou públicas, o que vem se expandindo nos últimos anos. A conduta bullying nas 
instituições de ensino tem sido um sério problema, pois gera um aumento significativo da 
propagação da violência entre os alunos. 
 
 
2 
 
A prática desse tipo de violência é vista pelos os autores dedicados a esse assunto como 
“Fenômeno bullying”. Tal fenômeno apresenta-se de forma velada, intencional e repetitiva, dentro 
de uma relação desigual de poder, por um longo período de tempo contra uma mesma vítima, sem 
motivos evidentes, adotando comportamentos cruéis, humilhantes e intimidadores, gerando 
consequências irreparáveis, sejam elas físicas, psíquicas, emocionais ou comportamentais. 
Este estudo tem como objetivo disponibilizar informações aos profissionais da educação sobre 
o tema, ressaltando a importância da identificação precoce da ocorrência do bullying, bem como, 
apresentar algumas condutas para minimizar a incidência do problema juntamente com suas 
consequências a curto e longo prazo. 
 
 
2 BULLYING – COMPREENDENDO O TERMO 
 
O termo bullying é derivado de uma palavra inglesa – bully, que traduzida significa valentão, 
tirano. 
Esse termo, normalmente, ocorre nas relações interpessoais, em que há uma relação desigual 
de poder, uma vez que, um lado da relação será caracterizado por alguém que está em condições de 
exercer o seu poder, através da intimidação, humilhação, atitudes agressivas sobre outra pessoa ou 
até mesmo um grupo mais fraco. 
Esse desequilíbrio de poder que há entre os protagonistas do bullying se dá pelo fato do 
agressor possuir algumas características, tais como, “idade superior a da vítima, estrutura física ou 
emocional mais equilibrada, ter apoio dos demais amigos de classe, ser sociável entre os demais 
grupos da classe, tamanho superior”
1
; tais atributos fazem com que a vítima se sinta inferior, não 
tendo condições de se defender diante das ofensas, sejam elas verbais ou físicas. Segundo Fante 
(2005) por definição, a expressão bullying: 
[...] é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem 
motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro (s), causando dor, 
angústia e sofrimento. Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam 
profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e 
infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais e 
materiais [...]. 
 
 
O fenômeno bullying não tem um alvo específico, independentemente de classe social ou 
econômica, pode ocorrer em diversos ambientes, desde que exista relação entre os sujeitos, como, 
nas escolas, nos locais de trabalho, nas famílias, nas prisões e nos clubes. 
 
 
 
3 
 
A prática do bullying considerada muitas vezes pelos pais e professores como brincadeiras de 
criança, briguinhas que envolvem xingamentos e ofensas, mas que passam e, em alguns momentos 
são desvalorizadas e a até ignoradas, está longe de ser um comportamento normal e aceito em um 
ambiente escolar. 
 
O bullying, ao contrário, caracteriza- se por ser uma agressão que se apresenta de forma 
velada, causando dor e angústia à pessoa que está sendo vitimada, podendo levá-la à depressão, 
isolamento, baixa autoestima, queda no rendimento escolar, e até ao suicídio. 
 
 
2.1 A PRÁTICA DO BULLYING 
 
 A prática do Bullying pode ser: 
 
a) Direta: ameaçar; bater, implicar, roubar pertences, chamar apelidos pejorativos. 
b) Indireta: espalhar boatos maldosos, isolar socialmente a vítima. 
No bullying de prática direta as vítimas são atacadas diretamente, sendo quatro vezes mais 
utilizados pelos meninos. Na prática indireta as vítimas estão ausentes, são atos mais adotados por 
meninas. 
 
 
2.2 PERSONAGENS E SUAS CARACTERÍSTICAS 
Figura 01 
 
http://www.compartilhandosaberes.com.br/bullying-formas-mais-comuns-personagens-e-consequencias/ 
 
 
4 
 
 
Os personagens do bullying diferenciam-se pelo tipo de relacionamento psicossocial 
inadequado, comparado aos não envolvidos, havendo diferenças significativas entre suas 
características comportamentais e sociais. Os envolvidos no bullying são classificados em: 
a) Ativos (“bullies”): demonstram pouca empatia com as vítimas, tem necessidade de poder e 
dominar situações, são contestadores, desobedientes a regulamentos escolares, possuem autoestima 
reforçada. São filhos de pais violentos, sem afeto e sofrem de violência física; 
b) Passivos (“victims”): possuem autoestima baixa, ansiedade, insegurança, infelicidade, 
depressão, poucos amigos, isolamento social, são avessos a se defenderem das agressões e sofrem 
constantemente de sintomas físicos. Os pais são extremamente protetores; 
c) Observadores: Testemunham todo o processo 
d) Ativo/passivo (“bullies/victims”): são os envolvidos nos dois tipos de comportamento, têm 
maior risco de apresentar distúrbios psiquiátricos futuros, principalmente os relacionados com 
hiperatividade. 
2.3 CONSEQUÊNCIAS A CURTO E LONGO PRAZOS 
A prática do bullying tem consequências negativas imediatas e tardias sobre seus envolvidos: 
agressores, vítimas e observadores. Admite-se para os praticantes de bullying a probabilidade de 
serem adultos com comportamento antissocial e/ ou violento que podem adotar atitudes violentas ou 
criminosas. Já os alvos de bullying passam a ter baixo desempenho escolar, recusa a ir à escola com 
simulação de doença. Os jovens com depressão tentam ou cometem suicídio. Com relação às 
testemunhas, estas podem sofrer influência negativa sobre sua capacidade de progredir acadêmica e 
socialmente. 
 
3 PARTICIPAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO PARA A MINIMIZAÇÃO DO 
PROBLEMA 
 
Para ocombate eficaz e seguro do bullying é primordial a participação conjunta de médico, 
pais e professores.
6
Fazem-se necessário a interação do pediatra com o professor da criança para 
saber seu comportamento na escola, as condições psicopedagógicos e ambiente físico da escola. 21 
 
 
5 
 
Esperon (2004) diz que “Os professores precisam ser treinados a conhecer o problema e saber 
como lidar com os alunos envolvidos no processo”. 
Olweus, apud Fante tinha as seguintes propostas em seu programa de intervenção “desenvolver 
regras claras contra o bullying nas escolas, alcançar um envolvimento ativo por parte dos professores e dos 
pais, aumentar a conscientização do problema para eliminar mitos sobre o bullying e prover apoio e proteção 
para as vítimas”. 
Dicas para os educadores incluem: avisar quanto à intolerância ao bullying; comunicar a 
direção sempre que ocorre; promover debate sobre o bullying nas salas; incentivar a pesquisa do 
tema e apresentar o resultado a todos os alunos. 
 
3.1 A LEI ANTIBULLYING 
Figura 02 
 
http://www.soniaranha.com.br/tag/bullying/ 
 
 
 
A lei nº 13.185/2015, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, decreta que docentes e 
equipes pedagógicas deverão ser capacitados para implementar ações de prevenção e solução do 
problema. Além disso, pais e familiares serão orientados para identificar vítimas e agressores. Outro 
ponto presente no documento é a realização de campanhas educativas e o fornecimento de 
assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores. 
IX - promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de 
violência, com ênfase nas práticas recorrentes de intimidação sistemática (bullying), ou 
constrangimento físico e psicológico, cometidas por alunos, professores e outros 
profissionais integrantes de escola e de comunidade escolar. 
 
 
 
 
6 
 
Apesar das distinções estabelecidas pelos professores acerca das formas de manifestação da 
intervenção na sala de aula “É dever do estabelecimento de ensino, dos clubes e das agremiações 
recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à 
intimidação sistemática (bullying).” A atitude de um professor pode fazer toda diferença em meio a 
esse tipo de situação. 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A educação merece cuidados de toda a sociedade, pois ela perpassa continuamente a nossa 
vida. Quanto às estratégias de enfrentamento ao problema, observa-se que há as mais variadas 
sugestões, além de perceber nas escolas uma maior preocupação com relação ao bullying, de modo 
a promoverem palestras e debates em sala de aula. 
Verifica-se a importância de conscientizar a comunidade escolar sobre o problema, pois 
crianças e adolescentes autores de bullying tendem a adotar comportamentos antissociais nos 
primeiros anos da vida escolar. A maioria deles se comporta assim por uma nítida falta de limites 
em seus processos de educação. 
Enfim, não há dúvida de que o fenômeno bullying estimula a delinquência e induz a outras formas 
explícitas de violência, capazes de produzir, em níveis diversos, cidadãos estressados, com baixa 
autoestima e reduzida capacidade de expressão. 
Considera-se urgente estabelecer políticas públicas de combate a todas as práticas violentas 
nas instituições escolares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Referências 
 
ABRAPIA – ‘‘Associação Brasileira de Proteção à Infância e Adolescência. “Programa de Redução 
de Comportamento Agressivo entre Estudantes”. Disponível em: <http://www.bullying.com.br. > . 
Acesso em: 5 jul. 2017. 
 
Costa F. Cerca de 40% dos estudantes se sentem perseguidos. Jornal Correio da Bahia, Bahia, 25 
out. 2006. Disponível em: <https:// www.2.sec.ba.gov.br/site_ascom.nsf>. Acesso em: 5 jul.. 2017. 
 
Esperon PSM. “Bullying” – comportamento agressivo entre colegas no ambiente escolar. Pediatria 
Moderna (São Paulo) 2004;60(2):67-76. 
 
Esperon PSM. “Bullying” – comportamento agressivo entre colegas no ambiente escolar. Pediatria 
Moderna (São Paulo) 2004;60(2):67-76. 
 
FANTE, Cleo. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2. 
ed. Campinas: Verus, 2005, p. 28. 
 
FANTE, Cleo. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2. 
ed. Campinas, SP: Verus, 2005. p. 45. 
 
LOPES NETO, A. A. “Bullying: comportamento agressivo entre estudantes”. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/jped/v81n5s0/v81n5Sa06.pdf >. Acesso em: 5 jul. 2017. 
 
LOPES NETO, A. Bullying – comportamento agressivo entre estudantes. J Pediatra (Rio J) 
2005;81(8):s164. 
 
BRASIL. Lei 13.185 de 6 de Novembro de 2016. Institui o Programa de Combate à Intimidação 
Sistemática (Bullying). Disponível em :<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2015/Lei/L13185.htm> Acessado em: 17 jul. 2016.

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