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[RTM] [RESUMO] 4. Dor miofascial Fibromialgia Ponto gatilho

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FIBROMALGIA E DOR MIOFASCIAL 
 
 
 
Estão localizados em uma área dolorosa de 
uma faixa muscular, os pontos-gatilhos são 
decorrentes de sobrecargas dinâmicas 
(traumatismo, excesso de uso) ou estáticas 
(sobrecarga postural), que podem ocorrer 
durante as atividades ocupacionais e de 
vida diária. Pontos dolorosos adicionais ou 
satélites podem ocorrer na área de 
referência do PG original ou principal.1,2 O 
ponto-gatilho de função é encontrado na 
extremidade do músculo. 
Os PG podem ser ativos ou latentes. Os PG 
ativos são dolorosas com ou sem movimento 
e limita a ADM, podendo causar sensações 
de fraqueza muscular; estão situados em 
bandas musculares tensas (contraturadas ou 
enduradas, no músculo ou na fáscia), 
quando pressionados, gera dor referida em 
áreas padronizadas, reprodutíveis para 
cada músculo. Os PG latentes produzem 
menos disfunções que os PG ativos, são 
dolorosos a palpação e não se associam a dor durante as atividades físicas 
normais.1,2 
Um músculo com pontos-gatilhos não trabalha de forma efetiva. A dor gerada 
pelos PG limita a amplitude de movimento (ADM) pela tensão da banda muscular 
(que restringe o alongamento do músculo) e pode causar fraqueza muscular, pela 
inibição muscular, assim como pelo encurtamento muscular; além disso, afeta a 
coordenação e a inibição efetiva reflexão da atividade antagonista dos músculos.1 
As regiões que podem apresentar pontos de gatilho com mais frequência são a 
parte superior do trapézio, manguito rotador, esternocleidomastóide, elevador da 
escápula, iliopsoas, quadrado do lombo e glúteo médio.3 
Os PG miofasciais são tipicamente localizados pelo exame físico e pela palpação. 
O diagnóstico dos trigger-points é feito pela exploração física, que deve levar em 
conta os sinais físicos demonstrados, incluindo: presença de tensão palpável em 
uma zona musculoesquelética, a presença de nódulos doloridos hipersensíveis na 
zona de tensão muscular, contração local visível ou palpável à compressão.1 
A formação dos PG e das bandas de tensão é resultado dos macros e 
microtraumatismos localizados, que causam ruptura do retículo sarcoplasmático, 
liberação e acúmulo de Ca2+ no sarcoplasma que dispara a seguinte reação:2 
 
Os miofilamentos não apresentam atividade elétrica e são livres de controle 
neurogênico; quando ativados, são responsáveis pela banda muscular tensa e 
encurtada. A atividade contrátil não controlada acaba aumentando o consumo 
energético e colapsa a microcirculação local, gerando depleção localizada de 
Ca2+ reage 
com o ATP
Deslizamento 
e interação da 
actina com a 
miosina
Encurtamento 
do sarcômero 
Espasmos ou 
hipertonia
PONTOS-GATILHOS 
ATP, que resulta em comprometimento de receptação ativa de Ca2+ pela bomba 
do retículo sarcoplasmático. A manutenção das condições de contração muscular 
causa círculo vicioso autossustentado de contração muscular-isquemia-contração 
muscular.2 
Os estímulos nociceptivos acionam os nociceptores musculares relacionados às 
fibras nervosas A-delta e C, que se projetam no corno posterior da substância 
cinzenta da medula espinal, de onde as informações são transferidas pelas vias 
ascendentes de projeção ventral para unidades suprasegmentares. Os estímulos 
nociceptivos induzem várias modificações secundárias e sensibilizadoras no SNC, 
que contribuem para o quadro clínico da SDM. A ativação das fibras A-delta é 
responsável pela dor durante o movimento, estiramento ou compressão muscular 
e a das fibras C, pelas parestesias e pela dor espontânea.2 
 
 
A síndrome da dor miofascial é uma afecção que acomete músculos, fáscias, 
ligamentos, tecidos pericapsulares, tendões e bursas. Caracteriza-se pela 
ocorrência de dor muscular em regiões enduradas, onde estão presentes bandas 
de tensão palpáveis e pontos gatilhos.1 
A SDM ocasiona um impacto significativo na qualidade de vida dos que sofrem dos 
seus sintomas.1 
A terapia manual consiste do uso de técnicas de massagem tecidual. As técnicas 
de liberação miofascial, como a massagem transversa profunda, a massagem de 
zona reflexa, a Shiatsu, a de Rolfing, a de John Barnes e a miofasciaterapia, entre 
outras, liberam o músculo e a fáscia e baseiam-se na pressão manual sobre as 
fáscias musculares, liberando as restrições faciais. A dor muscular pode ocorrer 
após o tratamento, sendo recomendado o uso de gelo, calor ou de corrente 
elétrica para seu alívio.1 
 
 
A fibromialgia é uma doença crônica e sistêmica, caracterizada por dores 
musculares generalizadas, distúrbios do sono, rigidez articular, fadiga muscular, 
alterações psicológicas e baixa tolerância ao esforço físico. Sem origem 
inflamatória, a dor não causa degeneração e nem é progressiva, podendo ocorrer 
de forma isolada ou associada a outras doenças reumáticas.1 
Acomete preferencialmente o 
sexo feminino entre 30 e 50 
anos, no entanto, pode 
acometer crianças, 
adolescentes e idosos. Sua 
fisiopatologia ainda é incerta 
e multicausal quanto a sua 
etiologia. Fatores sociais, 
emocionais, familiares, aliados 
a uma característica de maior 
resposta aos estímulos 
dolorosos, o baixo nível de 
condicionamento 
cardiovascular e desempenho 
muscular são as hipóteses mais 
plausíveis.1 
O diagnóstico é puramente 
clínico, uma vez que não há 
alterações laboratoriais nem 
DOR MIOFASCIAL 
FIBROMIALGIA 
achados radiológicos determinantes. São critérios para diagnóstico da 
fibromialgia: dor difusa, por mais de três meses no lado esquerdo e direito do corpo 
e dor em 11 dos 18 tender points específicos do corpo.1 
Assim como em outras condições crônicas, como artrite reumatoide, existem um 
aumento na prevalência de diagnóstico de depressão em paciente 
diagnosticados com fibromialgia.4 
A fisioterapia atua no sentido de diminuir os sintomas, melhorando o controle da 
dor e manutenção ou melhora das habilidades funcionais dos pacientes. Além 
disso, outra meta da fisioterapia deve ser o papel educativo, para que os ganhos 
da intervenção possam permanecer em longo prazo e os pacientes consigam se 
tornar menos dependentes dos cuidados de saúde. Incentivam-se estilos de vida 
mais participativos e funcionais que contribuam no restabelecimento físico e 
emocional do paciente.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1. BATISTA, Juliana Secchi; BORGES, Aline Morás and WIBELINGER, Lia 
Mara.Tratamento fisioterapêutico na síndrome da dor miofascial e 
fibromialgia. Rev. dor [online]. 2012, vol.13, n.2, pp.170-174. ISSN 18060013. 
http://dx.doi.org/10.1590/S1806-00132012000200014 
2. YENG, Lin Tchia; KAZIYAMA, Helena Hideko Seguchi; TEIXEIRA, Manoel 
Jacobsen. Síndrome dolorosa miofascial. Jornal Brasileiro de Oclusão, ATM & 
Dor Orofacial, v. 3, n. 9, 2010. 3. FERNANDES, Eduardo Hernandes; 
FERNANDES, José Heitor Machado. Síndrome dolorosa miofascial em 
trabalhadores com LER/DORT. Rev Bras Med Trab, v. 9, n. 1, p. 39-44, 2011. 
3. https://www.cursosmassagem.com.br/trigger-points-atendimento.php 
4. PROVENZA, J. R. et al. Fibromialgia. Revista brasileira de reumatologia, v. 44, 
n. 6, p. 443-449, 2004.

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