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* * Proteínas * Unidade 4: PROTEÍNAS 4.1. Conceituação 4.2. Aminoácidos 4.2.1. Estrutura química 4.2.2. Classificação 4.2.3. Propriedades químicas 4.2.4. Ligações Peptídicas 4.3. Proteínas 4.3.1. Estruturas: primária, secundária, terciária e quaternária 4.3.2. Desnaturação protéica 4.3.3. Degradação protéica 4.4. Enzimas 4.4.1. Classificação 4.4.2. Propriedades 4.4.3. Cinética enzimática 4.4.4. Inibição enzimática 4.4.5. Enzimas em alimentos * Proteínas As proteínas são as moléculas orgânicas mais abundantes e importantes nas células e perfazem 50% ou mais de seu peso seco. São encontradas em todas as partes de todas as células, são fundamentais na estrutura e função celulares. São formadas por aminoácidos ligados entre si por ligações peptídicas. Ligação peptídica: é a união do grupo amino (-NH2) de um aminoácido com o grupo carboxila (-COOH) de outro aminoácido, através da formação de uma AMIDA. * Proteínas * Ligação peptídica Ligação feita entre aminoácidos (aa) para formar peptídeos (2 a 5 aa), polipeptídeos (+5 aa) e proteínas (+50 aa). * Aminoácidos * Grupo R apolar e alifáticos Aminoácidos apolares e hidrofóbicos Ligações de Van der Waals Ala, Val, Leu, Iso Interações hidrofóbicas Gly; menor aminoácido Met Possui átomo de enxofre Pro Iminoácido, menor flexibilidade estrutural * Aminoácidos hidrofóbicos Metionina Prolina Grupo tioéter Cadeia alifática com uma estrutura cíclica distinta Grupo Imino_ conformação rígida (colágeno) * * Grupo R aromáticos Aminoácidos hidrofóbicos Tirosina pode formar pontes de hidrogênio com a água Modificações pós- traducionais Fosforilação do OH da tirosina Fenilalanina Mais apolar * Grupos R polares, não carregados Solubilidade intermediária em água Serina e treonina Grupos hidroxil Asparagina e glutamina Grupo amida Cisteína Grupo sulfidril Ligações dissulfeto * Aminoácidos hidrofílicos Não carregados Cisteína Ligações de hidrogênio_ Grupos sulfidril Cistina Ligação dissulfeto Hidrofóbico Ligação covalente (entre cadeias polipeptídicas) * Insulina bovina * Grupos R carregados Aminoácidos básicos Aceita OH Carga positiva Lisina, segundo grupo amino Arginina, grupo guanidina Histidina, grupo aromático imidazol Aminoácidos ácidos Doa H+ Carga negativa Possuem segundo grupo ácido carboxílico * Aminoácidos incomuns Modificações pós-traducionais 4-hidroxiprolina 5-hidroxilisina 6-N-metil-lisina Gama-carboxiglutamato Fosforilação de resíduos Selenocisteína Selênio ao invés de enxofre na Cys É adicionado durante a tradução por mecanismo específico e regulado * Selenocystein Pyrrolysine * Formação de pontes de enxofre * Aminoácidos incomuns com funções importantes 4-hidroxilisina Tecido conectivo (colágeno) Proteínas de parede celular * 6-N-metil-lisina Aminoácidos incomuns com funções importantes * Aminoácidos incomuns com funções importantes Desmosina_ 4 lisinas Lisina * Aminoácidos incomuns com funções importantes Adição de grupo fosforil, metil, acetil, adenilil, ADP-ribosil ou outros grupos a resíduos de Aas específicos pode aumentar ou diminuir a atividade de proteínas * Estrutura Cadeias polipeptídicas Regiões da seqüência que formam estruturas Regulares (arranjo espacial) Empacotamento das estruturas secundárias formando um ou múltiplos domínios (forma tridimensional) Algumas proteínas são compostas por várias estruturas terciárias * BIO-QUIMICA Classificação:Estrutura 1 - Primária • 2 - Secundária • 3 - Terciária • 4 - Quaternária * Níveis estruturais das proteínas * Estrutura primária - Ligações covalentes entre os resíduos Ligação peptídica Pontes dissulfeto Estrutura secundária - Estrutura primária + Pontes de hidrogênio entre átomos da cadeia principal Estrutura terciária - Estrutura secundária + Ligações não-covalentes entre átomos da cadeia lateral com outros átomos da cadeia lateral ou cadeia principal Interações hidrofóbicas Interações eletrostáticas Pontes de hidrogênio Pontes salinas Estrutura quaternária - Ligações não-covalentes entre átomos de cadeias terciárias distintas em multímeros * BIO-QUIMICA Estrutura Primária * BIO-QUIMICA Estrutura Secundária Hélice Laminar * BIO-QUIMICA BIO-QUIMICA * BIO-QUIMICA Estrutura Terciária * BIO-QUIMICA Estrutura Terciária * Estrutura terciária Ligações não-covalentes entre átomos da cadeia lateral com outros átomos da cadeia lateral ou cadeia principal Existem diversas classes de conformações finais para a estrutura terciária, formando as chamadas classes de dobramento (fold classes) All-alpha (hemoglobina) All-beta (imunoglobulinas) Alpha/Beta (Triose-fosfato isomerase) Alpha+Beta (lisozima) Multiple Small-dissulfide rich (insulina) * BIO-QUIMICA Estrutura Quaternária * BIO-QUIMICA Estrutura Quaternária * Proteínas: FUNÇÕES As propriedades ou funcionalidade depende da composição dos aminoácidos e da disposição das ligações que estabilizam sua estrutura. Conforme as funções que desempenham são divididas em: ESTRUTURAIS (colágeno) COM ATIVIDADE BIOLÓGICA (enzimas) COM VALOR NUTRITIVO * Propriedades * As propriedades funcionais das Proteínas são classificadas em 3 grupos: Propriedades de hidratação: interação entre a água e proteína. Absorção, molhabilidade, formação de gel, solubilidade e viscosidade Propriedades interação proteína-proteína: Formação de gel, coagulação Propriedades de superfície: emulsificação, formação de espuma.. * Propriedade de hidratação A TEXTURA e PROPRIEDADES REOLÓGICAS dos alimentos dependem da interação da H2O com macromoléculas como Proteínas e Polissacarídeos. Proteínas interagem com a água por LH, ligações dipolo-dipolo ou cadeia lateral dos aa (interação com grupos ionizados) Fatores intrínsecos e estrínsecos influenciam diretamente na hidratação * Propriedade de hidratação AA com cadeias laterais hidrófilas ou hidrófobas Conformação 2ª ou 3ª (ordenação no espaço) O tipo e a proporção das forças envolvidas na conformação, composição e ordenação dos aa. Fatores como LH, pH, TºC, solventes orgânicos, [ ] de proteínas, força iônica e outros agentes desnaturantes tbm afetam a capacidade de interação com a água. Devido principalmente ao desmascaramento de grupos hidrofóbos * Propriedade de hidratação [ ] de proteínas: quantidade de água que elas podem absorver pH: alteração das cargas relação com PONTO ISOELÉTRICO TºC: rompe as LH e promove DESNATURAÇÃO * BIO-QUIMICA Ponto isoelétrico pH que apresenta igualdade cargas (+) e (-) pl proteína apresenta menor solubilidade * BIO-QUIMICA Solubilidade das proteínas Depende da quantidade de pontes de H que formam com a água * BIO-QUIMICA Solubilidade pH próximo do pI solubilidade Diminuem as forças repulsivas entre as moléculas das proteínas Agregados Precipitam * Desnaturação de proteínas A conformação das proteínas é fragil em função de tratamentos com: Ácidos, soluções salinas concentradas, solventes calor e radiações A desnaturação de uma proteína é qualquer modificação na sua conformação (alteração estrutura 1ª, 2ª e 3ª) sem rompimento das ligações peptídicas envolvidas na estrutura primaria. * Desnaturação de proteínas * Efeitos da desnaturação Redução da solubilidade devido ao aumento da exposição de grupos hidrofóbicos; Mudança na capacidade de se ligar com a água; Perda da atividade biológica; Aumento da suscetibilidade ao ataque de proteases devido maior exposição da ligações peptídicas * Desnaturação de proteínas Pode ser reversível [uréia CO(NH2)2]ou irreversível (calor) Os agentes da desnaturação podem ser classificados em: Físicos: calor, frio, irradiações, agitação, etc) Químicos: (pH, solventes, etc…) Ex.: leite coagulação ácida, álcool Biológicos: enzimas * Propriedade de hidratação [ ] de íons: [ ] iônica baixa: a hidratação das proteínas pode aumentar. PQ? Os íons fixam-se as proteínas diminuindo a atração eletrostática entre elas. Abre-se a rede proteíca que está mais em contato com a H2O. Efeito “salting-in” * Propriedade de hidratação [ ] de íons: [ ] salina elevada: a hidratação das proteínas pode diminuir. PQ? Ocorre uma concorrência entre as proteínas para captar água, diminuindo interações água-proteína o que pode provocar ppt. As moléculas de água ficam ligadas aos sais. Efeito “salting-out” * SOLUBILIDADE PARA QUE UMA PROTEÍNA SEJA SOLÚVEL, ELA DEVE INTERAGIR COM O SOLVENTE (LH, dipolo-dipolo e interações iônicas); PODE-SE DEFINIR TBM COMO O EQUILÍBRIO ENTRE AS INTERAÇÕES PROTEÍNA-PROTEÍNA E PROTEÍNA-SOLVENTE. A SOLUBILIDADE É IMPORTANTE NO PREPARO DE SOPAS, MOLHOS, BEBIDAS, ETC…PERMITE A DISPERSÃO RÁPIDA E COMPLETA DAS MOLÉCULAS FORMANDO UM SISTEMA COLOIDAL DISPERSO COM ESTRUTURA HOMOGÊNEA Obs: COLOIDE COMPONENTES COM 1nm a 1μm entre soluções verdadeiras e sistemas heterogêneos * VISCOSIDADE A viscosidade de um fluido é a medida de sua resistencia a fluir ou a romper-se. A viscosidade dos fluidos protéicos está diretamente relacionada com com o diâmetro da moléculas dispersas. O diâmetro depende da massa, volume, estrutura, cargas elétricas das proteínas, da interação proteína-água e proteína-proteína Tbm pelo pH, temperatura, [ ] protéica e de sais Quanto menor o diâmetro menor a viscosidade * GELEIFICAÇÃO A GELEIFICAÇÃO PROTÉICA CONSISTE NA FORMAÇÃO DE UMA REDE PROTEÍCA ORDENADA A PARTIR DE PROTEÍNAS PREVIAMENTE DESNATURADAS. Os passos para a obtenção do gel protéico são os seguintes: Desnaturação protéica Separação das moléculas protéicas: na proteína nativa os grupos hidrófobos estão voltados para o interior da molécula que ficam descobertos durante a separação o que favorece a interação entre proteína-proteína. Interação proteína-proteína (lig. Hidrofóbica, cátions divalentes, LH e pontes dissulfeto) Agregação
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