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Capítulo 13 - Intervenção, Estado de Sítio e Estado de Defesa.

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Capítulo 13 - Intervenção, Estado de Sítio e Estado de Defesa.
453. (CESPE/Advogado - CEHAP-PB/2009) O município de João Pessoa foi condenado, em decisão judicial transitada em julgado no início ano de 2006, a pagar verba alimentícia a Joaquina dos Santos. Embora o valor do crédito tenha se submetido ao regular procedimento das execuções contra a fazenda pública, o valor inserto no precatório ainda não foi pago. O município justifica sua inadimplência na existência de outros precatórios mais antigos e da mesma natureza e na insuficiência de recursos no orçamento. Se o presidente da República tomasse conhecimento do caso narrado, poderia intervir diretamente no município de João Pessoa.
Errado, Primeiramente a questão está errada pelo fato de não haver intervenção federal em municípios, a não ser que este município fosse de território federal, somente os estados podem intervir em municípios.
Segundo, a hipótese em questão pode ser enquadrada em descumprimento de ordem judicial (ordenou-se o pagamento do precatório e não se cumpriu), tal hipótese de intervenção depende de provimento pelo poder judiciário de para fins de intervenção.
E terceiro, e ponto mais importante é que segundo a atual jurisprudência do Supremo, o Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba não deveria autorizar a intervenção no município de João Pessoa, uma vez que esse descumprimento não é decorrente de atuação deliberada e dolosa do município no sentido de não pagar o precatório.
454. (CESPE/Agente-Polícia Federal/2009) O decreto que instituir o estado de defesa pode estabelecer restrições ao direito de reunião, ainda que exercida no seio das associações.
Correto. O art. 136 § 1º dispõe que o decreto que instituir o estado de defesa indicará as medidas coercitivas a vigorarem, nos termos e limites da lei, podendo ocorrer restrições aos direitos de:
a) Reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) Sigilo de correspondência;
c) Sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
455. (CESPE/TRE-MA/2009) O chefe do Poder Executivo federal tem competência para decretar a intervenção em qualquer município situado em toda a extensão do território nacional, enquanto o chefe do Poder Executivo estadual tem competência para decretar a intervenção nos municípios instalados em sua área de atuação.
Errado. O único município que a União pode intervir é o município de território federal, fora este, não há possibilidade de intervenção federal em municípios.
456. (CESPE/PM-DF/2009) A incomunicabilidade do preso é vedada na vigência de estado de defesa.
Correto. No Estado de Defesa várias medidas referentes à restrição de direitos podem ser tomadas, porém, dispõe a Constituição em seu art. 136, §3º, IV que é vedada a incomunicabilidade do preso.
457. (CESPE/PM-DF/2009) Encerrado o estado de defesa ou o estado de sítio, terminam também seus efeitos, sendo vedada a responsabilização pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.
Errado. Realmente a Constituição estabelece em seu art. 141 que, cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos. Porém, ela dispõe que isso será sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.
458. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A legitimidade ativa para a ação interventiva, no âmbito federal, em face de violação dos princípios constitucionais sensíveis, é exclusiva do procurador geral da República.
Correto. É a hipótese onde será ajuizada a chamada "ação direta de inconstitucionalidade interventiva" cuja legitimidade é privativa do PGR. Trata-se de ação interposta contra a violação dos princípios sensíveis (CF, art. 34, VII) e que ensejará uma intervenção federal caso seja provida pelo STF.
459. (CESPE/SECONT-ES/2009) Ao dispor a respeito do princípio da indissolubilidade do vínculo federativo, a CF afastou o direito de secessão das unidades da Federação, podendo a União, quando
demonstrada a intenção de rompimento do pacto federativo, intervir nos municípios para manter a integridade nacional.
Errado. A União não está autorizada a intervir em Municípios, somente intervém em Estados e nos Municípios de Territórios Federais.
460. (CESPE/SECONT-ES/2009) A União deve intervir no estado da Federação que estiver descumprindo o princípio constitucional da autonomia municipal. Nessa hipótese, é dispensada a apreciação dessa medida pelo Congresso Nacional, e o decreto limita-se a suspender a execução do ato impugnado, se a mesma medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
Correto. A autonomia municipal é um princípio sensível (CF, art. 34, VII), assim, se violada pelo Estado, este estará sujeito à intervenção. A Constituição estabelece no seu art. 36,§ 3º que nos casos do art. 34, VI (prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial) e VII (princípios sensíveis), ou ainda do art. 35, IV (os simétricos dos anteriores, em âmbito estadual) será dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
461. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Caso determinado estado da Federação suspenda o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, não havendo qualquer justificativa de força maior, a intervenção da União no estado, conforme entendimento do STF, não será vinculada, havendo espaço para análise de conveniência e oportunidade pelo presidente da República.
Correto. É um caso classificado pela doutrina como "intervenção espontânea" onde o Presidente agirá de ofício se decidir que é conveniente a intervenção.
462. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Se a União intervier em um estado da Federação, ela afastará momentaneamente a atuação autônoma desse estado. Portanto, se o motivo da intervenção for o provimento de execução de decisão judicial, sua decretação dependerá da requisição do tribunal de justiça daquele estado.
Errado. Diz-se que a intervenção se caracteriza pela negação transitória da autonomia de um Estado. Porém, de forma alguma, podemos dizer que uma requisição do TJ irá vincular a União. São esferas de poder diferentes. Para que haja intervenção federal no caso em tela, a requisição deveria ser do STF, STJ ou TSE, de acordo com a matéria da decisão descumprida.
463. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo entendimento do STF, cessa a intervenção estadual em município, decretada em razão da ausência de prestação de contas por parte do chefe do Poder Executivo municipal, quando este protocoliza, no respectivo tribunal de contas, o que seriam as contas não prestadas no tempo devido.
Correto. Trata-se de antigo entendimento do STF (1996) em que o tribunal entendeu que, já efetivada a intervenção, protocolou-se no Tribunal de Contas o que seriam as contas não prestadas no tempo devido, assim deveria cessar a intervenção por perda do motivo que a ensejou.
464. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) De acordo com a jurisprudência, é da competência do STF o julgamento do pedido de intervenção federal por falta de cumprimento de decisão judicial proveniente da justiça do trabalho, ainda que a matéria objeto da decisão não apresente conteúdo constitucional.
Correto. A requisição de intervenção para o cumprimento de ordem judicial poderá ser feita pelo STF, STJ ou TSE de acordo com a matéria. No caso de intervenção por motivo de matéria de conteúdo trabalhista, a requisição deve ser feita pelo STF.
465. (CESPE/AJAA-STF/2008) A União não pode intervir em municípios, exceto quando a intervenção ocorrer em município localizado em territórios federais.
Correto. Trata-se de uma das questões clássicas sobre o tema "intervenção federal". A União não pode intervir em Municípios, salvo aqueles pertencentes à Território Federal.
466. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) A intervenção da União no estado da Federação que não esteja cumprindo uma ordem emanada do Conselho Nacional de Justiça carece de representação do procurador-geralda República perante o STF.
Errado. A necessidade de representação do PGR só se faz em 2 casos: para prover lei federal, e a para assegurar os princípios sensíveis.
467. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Considere que determinado estado da Federação brasileira tenha deixado de aplicar o mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. Nesse caso, compete ao tribunal de contas desse estado requerer ao STF que determine a intervenção da União no referido estado.
Errado. Trata-se de um princípio sensível. Assim, neste caso somente o PGR é o legitimado para representar junto ao STF para fins de intervenção.
468. (CESPE/Técnico - TCE-TO/2008) Um governador de estado, ao deixar de prestar contas de sua administração à Assembléia Legislativa, deverá responder por isso de forma pessoal, mas não será possível a intervenção da União no estado.
Errado. A prestação de contas é um princípio sensível insculpido no art. 34, VII. "d" da Constituição. Assim, se violado este princípio dará ensejo à intervenção mediante representação do PGR junto ao STF.
469. (CESPE/Analista SEGER-ES/2007) Se determinado estado da Federação recusar-se a executar os ditames de uma lei federal, o presidente da República pode decretar a intervenção direta nesse estado.
Errado. Neste caso não se trata de intervenção espontânea. A Constituição exige que tal intervenção esteja condicionada ao provimento pelo STF da requisição feita pelo PGR. Assim, a ação do PGR com provimento do STF para intervenção, se faz em 2 casos: para prover lei federal, e a para assegurar os princípios sensíveis.
470. (CESPE/Procurador-AGU/2010) De acordo com a jurisprudência, é da competência do STF o julgamento do pedido de intervenção federal por falta de cumprimento de decisão judicial proferida pela justiça do trabalho, mesmo quando referida decisão não contiver matéria de cunho constitucional.
Correto. A intervenção federal provocada por requisição, poderá ser mediante requisição ao Presidente da República feita pelo STF, STJ, TSE, de acordo com a matéria tratada. Veja que a Constituição não elencou tribunal algum para fazer a requisição de matérias trabalhistas e militares. Então, na jurisprudência do STF, tais matérias, ainda quando fundadas em direito infraconstitucional, serão absorvidas, para fins de intervenção, pelo STF.
471. (CESPE/AJAA-TRE-BA/2010) A intervenção do estado no município tem caráter excepcional e é permitida nas hipóteses previstas na CF e eventualmente estabelecidas na respectiva constituição estadual.
Errado. As hipóteses que autorizam intervenção, seja ela federal ou estadual, estão taxativamente dispostas no texto da Constituição Federal. Assim, não poderia a Constituição Estadual ampliar tais hipóteses.

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