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ANESTÉSICOS LOCAIS E TRANQUILIZANTES DE AÇÃO CENTRAL

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ANESTÉSICOS LOCAIS E TRANQUILIZANTES DE AÇÃO CENTRAL
→ ANESTÉSICOS LOCAIS:
São substâncias que produzem a perda da sensação dolorosa sem a perda da consciência.
Todos os princípios ativos dessa família agem limitando a entrada de sódio no interior do axônio da fibra nervosa sensorial, impedindo a progressão do potencial de ação e dessa forma, não há a percepção da sensação dolorosa.
→ HISTÓRICO DA ANESTESIA LOCAL:
Cocaina→ isolada pela primeira vez em 1860.
Empregada como anestésico local pela primeira vez em 1884.
Primeira utilizada como anestesia local, porém se absorvida causa taquicardia, e através dela foram inventados outros anestésicos locais como os citados abaixo.
1903 → sintetizada a stovaína, o primeiro composto sintético com atividade anestésica local. Não tinha efeitos cardiotoxicos que nem a cocaína. 
1904 → sintetizada a procaína – associada a penicilinas 
1943 →lidocaína
1957 → bupivacaína 
1959 → prilocaína 
→ RELAÇÃO ESTRUTURA FÍSICA E ATIVIDADE:
Todo anestésico local possui 3 porções básicas:
Anel aromático (porção lipofílica) → une-se ao tecido gorduroso do axônio.
Cadeia intermediaria → une as duas porções por um éster ou amida.
Amina - cadeia hidrofílica → afinidade com a água. 
A ação do anestésico local se faz no interior da célula nervosa.
Apos a injeção, o anestésico sofre difusão pelas membranas plasmáticas dos nervos.
Segundo a lipossolubilidade, pH do meio e concentração do medicamento .
Ph dos tecidos neutro ou ácido → anestésico fica na forma ionizada (molécula “desmontada”), portanto não muito efetivo em anestesiar os nervos locais, pois não penetram na parede celular. O tecido devera estar levemente alcalino e por isso doem ao serem aplicados.
Em meio tecidual alcalino, a forma não ionizada (molécula “inteira”) predomina e esta sim, penetra a parede celular do axônio, impedindo o potencial de ação do nervo.
O “truque” das moléculas de anestésicos locais:
A porção do anel aromático se une à membrana do axônio pois é lipofílico e a porção amina é hidrofílica e faz o anestésico ser solúvel em água para poder ser aplicado nos tecidos.
Lembrando que as formas não ionizadas de fármacos são mais ativas, temos que as moléculas de anestésicos são bases fracas. Se o ph do local do tecido for ácido (inflamações por exemplo) a molécula se ionizará e demorará mais para fazer efeito ou simplesmente não funcionará.
Se houver vasodilatação no local do tecido, a absorção pela corrente sanguínea e eliminação do anestésico do local aplicado será rápida não dando tempo deste agir e a anestesia local será de baixa qualidade, ou simplesmente não agirá (não anestesia o local).
→ EFEITOS COLATERAIS DOS ANESTESICOS LOCAIS:
Localmente não costumamos verificar nenhuma reação digna de nota.
Sistemicamente poderemos ter, através da absorção do local injetado, sinais neurológicos leves até convulsões e arritmias cardíacas.
→ FATORES QUE AFETAM A DURAÇÃO DA ANESTESIA LOCAL:
Solubilidade lipídica:
Todos os anestésicos locais são lipofílicos, o que aumenta a penetração do nervo, bloqueia canal de sódio e apressa a reação de anestesia local.
Ph do tecido:
Sendo bases fracas os anestésicos locais “preferem” ser absorvidos em ambientes alcalinos. O local do corpo portando uma infecção(meio ácido) não responderá à anestesia local.
Taxa de circulação sanguínea do local.
Varia com as diversas regiões do organismo. Determina a taxa de absorção,dstribuição e metabolismo do anestésico.
Administração → absorção do local →sangue, pulmão e rins →metabolização e excreção.
4. Uso de vasoconstritores:
Prolongam a ação dos anestésicos locais → dificulta a absorção e eliminação do local aplicado.
Deixa a molécula “ligada” no axônio por mais tempo e dessa forma age por mais tempo.
Obs: Os anestésicos com vasoconstritores não deverão ser aplicados nos seguintes locais:
Extremidades de dígitos, focinho, pavilhão auricular e pênis. Para estas regiões , sempre utilizar a anestesia regional.
→ MODO DE APLICAÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS: 
Creme - anestesia tópica de mucosas vaginais, retais, orais e penianas, uretrais. Aplicar com mão enluvada ou cotonetes.
Spray – anestesia de laringe para a entubação endotraqueal. Muito concentrado (10%) e portanto, tomar cuidado com a dose administrada.
Obs: Estas duas primeiras modalidades permitem, através da difusão de um pequeno volume de anestésico local a analgesia de um pequeno ponto do organismo.**
Injetável – para uso odontológico ou clínico-cirúrgico geral. Utilizar seringas compatíveis com o volume desejado e agulha fina de diâmetro 0,7 ou 0,8 e comprimento de acordo com a necessidade. Observar sempre a dose preparada.
→ MODALIDADES DA ANESTESIA LOCAL:
1- Anestesia tópica local:
Usos:
Pequenas áreas de pele, órgãos internos, membranas mucosas (córnea, cavidade nasal, oral, retal).
Requer mínimo equipamento.
Pode em pessoal não treinado adequadamente, causar toxicidade por excesso.
2- Anestesia regional :
É realizada por injeção do anestésico local. O que permite uma área um pouco maior do organismo ser anestesiada, como pequenas regiões de pele, extremidades ou membro apendicular.
 Pode ser executada juntamente com a anestesia geral para diminuir a concentração desta última.
prover analgesia pós-operatória para o conforto do animal.
procedimentos de diagnóstico ou terapia para animais com dor crônica.
Prover anestesia local, coadjuvante para um procedimento cirúrgico como ruminotomias castração de fêmeas caninas felinas, descorna, caudectomias, cesarianas etc..
Convulsão –aplicação intravenosa.
Arritmias cardíacas – aplicação intravenosa.
Anestesia perineural.
Anestesia espinhal.
Anestesia intravenosa (metodo de Bier).
Anestesia intra-articular.
→ QUALIDADES DO ANESTÉSICO LOCAL IDEAL:
Ser solúvel em água e ter ao mesmo tempo lipossolubilidade.
Ter pH próximo da neutralidade.
Permitir ser esterilizada.
Latência curta.
Duração do efeito aceitável.
Não irritar os tecidos. Ser eliminada sem resíduos tóxicos.
Preço acessível.
Baixa toxicidade.
→ TOXICIDADE DA ANESTESIA LOCAL:
Há pequena chance de efeitos colaterais com o uso de anestésico local.
Geralmente dose-dependente.
Poderá haver confusão mental
Convulsões, colapso cardiovascular e morte.
Utilizar diazepam em gatos antes do uso de anestésicos locais.
→ METABOLIZAÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS:
Após a absorção pela circulação sanguínea no local da aplicação → ligam-se às proteínas plasmáticas → esterases plasmáticas que hidrolizam a molécula de anestésico local no próprio plasma →as moléculas são transportadas ao fígado e sofrem atividade microssomal de dealquilação ou conjugação com o acido glicurônico →metabolitos ou mesmo moléculas integras de anestésico são eliminadas pelos rins na urina.
→ ANESTÉSICOS LOCAIS UTILIZADOS EM ANIMAIS:
Cloridrato de lidocaína
Mais utilizada – utilizada para anestesias regionais, anestesias epidurais, anestesia local e inclusive para aplicação endovenosa para reverter uma arritmia.
É comercializada em várias apresentações para a infinidade de usos como, injetáveis, spray, gel e odontológica. 
Muito barata.
UTILIZADA PARA TODAS AS TÉCNICAS TÓPICAS E INFILTRATIVAS (INJETÁVEIS).
Cloridrato de bupivacaína 
Mais duradoura de todas: 2-4 horas. Em associação com a adrenalina pode durar ate 8 horas.
Barata.
Possui metabolização hepática e excreção renal.
Poderá ser utilizada para todos os processos envolvendo a anestesia local e infiltrações de plexo principalmente.
Solução de tumescência:
Originalmente desenvolvida para a cirurgia plástica humana para reduzir a hemorragia, provocar menos dor pós-operatória e menor inchaço. 
Aplicada antes da cirurgia promove hemostasia, anestesia e menor tempo operatório.
Na cirurgia de mastectomia em carnívoros, promove hidrodivulsão, facilitando a retirada da cadeia mamaria em menor tempo e com menos sangramento.
→ TRANQUILIZANTES DE AÇÃO CENTRAL:
→ INTRODUÇÃO:
Um número substancial de fármacos pertencentes à diversas classes e famílias de drogasatuam especificamente ou principalmente sobre o sistema nervoso central;
Interferem com suas funções a ponto de causar uma depressão das atividades sensoriais do paciente.
Além de poderem ser utilizados isoladamente, a sua associação com outros fármacos como os anestésicos gerais aumentam a segurança do procedimento anestésico e cirúrgico, induzindo uma hipnose tranqüila e acordar calmo e gradual.
→ UTILIZAÇÃO: 
Adjuvante da anestesia local ou geral.
Reduzir os riscos de excitação causada pela anestesia barbitúrica e anestesia dissociativa.
Reduzem a dor.
Viabilizam uma indução com anestesia inalatória direta (uso da máscara anestésica).
→ FUNÇÃO DOS TRANQÜILIZANTES:
Reduzir o ptialismo e a sialorréia;
Relaxamento muscular;
Diminuição da ansiedade;
Redução do bloqueio vagal, diminuindo os riscos com a bradicardia;
→ As classes farmacológicas utilizadas para a tranquilização são: 
Anticolinérgicos
2. Benzodiazepínicos
3. Hipno-analgésicos 
4. Relaxantes musculares
→ Podem ser utilizados para: 
Poderão ser utilizados para a realização de exames de animais muito bravos e também para o transporte de animais domésticos e selvagens.
→ CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES TRANQÜILIZANTES:
Os tranqüilizantes são classificadas conforme a potência de sua ação calmante ou hipnótica em tranqüilizantes menores e tranqüilizantes maiores.
A- Tranqüilizantes menores:
São utilizados praticamente para a medicação pré-anestésica ou para o controle de convulsões.
Atuam inibindo centros hipotalâmicos, córtex cerebral, e sistema límbico.
Possuem efeito miorrelaxante: a musculatura esquelética fica menos responsiva á estímulos.
Há redução do comportamento agressivo e indução de sono por inibição do sistema límbico.
Possuem efeito anti-convulsivante.
São miorrelaxantes de ação central.
Podem ser teratogênicos (induzem a formação de fenda palatina).
São denominados também de psicosedativos por diminuírem a ansiedade e agressividade. 
→ São classificados em:
Betabloqueadores adrenérgicos (propanolol, buspirona)
Fármacos propanodiólicos (meprobamato, carisoprodol).
Benzodiazepínicos (os únicos largamente utilizados em medicina veterinária e os que serão estudados aqui). 
1-Diazepam: 
 - Utiizada para as seguintes finalidades:
Terapia anticonvulsivante;
Pré-anestésia em pequenos e grandes animais;
Sedativos.
- Poderemos associá-lo com :
Opióides (meperidina, fentanila) 
Dissociativos (ketamina). 
Alfa-2 agonistas.
2-Midazolam :
Utilizado como sedativo e hipnótico em pequenos animais por deprimir os níveis de serotonina e acetilcolina (dois neurotransmissores cerebrais).
Induz hipnose de curta duração quando injetado e em seres humanos uma dose oral simples promove 4 horas de sono induzido e com amnésia retrograda.
- Podemos associar em protocolos com anestésicos injetáveis como:
Quetamina
Propofol
Fentanila 
Inalatórios halogenados
3-Antagonista dos benzodiazepínicos:
A evolução da anestesia injetável está focada justamente na produção de fármacos e seu respectivo reversor, para tornar ainda mais seguro o procedimento anestésico.
Flumazenil → reverte os efeitos depressores dos benzodiazepínicos.
B- Tranqüilizantes maiores:
- Quatro famílias de drogas utilizadas e aprovadas para uso veterinário:
Derivados da família dos fenotiazínicos 
Derivados da família dos butirofenônicos 
Opiáceos 
Alfa-2 agonistas 
→ Derivados da família dos fenotiazínicos :
Atuam seletivamente deprimindo:
Centros talâmicos e hipotálamo, vias aferentes,sistema límbico, sistema motor e sistema nervoso autônomo.
Atuam inibindo os receptores dopaminérgicos pré-sinápticos, fato que leva à inibição da liberação de neurotransmissor.
Há queda da pressão arterial, por inibição central de centros bulbares.
Provocam hipotensão por estimulação de receptores alfa –adrenérgicos localizados nos vasos sanguíneos periféricos.
Efeitos colaterais:
Possuem segurança (índice terapêutico alto).
Os efeitos colaterais advêm das ações farmacológicas exercidas pela categoria. Podem propiciar a diminuição do limiar convulsivo.
Em eqüinos ainda observa-se o priapismo.
Não usar em pacientes que receberão anestesia epidural (efeito hipotensor aumentado).
Não usar em pacientes com convulsão (diminui o limiar convulsivo).
Administração:
São administrados por via oral possuindo absorção gastrointestinal ou por injeções intramusculares ou endovenosas. 
Distribuem-se por todo o corpo especialmente cérebro, pulmões e fígado. 
Sofrem diferentes processos de hidroxilação, conjugação, oxidação sendo eliminados pelos rins (urina) e trato biliar (fezes). Considerar o uso de tais compostos em pacientes com a função renal ou hepática comprometida.
São membros dessa família: 
Acepromazina 
Clorpromazina 
→ Derivados butirofenônicos:
- Aloperidol :
Utilizados para dermatite psicogênica em cães e gatos, arrancamento de penas por aves com problemas psíquicos.
Em doses maiores, são tranqüilizantes cirúrgicos, reduzindo a dose de anestésicos, portanto.
→ Opióides hipno-analgésicos :
- Citrato de Fentanila (Fentanila): 
Derivado sintético da morfina. Também chamado de fentanil.
Possuem atividade analgésica (diminui limiar da dor).
Atividade hipnótica moderada a forte, dependendo do estado do paciente. Por isso, auxiliam na perda de consciência. 
Possui ultra-curta ação (2-10 minutos).
Podem deprimir a respiração. Monitorar o paciente sob anestesia com fentanila 
Pode ser usado para controlar a dor ou, aproveitando suas características hipnóticas, ajudar a provocar a perda de consciência e tão necessária nos procedimentos cirúrgicos.
- Etorfina (ou M-99):
Opióide semi-sintético, 3000 vezes mais potente do que a morfina.
Não pode ser utilizado em humanos. Apenas uma gota na pele já seria fatal. Utilizado para grandes herbívoros e animais de porte extremamente grande como elefantes, rinocerontes, ursos, búfalos, hipopótamos etc.
Doses:
0,0010- 0,0015mg/kg IM, SC ou IV. 
Este fármaco possui reversores, por atuarem como deslocadores do opióide dos receptores µ. 
Ter o reversor à mão: diprenorfina para animais e a naloxona para humanos.
→ Alfa-2 agonistas- Xilazina, desmedetomidina, detomidina :
São fármacos utilizado desde 1962 na Alemanha (Bayer), com a descoberta primeiramente da xilazina. 
Possui efeito miorelaxante, analgésico e tranqüilizante.
Ruminantes são os mais sensíveis à xilazina.
Produzem queda na pressão arterial.
Após a administração percebe-se miorrelaxamento, ataxia, analgesia, depressão do sistema nervoso central e hipnose.
Perifericamente observamos bradicardia, bloqueio atrio-ventricular e redução da freqüência respiratória.
Aumentam a secreção salivar em todos os animais e acarreta o priapismo e a transpiração em eqüinos.
Fazem parte da medicação pré-anestésica para a anestesia geral dissociativa. 
- Inicio de ação:
Por via intravenosa, os agentes alfa-2 são de ação imediata (10-20 segundos no máximo).
Por via intramuscular espera-se uma latência de 3-10minutos.
Em gatos provoca profunda depressão, especialmente em pacientes idosos ou debilitados. Considerar a redução da dose nestes casos. 
O seu efeito é facilmente controlado segundo o cálculo da dose inicial administrada.
A duração média do efeito da xilazina é de 30-60 minutos.
Sempre administrar ao sulfato de atropina (atropina) 5 minutos antes da aplicação de qualquer agonista alfa-2, para prevenir a sialorréia e o bloqueio cardíaco átrio-ventricular, efeitos colaterais característicos desta classe de medicamentos.
- Xilazina
O fármaco apresenta relação de seletividade entre receptores α - 2/α - 1 de 160. 
É uma droga barata, muito utilizada na sedação de ruminantes.
Durante décadas e ainda muito utilizado no Brasil, esta classe de medicamentos, juntamente com outras medicações pré-anestésicas, é associada à quetamina para formar a anestesia injetável de uso geral mais reconhecida e de baixo custo em medicina veterinária de pequenos animais (anestesia injetável dissociativa).
Protocolo deanestesia geral em pequenos animais utilizando xilazina:
Atropina+ xilazina+ diazepam + quetamina (melhor não administrar em seringa comum- separar as doses e identificar as seringas).
Reaplicar apenas a quetamina até o final do procedimento. Não é recomendado a reaplicação da xilazina mais do que uma vez (20-30 minutos no mínimo depois da primeira aplicação).
A presença de antagonistas farmacológicos como a ioimbina, atipamezole e telazolina proporciona um diferencial dos agonistas α-2 adrenérgicos em relação aos outros fármacos analgésicos e sedativos. A possibilidade de reversão das alterações que possam levar a complicações anestésicas é essencial, proporcionando ao grupo uma vantagem sobre outros sedativos e tranquilizantes.
- Detomidina :
A detomidina é um derivado imidazólico alcalóide disponível como cloridrato de detomidina.
Relação seletividade entre receptor α- 2/α- 1: 260
Vemos que é bem mais seletivo do que a xilazina (menos efeitos colaterais) e maior potencia com menor volume injetado.
Aplicados por via IV ou IM
A duração média do efeito da detomidina é de 60-150 minutos. Esta molécula é mais moderna por possuir um agente reversor, o atipamezole. 
- Desmedetomidina :
A desmedetomidina é uma molécula moderna da classe dos agonistas alfa-2 adrenérgicos. Possui a grande vantagem de ser reversível quando utilizamos o fármaco Atipamezole.
Possui custo alto. No mercado nacional encontramos uma marca de desmedetomidina e uma marca de atipamezole.
Extrema analgesia e segurança.
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