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Psicodiagnóstico fenomenológico existencial focalizando os aspectos saudáveis

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REFERÊNCIA: YEHIA, G. Y. Psicodiagnóstico fenomenológico existencial: focalizando os aspectos saudáveis in ANCONA-LOPEZ, S., Psicodiagnóstico interventivo: evolução de uma prática. Cap. I p. 23-44
	 
A autora inicia o texto falando da evolução da prática da ciência na área da saúde, onde atualmente compreendemos que saúde e doença não são dicotômicos, são parte de um processo único onde saúde não significa não possuir doença ou o contrário. Podemos pensar que o que é dito popularmente como doença mental, nada mais é que outra forma de se existir e se expressar no mundo.
Na nossa atuação percebemos como não nos cabe um modelo médico de atendimento, pois em nossos encontros com o outro vemos que o saber teórico não nos possibilita usar de respostas e/ou verdades concretas, onde um descolamento do saber com o outro pode ser mais rico e produtivo.
Uma atuação sobre uma ótica fenomenológica-existencial tende a contextualizar o indivíduo e compreender como se dão os aspectos sociais e pessoais para o mesmo, por isso essa forma de atuar foi um referencial para a prática do psicodiagnóstico. Ser ouvido e ouvir, ver e enxergar, provocam mudanças na aprendizagem e desenvolvimento do indivíduo.
Discorrendo sobre o processo de psicodiagnóstico, geralmente esse é um atendimento psicológico gratuito nas instituições clínicas-escola que advém de um encaminhamento pela escola, por um médico ou por um assistente social. A criança encaminhada pode apresentar comportamentos ditos como anormais por conta de causas desconhecidas e que por meio desse processo procuram descobrir a causa, que pode ser de ordem intelectual, emocional, psicomotora, neurológica, fonoaudióloga.
O processo de psicodiagnóstico infantil pode discorrer da seguinte forma, duas entrevistas iniciais com os pais para que a queixa seja esclarecida ao psicólogo; em seguida pode ser aplicado testes na criança e as informações advindas desse devem ser integradas à informações obtidas anteriormente com os pais; sessões de devolutivas devem ser realizadas no fim do processo afim de apresentar as conclusões do diagnósticos e orientar sobre futuras possibilidades de tratar essas informações.
As intervenções que ocorrem ao inicio do processo têm aspectos investigativos, procurando compreender a queixa e como ela está contextualizada no mundo da criança. Como o psicólogo trabalha nesse momento pode ter efeito terapêutico, uma escuta compreensiva e acrítica do que os pais relatam é um exemplo para esse efeito ocorrer.
Os testes são instrumentos que podem ser uteis no psicodiagnóstico se forem utilizados e compreendidos de forma a compreender baseando-se no contexto em que a criança está inserida. Outros recursos que podem ser utilizados são a visita domiciliar e a visita escolar, essas devem ser consentidas, e procuramos nesses locais tentar compreender sua dinâmica e como a criança está situada.
Uma questão que é levantada no texto é de como o psicodiagnóstico pode ter efeito terapêutico mesmo não sendo esse seu foco, tendo em vista que muitos pais ao passarem por esse processo sentem como se não tivessem progredido. Devemos ter em mente que as expectativas do senso comum dos pais acerca do trabalho de um psicólogo podem influenciar esses sentimentos.
A autora nos apresenta uma entrevista chamada de follow-up que é realizada após, mais ou menos, um ano do atendimento para saber se o procedimento com os pais e com a família foi eficaz, trouxe benefícios ao longo do tempo, como estão lidando com os novos desafios. É citado também como os pais usam essa entrevista para fazer uma reflexão sobre como o processo de psicodiagnóstico afetou seu ponto de vista sobre a criança.

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