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Unidade 1 Estrutura Atômica Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Naturais e Exatas Disciplina: Química Geral Adaptado: Química Geral – R. Chang Química: a Ciência Central - T. L. Brown Profa. Roberta Cargnelutti • A química é essencial para a nossa compreensão de outras ciências. • A química também é encontrada em nossa vida diária. 2 Por que estudar química? Combustíveis Polipropileno Escapamento dos automóveis Fertilizantes Medicamentos O estudo da química • Estudo das propriedades dos materiais e das mudanças sofridas por estes. • Matéria qualquer coisa que tem massa e ocupa espaço. • A matéria é constituída de relativamente poucos elementos. • No nível microscópico, a matéria consiste de átomos e moléculas. • Os átomos se combinam para formar moléculas. • As moléculas podem consistir do mesmo tipo de átomos ou de diferentes tipos de átomos. 3 4 A perspectiva molecular da química Fig. 1. Modelos moleculares. As esferas brancas, pretas e vermelhas representam , respectivamente, os átomos de H, C e O Anticongelante automotivo 5 5 sólido líquido gás Estados da matéria 6 Dalton (1803) (esfera maciça) Thomson (1904) (cargas positivas e negativas) Rutherford (1911) (o núcleo) Bohr (1913) (níveis de energia) Schrödinger (1926) (modelo da nuvem eletrônica) http://www.scienceclarified.com/As-Bi/Atomic-Theory.html Matéria consiste de átomos e moléculas. Teorias Atômicas Estrutura Atômica • E outros filósofos gregos da antiguidade acreditavam que toda matéria era constituída por partículas muito pequenas e indivisíveis: Demócrito 460 - 370 A.C. 7 8 O átomo de Dalton (1807) (observações químicas no universo macroscópico do laboratório) 1. Todos os átomos de um dado elemento são idênticos. 2. Os átomos de elementos diferentes têm massas diferentes. 3. Um composto utiliza uma combinação específica de átomos de mais de um elemento. 4. Em uma reação química, os átomos não são criados nem destruídos, porém trocam de parceiros para produzir novas substâncias. Bola de Bilhar Teoria atômica da matéria Raios catódicos e elétrons • Mais tarde, os cientistas constataram que o átomo era constituído de entidades carregadas. • Experimentos: Raios catódicos eram desviados por campos elétricos ou magnéticos, sugerindo que continham certa carga elétrica. • Em 1897, J.J. Thomson determinou que raios catódicos são jatos de partículas com massa e carregados negativamente – elétron. • Thomson determinou que a proporção carga/massa de um elétron é 1,76 x 108 C/g (coulomb por grama). Importante para a descoberta da massa do e-. 9 Radioatividade 10 • 1896, Henri Becquerel descobriu que um mineral de Urânio emitia espontaneamente radiação de alta energia radioatividade. • Em 1898 Marie Curie: elementos radioativos rádio e o polônio emitem raios: 1911, Nobel em Química 11 Radiação de alta energia composta por três tipos de radiação: , e . • O modelo atômico de Dalton não explica as partículas , e os raios . • Radiações são elétrons em alta velocidade, atraídas pela placa positiva. • As radiações são mais compactas e têm cargas positivas - são atraídas pela placa negativa. •As radiações são de alta energia e não possuem carga. Partículas com a mesma carga repelem-se, enquanto partículas com cargas diferentes atraem-se. O átomo de Thomson 12 • Pela separação da radiação, conclui-se que o átomo consiste de entidades neutras e carregadas (negativa e positivamente). • No início do século XX, Thomson propôs que todas essas espécies carregadas eram encontradas em uma esfera: Modelo do Pudim de Ameixa: • Este modelo teve uma vida muito curta. 13 • Em 1910, Ernest Rutherford realizou um experimento que o conduziu ao modelo nuclear do átomo. • Se o modelo do átomo de Thomson estivesse correto, o resultado de Rutherford seria impossível. O átomo de Rutherford 14 • Maioria das partículas passa através de um pedaço de chapa sem sofrer desvio, a maior parte do átomo deve consistir de carga negativa difusa - o elétron. • Para explicar o pequeno número de desvios grandes das partículas , o centro ou núcleo do átomo deve ser constituído de uma carga positiva densa. 15 • Em 1911, Rutherford conseguiu explicar essas observações, postulando que a maioria da massa do átomo e toda sua carga positiva residiam em uma região muito pequena e extremamente densa, que ele chamou de núcleo. 16 O átomo com núcleo • Rutherford modificou o modelo de Thomson da seguinte maneira: – O átomo é esférico mas a carga positiva está localizada no centro, com uma carga negativa difusa em torno dele. – A maior parte do volume total do átomo é espaço vazio, no qual os elétrons se movem ao redor do núcleo. • Estudos experimentais subseqüentes levaram a descoberta de que há duas partículas no núcleo: • as partículas positivas – prótons e • as partículas neutras – nêutrons 17 • Rutherford propôs que os elétrons orbitavam o núcleo da mesma forma que os planetas orbitam em torno do sol. Falhas do Modelo Planetário • Uma carga negativa, colocada em movimento ao redor de uma carga positiva estacionária, perde energia e adquire movimento espiralado, em sua direção, acabando por colidir com ela. • Essa carga em movimento perde energia, emitindo radiação. O modelo planetário de Rutherford, em seu estado normal, não emite radiação. Espectro de Linhas e o Modelo de Bohr 18 • A primeira tentativa importante para desenvolver um modelo não-clássico do átomo foi feita por Neils Bohr (1913). • Bohr acreditava que a luz emitida pelas substâncias a temperaturas altas ou sob influência de descarga elétrica era produzida quando elétrons nos átomos sofriam alterações de energia. • Para entender a proposta de Bohr, devemos examinar algumas características da luz e outras formas de energia radiante. 19 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA: emissão e transmissão de energia na forma de ondas eletromagnéticas. Luz, ondas de rádio, microondas, raios X: formas de radiação eletromagnética. Frequência, ν • Frequência (ν): 1 Hz = 1 ciclo/s (s-1) • Comprimento de onda (λ): metros (nm = 10-9 m) 20 • Radiação eletromagnética: inúmeros λ espectro eletromagnético •A radiação visível tem comprimentos de onda entre 400 nm (violeta) e 750 nm (vermelho). 21 λ λ λ pequeno = ν alta λ grande = ν baixa • c = 3,00 ·108 m/s c = velocidade da luz λ = c/ν ν = c/ λ • Segundo Planck, os átomos podem emitir ou absorver energia apenas em quantidades discretas, ou seja, em pequenos pacotes bem definidos, chamados quantum. • Quantum é a menor quantidade de energia que pode ser emitida (ou absorvida) na forma de radiação eletromagnética. • A energia E de um único quantum de energia é dada por: onde h é a constante de Planck (6,626 10-34 J s) ν é a frequência da radiação. hE A energia quantizada e fótons 22 Espectros de linhas •A radiação composta por um único comprimento de onda é chamada de monocromática. • A luz branca pode ser separada em um espectro contínuo de cores. • A radiação que se varre uma matriz completade diferentes comprimentos de onda é chamada de contínua. • Observe que não há manchas escuras no espectro contínuo que corresponderiam a ausência de λ. 23 • Nem todas as fontes de radiação produzem um espectro contínuo. • Quando diferentes gases são colocados sob pressão em um tubo e uma alta voltagem é aplicada, os gases emitem diferentes cores de luz. (a) hidrogênio. (b) neônio. 24 • Quando a luz vinda de tais tubos passa através de um prisma, apenas linhas de poucos comprimentos de onda estão presentes nos espectros de emissão resultantes: • As linhas coloridas estão separadas por regiões pretas, que correspondem a comprimentos de onda ausentes na luz. H: 1 próton e 1 ē. 25 Modelo Atômico de Bohr • Bohr observou o espectro de linhas de determinados elementos e admitiu que os elétrons estavam confinados em estados específicos de energia. • As cores de gases excitados surgem devido ao movimento dos elétrons entre os estados de energia no átomo. • Esses estados foram denominados órbitas. 26 27 Modelo Atômico de Bohr: A energia só é emitida ou absorvida por um ē quando este muda de uma órbita permitida para outra órbita permitida e esta energia envolvida corresponde a um fóton. n: nº quântico principal (nº inteiro que varia de 1 a +∞) 2 18 1 J 1018.2 n E • A primeira órbita no modelo de Bohr tem n = 1, é a mais próxima do núcleo e convencionou-se que ela tem energia negativa. • A órbita mais distante no modelo de Bohr tem n próximo ao infinito e corresponde à energia zero. 28 29 Limitações do modelo de Bohr • Não explica os espectros atômicos dos outros elementos e não considera o comportamento dual dos ē. • O princípio da incerteza de Heisenberg: na escala de massa de partículas atômicas, não podemos determinar exatamente a posição, a direção do movimento e a velocidade simultaneamente. • O modelo de Bohr foi apenas um importante passo em direção ao modelo do átomo moderno : 1- Os elétrons existem apenas em níveis de energia distintos. 2- A energia está envolvida na movimentação de um elétron de um nível para o outro. 30 Mecânica Quântica e Orbitais Atômicos • Em 1926 Erwin Schrödinger propôs uma equação que contém os termos onda e partícula. • A resolução da equação leva às funções de onda () e às energias para as funções de onda. • A função de onda fornece o contorno do orbital atômico. • O quadrado da função de onda (2) fornece a probabilidade de se encontrar o elétron em certa região do espaço em um determinado instante, isto é, fornece a densidade eletrônica para o átomo. 30 31 O átomo Moderno • Grande parte do volume do átomo se deve aos elétrons. • O átomo é composto de duas regiões: - Um núcleo compreendendo toda carga positiva e praticamente toda massa do átomo (prótons e nêutrons). - A região extranuclear composta de elétrons. • O modelo atual do átomo é um descendente direto do átomo de Rutherford. 32 32 Orbitais Atômicos • A solução da equação de Schrödinger para o átomo de H produz um conjunto de funções de onda e energias correspondentes. • Cada orbital descreve um distribuição específica de densidade eletrônica no espaço: 33 Orbitais Cada orbital tem energia e forma características Os elétrons são encontrados em orbitais: 34 Orbitais s • Todos os orbitais s são esféricos. • À medida que n aumenta, os orbitais s ficam maiores. s, p, d, f 35 Representações de orbitais atômicos: • Orbitais s: Ψ2 Representação da superfície limite de Ψ2 36 Orbitais p • Existem três orbitais p, px, py, e pz. • Os três orbitais p localizam-se ao longo dos eixos x-, y- e z- de um sistema cartesiano. • Os orbitais têm a forma de halteres. • À medida que n aumenta, os orbitais p ficam maiores. 37 Orbitais d • Existem cinco orbitais d, todos com a mesma energia. 38 Orbitais f • Existem sete orbitais f, cuja forma é mais complexa que dos orbitais p. NÚMEROS QUÂNTICOS: Mecânica quântica: 3 nºs quânticos são necessários para descrever um orbital n, ℓ, mℓ • n, nº quântico principal: indica os níveis de energia que o ē pode assumir. n = 1, 2, 3, 4, ..., ∞ • ℓ, nº quântico secundário: define o formato do orbital (subnível energético). ℓ = 0, 1, 2, 3, ..., n – 1. s p d f 39 40 • mℓ, nº quântico magnético: descreve a orientação do orbital no espaço. mℓ = - ℓ, ... , 0, ... , + ℓ. Combinação de n, ℓ e mℓ: diagrama de orbitais atômicos 40 41 ms, nº quântico magnético de spin: Spin é o giro do ē em torno de seu próprio eixo ms = + 1 2 ms = - 1 2 42 • Os orbitais podem ser classificados em termos de energia para produzir um diagrama de Linus Pauling. Diagrama para a determinação da ordem aproximada de preenchimento de orbitais. Átomos Polieletrônicos 43 • À medida que n aumenta, energia dos orbitais também aumenta. • Orbitais de mesma energia são conhecidos como degenerados. 44 Configuração Eletrônica: como os elétrons estão distribuídos nos orbitais atômicos do átomo. 1s1 Número quântico principal n Número quântico secundário l Número de elétrons no orbital ou subcamada Diagrama de Orbital H 1s1 45 Configurações Eletrônicas Regra de Hund • As configurações eletrônicas nos dizem em quais orbitais os elétrons de um elemento estão localizados. • Três regras: - Os orbitais são preenchidos em ordem crescente de n. - Dois elétrons com o mesmo spin não podem ocupar o mesmo orbital (Pauli). - Para os orbitais degenerados, os elétrons preenchem cada orbital isoladamente antes de qualquer orbital receber um segundo elétron (regra de Hund). 46 Elemento Total de elétrons Configuração Eletrônica Configuração de quadrículas Configurações Eletrônicas Li Be B C N Ne Na • Ne (10 e-): subnível 2p completo configuração estável com oito elétrons (um octeto) em nível mais externo. • Na (11 e-): novo período da T.P.: possui um único elétron 3s além da configuração estável do Ne: Na: [Ne]3s1 [Ne]: 1s22s22p6 • Focalizar a atenção nos elétrons mais externos do átomo comportamento químico de um elemento. 47 Configurações Eletrônicas Condensadas • A configuração eletrônica de um gás nobre de menor número atômico mais próximo é representada por seu símbolo químico entre colchetes: Li: [He]2s1 Mg: [Ne]3s2 K: [Ar]4s1 48 Configurações Eletrônicas Condensadas Elétrons internos Elétrons de valência
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