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1 Professora Luciana Marinho Capítulo 3.4 Base e Dimensão 2 Professora Luciana Marinho Veremos como gerar espaços vetoriais a partir do menor número possível de seus componentes. Veremos como determinar a dimensão de um espaço vetorial. Para isso, estudaremos o conceito de dependência e independência linear. 3.4.1 – Dependência linear e independência linear 3 Professora Luciana Marinho 3.4.1 – Dependência linear e independência linear Det = 0 , logo não geram os espaço vetorial dado. Motivo: sabemos que o determinante de uma matriz é zero quando uma das linhas pode ser expressa como uma combinação linear de outras duas. Nesse caso podemos escrever Vamos começar verificando se os vetores Gráfico: os vetores estão sobre uma mesma reta. 4 Professora Luciana Marinho Dizemos que dois vetores de um espaço vetorial são linearmente dependentes se pudermos escrever um como sendo uma combinação linear do outro. No caso anterior, isto significa que 3.4.1 – Dependência linear e independência linear Onde u1 , u2 ϵ V e α ϵ K. 5 Professora Luciana Marinho Vamos, agora determinar se os vetores Não geram. 3.4.1 – Dependência linear e independência linear Devem satisfazer a equação (x,y,z) = a1 u1 + a2 u2 + a3 u3 onde (x,y,z) é um vetor arbitrário do espaço para alguns coeficientes a1 , a2 , a3 ϵ . 6 Professora Luciana Marinho Motivo: novamente, o fato do determinante ser zero indica que uma de suas linhas ou colunas pode ser expressa como uma combinação linear de outras duas. O vetor u2 é uma combinação linear u2 = u1 – 2u3 . Gráfico: o vetor u2 encontra-se no mesmo plano que os vetores u1 e u3 . Podemos escrever também os vetores u1 e u3 em função dos demais. 3.4.1 – Dependência linear e independência linear 7 Professora Luciana Marinho Dizemos que n vetores são linearmente dependentes Se pudermos escrever ao menos um deles em termos dos demais: 3.4.1 – Dependência linear e independência linear Para β1 , β2 ,... ,βn ϵ K. 8 Professora Luciana Marinho Para que possamos isolar um vetor vi em termos dos outros, devemos ter, pelo menos, βi ≠ 0, pois para isso temos que dividir os outros membros do espaço vetorial por esse valor. Portanto, para que tenhamos uma dependência linear entre os vetores, os coeficientes β1 , β2 ,... ,βn não podem ser nulos (se não, nunca poderemos escrever pelo menos um dos vetores em termos dos outros). Definimos, a seguir, o que são vetores linearmente independentes e vetores linearmente dependentes. 3.4.1 – Dependência linear e independência linear 9 Professora Luciana Marinho Linearmente independentes (LI). 3.4.1 – Dependência linear e independência linear 10 Professora Luciana Marinho Portanto, a combinação só existe se a = b = c = 0. Então, os vetores são linearmente independentes (LI). 3.4.1 – Dependência linear e independência linear 11 Professora Luciana Marinho Para provar que certos vetores são linearmente independentes temos que resolver um sistema de equações lineares que, em forma matricial, fica AX = 0, onde A é a matriz dos coeficientes, X são as incógnitas (α1 , α2 ,...αn ), que são os coeficientes da combinação linear α1 v1 + α2 v2 ,... αn vn = 0, e 0 é um vetor nulo com o número adequado de linhas. Caso A tenha inversa, resolveremos esse sistema escrevendo 3.4.1 – Dependência linear e independência linear 12 Professora Luciana Marinho Como A-1 0 = 0 para qualquer matriz, a única solução possível para A invertível é X = 0, o que mostra que os vetores são linearmente independentes. Portanto, para mostrar a independência linear de vetores, basta calcular o determinante da matriz dos coeficientes do sistema de equações resultante da definição de independência linear e mostrar que esse determinante não é nulo. (Obs: A-1 = (1 / det A) * Adj A) Caso det = 0, então será necessário resolver o sistema de equações para verificar se existe alguma solução. 3.4.1 – Dependência linear e independência linear Portanto, se há solução única (det A0), A é invertível e X será nula. 13 Professora Luciana Marinho LI 3.4.1 – Dependência linear e independência linear 14 Professora Luciana Marinho LI 3.4.1 – Dependência linear e independência linear O três vetores não estão no mesmo plano. 15 Professora Luciana Marinho LD 3.4.1 – Dependência linear e independência linear Não é possível definir determinante para esta matriz, pois ela é do tipo 2 x 3. 16 Professora Luciana Marinho 3.4.1 – Dependência linear e independência linear Os três vetores estão no mesmo plano 17 Professora Luciana Marinho Como vimos, no primeiro caso (do exemplo 3), os três vetores não estão no mesmo plano; no segundo caso, eles ocupam o mesmo plano. Isso indica que três vetores que podem ser representados em um plano não podem ser linearmente independentes. Isso nos leva a uma indagação: qual será o número mínimo de vetores necessários para gerar o plano ? E qual o número mínimo de vetores necessários para gerar o espaço ? Veremos a seguir. 3.4.1 – Dependência linear e independência linear 18 Professora Luciana Marinho Vimos que alguns vetores podem gerar o espaço vetorial do qual são elementos, mas outros, não. Vimos que vetores são linearmente independentes se nenhum deles puder ser escrito como uma combinação linear dos outros. Queremos determinar o número mínimo de vetores necessários para gerar um determinado espaço vetorial. 3.4.1 – Dependência linear e independência linear 19 Professora Luciana Marinho Para que esse número seja mínimo, é necessário que nenhum deles seja linearmente dependente dos outros, pois, assim, ele poderia ser gerado pelos demais e o conjunto de geradores do espaço vetorial não seria mínimo. Portanto, para que um determinado número de vetores seja o conjunto mínimo que gera um determinado espaço vetorial, é necessário que eles gerem o espaço vetorial e que sejam linearmente independentes. Tal conjunto mínimo de geradores de um espaço é chamado BASE do espaço vetorial do qual faz parte. 3.4.1 – Dependência linear e independência linear 20 Professora Luciana Marinho 3.4.2 – Base Geradores de um espaço vetorial LI LD Conjunto mínimo de geradores do espaço vetorial. BASE Não será um conjunto mínimo. 21 Professora Luciana Marinho 3.4.2 – Base Para que B seja uma base do espaço R3, os vetores e1 , e2 , e3 têm que gerar o espaço R3 e devem ser linearmente independentes. Escrevendo um vetor v = (x,y,z) de R3, podemos escrever 22 Professora Luciana Marinho 3.4.2 – Base Agora, a1 e1 + a2 e2 + a3 e3 = 0, implica 23 Professora Luciana Marinho 3.4.2 – Base Para que B seja uma base do espaço R3, os vetores u1 , u2 , u3 têm que gerar o espaço R3 e devem ser linearmente independentes. Para provar que esses vetores geram o espaço R3, temos que provar que o determinante da matriz dos coeficientes obtida a partir do sistema de equações resultante da expressão édiferente de zero. Escrevendo o sistema de equações resultante, temos 24 Professora Luciana Marinho 3.4.2 – Base 25 Professora Luciana Marinho 3.4.2 – Base Se quisermos provar que esses vetores são LI (linearmente independentes), devemos mostrar que 26 Professora Luciana Marinho 3.4.2 – Base Como visto, se provarmos que esse sistema de equações tem solução única, então mostramos que essa solução deve ser tal que todos os coeficientes a serem determinados sejam nulos. Portanto, basta provar que o determinante é diferente de zero. 27 Professora Luciana Marinho 3.4.2 – Base Como pudemos ver no exemplo 2, para mostrar que um conjunto de vetores é uma base de um espaço vetorial, basta mostrar que o determinante da matriz dos coeficientes formada por esses vetores é diferente de zero. 28 Professora Luciana Marinho 3.4.2 – Base Devemos mostrar que existem a1 , a2 , a3 ϵ R tais que para quaisquer x, y, z ϵ R e que se e somente se a1 = a2 = a3 = 0. 29 Professora Luciana Marinho 3.4.2 – Base B é uma base do espaço vetorial considerado. Podemos fazer ambas as coisas calculando o determinante 30 Professora Luciana Marinho 3.4.2 – Base 31 Professora Luciana Marinho 3.4.2 – Base 32 Professora Luciana Marinho 3.4.2 – Base Algumas bases oferecem representações mais simples de elementos de seus respectivos espaços vetoriais em termos dos elementos dessas bases. Por exemplo, a base torna simples escrever qualquer elemento de R2 em termos dos elementos da base, a base faz o mesmo para o R3 e a base torna mais fácil representar elementos do espaço v3 . Essas bases são chamadas BASES CANÔNICAS e são as mais comumente usadas na decomposição de um vetor de algum espaço vetorial em vetores componentes. 33 Professora Luciana Marinho 3.4.2 – Base Base canônica 34 Professora Luciana Marinho 3.4.3 – Dimensão Todo espaço vetorial é formado por elementos, que são os seus geradores. O número mínimo de elementos que geram um espaço vetorial é aquele em que todos os elementos são linearmente independentes. O conjunto dos geradores de um espaço vetorial que são linearmente independentes entre si constitui uma base do espaço vetorial. Toda base de um espaço vetorial tem o mesmo número de elementos. 35 Professora Luciana Marinho 3.4.3 – Dimensão O número de elementos de uma das bases de um espaço vetorial é chamado dimensão desse espaço vetorial. 36 Professora Luciana Marinho 3.4.3 – Dimensão 37 Professora Luciana Marinho Resumo Slide Number 1 Slide Number 2 Slide Number 3 Slide Number 4 Slide Number 5 Slide Number 6 Slide Number 7 Slide Number 8 Slide Number 9 Slide Number 10 Slide Number 11 Slide Number 12 Slide Number 13 Slide Number 14 Slide Number 15 Slide Number 16 Slide Number 17 Slide Number 18 Slide Number 19 Slide Number 20 Slide Number 21 Slide Number 22 Slide Number 23 Slide Number 24 Slide Number 25 Slide Number 26 Slide Number 27 Slide Number 28 Slide Number 29 Slide Number 30 Slide Number 31 Slide Number 32 Slide Number 33 Slide Number 34 Slide Number 35 Slide Number 36 Slide Number 37
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