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Ética e Bioética na Gestão em Enfermagem Profa. Dayse Paixão e Vasconcelos • Vamos começar por um Vídeo?! • Qual a ideia central (IC) do vídeo?! → Etimologicamente, ética origina-se do termo grego ethos, significando o conjunto de costumes, hábitos, valores de uma determinada sociedade ou cultura. → Os romanos o traduziram para o termo latino mores, significando o mesmo que ethos, donde provem o termo moralis, do qual se deriva o termo moral em português. • Então, moral e ética são sinônimos?! BIOÉTICA “As novas descobertas tecnológicas mudaram profundamente a 'face da terra‘ e a 'face do homem' que vive na terra. Mudou a maneira de viver e de relacionar-se das pessoas; e mudou a vida das pessoas” • 1948: certidão do nascimento da bioética final da Segunda Guerra Mundial – promulgação do Código de Nuremberg (“Regras e Julgamento das atrocidades da Guerra”) • Declaração de Helsinque: (1964) realizada na Finlândia (“Deu força legal ao Código de Nuremberg”) • Década 70 (1971): Van Potter (oncologista americano) - vocábulo “bioética”. 1948 1964 1971 16 anos depois 7 anos depois 23 anos depois Qual o porquê das discussões bioéticas?! Situações: 1.persistentes 2.contemporâneas/emergentes (OGUISSO, 2007) Bioética: situações persistentes • Historicidade das condições persistentes da sociedade. - exclusão social; - discriminação das mulheres; - racismo; - iniquidade da distribuição de recursos; - abandono de idosos e crianças. (OGUISSO, 2007) Bioética: situações contemporâneas/emergentes • Decorrentes do acelerado avanço científico/tecnológico. • Últimos 50 anos: biotecnologia de ponta. Exemplos: - Clonagem reprodutiva e terapêutica. - Transplantes de órgãos e tecidos humanos. (OGUISSO, 2007) Princípios Bioéticos “Trindade bioética”, com os princípios da: • Justiça; • Autonomia; • Beneficência e não maleficência. 1.Não causar dano. 2.Maximizar os benefícios e minimizar os possíveis riscos. (defendida por James Childress e Tom Beauchamp) Princípios Bioéticos: PRINCIPALISMO Principalismo: • Autonomia (tem a sua expressão no assim chamado consentimento informado); • Justiça; • Beneficência; • Não maleficência. (SANTIAGO E KNOPP DE CARVALHO,) Posso aplicar sua vacina agora?! Claro que sim! Depois de sua explicação, eu fiquei mais tranquila. Consentimento Informado • O consentimento livre e informado deve ser entendido como um processo de relacionamento onde o papel do profissional de saúde é o de indicar as opções, seus benefícios, seus riscos e custos, discutí-las com o paciente e ajudá-lo a escolher aquela que lhe é mais benéfica (JUNGLES, 1999). Algumas situações de “quebra” do Consentimento • A incapacidade de decidir por si (crianças, situações de urgência, estado de “coma” sem conhecimento de parentes; • A obrigação legal de declaração das doenças de notificação compulsória; • Um risco grave para a saúde de outras pessoas, cuja identidade é conhecida, obriga o médico a informá- las mesmo que o paciente não autorize; • Quando o paciente recusa-se a ser informado e participar das decisões. (CLOTET, 2001). Usarei o tratamento para ajudar os doentes, de acordo com minha habilidade e julgamento e nunca o utilizarei para prejudicá-lo! Beneficência • O princípio da beneficência obriga o profissional de saúde a ir além da não- maleficência (não causar danos intencionalmente) e exige que ele contribua para o bem estar dos pacientes, promovendo ações para prevenir e remover o mal ou dano. Eu não posso prescrever esse medimento. Não estou segura nem tem o respaldo legal. É mais prudente consultar um médico, e solicitar ajuda. Não Maleficência • Segundo os autores Kipper e Clotet (1998), este novo princípio poderia ser entendido como "a obrigação de não causar danos”. Ou seja, o uso da prudência diante de situações que exijam do profissional de saúde a não intervenção, já que, dependendo do caso, a ação “beneficência”, poderia causar um mal maior que os benefícios decorrentes. Ele está precisando desse procedimento com urgência, corre risco de vida. Depois avaliarei a senhora com náuseas. Justiça • O princípio da justiça está relacionado à distribuição correta e adequada de deveres e benefícios sociais. Entende-se, dessa forma, que os seres humanos são iguais desde seu nascimento, não lhes podendo ser negado qualquer tratamento ou assistência em função de nenhum tipo de discriminação, seja social, racial ou outro fator. Ética e Bioética... • Apresentada como necessária à democracia e ao convívio em sociedade, desde a antiguidade (KOERICH & ERDMANN, 2011). Ética e Bioética... • A ética se coloca como tema polissêmico, com múltiplos sentidos e aplicações (KOERICH & ERDMANN, 2011). Ética e Bioética... • A ética da responsabilidade (Hans Jonas): influencia a enfermagem e a dimensão do cuidado. • Ultrapassa a ética deontológica. (KOERICH & ERDMANN, 2011) A BIOÉTICA DO CUIDAR (E A ENFERMAGEM) • Mesmo que os profissionais estejam tecnicamente preparados para utilização de métodos e procedimentos inovadores, muitas vezes não conseguirão minimizar o sofrimento e a dor do ser que recebe cuidados, pois nesta prática assistencial tecnológica faltou o cuidado ético, humano e respeitoso. (SILVA & FIGUEIREDO, 2010) IMPORTANTE! • Ter EMPATIA pelo ato de cuidar, com a responsabilidade sobre sua prática, e colocar-se no lugar do outro e de sentir- se cuidado, isto é, transcende a existência do dever de cuidar. (SILVA & FIGUEIREDO, 2010) • A visão bioética do cuidar está voltada para a formação de uma consciência coletiva. (SILVA & FIGUEIREDO, 2010) E qual o papel do Gestor de Enfermagem?! • GESTOR: TOMADA DE DECISÃO; • “A TOMADA DE DECISÕES DEVE SER SEMPRE ILUMINADA PELA ÉTICA/BIOÉTICA” REFERÊNCIAS • SANTIAGO, Ivanete da Silva Santiago; KNOPP DE CARVALHO, Karen knopp de Carvalho. Os princípios da Bioética e o Cuidado na Enfermagem. In: Anais. Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Disponível em: http://cifmp.ufpel.edu.br/anais/1/cdrom/mesas/mesa4/02.pdf • KOERICH, Magda Santos and ERDMANN, Alacoque Lorenzini. O Estado da Arte sobre ética em saúde no Brasil: pesquisa em banco de teses. Texto contexto - enferm. [online]. 2011, vol.20, n.3, pp. 576-584. ISSN 0104-0707. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v20n3/20.pdf • RAMOS, Flávia Regina de Souza et al. A ética que se constrói no processo de formação de enfermeiros: concepções, espaços e estratégias. Rev. Latino-Am. Enfermagem[online]. 2013, vol.21, n.spe, pp. 113-121. ISSN 0104-1169. Disponível em: http://pesquisa.bvsalud.org/regional/resource/pt/lil-666764 • SILVA, Marylane Viana and FIGUEIREDO, Maria do Livramento Fortes. Desafios históricos da enfermagem à luz do pensamento bioético. Rev. bras. enferm. [online]. 2010, vol.63, n.5, pp. 841-843. ISSN 0034-7167. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v63n5/24.pdf ATIVIDADE PARA CASA • Elaborar um texto sobre “Os desafios éticos e bioéticos do enfermeiro no desenvolvimento de sua profissão” e enviar pelo Unifor online, via ferramenta “trabalho”.(Valendo: 0,0 a 2,0 pontos) • Sugestão - Fonte de pesquisa: Código de Ética de Enfermagem; Resolução do cofen nº 172/94; Resolução do cofen nº 160/93; Artigo: Os princípios da Bioética e o Cuidado na Enfermagem • Prazo para Entrega: 21/02/2017 (Unifor online).
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