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O ESTRUTURALISMO DE CLAUDE LÉVI-STRAUSS

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE-UNICENTRO
Setor de Ciências da Saúde
Departamento de Psicologia
ANGELICA STEFANIAK
ÉRICA CHAGAS
JAMYLE TECHELAK
JOHAN DEBTIL
OESTRUTURALISMO DE CLAUDE LÉVI-STRAUSS
Trabalho apresentado ao profº. Eduardo, na disciplina de História da Filosofia, como requisito parcial de avaliação semestral.
IRATI
2014
	Considerado um dos maiores pensadores estruturalistas do séculoXX, o antropólogo Claude Lévi-Strauss nasceu em Bruxelas em novembro de 1908 e passou uma grande parte de sua vida na França, sendode família francesa. De início se interessou pela linguística, mas formou-se em Filosofia e Direito em Paris e em 1994recebeu um convite para a missão francesa ao Brasil, que tinha como objetivo criar a Universidade de São Paulo onde posteriormente ele atuaria como docente de Sociologia e Etnologia.	
	Lévi-Strauss só aceitou o convite com a prerrogativa de realizar um trabalho em campo com os povos indígenas do Brasil. Durante sua estadia no país fez várias expedições para a Amazônia e Mato Grosso conhecendo e estudando diversos povos. A partir das experiências obtidas nessas expedições escreveu seu livroTristes trópicos(1995), que garantiu sua fama contando a história de como sua vocação de antropólogo nasceu durante as viagens pelo Brasil Central. Foi a partir desses estudos que ele se tornou etnólogo.	
	O antropólogo ficou no país até 1937, voltando para a França àsvésperas da Segunda Guerra Mundial, onde participava como agente de ligação, mas logo partiu para o exílio nos Estados Unidos, passando a lecionar no país na década de 1950. Em 1960 fundou seu Laboratório de Antropologia Social e o dirigiu até 1982, ano emque se aposentou.	
	Claude Lévi-Strauss morreu em 2009, deixando contribuições significativas para a área da Antropologia (com o surgimento da Antropologia Estrutural) e Filosofia. Suas pesquisas são de grande importância para a sociedade atual e ajudam aentender o homem com suas relações e seus costumes.	
		Como muitos dos pensadores da época ele optou por deixar de lado o paradigma acadêmico e se concentrar em um estudo com características mais sociais. O antropólogo não deixou de lado a filosofia e sededicou aos estudos da etnologia, fazendo uma junção das duas áreas para fazer pesquisas em campo sobre civilizações e culturas diversas.	
	Lévi-Strauss é o principal personagem da corrente estruturalista na Antropologia. Para que pudesse construir sua teoria buscou vários elementos das ciências que, em seu ver, haviam avançado para um pensamento propriamente objetivo. O objetivo da corrente estruturalista nada mais era do que um método de análise pra explicar as estruturas, sistemas abstratos em que seus elementos são interdependentes e que permite, observando-se os fatos e relacionando diferenças, descrevê-los em sua ordenação e dinamismo. É um método que contraria oempirismo, que vê a realidade como sendo constituída de fatos isolados. Para o estruturalismo, ao contrário, não existem fatos isolados, mas partes de um todo maior
	No campo de estudos da antropologia e do mito, promoveu e inseriu os princípios do estruturalismo para uma grande massa, fazendo com que seu nome se tornasse sinônimo dessa corrente. Então o estruturalismo de Lévi-Strauss se tornou uma referência obrigatória nas áreas da psicologia, sociologia e filosofia. O pensador deu valor às narrativas mitológicas, enquanto a ciência positivista e racionalista do século XIX desprezava a mitologia, a magia e os demais rituais fetichistas, para ele esses recursos eram uma maneira de narrar e entender o funcionamento da culturadas tribos. Ele só estava tentando provar que em todos os lugares da Terra a estrutura dos mitos era igual para comprovarque a estrutura mental de toda a humanidade é a mesma, independente de raça ou crenças religiosas.	
	Os mitos, segundo o pensador, são estruturados com linguagem, de modo que, da mesma forma que na língua eu não penso em formas gramaticais quando falo também não penso em mitos quando os reproduzo inconscientemente (como Freud mostrou com o mito de Édipo, por exemplo). Os mitos só funcionam quando a estrutura permanece invisível, como a linguagem.A conclusão do antropólogo é a de que o pensamento mítico não está no homem, mas o próprio homem é que é pensado nos mitos.		
	Lévi-Strauss trabalhou também com o conceito de inconsciente antropológico, onde afirma que uma realidade concreta e a escrita não são o suficiente para chegar às estruturas, porque há açãode símbolos no consciente e inconsciente humano, a cultura por exemplo (que não é concreta nem escrita), “pode ser considerada como um conjunto de sistemas simbólicos, à frente dos quais se situam a linguagem, as regras matrimoniais, as relações econômicas, a arte, a ciência, a religião. Todos esses sistemas visam a exprimir certos aspectos da realidade física e da realidade social, e, mais ainda, as relações que esses dois tipos de realidade mantêm entre si e que os próprios sistemas simbólicos mantêm unscom os outros” (LÉVI-STRAUSS apud MAUSS, 2003, p. 19).	
	O antropólogo observou, ao estudar tribos indígenas de vários países, um conjunto de normas que se preservavam em diferentes culturas, como se fossemformas inconscientesque moldavam o pensamentoe o comportamento dos povos. Assim pode concluir que existiam estruturas que determinam “regras”, a maneira decomo se vestir ou como se alimentação por exemplo, que se repetem em vários povos que não tem contato um com o outro.
	Aantropologia estruturalde Lévi-Strauss nasrelações de parentescopartemdacompreensão de que fenômenos de parentesco são estruturados como fenômenos linguísticos. Então, procede-se à identificação de elementos desta estrutura: pai, mãe, filhos e irmãos. Cada um desses termossó faz sentido estando em relação aos demais (o pai autoritário em relação à mãe protetora, por exemplo).	
	O que se pode tirar de tudo isso é que Claude Lévi-Strauss acredita que os seres humanos não controlam ou produzem os códigos, sua experiência linguística, sua vida mental e nem o que rege e envolve a sua existência social.Em consequência desse descaso do estruturalismo pela importância do indivíduo, ou do assunto, por desmerecer o homem na teia da organização social em que nasce e a que pertence. Pode-se dizer até queo estruturalismo antropológico de Lévi-Strauss é “anti-humanista”, uma antropologia sem a figura presente do homem.
Referências:
LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia Estrutural. Tradução Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Cosac Naify, 2008.
_____. Introdução ao Ensaio sobre a dádiva. In MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a dádiva. Trad. António Filipe Marques. Lisboa: Edições 70, 1988.
MONTES, M. L. Raça e Identidade: entre o espelho, a invenção e a ideologia. In: SCHWARCZ, L. M.; QUEIROZ,R. S. Raça e diversidade. São Paulo: EDUSP, 1996.
O índio na fotografia brasileira: http://povosindigenas.com/claude-levi-strauss/ acesso em 31/10/2014
Biografia: http://editora.cosacnaify.com.br/Autor/257/Claude-L%C3%A9vi-Strauss.aspx		acesso em 31/10/2014

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